terça-feira, 4 de setembro de 2012

Fontes Históricas

                                                                                
                                                               Fonte Histórica                                            
                                                                                 




Sempre nos perguntamos como um historiador pode saber de coisas que aconteceram em um passado muito, muito distante. Para saber do passado, o historiador conta com a ajuda das fontes históricas.
Fontes históricas são os documentos que permitem ao historiador recontar e interpretar os fatos passados e reconstruir a história.

As fontes históricas podem ser vestígios arqueológicos, como ossos dos animais e dos homens que viveram no período da pré-história.

A análise do passado deve ser estudada por meio dos vestígios das atividades humanas, que é conhecido como fontes históricas. Existem vários tipos de fontes históricas, como as fontes materiais, ao orais, iconográficas(visuais) e as escritas.


  • As fontes materiais são os vestígios materiais da atividade humana e que incluem, as fontes arqueológicas em geral, os instrumentos de trabalho, os monumentos, as moedas, entre muitas outras.
  • Algumas ciências auxiliares da história são dedicadas a este tipo de fonte, como a arqueologia, que é uma ciência que estuda o passado humano a partir dos vestígios e restos materiais deixados pelos povos que habitaram a terra. 

                                                   
                                                 ( fóssil de dinossauro)

As fontes orais incluem toda a informação e tradição que se mantém conservada na memória das pessoas e passada oralmente de uns para outros.


( fonte oral: um depoimento escrito ou gravado, uma música grava em CD..)
  • As fontes iconográficas (visuais) são as que representam imagens ( uma gravura, uma fotografia, um filme).

( pintura de Leonardo da Vinci)
  • As fontes escritas normalmente são mais utilizadas e se diferencia pelo suporte e técnica utilizados na escrita. No estudo das épocas Modernas e Contemporânea, as fontes escritas utilizadas são normalmente classificadas em manuscritos e impressas.
Fonte escrita: uma carta, uma certidão de nascimento, um livro, etc.

É por meio das relações entre as várias fontes históricas que o conhecimento humano sobre o passado vai sendo interpretado e reconstruído. Assim,devemos lembrar que uma mesma fonte histórica pode ter diversas interpretações. Tudo depende da forma como cada historiador trabalha sua fonte.

Infelizmente muitas fontes históricas se perderam com o passar do tempo, mas com a ajuda de arquivos públicos e particulares, bibliotecas, museus e colecionadores, outras fontes históricas tem sido preservadas e   guardadas.

Tempo Histórico


O sistema de contagem do tempo que nós seguimos é a cristã. Este sistema situa todos os acontecimentos em relação ao nascimento de Cristo, tanto antes como depois. Por exemplo, seguindo este sistema, os Romanos tomaram a Grécia em 146 a. C. (antes de Cristo) e o fim do Império Romano do Ocidente em 476 d.c.(depois de Cristo).
Para além da era Cristã, existem e existiram outras formas de contagem do tempo.

 Na Grécia Antiga, o ponto de referência era a realização dos primeiros jogos Olímpicos que datam, na era Cristã, ao ano de 776 a.C.
Os Romanos contava o tempo a partir da data da fundação de Roma(753 a.C da era cristã), mas mais tarde adotaram o calendário Juliano ou também Era de César.




- Foi a partir dos Romanos que as unidades de tempo estabelecidas em:

  • milênio;
  • século;
  • década;
  • ano;
  • dia;

Além destes alguns povos adaptaram outros sistemas de contagem.

- Os judeus adaptaram o calendário Judaico que tem como referência a criação do mundo, segundo os judeus, esta corresponde ao ano de 3761 a. C.
- Já o mundo islâmico adapta a era muçulmana, cujo ponto de referência é a fuga do profeta Maomé para Medina que corresponde ao ano 622 da era cristã.

Tempo Histórico

Assim como podemos contar o tempo através do tempo cronológico, usando relógios ou calendários, temos ainda outros tipos de tempo: o tempo geológico, que se refere às mudanças ocorridas na crosta terrestre, e o tempo histórico que está relacionado às mudanças nas sociedades humanas.


O tempo histórico tem como agentes os grupos humanos, os quais provocam as mudanças sociais, ao mesmo tempo em que são modificados por elas.

O tempo histórico revela e esclarece o processo pelo qual passou ou passa a realidade em estudo. Nos anos 60, por exemplo, em quase todo o Ocidente, a juventude viveu um período agitado, com mudanças, movimentos políticos e contestação aos governos. O rock, os hippies, os jovens revolucionários e, no Brasil, o Tropicalismo (Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, entre outros) e a Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, entre tantos outros), foram experiências sociais e musicais que deram à década de 60 uma história peculiar e diferente dos anos 50 e dos anos 70.


Isto é o tempo histórico: traçamos um limite de tempo para estudar os seus acontecimentos característicos, levando em conta que, naquele momento escolhido, muitos seres humanos viveram, sonharam, trabalharam e agiram sobre a natureza e sobre as outras pessoas, de um jeito específico.

A história não é prisioneira do tempo cronológico. Às vezes, o historiador é obrigado a ir e voltar no tempo. Ele volta para compreender as origens de uma determinada situação estudada e segue adiante ao explicar os seus resultados.

A contagem do tempo histórico

O modo de medir e dividir o tempo varia da acordo com a crença, a cultura e os costumes de cada povo. Os cristãos, por exemplo, datam a história da humanidade a partir do nascimento de Jesus Cristo. Esse tipo de calendário é utilizado por quase todos os povos do mundo, incluindo o Brasil.


O ponto de partida de cada povo ao escrever ou contar a sua história é o acontecimento que é considerado o mais importante.

O ano de 2012, em nosso calendário, por exemplo, representa a soma dos anos que se passaram desde o nascimento de Jesus e não todo o tempo que transcorreu desde que o ser humano apareceu na Terra, há cerca de quatro milhões de anos.

Como podemos perceber, o nascimento de Jesus Cristo é o principal marco em nossa forma de registrar o tempo. Todos os anos e séculos antes do nascimento do Jesus são escritos com as letras a. C. e, dessa maneira, então 127 a. C., por exemplo, é igual a 127 anos antes do nascimento de Cristo.

Os anos e séculos que vieram após o nascimento de Jesus Cristo não são escritos com as letras d. C., bastando apenas escrever, por exemplo, no ano 127.

O uso do calendário facilita a vida das pessoas. Muitas vezes, contar um determinado acontecimento exige o uso de medidas de tempo tais como século, ano, mês, dia e até mesmo a hora em que o fato ocorreu. 

Algumas medidas de tempo muito utilizadas são:

  • milênio: período de 1.000 anos;
  • século: período de 100 anos;
  • década: período de 10 anos;
  • quinquênio: período de 5 anos;
  • triênio: período de 3 anos;
  • biênio: período de 2 anos (por isso, falamos em bienal).

Entendendo as convenções para contagem de tempo

Para identificar um século a partir de uma data qualquer, podemos utilizar operações matemáticas simples. Observe.
Se o ano terminar em dois zeros, o século corresponderá ao (s) primeiro (s) algarismo (s) à esquerda desses zeros. Veja os exemplos:

  • ano 800: século VIII
  • ano 1700: século XVII
  • ano 2000: século XX

Se o ano não terminar em dois zeros, desconsidere a unidade e a dezena, se houver, e adicione 1 ao restante do número, Veja:

ano 5:                     0+1=1                           século I
ano 80:                   0+1=1                           século I
ano 324:                 3+1=4                           século IV
ano 1830:             18+1=19                         século XIX
ano 1998:             19+1=20                         século XX
ano 2001:             20+1=21                         século XXI


segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EXPANSÃO MARÍTIMA




As Grandes Navegações foram um movimento que ocorreu na Europa a partir do séc XV, quando países europeus -  liderados por Portugal e Espanha lançaram-se na conquista dos mares. Desde os tempos das cruzadas os europeus eram fascinados pelos produtos orientais especiarias (temperos), seda, perfume,tapetes etc.

                                   PRINCIPAIS ESPECIARIAS

   




Além das especiarias os europeus compravam outros produtos do oriente, como: tecidos finos, tapetes, cristal, perfume, porcelana e seda.


 


Essas Mercadorias eram trazidas por terra  pelos árabes até a costa do mar Mediterrâneo e vendidas para comerciantes italianos que depois, revendiam para os europeus. Para acabar esse privilégio dos italianos, países como Espanha e Portugal trataram de descobrir um caminho de navegação para atingir as Índias por mar, Portugal e a Espanha tentaram  chegar ao oriente por caminhos diferentes. Portugal tentava contornar o continente africano navegando para o Leste, já a Espanha para o Oeste, ou seja queria chegar ao oriente navegando em direção ao ocidente.

MAPAS SOBRE AS NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS
            Navegações Portuguesas


Neste mapa temos as rotas dos principais navegadores portugueses. todos em busca de especiarias orientais, ouro, pedras preciosas e escravos africanos. Fato que enriqueceu não só a burguesia lusitana, mas principalmente a coroa portuguesa e junto a ela a nobreza.

ROTAS MARÍTIMAS PARA A ÍNDIA - ESPANHA


Cristóvão Colombo, navegador espanhol, tinha uma grande ambição - descobrir a rota marítima ocidental para a Ásia. Colombo partiu em direção às Índias atravessando o Atlântico em 3 de agosto de 1492. Ele chegou  ao litoral que hoje conhecemos como Bahamas (América) dez semanas depois, em 12 de outubro. Ele voltou à Espanha triunfante, pensando que tinha alcançado ás Índias.

20 anos do Impeachment de Collor


                                                   

Este ano comemora-se uma vitória da Democracia que foi o Impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello Leia o texto abaixo e veja seu legado.
Collor ensinou ao Brasil tudo o que não deve ser feito no poder

Vinte anos depois do inicio da crise que levou ao impeachment, a história não teve piedade com o governo de Fernando Collor. Se em muito de seus aliados havia a esperança de alcançar um lugar de destaque pela abertura econômica do país ou por outras politicas adotadas pelo primeiro presidente eleito pelo povo após 29 anos, esse futuro nunca chegou. 

A maior herança dos anos Collor é a lição daquilo que não deve ser feito. E é pela sua face ora nefasta, ora arrogante, ora simplesmente equivocada que esse governo, paradoxalmente, acabou sendo positivo para o Brasil. Se hoje os brasileiros fala, com orgulho da necessidade de se respeitar contratos, é porque famílias inteiras foram humilhadas pelo confisco de suas economias com os bloqueios na poupança e nas aplicações financeiras.

 Se os presidentes que o sucederam procuraram a todo custo (e alguns a um custo elevado demais) manter uma base aliada no congresso, por pior que ela tenha sido em termos éticos e técnicos, é porque o governo Collor ensinou que não se governa sem congresso. Se as CPIs que vieram depois do caso PC trabalharam com autonomia e levaram à cassação de inúmeros parlamentares, é porque o episódio de Collor gerou um modelo de eficiência, se não jurídica, ao menos política. Se hoje a polícia Federal promove operações de faxina dentro de Ministérios. é porque a sociedade exigiu, no governo Collor, a abertura desse precedente. Se o Ministério Público atualmente estende seus galhos para os mais diversos setores da sociedade. é porque fincou raízes legais, de respeito e de credibilidade, lá atrás, nos em bates da era Collor. Se hoje algum figurão Ganhar boladas por consultorias que nunca exigiram um parecer, é porque aprendeu com a EPC ( a empresa de notório Paulo César Farias). E se hoje essas pessoas mal duram no cargo ao serem descobertas é porque o resto do Brasil sabe, há 20 anos, que a demissão é o mínimo que a opinião pública espera ver num caso desses.

 Se, depois de Collor, os comensais da corte evitaram o exibicionismo de símbolos de novos ricos e recusaram a ostentação para afirmar uma imagem de modernidade, é porque a república de Alagoas, apesar de  não se ver assim, era simplesmente ridícula com seu deslumbramento por grifes francesas de luxo e máquinas importadas. Veja aqui a página especial do iG com tudo sobre o impeachment de Collor e a história 20 anos depois 1992 foi um ano em que o Brasil viveu em perigo contante. De um lado estava o mais forte governo que o país poderia ter na época: nascido da vontade majoritária das urnas, após 21 anos de ditadura, eleito numa campanha de dividiu a sociedade ao meio, com cidadão mobilizados e separados pelas emoções e pelas diferenças de propostas. 

Collor prometeu uma agenda de reformas que iria romper laços protecionistas, patrimonialistas e corporativos da elite nacional. Muita dessa força não tinha origem no presidente em si, mas no momento histórico: o Brasil vinha da frustração de ver efeito um presidente que nunca assumiu (Tancredo Neves), decepcionado pelo fracasso do Plano Cruzado e massacrado pelo recorde de 84% de inflação em um único mês. Ou seja hoje seriam precisos mais de dez anos para chegar no descontrole de preços que o Brasil vivia em apenas três semanas.

 A juventude, o descompromisso e a personalidade intempestiva do presidente fizeram o resto é, em 1992, o Brasil era um país incrivelmente crispado: militares ressentidos com a crescente perda de influência, a população amargurada pela volta da inflação, os políticos abismados com a desenvoltura dos amigos do presidente, empresários fartos de ameaças, uma juventude absolutamente desiludida com a falta de empregos e perspectivas tudo poderia acontecer no Brasil, do retrocesso institucional à crise federativa, passando pela débâcle econômica ( houve um dia em que o Banco Central chegou a ter somente 2 bilhões de dólares de reservas após um ataque especulativo contra a moeda). As denúncias de Pedro Collor, o caçula da família do presidente, deram a liga que faltava aos descontentes e colocaram o Brasil no caminho para a frente. E obrigaram as instituições recém-nascida da constituição de 1988 a serem fortes desde seu primeiro grande teste.

 Esse é o lado positivo do governo Collor. Se hoje a constituição se faz respeitada em interpretações que vão das cotas raciais à união de pessoas do mesmo sexo, passando pela autorização para aborto de fetos anencéfalos, é porque ela foi o fio garantidor do impeachment do presidente. E se hoje o Brasil vive seu mais extenso período de liberdade e ninguém mais questiona o valor da democracia  é porque, 20 anos atrás, o governo de Fernando Collor obrigou a sociedade a ir ao seu limite.

Autor: Luciano Suassuna do portal IG

domingo, 2 de setembro de 2012

Independência do Brasil


O grito da independência 

Hino da Independência do Brasil

Vídeo aula Independência do Brasil


O processo de Independência começou com a vinda da família Real em 1808, fugindo da invasão das tropas de Napoleão Bonaparte a Portugal.

    Família Real embarcando para o Brasil, gravura de Henry L, Evêque


A vinda da família real Portuguesa para o Brasil foi uma fuga desordenada, que só aconteceu porque as tropas napoleônicas estavam às portas de Lisboa. Uma frase atribuída à rainha D. Maria I ("Não corram tanto, ou pensarão que estamos fugindo").

O que pensam os historiadores ?


Que a ideia de uma fuga apressada diante de uma invasão Francesa não esteja errada, o professor Guilherme Perreira das Neves, da Universidade Federal Fluminense (UFF), considera que essa é uma visão muito pobre, que não dá conta de várias outras dimensões do episódio. Desde p século XVII, explica, havia discussões em que se defendia a transferência do trono para a América. Além disso, o Brasil ocupava no início do século XIX uma posição de grande importância entre os domínios portugueses, dando margem a planos de criação de um império luso - brasileiro. Chama a transferência da "corte da fuga", diz o professor, parece ter origem no mesmo ressentimento contra o colonizador que gerou as inúmeras piadas de português.    Essa visão desmerece a ousadia do príncipe D. João que, ao vir para o Brasil, escapou de ser deposto por Napoleão Bonaparte, como aconteceu com o rei da Espanha, Fernando VII. " Enxergar o fato dessa forma substitui o alcance dos efeitos positivos causados pela medida por uma certa depreciação dos portugueses, que parecem, assim medrosos e covardes", conclui Neves.

A Família Real no Brasil
Dom João VI ao lado de sua esposa Carlota Joaquina

D. João VI e o reconhecimento da Independência




Acredita-se: Tinha predileção pelo Brasil e se recusava a retornar a Portugal. Quando isso se tornou inevitável, disse, ao partir, a célebre frase de que seria melhor que o Brasil ficasse com o filho Pedro, em vez de cair nas mãos de um aventureiro.


O que pensam os Historiadores? Pata o professor Braz Augusto Broncasto, da Pontifícia Uneversidade Católica do Rio Grande do Sul, D. João tinha interesse em preservar para a casa de Bragança o poder no Brasil. A frase " Pedro, se o Brasil se separar, antes que seja ti, que hás de me respeitar, que para algum desses aventureiros" é comprovantemente autêntica. D. Pedro I, numa carta escrita ao pai após a independência, referiu-se a ela. dizendo ainda " lembro perfeitamente quando vossa majestade falou ao partir". D. João, diz o professor, morrei na esperança de uma monarquia dual e o próprio reconhecimento da independência trazia a ideá de um dia as duas coroas terem o mesmo monarca. D. Pedro enfatizou essa continuidade da casa de Bragança ao marcar sua coroação para o dia 1º de dezembro de 1822, aniversário da revolta de 1640, que rompeu o domínio Espanhol sobre Portugal, a União Ibérica, e levou a dinastia de Bragança ao trono.

Dia do Fico

Acredita-se: D. Pedro, contrariando as ordem das cortes de Lisboa, interessadas em"recolonizar o Brasil", decidiu, por amor à terra, permanecer no Brasil, dando início ao processo que levou à independência.

O que pensam os historiadores? Apesar de o chamado dia do Fico, 9 de Janeiro de 1822 ser considerado o ponto de partida para a "revolução da Independência do Brasil", a professora Lúcia Neves, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), lembra que, segundo fontes da época, a contribuição do fico no desencadeamento de um ideal separatista não estava clara. " Não faltaram queixas contra os atos arbitrários das cortes de Lisboa, mas na percepção daquele momento, a permanência do príncipe Regente no Brasil assegurava a preservação da ideía de um único império luso-brasileiro" diz ela. Apesar da pressão para sua permanência D. Pedro, no início, ainda hesitava, como indicou sua resposta, imprecisa e dúbia, dada através de um edital do senado da câmara do dia 9 de Janeiro, lido e afixado nos lugares públicos: " com notáveis alteração de palavras", a resposta do príncipe regente. Só então se divulgaram, como sendo originais, as palavras que ficaram famosas: " como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto: diga ao povo que fico"

D. Pedro

Acredita-se: Nosso primeiro imperador sempre foi visto aqui como herói libertador, e considerado pelos portugueses um traidor que lhes tirou a maior colônia.
O que pensam os historiadores? D. Pedro era um homem de dois mundos. Ainda durante sua vida, a visão que se tinha dele dos dois lados do Atlântico era bem diferente, como explica Lúcia Neves.
Em 1822, ele despertava para os portugueses o fantasma do despotismo, enquanto levantava no Brasil a bandeira liberal. Nove anos depois, abdicou do trono brasileiro com a fama de despótico e foi para Portugal restaurar o trono da filha, Maria II, usurpado pelo irmão d. Miguel. Sua vitória assegurou o liberalismo em Portugal. “Ao contrário do que ocorreu em Portugal, d. Pedro foi depreciado pela historiografia brasileira, por longo tempo, tendo começado somente na década de 1950, com Otávio Tarquínio de Souza, até hoje seu principal biógrafo, uma revisão do papel que teve na emancipação do país e da rica e contraditória personalidade que o distinguiu”, diz a professora.


D. Pedro I




José Bonifácio de Andrada e Silva


Acredita-se: O " Patriarca da Independência" sempre teve como meta separar o Brasil de Portugal.
O que pensam os historiadores? Figura central nas articulações que resultaram no rompimento com Portugal, José Bonifácio de Andrada e Silva não tinha, segundo Ana Rosa Clocletm doutora em História pela Unicamp, um projeto que levasse à separação total.“Fiel à identidade portuguesa e a um projeto de Império luso-brasileiro, mas também consciente da superioridade do Brasil em relação ao ‘decadente’ Portugal, José Bonifácio se convence, progressivamente, que essa união era insustentável sem uma Constituição garantidora da paridade de direitos entre as partes e sem um centro de força interno ao Brasil”, diz ela. O Patriarca da Independência era contrário aos regimes democráticos, que via como revolucionários. Para ele, a Monarquia Constitucional era a única forma de governo capaz de barrar os extremos da “anarquia” e do “despotismo”. Por isso, combateu todos os projetos alternativos, entre eles a ideia da convocação de uma Assembléia Legislativa no Brasil, defendida pelo grupo de Joaquim Gonçalves Ledo. Esse embate, na avaliação da professora, cristalizou um outro mito: a oposição Monarquia e República, associadas, respectivamente, a José Bonifácio e Ledo. “Na verdade, o que alimentou tal rivalidade foi o conflito ideológico entre um projeto nacional com base numa representação popular, e o projeto andradino, fundado na legitimidade dinástica e consagrador da soberania do Rei e da Nação, diz Ana Rosa.





A Independência foi pacífica
Acredita-se: A Independência foi aceita sem resistências em todas as antigas capitanias.
O que pensam os historiadores?
 A Independência não foi aceita imediatamente em todo o país. Salvador, que estava ocupada por tropas portuguesas, demorou a reconhecer a separação, como conta o professor Hendrik Kraay, especialista em História do Brasil na Universidade de Calgary, no Canadá. “Já as câmaras do recôncavo, sem a pressão militar, tinham reconhecido d. Pedro como ‘Defensor perpétuo do Brasil’, mostrando uma predileção em aderir ao movimento”, explica. Comandadas por Luís Madeira de Melo, as tropas portuguesas na capital baiana foram acusadas de promover vários tumultos as ruas.
Em Pernambuco, diz o historiador Evaldo Cabral de Mello, o problema foi a existência de uma tendência separatista anterior a 1822. “A Independência atropelou esse processo. Aconteceu então uma oposição entre o movimento local e o projeto de José Bonifácio, de um país centralizado sob o governo monárquico”, explica.




('Independência ou Morte" O grito do Ipiranga" de Pedro Américo, 1888)

Acredita-se: O " Grito do Ipiranga" como é conhecido, é a imagem clássica do ato da Independência, tendo D. Pedro como figura central
O que pensam os historiadores? O quadro de Pedro Américo foi concluído em 1888, um ano antes da Proclamação da República. O artista fez uma ampla pesquisa, consultando historiadores, estudando objetos e visitando o local do grito. Apesar disso, achava que não deveria ficar “preso à verdade”. Assim, entre outros aspectos, alterou a topografia, para realçar o riacho do Ipiranga e a colina; escolheu raças de cavalos que dessem maior elegância ao príncipe D. Pedro e à sua Guarda de Honra do Imperador, regimento criado, como o próprio nome sugere, tempos depois do 7 de Setembro”, explica Cecília Helena de Salles Oliveira, professora da Universidade de São Paulo (USP).







Acredita-se: Foi desde 1822  a data da independência, comemorada, como hoje, como feriado nacional e com paradas militares.
O que pensam os historiadores? A transformação do Sete de Setembro em data nacional só aconteceu a partir de 1870, refletindo, segundo a professora Cecília Helena, a consolidação do Estado Nacional e o crescimento da importância política e econômica de São Paulo. Na época, diz a professora Lúcia Neves, o único jornal a dar destaque ao “Grito do Ipiranga” foi O Espelho, que circulou no Rio de Janeiro entre 1821 e 1823, editado pela Imprensa Nacional. A publicação exaltava, em 20 de setembro, o “Independência ou morte!”, como “o grito [que] acorde todos os brasileiros”. A professora explica que o jornal, além de louvar o ato de d. Pedro, atacava duramente o Congresso de Lisboa, que “sacrificou a união de dois hemisférios ao seu orgulho e à sua ambição”. Ao longo do século XIX, outras datas foram celebradas, especialmente a aclamação de d. Pedro (12 de outubro, também aniversário do Imperador), a coroação (primeiro de dezembro) e a outorga da primeira Constituição (25 de março de 1824). “O 1º de dezembro é uma espécie de ‘data absolutista’, pois a coroação obedeceu a ritos tipicamente de Antigo Regime e conferiu legitimidade ao imperador com base em sua origem dinástica”, dia Marco Morel, professor da UERJ


Bandeira do Brasil Império



acredita-se: O brasil seguiu um caminho oposto ao dos países da América Latina, tornando-se uma Monarquia, enquanto os vizinhos adotaram a República, como uma simples solução de continuidade.

O que pensam os historiadores? O Império não foi uma solução pronta, mas construída, uma vez que havia focos de republicanismo no Brasil. Entretanto, segundo o professor Marco Morel, essa opção não ignorou a América Espanhola. “ Ao contrário, os partidários do Império usavam as experiências republicanas enfatizando os seus aspectos ‘negativos’. A República, apontada como sinônimo de desordem política, foi usada para justificar um Império centralizado que acabaria com as diferenças regionais”, diz ele. No entanto, o processo de consolidação do Império foi longo e sangrento, a partir da década de 1830, com as revoltas regenciais.

Independência ou morte. In: Nossa História. Ano I, nº 11, setembro de 2004. Biblioteca Nacional. pp 14-18.

Curiosidade sobre os quadros
C
('Independência ou Morte" O grito do Ipiranga" de Pedro Américo, 1888)


O famoso grito proferido por Dom Pedro I às margens do rio Ipiranga foi eternizado na memória nacional através do famoso quadro de Pedro Américo intitulado "Independência ou Morte". A imagem apresenta a proclamação da independência do Brasil de maneira heroica e grandiosa, no entanto, esse acontecimento se deu no ano de 1822, enquanto que o quadro foi confeccionado somente em 1888. Será que a tela realmente expressa o fato com fidelidade?

Os relatos de alguns acompanhantes do imperador mostram que não. As descrições feitas por esses homens revelam que a montaria utilizada pelo monarca nem de longe se assemelhava ao belo alazão pintado por Américo, na realidade era uma simples mula, o único animal que suportava aquele trajeto íngreme. E quando Dom Pedro menciona sua mais famosa frase: independência ou morte, ele não estava desembanhando sua espada com altivez às margens do Ipiranga.

Nesse  momento o proclamador da república estava aproximadamente a 400 metros de distância do famoso rio, que aliás, não possuía água límpidas e azuis como retratadas na tela, mas sim vermelhas e enlameadas.Além de que sua postura não poderia ser das mais elegantes uma vez que vinha sofrendo com fortes dores intestinais desde que acordara.Essas informações foram retiradas de documentos escritos pelo padre Belchior, o alferes canto e Melo e o coronel Marcondes, amigos do príncipe regente presente nessa ocasião.

A guarda de honra que acompanhava o futuro imperador do Brasil também não poderia estar vestindo trajes, uma vez que o uniforme militar ilustrado na pintura foi criado somente anos mais tarde para designar os Dragões da independência, os mesmos que fazem a guarda do presidente da república até hoje Além destas controvérsias ainda há a extrema semelhança da obra com um quadro confeccionado treze anos antes para celebrar uma famosa vitória de Napoleão Bonaparte, indicando uma cópia idêntica, observe:



(1807, Fridland, de Jean-Louis Ernet Meissonier, 1875)


Isso quer dizer que o célebre pintor enganou seu público? não, ele simplesmente estava cumprido sua função que era registrar uma cena importante para a nação de forma a engrandecê-la. Era seu dever, através daquela tela, reportar os brasileiros a um momento sublime de nossa história. Fazia-se necessário construir um passado nacional do qual se orgulhar, até então não passávamos de mera colônia a ser explorada por Portugal, a partir desta data precisávamos nos enxergar enquanto uma nação.

Nação forte, sólida, capaz de seguir com suas próprias "pernas". O apoio da sociedade era fundamental e sem dúvida alguma a pintura era mais importante do que a realidade que cá entre nós, era tanta cômica, diga-se de passagem. Caso tenha gostado do assunto e queira se informar melhor leia o livro de 1822 do jornalista Laurentino Gomes.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

GUERRA DE CANUDOS

                                                                           Guerra de Canudos



Em pouco tempo o vilarejo ganhou ares de Cidade






                                                            

                Mapa do estado da Bahia com destaque para uma cidadezinha quase na fronteira  com o estado de Pernambuco que leva o nome da histórica Canudos, a 10 km da cidade original.

António Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro". nascido em Quixeramobim (CE) a 13 de Março de 1830, de tradiocional família que vivia nos sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora comerciante, professor e advogado prático nos sertões Delpu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo abandonado em favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se lide do arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que a República recém - implantada no país era a materialização do reino do Anti-Cristo na terra, uma vez que o governo eleito seria uma profanação da autoridade da Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada de forma violenta, a celebração do casamento civil e a separação entre Igreja e Estado eram provas cabiais da proximidade do " fim do mundo".
                                       
                                                                    Antônio Concelheiro

Guerra de canudos ou Campanha de Canudos, conflito amplamente conhecido e abordado na história do Brasil, entre os integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro e Exército Brasileiro, que teve duração aproximadamente de um ano ( 1896 a 1897 ), na então comunidade dos participantes do movimento, Canudos, no interior do estado da Bahia, na região nordeste do Brasil.

 CAUSAS DA GUERRA
. OS latifundiários juntamente com o governo da Bahia não aceitavam o fato dos habitantes de Canudos não pagarem impostos.
. Afirmavam que Antônio Conselheiro defendia a volta de Monarquia.
- por outro lado, Antônio Conselheiro defendia o fim da cobrança dos impostos e era contrário ao casamento civil.
- Antônio Conselheiro era também um crítico do sistema republicano, como ele funcionava no período.
                                                       
                                                                                   

A revista Ilustrada, de Angelo Agostini veículo de propaganda republicana durante o império, retratava conselheiro de forma caricatural, com séquito de bufões armados com velhos bacamartes. tentando "barra" a República. Exemplo de como a imprensa da época reagiu ao messianismo.


                                                                                
povo de Canudos obra dos artesãos Demóstenes Fidélis e Lusyennir Lacerda. 
                                                                            
povo de Canudos

CONSEQUÊNCIAS:
.  A Guerra de Canudos contou com a participação de aproximadamente 12 mil soldados de diferentes estados do Brasil, divididos em quatro expedições.
. Na quarta incursão, no ano de 1897, houve incêndio de arraiais e mortes de diversas pessoas.
. Estima-se que morreram ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da povoação.

                                                                                   

          

A única foto conhecida de Antônio Concelheiro, mistico rebelde e líder espiritual do Arraial de Canudos (1893 - 1897), Bahia, Brasil, foto tirada duas semanas após sua morte, pelo fotógrafo Flávio de Barros, a serviço do Exército. * 13 de março de 1830 Vila do Campo Maior + 22 de setembro de 1897 aos 67 anos em Canudos Nacionalidade Brasileiro 

           
                                                 Ruínas da antiga cidade de Canudos

  
CINEMA
A guerra gerou inspiração para cineastas fazerem diversos filmes, como os citados abaixo:

. Guerra de Canudos, no ano de 1997.
. Sobreviventes - Os filhos da Guerra de Canudos. Entre 2004/2005.
- Canudos Documentário de Canudos ( Die Sieben Sakramente Von Canudos). Ano de 1996.


                                                                                 

Resumo


Em 1893, Antônio Concelheiro ( um monarquista assumido) e seus seguidores começa, a tornar um simples movimento em algo grande demais para a República, que acabara de ser proclamada e decidira por enviar vários destacamentos militares para destruí-los. Os seguidores de Antônio Conselheiro apenas defendiam seus lares, mas a nova ordem não podia aceitar que humildes moradores do sertão da Bahia desafiassem a República. Assim, em 1897, esforços são reunidos para destruir os sertanejos. Estes fatos são vistos pela ótica de uma família, que tem opiniões conflitantes sobre Conselheiro.

Biografia de Lampião

              
               Lampião: o "rei do cangaço"


Lampião e Maria Bonita
MÉDICO BAIANO ESTUDA OS CRÂNIO DE LAMPIÃO E MARIA BONITA.
Cabeça mumificada de Lampião e Maria Bonita

Cabeças mumificadas de Lampião e Maria Bonita, em mãos do professor Estácio de Lima, o médico Baiano que pesquisou cabeças de vários cangaceiros inclusive a de Maria Bonita e Lampião, professor Estácio de Lima é médico legista do ( Instituto Médico Legal Nna Rodrigues) Antiga Faculdade de Medicina do Pelourinho Salvador Bahia o professor Estácio também é escritor escreveu um grande livro relato,( O estranho Mundo dos Cangaceiros). Em 1968 familiares dos cangaceiros entraram na justiça obrigando o Instituto a  Enterrarem os restos mortais dos cangaceiros.

Cangaço: as cabeças mais valiosas do Nordeste brasileiro


(Detalhe: as cabeças de Lampião e Maria Bonita são as 2 últimas do centro sendo a de Lampião a de baixo)

Em 04 de junho de 1898 nasceu Virgulino Ferreira da Silva, na fazenda Ingazeira de propriedade de seus pais, no Vale do Pajeú, em Pernambuco, terceiro filho de José Ferreira da Silva e D. Maria Lopes. Seus pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na Matriz do Bom Jesus dos Aflitos, em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho em agosto de 1895, que chamaram Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo filho nasceu dia 07 de novembro de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de Virgulino, o casal teve mais seis filhos, quase que ano a ano que foram: Virtuosa, João, Angélica, Maria (Mocinha), Ezequiel e Anália.

Virgulino foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira. A cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:

- "Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa, parada." E arregalando os olhos: - "Quem sabe, o sertão inteiro e talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
Quando menino viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de meu sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava nas águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia parte dos folguedos de seu tempo de menino.

A esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.

À influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora - a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor.

A primeira comunhão de Virgulino foi aos sete anos na capela de São Francisco, em 1905, juntamente com os irmãos Antônio (dez anos) e Livino (nove anos). A crisma aconteceu em 1912, aos quatorze anos e foi celebrada pelo recém empossado primeiro bispo D. Augusto Álvaro da Silva, sendo padrinho o Padre Manuel Firmino, vigário de Mata Grande, em Alagoas.

No lugar onde nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escola , que ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro meses nas fazendas.Seu aprendizado com foi os professores Justino Nenéu e Domingos Soriano Lopes.

Ainda menino já trabalhava, carrregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia, cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante.

Seu alistamento eleitoral e de seus dois irmãos Antônio e Livino foi feito em 1915 por Metódio Godoi, apesar de não terem ainda os 21 anos exigidos por lei. Sabe-se que votaram três vezes: em 1915, 1916 e 1919.

A vida amorosa dos três irmãos era como a de qualquer jovem de sua idade, e se não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares. Até entrar para o cancaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns, pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer sertanejo) na fazenda e na feira onde iam vender suas mercadorias. Virgulino Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos com ele e sua família (que narraremos na página "Porque Virgulino entrou para o cangaço") não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a falecer numa emboscada em 28 de julho de 1938, no município de Poço Redondo, Sergipe, na fazenda Angico


                                                                       Relembrando

                                                                                   
                                                   ficou conhecido como o " rei do Cangaço".

                                                                                 
A última Ceia de Lampião

- Nasceu numa família de classe média baixa.
- Trabalhou com o pai, na infância e parte da adolescência, cuidando de gado.
- Trabalhou também com transporte de mercadorias em longa distância, utilizando burros como meio de transporte de carga.
- Envolveu-se em brigas familiares na juventude e entrou para um bando de cangaceiros para vingar a morte do pai.
- Em 1922, passou, a comandar um bando de cangaceiros.
- Em 1923, seu bando efetuou assalto a casa de baronesa de Água Branca (AL).
- Em junho de 1927, Lampião comandou seus homens na fracassada tentativa de tomar a cidade de Mossoró (RN), Chegaram nesta ocasião a sequestrar o coronel Antonio Gurgel.
- Na década de 1930, Lampião e seu bando passou a ser procurado por policiais de vários estados do Nordeste, O bando passou a viver de saques a fazendas e doações forçadas de comerciantes.
- Em 1930, conheceu Maria Déia ( Maria Bonita) que ingressou no bando, tornando-se mulher de Lampião. Em 1932  nasceu a filha do casal, Expedita Ferreira.
- Em 27 de julho de 1938, Lampião e vários cangaceiros do bando estavam na fazenda Angicos, sertão de Sergipe. quando foram mortos por policiais da volante do tenente João Bezerra.

curiosidades:

- Lampião também trabalhou, até os 20 anos de idade, como artesão.
- Lampião, ao contrário da maioria dos cangaceiros da época, era alfabetizado.
- Lampião apresentava problemas de visão e, por isso, usava óculos para leitura.




                                                   FILME LAMPIÃO REI DO CANGAÇO




Sinopse: Os últimos dias de Lampião e Maria Bonita. A ação tem inicio com o sequestro por Lampião do geólogo inglês Steve Chander. O cangaceiro usa Joana Bezerra com intermediária para negociar o resgate com o governo da Bahia 40 contos de Réis pela vida do Refém. Em Salvador, o jornalista Lindolfo Macedo descobre que o governo pretende mandar prender Argemiro, irmão honesto e trabalhador de Lampião para forçar o cangaceiro a soltar o inglês. O jornalista parte então para o sertão na esperança de encontrar Argemiro primeiro. Mas o governador decide enviar tropas comandadas pelo tenente. Zé Rufino, tradicional perseguidor de lampião para capturar o bandido.

A partir dai tem inicio uma série de negociações perseguições e fugas, durante as quais o grupo vive momentos de grande tensão, tanto pela presença de Chander quanto pelo desaparecimento de Maria Bonita. O governo e a embaixada inglesa oferecem recompensas para quem fornecer pistas sobre o paradeiro do bando. O cerco se aperta a volante de Zé Rufino, descobre o bando na fazenda de Manoel Severo, onde Lampião e Maria Bonita haviam ido visitar Expedita, a filha do casal. por fim, em 28 de julho de 1938, Lampião e Maria Bonita são metralhados na Serra de Angico:

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GUERRA FRIA




A Guerra Fria, que teve seu início logo após a Segunda Guerra Mundial (1945) e a extinção da União Soviética (1991) é a designação atribuída ao período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre os Estados Unidos e a União Soviética, disputando a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

Causas

A União Soviética buscava implantar o socialismo em outros países para que pudessem expandir a igualdade social, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Enquanto os Estados Unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial o contraste entre o capitalismo e socialismo era predominante entre a política, ideologia e sistemas militares. Apesar da rivalidade e tentativa de influenciar outros países, os Estados Unidos não conflitou a União Soviética (e vice-versa) com armamentos, pois os dois países tinham em posse grande quantidade de armamento nuclear, e um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, possivelmente, da vida em nosso planeta. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Com o objetivo de reforçar o capitalismo, o presidente dos Estados Unidos, Harry Truman, lança o Plano Marshal, que era um oferecimento de empréstimos com juros baixos e investimentos para que os países arrasados na Segunda Guerra Mundial pudessem se recuperar economicamente. A partir desta estratégia a União Soviética criou, em 1949, o Comecon, que era uma espécie de contestação ao Plano Marshal que impedia seus aliados socialistas de se interessar ao favorecimento proposto pelo então inimigo político.

A Alemanha por sua vez, aderiu o Plano Marshall para se restabelecer, o que fez com que a União Soviética bloqueasse todas as rotas terrestres que davam acesso a Berlim. Desta forma, a Alemanha, apoiada pelos Estados Unidos, abastecia sua parte de Berlim por vias aéreas provocando maior insatisfação soviética e o que provocou a divisão da Alemanha em Alemanha Oriental e Alemanha Ocidental.
Em 1948, os Estados Unidos juntamente com seus aliados criam a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) que tinha como objetivo manter alianças militares para que estes pudessem se proteger em casos de ataque. Em conta partida, a União Soviética assina com seus aliados o Pacto de Varsóvia que também tinha como objetivo a união das forças militares de toda a Europa Oriental.

Entre os aliados da Otan destacam-se: Estados Unidos, Canadá, Grécia, Bélgica, Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Suécia, Espanha. E os aliados do Pacto de Varsóvia destacam-se: União Soviética, Polônia, Cuba, Alemanha Oriental, China, Coréia do Norte, Iugoslávia, Tchecoslováquia, Albânia, Romênia.

Origem do nome

É chamada "fria" porque não houve uma guerra direta entre as superpotências, dada a inviabilidade da vitória em uma batalha nuclear.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema.

Envolvimentos Indiretos 

Guerra da Coréia: Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos. Apesar de todo aparato tecnológico. Tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas. Entre civis e militares morreram nos combates. os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas



No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. com a reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças politicas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso. aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Invenções da Idade Média

As invenções abaixo são do período entre fim da alta idade média, entrando pela baixa idade média pois não há como definir onde terminou uma e começou outra...

- Melhorias no arado que passou a sere de ferro, substituíram os bois pelos cavalos, nos quais colocaram peitorais e ferraduras


 - introdução de moinho eólio e hidráulicos

 - introdução da rotação de culturas nos campos

 - a técnica de construção chamadas de gótica... as igrejas nesse estilo são enormes,               
   mesmo sem tecnologia do concreto armado...

 - bússola ( aperfeiçoada)

 - as lentes de óculos

 - a roda com aros

 - o relógio mecânico com pesos e rodas ("invenção mais revolucionária do que a da     
   pólvora e a da máquina a vapor", conforme Ernst Junger)

 - o canhão (em 1327)

 - a caravela ( em 1430)

 - ou seja a idade média jamais foi uma idade das trevas...


           

                                                      Invenções da Idade Média

óculos, livros, bancos, botões e outras invenções geniais

Chiara Frugoni

Sinopse


 Muitas vezes nem paramos para pensar sobre a origem de coisas tão incorporadas à nossa vida cotidiana, como os óculos, os livros e bancos, Com belas ilustrações e um texto cativante, essa obra mostra um período luminoso e inédito, um tempo de progresso e descobertas notáveis como:

bússola . relógio . universidade . garfo . roupas de baixo . carnaval . macarrão . xadrez . anestesia . e muito mais!

inclui cerca de 100 ilustrações, sendo diversas em cor.

" Esse brilhante trabalho de Chiara Frugori pinta o retrato de uma época que não foi de trevas nem imune ao progresso; ao contrário, foi uma época fértil de invenções vitais e importantes."

Jacques Legoff