domingo, 20 de maio de 2012

Escravidão no Brasil texto e vídeos

   
O sofrimento do negro
                                                               
                                                                                 
                                                                    Instrumento de tortura

                                                                   Mercado de Escravos
Poema de Castro Alves - O  Navio Negreiro narrado pelo saudoso Paulo Autran com cenas do filme Amistad.

Ao falamos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, e espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembramos dos capotões  -  do mato que perseguiam os negros que haviam fugido no brasil, dos palmares, da guerra de secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem antiga do que o tráfico do povo africano.
Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. podemos citar como por exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da história.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande números de escravos, contudo, muitos de seus escravos eram tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.


O modelo de escravidão no Brasil a partir do século XVIII com a escravidão negra

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias da África para utilizar como mão-de-obra escrava nos e engenho de açúcar do Nordeste.

Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao Mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenhos, adotar a língua portuguesa na comunicação. 

Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No século do ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos.

Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura


In Memorian - Homenagem aos negros que fizeram a história do Brasil.
Música "Sentinela" de Milton Nascimento, cantada por ele e Nara Caymmi.

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Arbedeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiroz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. 

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

A vida dos negros após a abolição da escravidão


O negro no Brasil após a abolição


Escravidão e Abolição

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários. 


Padres fizeram Escravidão Negra vendiam negros, que Jesus queria negros como escravos. 


Escravidão no Brasil (FOTOS)


Escravidão e trafico de escravos

Você sabia?
25 de março é o Dia Internacional em memória da vítima da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.



Biografia e vídeo ( Princesa Isabel )


Neste de lá pra cá a história da Princesa Isabel, a Redentora.

Ao longo do século dezenove somente nove mulheres estiveram à frente do Governo de seus países. Uma dessas mulheres foi a Princesa Isabel, filha do Imperador Pedro Segundo, herdeira do trono brasileiro.

Ela o substituiu três vezes como chefe de Estado, na condição de Princesa Regente. Seu ato mais importante foi a assinatura da Lei Áurea, que libertou os escravos, em 1888.

Por isso, ela é lembrada em nossa história como a redentora. A Abolição também precipitou a proclamação da República, que não hesitou em banir a família real.

A princesa morreu no exílio, em 1921, sem nunca mais ter retornado ao Brasil. Apesar de ter sido uma figura importante da nossa história, não existem estudos suficientes sobre sua atuação como governante e nem a publicação de uma biografia consagradora.

Participam deste programa: o historiador e diretor do Instituto Cultural Princesa Isabel Bruno de Cerqueira, o historiador e autor dos livros "A Redentora dos Escravos: uma historia da princesa entre olhares negros e brancos" e "Princesa Isabel: a política do amor entre o trono e o altar" Robert Daibert Junior e ainda não gravados a historiadora de importantes livros oitocentistas Mary Del Priore e o historiador José Murilo de Carvalho.

De Lá Pra Cá: todo domingo às 18h, reapresentações às sextas-feiras, às 20h30, na TV Brasil. Apresentação de Ancelmo Gois e Vera Barroso.

                                                                                   vídeo 01
                                                                               
                                                                             vídeo 02
                                                                                   
 
                                                                                 
                                                                             Vídeo 03
Túmulo da família Real 2 ª reinado 

Capela Imperial de Petrópolis onde estão sepultados: D. Pedro II, Imperatriz Teresa Crisdtina, Princesa Isabel e Conce D'Eu. Família Imperial do 2º Reinado Música: Our Home - Mike Rowland

                                                                                       
                                                                                         
                                                                               
                                                                                 
Isabel Cristina Leopoldina de Bragança (Princesa Isabel)


Com a eleição da presidente Dilma,o Brasil terá a segunda mulher a exercer o poder no nosso país.

 A princesa Isabel foi a primeira mais é claro não foi eleita para exercer um cargo para presidente e também não foi coroada monarca.

Porém durante alguns períodos exerceu a regência governando em nome do pai – o imperador D. Pedro II

  Uma das mulheres mais citadas na história do Brasil, Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a princesa Isabel, colocou um ponto final no dia 13 de maio de 1888 em uma das maiores manchas do país a escravidão.

 Naquele domingo, princesa Isabel assinou a Lei 3.353, mais conhecida como "Lei Áurea", declarando extinta a escravidão no Brasil, mesmo enfrentando muitas resistências dos fazendeiros e da elite em geral.

"A princesa imperial regente, em nome de sua majestade, o imperador D. Pedro 2º, faz saber a todos os súditos do império, que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:


Artigo 1º - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil; 

Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário", dizia o texto que libertou milhões de escravos, que por três séculos serviu de mão-de-obra para o crescimento do país.

Segunda filha de D. Pedro 2º e da imperatriz Teresa Cristina, princesa Isabel foi, por três vezes, regente do império.


 Em 1864, casou-se com o francês Luís Gastão de Orleans, o conde D'Eu. Antes da Lei Áurea, princesa Isabel sancionou as leis do primeiro recenseamento do império, naturalização de estrangeiros e relações comerciais com países vizinhos.

    Em 28 de setembro de 1871, ela também sancionou a Lei do Ventre Livre, o primeiro passo efetivo para o fim da escravidão no Brasil a lei estabelecia que todos os filhos de escravos estavam livres.

 A Lei do Ventre Livre foi assinada na época em que D. Pedro 2º fez a sua primeira viagem para a Europa, deixando, pela primeira vez, a princesa Isabel como regente do império. Em outras duas oportunidades a princesa também assumiu as mesmas funções.

Disposta a acabar com a escravidão no Brasil, princesa Isabel pressionou o ministério, que era contrário à abolição.


A pressão exercida pela princesa deu resultado e o Gabinete foi dissolvido e seus integrantes foram substituídos por pessoas que defendiam o fim da escravatura.

 Em abril de 1888, um mês antes da assinatura da Lei Áurea, ela entregou 103 cartas de alforria para alguns escravos, deixando claro que esperava da Câmara federal a aprovação da lei, o que, de fato aconteceu.

Com a morte de seu irmão mais velho, o príncipe D. Afonso, tornou-se herdeira do trono e sucessora do seu pai quando tinha apenas 11 meses.

 O reconhecimento oficial como sucessora aconteceu no dia 10 de agosto de 1850.

 No dia 29 de julho de 1860, ao completar 14 anos, princesa Isabel prestou juramento comprometendo-se a manter no Brasil a religião católica e ser obediente às leis e ao imperador.

Somente depois de 11 anos de casamento fato raro para a época é que princesa Isabel teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara.


 Depois, vieram mais dois: Luiz Maria Felipe e Antônio Gusmão Francisco.

 Com a proclamação da República, em 1889, a família real embarcou para o exílio na Europa.

 Ao lado de amigos, filhos e netos, e com grande dificuldade para se locomover precisava do auxílio de uma cadeira de rodas, princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, onde morreu no dia 14 de novembro de 1921.

 Os seus restos mortais foram transferidos para o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido, em 1953.

 O nome completo da Princesa Isabel era: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d'Orléans.