segunda-feira, 3 de setembro de 2012

EXPANSÃO MARÍTIMA




As Grandes Navegações foram um movimento que ocorreu na Europa a partir do séc XV, quando países europeus -  liderados por Portugal e Espanha lançaram-se na conquista dos mares. Desde os tempos das cruzadas os europeus eram fascinados pelos produtos orientais especiarias (temperos), seda, perfume,tapetes etc.

                                   PRINCIPAIS ESPECIARIAS

   




Além das especiarias os europeus compravam outros produtos do oriente, como: tecidos finos, tapetes, cristal, perfume, porcelana e seda.


 


Essas Mercadorias eram trazidas por terra  pelos árabes até a costa do mar Mediterrâneo e vendidas para comerciantes italianos que depois, revendiam para os europeus. Para acabar esse privilégio dos italianos, países como Espanha e Portugal trataram de descobrir um caminho de navegação para atingir as Índias por mar, Portugal e a Espanha tentaram  chegar ao oriente por caminhos diferentes. Portugal tentava contornar o continente africano navegando para o Leste, já a Espanha para o Oeste, ou seja queria chegar ao oriente navegando em direção ao ocidente.

MAPAS SOBRE AS NAVEGAÇÕES PORTUGUESAS
            Navegações Portuguesas


Neste mapa temos as rotas dos principais navegadores portugueses. todos em busca de especiarias orientais, ouro, pedras preciosas e escravos africanos. Fato que enriqueceu não só a burguesia lusitana, mas principalmente a coroa portuguesa e junto a ela a nobreza.

ROTAS MARÍTIMAS PARA A ÍNDIA - ESPANHA


Cristóvão Colombo, navegador espanhol, tinha uma grande ambição - descobrir a rota marítima ocidental para a Ásia. Colombo partiu em direção às Índias atravessando o Atlântico em 3 de agosto de 1492. Ele chegou  ao litoral que hoje conhecemos como Bahamas (América) dez semanas depois, em 12 de outubro. Ele voltou à Espanha triunfante, pensando que tinha alcançado ás Índias.

20 anos do Impeachment de Collor


                                                   

Este ano comemora-se uma vitória da Democracia que foi o Impeachment do então Presidente Fernando Collor de Mello Leia o texto abaixo e veja seu legado.
Collor ensinou ao Brasil tudo o que não deve ser feito no poder

Vinte anos depois do inicio da crise que levou ao impeachment, a história não teve piedade com o governo de Fernando Collor. Se em muito de seus aliados havia a esperança de alcançar um lugar de destaque pela abertura econômica do país ou por outras politicas adotadas pelo primeiro presidente eleito pelo povo após 29 anos, esse futuro nunca chegou. 

A maior herança dos anos Collor é a lição daquilo que não deve ser feito. E é pela sua face ora nefasta, ora arrogante, ora simplesmente equivocada que esse governo, paradoxalmente, acabou sendo positivo para o Brasil. Se hoje os brasileiros fala, com orgulho da necessidade de se respeitar contratos, é porque famílias inteiras foram humilhadas pelo confisco de suas economias com os bloqueios na poupança e nas aplicações financeiras.

 Se os presidentes que o sucederam procuraram a todo custo (e alguns a um custo elevado demais) manter uma base aliada no congresso, por pior que ela tenha sido em termos éticos e técnicos, é porque o governo Collor ensinou que não se governa sem congresso. Se as CPIs que vieram depois do caso PC trabalharam com autonomia e levaram à cassação de inúmeros parlamentares, é porque o episódio de Collor gerou um modelo de eficiência, se não jurídica, ao menos política. Se hoje a polícia Federal promove operações de faxina dentro de Ministérios. é porque a sociedade exigiu, no governo Collor, a abertura desse precedente. Se o Ministério Público atualmente estende seus galhos para os mais diversos setores da sociedade. é porque fincou raízes legais, de respeito e de credibilidade, lá atrás, nos em bates da era Collor. Se hoje algum figurão Ganhar boladas por consultorias que nunca exigiram um parecer, é porque aprendeu com a EPC ( a empresa de notório Paulo César Farias). E se hoje essas pessoas mal duram no cargo ao serem descobertas é porque o resto do Brasil sabe, há 20 anos, que a demissão é o mínimo que a opinião pública espera ver num caso desses.

 Se, depois de Collor, os comensais da corte evitaram o exibicionismo de símbolos de novos ricos e recusaram a ostentação para afirmar uma imagem de modernidade, é porque a república de Alagoas, apesar de  não se ver assim, era simplesmente ridícula com seu deslumbramento por grifes francesas de luxo e máquinas importadas. Veja aqui a página especial do iG com tudo sobre o impeachment de Collor e a história 20 anos depois 1992 foi um ano em que o Brasil viveu em perigo contante. De um lado estava o mais forte governo que o país poderia ter na época: nascido da vontade majoritária das urnas, após 21 anos de ditadura, eleito numa campanha de dividiu a sociedade ao meio, com cidadão mobilizados e separados pelas emoções e pelas diferenças de propostas. 

Collor prometeu uma agenda de reformas que iria romper laços protecionistas, patrimonialistas e corporativos da elite nacional. Muita dessa força não tinha origem no presidente em si, mas no momento histórico: o Brasil vinha da frustração de ver efeito um presidente que nunca assumiu (Tancredo Neves), decepcionado pelo fracasso do Plano Cruzado e massacrado pelo recorde de 84% de inflação em um único mês. Ou seja hoje seriam precisos mais de dez anos para chegar no descontrole de preços que o Brasil vivia em apenas três semanas.

 A juventude, o descompromisso e a personalidade intempestiva do presidente fizeram o resto é, em 1992, o Brasil era um país incrivelmente crispado: militares ressentidos com a crescente perda de influência, a população amargurada pela volta da inflação, os políticos abismados com a desenvoltura dos amigos do presidente, empresários fartos de ameaças, uma juventude absolutamente desiludida com a falta de empregos e perspectivas tudo poderia acontecer no Brasil, do retrocesso institucional à crise federativa, passando pela débâcle econômica ( houve um dia em que o Banco Central chegou a ter somente 2 bilhões de dólares de reservas após um ataque especulativo contra a moeda). As denúncias de Pedro Collor, o caçula da família do presidente, deram a liga que faltava aos descontentes e colocaram o Brasil no caminho para a frente. E obrigaram as instituições recém-nascida da constituição de 1988 a serem fortes desde seu primeiro grande teste.

 Esse é o lado positivo do governo Collor. Se hoje a constituição se faz respeitada em interpretações que vão das cotas raciais à união de pessoas do mesmo sexo, passando pela autorização para aborto de fetos anencéfalos, é porque ela foi o fio garantidor do impeachment do presidente. E se hoje o Brasil vive seu mais extenso período de liberdade e ninguém mais questiona o valor da democracia  é porque, 20 anos atrás, o governo de Fernando Collor obrigou a sociedade a ir ao seu limite.

Autor: Luciano Suassuna do portal IG