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quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.
Os juízes
Os Macabeus eram uma família judaica que encabeçou a revolta contra as
forças Sírias de AntiocoIV e rededicou o Templo a Jeová, pois este havia
sido violado e dedicado a Zeus. Um dos líderes foi Judas, que recebeu a
alcunha de Macabeu (martelo) por sua força e determinação. Mais tarde
toda a família ficou conhecida por Macabeus.Deu-se em 135 a.C. e foi a
chamada revolta Hasmoniana (Hasmonean). Acabaria por ser vitoriosa,
terminando na separação dos judeus do reino Selêucida (a potência
anterior) e assegurando a independência até 63 a.C., ano da invasão
Romana sob o comando do general Pompeu em nome da República Romana.
Economia e Sociedade
O povo judeu não pode atualmente ser reduzido a sendo somente religião,
raça ou cultura, porque ultrapassa seus limites conceituais aceites.
Reduzi-lo a qualquer um desses pontos seria mero reducionismo, pois ele é
na verdade uma miscelânea das três, dando espaço a várias
interpretações do que é ser judeu e, especialmente, quem é judeu.
Interpretações essas que dependem muitíssimo de qual a sua tradição
religiosa (ortodoxa, conservadora, reformista, caraíta) e do espaço
geográfico onde se encontram (sefaraditas, asquenazitas, persas,
norte-africanos, indianos etc. (ver etnias judaicas).
OBS: Antes da tomada da terra por parte dos Hebreus o nome da região era
Canaã. Depois disso se tornou o reino de Israel, depois se dividiu e
também apareceu o reino de Judá.
Leia também!
A Arte Trácia
A Bulgária está situada na parte mais oriental da Península Balcânica.
Desde as épocas mais remotas aí se estabeleceram povos de origem e
cultura muito diversas. Nestas terras passavam as ondas de grandes
tribos que migravam de um continente para o outro. Até que, por volta do
segundo milênio a.C. surgiu um povo que se fixou na parte oriental do
país – os trácios, uma gente estranha que acreditava na imortalidade da
alma e numa vida que se prolongava além da morte. Seus reis e os mais
notáveis das tribos eram, por isso, enterrados em túmulos nos quais se
colocavam todas as riquezas que haviam acumulado. E assim os trácios
puderam deixar uma lembrança – a de sua arte, em muitos momentos
inigualável, por sua originalidade e pelo fim que almejava: a
eternidade.
Inúmeros historiadores do mundo antigo escreveram sobre os costumes, os
hábitos e a agressividade das tribos que povoaram as partes central e
norte da Península Balcânica já nos fins da Idade do Bronze. Segundo os
seus vizinhos, os gregos, elas deram origem ao deus do vento, Bóreas, e
ao deus da guerra, Ares. No entanto, estas criaturas divinas revelam
somente uma parte do espírito trácio, livre e indomável, pois nas suas
terras tiveram berço também as Musas e nas suas montanhas cantava o doce
Orfeu. Mas deve-se considerar que esses dados sobre a cultura trácia
poderiam ter chegado até nós apenas como belas lendas se não tivessem o
apoio dos ricos achados que revelaram ao mundo uma arte estranha,
excepcional, primitiva, porém de força inigualável.
Apesar dessa profusão de ouro, o material mais utilizado na Trácia – como no restante do mundo antigo – era o bronze. Com ele se elaboravam os enfeites, as armas, os utensílios em geral. As formas desses objetos eram simplificadas, e a maioria dos ornamentos composta de figuras geométricas. Encontram-se também com muita freqüência, principalmente nos machados de culto, figuras de animais domésticos: bois, carneiros, galos, etc.
Apesar dessa profusão de ouro, o material mais utilizado na Trácia – como no restante do mundo antigo – era o bronze. Com ele se elaboravam os enfeites, as armas, os utensílios em geral. As formas desses objetos eram simplificadas, e a maioria dos ornamentos composta de figuras geométricas. Encontram-se também com muita freqüência, principalmente nos machados de culto, figuras de animais domésticos: bois, carneiros, galos, etc.
Ainda não foram escavadas todas as sepulturas trácias. Pode-se imaginar o
que esconde o restante das colinas espalhadas por toda aquela região.
Mesmo assim, é possível afirmar que apenas dois países rivalizavam em
riqueza com a Trácia: a Pérsia ocidental e a Cítia. E isto não é uma
casualidade. Os povos desses países encontravam-se em níveis de
desenvolvimento social, político e econômico bastante semelhantes, assim
como também eram semelhantes sua religião e sua ideologia. Além disso,
mantinham relações diretas, pois os persas passavam constantemente pelo
território dos trácios em suas viagens para a Cítia e para a Grécia, e
acabaram mais tarde por estabelecer-se definitivamente no país.
Os soberanos trácios e citas estabeleciam entre si casamentos dinásticos, o que, aliás, não os impedia de freqüentemente se combaterem. Estes laços, que se aprofundaram com o passar do tempo, acabaram por influir positivamente na arte dos três povos. Foi a Trácia o primeiro país europeu a adotar os estilos artísticos orientais, para mais tarde difundi-los pelos mestres dos outros países bárbaros. E desde tempos imemoriais que as terras búlgaras representavam uma ponte entre o Oriente e o Ocidente, pelo qual passavam inúmeros povos e culturas. Em razão disso, a arte trácia adotou muitos elementos estrangeiros, fixou-os e acabou por torná-los parte de sua tradição. Um exemplo desse fenômeno é o denominado estilo animalesco, tão difundido na arte torêutica (arte de cinzelar, de esculpir em metal, madeira ou marfim) da Trácia. O leão, o grifo, o touro foram aí introduzidos graças aos contatos com a arte persa. E os paralelos entre a torêutica trácia e a cita são ainda mais evidentes, levando alguns pesquisadores a considerarem a arte trácia como uma variante local da arte dos citas.
Os soberanos trácios e citas estabeleciam entre si casamentos dinásticos, o que, aliás, não os impedia de freqüentemente se combaterem. Estes laços, que se aprofundaram com o passar do tempo, acabaram por influir positivamente na arte dos três povos. Foi a Trácia o primeiro país europeu a adotar os estilos artísticos orientais, para mais tarde difundi-los pelos mestres dos outros países bárbaros. E desde tempos imemoriais que as terras búlgaras representavam uma ponte entre o Oriente e o Ocidente, pelo qual passavam inúmeros povos e culturas. Em razão disso, a arte trácia adotou muitos elementos estrangeiros, fixou-os e acabou por torná-los parte de sua tradição. Um exemplo desse fenômeno é o denominado estilo animalesco, tão difundido na arte torêutica (arte de cinzelar, de esculpir em metal, madeira ou marfim) da Trácia. O leão, o grifo, o touro foram aí introduzidos graças aos contatos com a arte persa. E os paralelos entre a torêutica trácia e a cita são ainda mais evidentes, levando alguns pesquisadores a considerarem a arte trácia como uma variante local da arte dos citas.
Mas a Trácia não possuía fronteiras somente com a Pérsia e a Cítia. Ao
sul ela tinha como vizinha a Grécia, que por volta do século V a.C.
havia assumido a hegemonia cultural do mundo, a ponto de criar entre
helenos e bárbaros uma divisão que expressava bem mais uma diferença
cultural do que étnica. Mas os altivos gregos gostavam de comerciar com
os ricos bárbaros, com os quais trocavam o seu trigo, produtos
alimentícios e couro por objetos como enfeites, armas e utensílios. Mas
esse intercâmbio não se ateve somente ao comércio. Muitos mestres gregos
trabalharam para soberanos trácios, adaptando o estilo clássico grego
ao gosto oriental de seus clientes.
Os melhores exemplos encontrados hoje são os dos tesouros de Russe e Panaguiurishte. Sobre os vasos de Russe vemos os mistérios da figura de Dionísio, a quem toda a antiguidade aceitava como um deus trácio. À primeira vista o mestre mantinha-se fiel às formas antigas, mas, diante de um estudo mais detalhado, as figuras se apresentam um pouco mais pesadas, e os seus recursos não são aparentemente muito convincentes no que diz respeito ao ideal clássico de beleza. No entanto, esta beleza encontra-se nos elementos da arte bem mais exigente dos orientais.
De todos esses objetos, o mais belo é a ânfora encontrada em Panaguiurishte. Por sua forma, ela pode ser considerada um dos vasos mais raros existentes em todo o mundo. Apesar de em sua elaboração se sentir claramente a habilidade de um artista helênico, sua forma é tipicamente persa e representa a continuação de uma velha tradição aquemênida. Todos os vasos conhecidos que possuem esse formato e têm duas aberturas no fundo são originários da Ásia Menor.
Os melhores exemplos encontrados hoje são os dos tesouros de Russe e Panaguiurishte. Sobre os vasos de Russe vemos os mistérios da figura de Dionísio, a quem toda a antiguidade aceitava como um deus trácio. À primeira vista o mestre mantinha-se fiel às formas antigas, mas, diante de um estudo mais detalhado, as figuras se apresentam um pouco mais pesadas, e os seus recursos não são aparentemente muito convincentes no que diz respeito ao ideal clássico de beleza. No entanto, esta beleza encontra-se nos elementos da arte bem mais exigente dos orientais.
De todos esses objetos, o mais belo é a ânfora encontrada em Panaguiurishte. Por sua forma, ela pode ser considerada um dos vasos mais raros existentes em todo o mundo. Apesar de em sua elaboração se sentir claramente a habilidade de um artista helênico, sua forma é tipicamente persa e representa a continuação de uma velha tradição aquemênida. Todos os vasos conhecidos que possuem esse formato e têm duas aberturas no fundo são originários da Ásia Menor.
Tendências artísticas semelhantes às existentes nos tesouros de Russe e
de Panaguiurishte encontram-se, também, no tesouro de Letnitza, que sem
dúvida alguma é obra do artesanato trácio e data da mesma época que os
dois citados anteriormente, isto é, fins do século III a.C. Sua
elaboração é, no conjunto, bárbara, embora apresente uma série de
particularidades que a aproximam da arte da Ásia Menor. A reprodução de
todas as figuras reflete as mesmas características de estilo. Os homens
são representados com barba e recordam muito as esfinges da arte
aquemênida (dinastia persa fundada por Ciro em 550 a.C.) tardia, da
metade do século IV a.C. A figura humana, da mesma forma como era vista
pelos artistas da Ásia Menor, apresenta-se sempre vestida, já que, em
vez de reproduzir as formas do corpo e a musculatura, o mestre prefere
ocupar-se dos detalhes do vestuário e do tecido.
Outra faceta interessante de examinar nos tesouros da Trácia é a que diz
respeito aos adornos. Sua confecção é tradicionalmente atribuída a
artistas gregos. Todavia, o problema relacionado ao lugar em que foram
elaborados ainda não está totalmente resolvido. Isso se deve ao fato de
terem encontrado em várias ilhas gregas adornos semelhantes aos achados
nos túmulos de Duvanli e Mezek. Antes da segunda metade do século VI
a.C. eram raros os adornos de ouro nas colônias gregas das costas do mar
Negro. A partir, porém, da segunda metade do século III a.C., começaram
a proliferar as oficinas especializadas na confecção de adornos de
ouro. Por essa época surgiram, ao lado dos adornos gregos típicos,
constituídos de brincos e anéis, adornos trácios com as mesmas
características. Em cada uma das épocas posteriores encontra-se um
grande número de adornos em ouro cuja origem não é tão clara. Exemplos
disso nos são trazidos pelos tesouros de Nicolaevo – da época romana – e
de Varna, que provavelmente tiveram sua origem na própria Trácia. Mais
recentemente esses adornos típicos surgem com os dois componentes do
povo búlgaro – os eslavos e os protobúlgaros. Mais tarde a eles se
juntam também inúmeros adornos de caráter mais variado, como medalhões e
ícones cristãos, em cuja criação aparece, com mérito indiscutível, a
influência da Bizâncio cristã.
Quando falamos das relações e das influências da arte trácia com as de outras civilizações, não devemos de maneira alguma menosprezá-la por ela não possuir um caráter nacional definido. Antes de tudo o termo nacional, no sentido artístico, não existia naquela época. A arte era um meio de expressar as idéias religiosas ou político-ideológicas e não uma forma de dar dimensão a um espírito nacional.
Quando falamos das relações e das influências da arte trácia com as de outras civilizações, não devemos de maneira alguma menosprezá-la por ela não possuir um caráter nacional definido. Antes de tudo o termo nacional, no sentido artístico, não existia naquela época. A arte era um meio de expressar as idéias religiosas ou político-ideológicas e não uma forma de dar dimensão a um espírito nacional.
Se tentarmos descobrir o que, para um nobre trácio, tinha valor numa obra de arte, chegamos a algumas conclusões interessantes. Antes de tudo ela deveria ser feita de um material precioso porque dessa forma demonstrava a riqueza do seu possuidor. O trácio rico tinha uma predileção pelos objetos de ouro, tais como peitilhos, capacetes, pulseiras e anéis. Dessa maneira ele se distinguia dos mais pobres, demonstrava sua origem nobre, sua situação privilegiada. Provavelmente é por essa razão que os trácios nobres eram chamados de dzibitides – brilhantes. Eles brilhavam de tanto ouro que carregavam sobre si. Aqueles que não tinham suficiente riqueza para adquirir objetos de ouro usavam adornos de bronze, mas com um pequeno artifício: mandavam prateá-los, a fim de brilharem tanto quanto os outros.
Os motivos mais frequentemente encontrados nos objetos dos tesouros trácios são os animais. Muitas vezes representados durante uma luta entre si: é o leão que ataca o veado ou o touro; é o grifo devorando o veado; são dois ursos em posição de combate. Geralmente a posição do animal está combinada com a forma do objeto. Muitas vezes surgem figuras fantásticas, como leões com bico de águia ou veados alados.
Comumente se afirma que o estilo animalesco determina a arte trácia. Mas, na realidade, do ponto de vista artístico as obras mais preciosas são aquelas em que os homens se acham representados. É difícil afirmar se esta última foi uma etapa subseqüente ou contemporânea ao estilo animalesco. O exemplo mais antigo e figura humana é o que se encontra em um cinto datado provavelmente do século V a.C., mas o verdadeiro florescimento do estilo antropomorfo data do século IV a.C., que foi, sem dúvida, a época mais brilhante de toda a arte trácia.
Até os dias atuais, já foram descobertas mais de cem sepulturas onde se encontraram objetos em que aparece a figura humana. Do ponto de vista iconográfico, a imagem quase totalmente dominante é a do cavaleiro-guerreiro-caçador. E quem é esse cavaleiro misterioso que passa cavalgando, através dos séculos, como um símbolo eterno do espírito trácio? Durante a época da dominação de Roma foram dedicados a ele mais de dois mil relevos em mármore. Dele aprendemos o nome – Heros. Mas será este um nome ou simplesmente a palavra herói? Por ser um deus universal, os trácios apelavam para ele em todos os casos, fosse para defender as portas da cidade ou simplesmente para curá-los da mordida de um cão raivoso.
Os trácios criaram uma arte com finalidade. Uma arte que conservou a lembrança de um povo, que, segundo Heródoto, era “o mais numeroso depois do hindu” e que ficou conhecido por sua fé na imortalidade. Por acreditarem na permanência da vida, os trácios levavam consigo para a sepultura suas relíquias mais preciosas. E, em verdade, graças a elas, conseguiram a imortalidade tão desejada. Não, talvez, a espiritual; mas com certeza a cultural. Pois hoje, guardadas em museus, estas relíquias tornaram-se os testemunhos de um povo desaparecido. Mensageiras entre mundos, como Hermes o foi entre o dos deuses e o dos homens; e, como Orfeu, mensageiras do entendimento entre os próprios homens.
.:: Amador Outerelo
www.amadorouterelo.multiply.com
www.amadorouterelo.multiply.com
terça-feira, 18 de outubro de 2016
História da paraíba
As ordens religiosas, os mosteiros e as igrejas na Capitania da Paraíba
1 – Os Jesuítas
Foram
os jesuítas os primeiros missionários que chegaram à capitania da
Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de colonização. Vieram desde
as primeiras expedições de conquista.
Chegaram
primeiro dois padres, Simão Travassos e Jerônimo Machado; depois vieram
outros, entre os quais, Francisco Fernandes, Manuel Correia e Baltasar
Lopes. O visitador da Companhia, Cristóvão de Gouvêa, mandou que o padre
Jerônimo Machado relatasse todas as lutas da Paraíba, escrevendo-as no “Sumário das Armadas”.
Sabe-se que em 1591 já havia residência dos padres jesuítas nesta Capitania, em são Gonçalo Era o local de moradia deles.
Ao
mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a construir um
colégio na Filipéia. Porém, devido a desavenças com os franciscanos, que
não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas, a idéia
foi interrompida.
Aproveitando
esses desentendimentos, o rei que andava descontente com os jesuítas
pelo fato de estes não permitirem a escravização dos índios, culpou os
jesuítas pela rivalidade com os franciscanos e expulsou-os da capitania.
Cento e quinze anos depois, os jesuítas voltaram a Paraíba fundando um
colégio onde ensinavam latim, filosofia e letras. Passando algum tempo,
fundaram um Seminário junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Atualmente essa área corresponde ao jardim do Palácio do Governo.
Em
1728, os jesuítas foram novamente expulsos. Em 1773, o Ouvidor-Geral
passou a residir no seminário onde moravam os jesuítas, com a permissão
do Papa Clemente XIV.
2 – Os Franciscanos
Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres franciscanos, com o objetivo de catequizar os índios.
O
Frei Antônio do Campo Maior chegou com o objetivo de fundar o primeiro
convento da capitania. Seu trabalho se concentrou em várias aldeias, o
que o tornou importante.
No
governo de Feliciano Coelho, começaram alguns desentendimentos, pois os
franciscanos, assim como os jesuítas, não escravizavam os índios.
Ocorreu que depois de certos desentendimentos entre os franciscanos,
Feliciano e o governador geral; Feliciano acabou se acomodando junto aos
frades.
A
igreja e o convento dos franciscanos foram construídos em um sítio
muito grande, onde atualmente se encontra a praça São Francisco.
3 – Os Beneditinos
O superior dos beneditinos tinha interesse em fundar um convento na Capitania da Paraíba.
O
governador da capitania recebeu o abade e conversou com o mesmo sobre a
tal fundação. Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do superior
geral dos beneditinos.
A
condição imposta pelo governador era que o convento fosse construído em
até dois anos. O mosteiro não foi construído em dois anos, mesmo assim,
Feliciano manteve a doação do sítio.
A igreja de São Bento se encontra atualmente na Rua Nova, onde ainda há um cata-vento em lâmina, construído em 1753.
4 – Os missionários carmelitas
Os
carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal D. Henrique. Quando
chegaram à Paraíba o Brasil estava sob domínio espanhol. Os carmelitas
chegaram fundaram um convento e iniciaram trabalhos missionários.
O convento de Nossa Senhora do Carmo deve ter sido construído na Paraíba em 1591, com a sua igreja. Ele foi todo edificado em pedra. Era um edifício simples de um só andar.
A
história dos carmelitas aqui na Paraíba é incompleta, uma vez que
vários documentos históricos foram perdidos nas invasões holandesas.
Em
1763, Frei Manuel de santa Teresa restaurou o convento, mas logo este
foi demolido para servir de residência ao primeiro bispo da Paraíba, D.
Adauto de Miranda Henriques.
5 – O prestígio da Igreja e o Tribunal do Santo Ofício
A
Igreja naquela época dispunha de enorme prestígio. Habitualmente a
obtenção de sesmarias era acompanhada do levantamento de capelas, pelos
sesmeiros, como símbolo da posse da terra. No interior das casas grandes
e fazendas não faltava o oratório, para o terço em família, sendo que
também se rezava as refeições. Nas vilas e cidades, as missas faziam-se
obrigatórias e o sino das igrejas regulava a vida das habitantes. As
eleições eram paroquiais e, cedo, as famílias da classe dominante
adquiriram o costume de converter um dos filhos em padre.
Ressalte-se
que o clero regular, de franciscanos, jesuítas, beneditinos e
carmelitas, dispunha de propriedades, engenhos e escravos, na sede da
capitania e fora dela, com o que participava da ocupação da terra.
Com o clero secular chegou à Paraíba, em 1595, a
terrível Inquisição cujo Tribunal do Santo Ofício perseguia os acusados
de práticas diferentes das permitidas pela Igreja católica e,
principalmente, os judeus. Instalada pelo visitador Heitor Furtado de
Mendonça, a primeira visitação do Santo Ofício fez-se tão rigorosa que
alcançou o vigário da freguesia de N. S. das Neves. Acusado de
ascendência árabe e práticas judaizantes, o padre João Vaz de Salem,
homem rico e influente, teve seus bens confiscados. Vários desses
reverteriam à ordem beneditina.
Análise Social; Igrejas
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados. O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados. O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
As principais igrejas da época colonial foram as seguintes:
- A Matriz de Nossa Senhora das Neves;
- A Igreja da Misericórdia;
- A Igreja das Mercês;
- A igreja de N. S. do Rosário dos Pretos;
- A Capela de N. S. da Mãe dos Homens;
- A Igreja do Bom Jesus do Martírio
Quase
todas as povoações, vilas e cidades nasceram ao redor de uma capela que
o fervor religioso erigia em homenagem a uma das muitas entidades
celestiais cujo santo ou santa de sua invocação passava a padroeiro do
lugar com a criação da vila. As santas eram as na escolha dos oragos que
predominavam o nome de nossa senhora na variedade de sua nomenclatura
hagiológica, e inúmeras freguesias consagraram Nossa Senhora da
Conceição como padroeira que foram Areia, Campina Grande, Jacoca,
Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Araruna, Cabeceiras, Taperoá e Misericórdia e
apenas cinco freguesias invocaram nomes de santos que foram Santo
Antônio para Painço, São Sebastião para Piauí, São José para São José
dos Piranhas, São Miguel para Baia da Tradição e São Paulo para
Mamanguape, e as festas de padroeiras davam vida ao lugar pois as
musicas, foguetórios, novenas e procissão de encerramento.
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
As Tribos Indígenas Brasileiras
Por Eduardo Bueno
As tribos
Após 500 anos do descobrimento, ainda existe 215 nações e 170 línguas indígenas diferentes. Aqui , estão algumas destas nações sobreviventes
Aimoré:
grupo não-tupi, também chamado de botocudo, vivia do sul
da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grande corredores e guerreiros
temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus,
Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do século 20.
Eram apenas 30 mil
Avá-Canoeiro:
Povo de língua da família Tupi-Guarani que vivia
entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. Em 1973, um grupo foi
contatado. Foram pegos "a laço" por uma equipe chefiada por Apoena
Meireles, e transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Iha do
Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os
Javaé . Parte da área indígena Avá-Canoeiro, identificada em 1994 com
38.000 ha, nos municípios de Minaçu e Cavalcante em Goiás, está sendo
alagada pela hidrelétrica Serra da Mesa, no rio Maranhão.
Bororos:
Povo falante de língua do tronco macro-jê. Os Bororo
atuais são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e
autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século
passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do séc.
XVII, os jesuítas espanhois fundaram várias aldeias de missões. Muito
amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da
região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto
pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não-índios.
Caeté:
os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a ilha de Itamaracá até
as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram
considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou
que fossem "escravizados todos, sem exceção". Assim se fez. Seriam 75
mil
Caiapós:
Explorando a riqueza existente nos 3,3
milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará - especialmente o
mogno e o ouro -, os caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil.
Movimentam cerca de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20
árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de
castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós foi o
controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destitui o
lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan.
Ganhador do Prêmio Global 500 da ONU, espécie de Oscar ecológico,
admirado pelo príncipe Charles e por Jimmy Carter, Paiakan foi acusado
do estupro de uma jovem estudante branca, em junho de 1992. A
absolvição, em novembro de 94, não parece tê-lo livrado do peso da
suspeita. Paiakan - mitificado na Europa, criminoso no Brasil - é uma
contradição viva e um símbolo da relação entre brancos e índios.
Carijó:
seu território ia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos
como "o melhor gentio da costa", foram receptivos à catequese. Isso não
impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São Vicente.
Em 1554, participaram do ataque a São Paulo. Eram cerca de 100 mil
Goitacá:
Ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e
cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e
intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.
Ianomâmi:
Povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma
família, não classificada em troncos. Denominada anteriormente Xiriâna,
Xirianá e Waiká, a família Yanomami abrange as línguas Yanomami, falada
na maior extensão territorial, Yanomám ou Yanomá, Sanumá e Ninam ou
Yanam, as quatro com vários dialetos. Os Yanomami vivem no oeste de
Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil
índios.
Juruna:
Povo indígena cuja língua é a única
representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se
Yudjá; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a
tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz
dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma
população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um
grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido
pelo Parque do Xingu (MT). Segundo levantamento de médicos da Escola
Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do
parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na
margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios,
segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu,
numa pequena área indígena chamada Paquiçaba, no município de Senador
José Porfírio, no sudeste do Pará. Suas terras serão atingidas pela
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Kaiapó:
Ou
Kayapó, ou Caiapó. Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14
grupos, num vasto território que se estende do SE do Pará ao N do Mato
Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do
Cateté, Xikrin do Bacajá, A’Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire
(Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de
pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade
nacional.
Kaingang:
Ou Caingangue. Povo de língua da
família Jê. Também conhecidos como Coroados, vivem em 26 pequenas áreas
indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. São aproximadamente 7.000 índios.
Pataxó:
Povo de língua da família Maxacali, do tronco Macro-Jê. Abandonou sua
língua original e expressa-se apenas em português. Vive no sul da Bahia,
em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamente
valorizada (cacau e turismo), nos municípios de Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália e nas áreas indígenas Mata Medonha e Imbiriba. Em 1990,
eram aproximadamente 1.600 índios.
Potiguar:
Senhoreavam a
costa desde São Luís até as margens do Parnaíba, e das margens do Rio
Acaraú, no Ceará, até a cidade de João Pessoa, na Paraíba. Exímios
canoeiros, inimigos dos portugueses, seriam uns 90 mil
Tremembé:
grupo não-tupi, que vivia do sul do Maranhão ao norte do Ceará, entre
os dois territórios potiguares. Grande nadadores e mergulhadores, foram,
alternadamente, inimigos e aliados dos portugueses. Eram cerca de 20
mil
Tabajara:
viviam entre a foz do Rio Paraíba e a ilha de Itamaracá. Aliaram-se aos portugueses. Deviam ser uns 40 mil
Temiminó:
Ocupavam a ilha do Governador, na baía de Guanabara, e o sul do
Espírito Santo. Inimigos dos tamoios, aliaram-se aos portugueses. Sob
liderança de Araribóia, foram decisivos na conquista do Rio. Eram 8 mil
na ilha e 10 mil no Espírito Santo.
Tamoio:
Os verdadeiros
senhores da baía de Guanabara, aliados dos franceses e liderados pelos
caciques Cunhambebe e Aimberê, lutaram até o último homem. Eram 70 mil.
Tupinambá:
consituíam o povo tupi por excelência. As demais tribos tupis eram, de
certa forma, suas descendentes, embora o que de fato as unisse fosse a
teia de uma inimizade crônica. Os tupinambás propriamente ditos ocupavam
da margem direita do rio São Francisco até o Recôncavo Baiano. Seriam
mais de 100 mil.
Tupiniquim:
foram os índios vistos por Cabral. Viviam no sul da Bahia e em São Paulo, entre Santos e Bertioga. Eram 85 mil.
Xavantes:
Povo de língua da família Jê. Autodenominam-se Akwe ou Akwen.
Contatados na década de 1940, eram índios guerreiros que resistiram
tenazmente à ocupação de seu território (Mato Grosso) pelos
colonizadores. Em 1989 o grupo contava cerca de 6.000 pessoas,
distribuidos em sete áreas indígenas entre os rios das Mortes e Batovi, a
leste de Mato Grosso.
Wai-wai:
Ou Waiwai, Uaiai. Povo de
língua da família Karíb. Vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, na
fronteira do Pará com o Amazonas, e Waiwai, em Roraima. A população é
constituída por uma mistura de várias tribos atraídas e assimiladas por
eles ao longo dos anos, entre as quais as dos Karafawyana, dos Kaxuyana e
dos Hixkariana. Em 1990, segundo a Funai, somavam cerca de 1.250
índios.
Leia também:
Brasil Indígena
A População Nativa Brasileira
Fonte:
Eduardo Bueno/Zero Hora
http://cledir.hpg.ig.com.br/historia/02c.htm
Caeté: os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a ilha de Itamaracá até as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou que fossem "escravizados todos, sem exceção". Assim se fez. Seriam 75 mil
Caiapós:
Carijó:
Goitacá:
Ianomâmi:
Juruna:
Kaiapó:
Kaingang:
Pataxó:
Potiguar:
Tremembé:
Tabajara:
Temiminó:
Tamoio:
Tupinambá:
Tupiniquim:
Xavantes:
Wai-wai:
Leia também:
Brasil Indígena
A População Nativa Brasileira
Fonte:
Eduardo Bueno/Zero Hora
http://cledir.hpg.ig.com.br/historia/02c.htm
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Literatura Medieval
Literatura Medieval, principais escritores da Idade Média, temas da obras literárias na Idade Média, características, resumo, trovadorismo
Introdução
Uma das principais características da literatura na Idade Média é a importância dada aos temas religiosos. Os textos e livros eram escritos principalmente por monges e integrantes do alto clero (bispos, arcebispos, papa). Como a maioria da população não sabia ler na Idade Média, esta literatura ficava restrita aos integrantes do clero e membros da nobreza.
Principais características da Literatura Medieval:
- Abordagem de temas religiosos: vida de santos, alma humana, moral cristã, existência de Deus, passagens da Bíblia Sagrada, interpretações religiosas de aspectos cotidianos, etc.
- Influência da filosofia grega, principalmente dos filósofos Aristóteles e Platão.
- Textos escritos em latim.
- Livros feitos à mão e copiados (reproduzidos) pelos monges copistas.
- Usavam o pergaminho para escrever os textos.
- Os livros eram ilustrados com iluminuras (desenhos feitos nas margens).
- A partir do século XII começam ser escritos textos relatando feitos heroicos, guerras e batalhas, Cruzadas e a vida dos cavaleiros medievais. Neste contexto, destaca-se o Ciclo Literário Arturiano, que se refere ao Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda.
Religião foi o principal tema da Literatura na Idade Média
Trovadorismo
O trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII e destacou-se pelas cantigas de amor, de escárnio, de maldizer e de amigo. Os mais importantes trovadores deste período foram: Paio Soares de Taveirós, Dom Dinis e Dom Duarte.
Principais escritores medievais:
- Boecio
- Geoffrey Chaucer
- Giovanni Boccaccio
- Santo Agostinho
- São Tomás de Aquino
- Paio Soares de Taveirós
- Dante Alighieri
Curiosidade:
- Robin Hood, um dos mais conhecidos heróis míticos medievais, surgiu na literatura popular inglesa em 1375.
ANÍCIO MÂNLIO TORQUATO SEVERINO BOÉCIO
Anício Manilio Torquarto Severino Boécio, Também conhecido como Anitius Manliuns Torquatus Severinus Boethiun, nasceu em Roma aproximadamente em 430 a,c e 800 a.C. Era de uma familia nobre, estudou no Oriente grego, não sabendo-se se em Atenas ou em Alexandria, foi estadista e filósofo, tradutor, comentador e autor de livros sobre matemática, música, teologia, e homem de estado romano (cônsul e senador), considerado o principal autor matemático da Roma antiga.
Escreveu livros
de textos, todos em latim, sobre aritmética, geometria, astronomia e
música, muito utilizados nas escolas da idade média. Esses textos
caracterizavam-se por um enfoque filosófico de cada assunto e sua
aplicabilidade.
Foi tradutor de
Platão e de Aristóteles. Exerceu grande influência sobre Tomás de
Aquino, que se fundamenta em sua obra teológica De Trinitate para
distinguir o gênero da espécie e firmar o conceito de "pessoa". Dois
séculos depois, em 725 a.C, o rei Luitprand ordenou que seu corpo fosse
levado para a igreja de São Pedro, em Pádua, onde passou a ser alvo de
verdadeiro culto. Também foi um filósofo de expressão latina, o último
dos patrísticos romanos e o primeiro dos escolásticos, com notável
influência na formação do pensamento teológico e filosófico do Ocidente.
A literatura latina floresceu com ele e Cassiodoro, que serviram de
ponte entre a cultura clássica e os primórdios da Idade Média.
Geoffrey Chaucer
Pouco se conhece da vida e da personalidade de Chaucer, embora, haja
mais dados a seu respeito do que a respeito de Shakespeare, por exemplo,
que viveu duzentos anos mais tarde. A parte mais nebulosa de sua
biografia é a inicial. Sabe-se que nasceu em Londres, por volta de 1340,
e que era filho de John Chaucer, comerciante de vinhos. Seu pai deve
ter sido pessoa de certa influência, pois conseguiu colocá-lo como pajem
junto ao Príncipe Lionel, terceiro filho do rei Eduardo III, dando-lhe
assim a oportunidade de familiarizar-se com o manejo das armas e a
etiqueta da corte, de ampliar os seus conhecimentos de latim e francês, e
de completar a sua formação com a leitura de autores antigos e
contemporâneos. Segundo alguns, Chaucer também teria freqüentado uma das
duas escolas de Direito então existentes em Londres.
Em 1359, esteve lutando na França. Feito prisioneiro, foi resgatado por Eduardo III, que, mais
tarde, faria dele um de seus valetes. Por seis anos, de 1360 a 1366,
Chaucer desaparece de cena. A primeira informação que temos após esse
período é a de seu casamento com certa Philippa de Roet, uma dama a
serviço da rainha. Tem-se igualmente notícia de que pelo menos dois
filhos nasceram desse matrimônio: Thomas, que ainda viria a ocupar
importantes cargos públicos, e Lewis, a quem o escritor dedicaria o seu
Tratado do Astrolábio. É provável também a existência de uma filha. Essa
união certamente estreitou as ligações do poeta com a corte, visto que a
irmã de Philippa, Katherine, convidada para preceptora dos filhos de
John of Gaunt, – quarto filho de Eduardo III e pai do futuro rei
Henrique IV, – acabou se tornando amante e, depois, esposa do
patrão. Essa longa associação com a realeza, além de estimular a
atividade literária de Chaucer, – tanto assim que todas as suas obras
foram obras de ocasião, destinadas à leitura perante a corte, – dava-lhe
a oportunidade de aprofundar os seus contatos com os grandes centros
culturais e artísticos do continente europeu. E isso porque o rei
freqüentemente o incumbia de missões diplomáticas no exterior,
enviando-o ora para Navarra, ora para a Flandres e a França, ora para
a Itália. Particularmente profícuas foram as suas duas visitas (1372 e
1378) à península italiana, onde não só se encontrou com figuras
políticas de relevo, como Bernabò Visconti, o temível tirano de Milão,
mas também descobriu uma literatura rica e inovadora nas obras de
Dante, Boccaccio e Petrarca, o último dos quais talvez tenha conhecido
pessoalmente.
De 1374 a 1386 Chaucer exerceu as funções de Inspetor Alfandegário junto
aos mercadores de lã. Foi essa a fase financeiramente mais próspera de
sua vida, uma vez que, além de contar com renda anual apreciável e com
várias outras vantagens, foi autorizado a residir nos aposentos
superiores de Aldgate, uma das portas de Londres, com vista para a
cidade e para os campos.
Por coincidência ou não, os tempos difíceis começaram para ele quando o
Duque de Gloucester e seus sequazes delimitaram os poderes de Ricardo
II, de quem Chaucer era partidário, condenando vários seguidores do rei à
morte. Nessa época, o escritor já havia deixado a casa em Aldgate e se
mudara para o Kent, onde fora nomeado Juiz de Paz e eleito, mais
tarde, Cavaleiro Representante do Condado no Parlamento. Mas, perdido o
posto de Inspetor Alfandegário, sua situação econômica se complicou. E,
como se isso não bastasse, em 1387 faleceu-lhe a mulher. Apesar de
tantos contratempos, foi nesse período que, aproveitando a tranquilidade
de seu confinamento em Greenwich, onde se instalara, começou ele a
compor sua obra mais ambiciosa, Os Contos de Cantuária.
O livro, contudo, teve que ser levado avante sem o esperado sossego,
pois novos afazeres reclamaram sua atenção, e novas atribuições o
aguardavam. Tão logo Ricardo II retomou as rédeas do governo em 1389,
designou o poeta Fiscal de Obras do Rei, cargo que conservou até o ano
seguinte e que lhe custou muito trabalho e esforço, dado que, entre os
seus deveres, constavam até a compra de materiais de construção e a
contratação de artesãos e operários. Além disso, era também sua
responsabilidade a guarda do dinheiro para as obras, o que lhe
trouxe algumas dores de cabeça. De fato, ao transportar tais valores em
setembro de 1390, Chaucer foi assaltado duas vezes num mesmo dia, e pelo
mesmo bando, tendo que esperar cinco angustiantes meses para ser
oficialmente dispensado da obrigação de ressarcir os prejuízos. Depois
disso, provavelmente não exerceu outras funções públicas, visto que a
sua suposta indicação para o cargo de Couteiro Auxiliar da Floresta de
Petherton, no condado de Somerset, não pode ser comprovada. Envelhecido,
e com poucos recursos, o poeta chegou a sofrer vários processos
por dívidas. Até mesmo o estipêndio anual que recebia da Coroa ele
perdeu, quando Ricardo II foi destronado em 1399. Foi nesse momento
crítico que, sem perder o bom humor, enviou ao novo soberano a famosa
balada “O Lamento de Chaucer para a sua Bolsa Vazia”; e Henrique IV,
filho de seu amigo John of Gaunt, o atendeu prontamente, renovando-lhe a
pensão. As coisas pareciam melhorar. Chaucer alugou então uma casa
junto à Abadia de Westminster, e para lá se mudou. Mas a morte
inesperadamente o colheu poucos meses mais tarde, no dia 25 de
outubro de 1400. Seu corpo foi sepultado na célebre Abadia, não longe
dos monumentos tumulares dos reis de seu país, o primeiro literato a
merecer tal honra.
Foram esses, em resumo, os principais acontecimentos que marcaram a vida
do homem Chaucer. Quanto a Chaucer, o poeta, – a respeito do qual, até
agora, pouco se falou, – sua carreira costuma ser dividida em três
grandes períodos. O primeiro deles foi o Período Francês, durante o
qual, além de traduzir o Roman de la Rose, que tanto o influenciou,
produziu: O Livro da Duquesa (1369-70), uma “visão” sobre a morte de
Blanche, a primeira mulher de John of Gaunt; O Parlamento das Aves
(1379-82?), em que o autor retrata um debate das aves sobre o tema
do amor-cortês; e A Casa da Fama (c. 1379), em quê o poeta narra como
foi transportado nas garras de uma águia tagarela para as Casas da Fama e
do Boato. Esta última obra, inacabada, denuncia a transição para a fase
seguinte, o Período Italiano. Com efeito, a importância atribuída a
Virgílio e a viagem guiada de nosso poeta a estranhos reinos sugerem a
influência de Dante, que iria acentuar-se nas próximas obras, ajudando-o
a moldar seus ritmos e a enriquecer sua temática. Muito significativas
nessa etapa foram também as contribuições de Petrarca e de
Boccaccio. Neste, por exemplo, Chaucer encontrou os modelos para O Conto
do Cavaleiro e para o grande poema Tróilo e Criseida (c. 1385),
baseados respectivamente na Teseida e no Filóstrato. Mas, ao contrário
do que muitos supõem, Boccaccio não exerceu qualquer influência direta
na elaboração de Os Contos de Cantuária. Ao que tudo indica, o autor
inglês não chegou a conhecer o Decameron, e o único conto deste livro a
figurar em sua coletânea, – a história de Griselda, narrada
pelo Estudante de Oxford, – foi adaptado de uma versão latina feita por
Petrarca. De qualquer forma, a fase propriamente italiana se encerra com
A Legenda das Mulheres Exemplares (c. 1386), uma seqüência de relatos
sobre as fiéis mártires do amor (“as santas de Cupido”), que o
poeta escreveu, a pedido da rainha Anne, como uma espécie de penitência
por haver retratado a falsidade feminina em Tróilo e Criseida. Não
chegou, porém, a concluir essa obra, porque outro projeto, muito mais
interessante e absorvente, veio ocupar suas atenções: Os Contos de
Cantuária, a cuja composição se dedicou de 1386 a 1400, o ano de sua
morte. E foi esse o seu terceiro e último período, o assim-chamado
Período Inglês, de plena maturidade.
Durante essa trajetória, não era hábito de Chaucer abandonar as
conquistas de uma fase ao entrar em outra; ele simplesmente somava novos
ingredientes aos elementos antigos, tratados, porém, com maior senso
crítico. Por isso mesmo, até o fim da vida, as formas básicas de
sua poesia sempre foram as que recebera do período francês; mas ele as
ampliou com o passar do tempo e, em algumas ocasiões, as inovou,
desenvolvendo a estrofe de sete versos (“rhyme royal”), o pentâmetro
jâmbico, de tão brilhante futuro, e o poema herói-cômico. Também
o emprego dos métodos retóricos, típicos da literatura medieval,
permaneceu constante, tanto assim que praticamente todas as suas
histórias foram reelaborações de textos existentes, com os cortes, os
acréscimos e os embelezamentos de praxe, – como a hipérbole, a
invocação, a prosopopéia, a “occupatio” (ou recusa a narrar), o
“exemplum” (ou história ilustrativa), a
preterição (dizer algo enquanto afirma que não vai dizê-lo) etc; mas, na
última fase, esses recursos foram perdendo o seu caráter artificial
para se inserirem cada vez mais no contexto dramático da narração. É o
que notamos, por exemplo, em Os Contos de Cantuária: se ali, por um
lado, as invocações retóricas de Dórigen, no final do “Conto do
Proprietário de Terras”, quase chegam a arruinar uma bela história, por
outro lado, a incontinência oratória da bruxa velha no “Conto da Mulher
de Bath”, ou as amargas diatribes que retardam o “Conto do Mercador”,
encontram justificativa nos temperamentos e nos estados de alma dos
respectivos narradores, reforçando o efeito dramático do todo.
Quanto aos aspectos novos que Chaucer adquiriu em sua maturidade,
poderíamos lembrar, entre outros (já que se tornaram características
suas inconfundíveis), a flexibilidade métrica, a freqüente precisão e
adequação das imagens, o uso de trocadilhos, a sutil ironia verbal, a
eficiente ironia dramática, e, principalmente, a atitude objetiva (que
permite vida própria às suas personagens, boas ou ruins), a profundidade
da observação psicológica (que lhe consente retratar um indivíduo com
apenas alguns traços essenciais), a variedade e o enfoque realista. Se
ele deveu as primeiras qualidades ao trato com outros autores, sobretudo
os italianos, deveu as últimas exclusivamente à sua genialidade, que o
levou a tirar o máximo proveito de tudo o que aprendeu em seu convívio
com homens de todas as classes sociais, reis, fidalgos, mercadores e
artesãos. Mas falar dessas coisas já é falar de Os Contos de Cantuária
"O amor é de uma natureza tal que quanto mais se ama mais se deseja amar."
Giovanni Roccaccio é considerado um dos três grandes mestres da literatura italiana, justamente com Dante Alighieri ( 1265 - 1321) e Francesco Petrarca (1304-1374),
Giovanni
Boccaccio talvez tenha nascido entre Junho e Julho de 1313,
provavelmente em Florença, na Itália. Filho de um mercador, Boccaccio
não dedicou-se ao comércio como era o desejo de seu pai, preferindo
cultivar o talento literário que manifestou-se desde muito cedo.
Conta-se que ao ler "A Comédia", de Dante Alighieri, ficou tão fascinado
pela grande obra que a renomeou de A Divina Comédia, título
com que a obra seria imortalizada. Considerado pelos seus contemporâneos
florentinos uma autoridade sobre Dante, o governo da cidade o convidou
em 1373, a fazer uma leitura pública d'A Divina Comédia.
Entre muitas obras um tanto menores de Boccaccio, a obra Decamerão,
uma coletânea de 100 contos, destaca-se por sua grande originalidade.
Tendo como pano de fundo a peste que fustigava Florença em 1348, sete
crianças e três jovens buscam refúgio em uma casa fora da cidade. Ao
longo de 10 dias, distraem-se contando 10 histórias curtas por dia. A
obra inicia-se com um prefácio dirigido às "mulheres não identificadas"
que pessoalmente experimentaram o amor, indicando o valor simbólico
desse sentimento capaz de criar a vida diante dos horrores da peste. Em
cada conto, o leitor testemunha um confronto entre vícios e as virtudes
da humanidade por meio de uma galeria de personagens e situações que
exemplificam o heroísmo, o sacrifício, a tolice, a inteligência e a
modéstia.
Giovanni Boccaccio é considerado um
dos três grandes mestres da literatura italiana, juntamente com Dante
Alighieri (1265-1321) e Francesco Petrarca (1304-1374).
Boccaccio faleceu em 21 de Dezembro de 1375, em Certaldo, cidade próxima a Arezzo, na Itália.
Giovanni
Boccaccio talvez tenha nascido entre Junho e Julho de 1313,
provavelmente em Florença, na Itália. Filho de um mercador, Boccaccio
não dedicou-se ao comércio como era o desejo de seu pai, preferindo
cultivar o talento literário que manifestou-se desde muito cedo.
Conta-se que ao ler "A Comédia", de Dante Alighieri, ficou tão fascinado
pela grande obra que a renomeou de A Divina Comédia, título
com que a obra seria imortalizada. Considerado pelos seus contemporâneos
florentinos uma autoridade sobre Dante, o governo da cidade o convidou
em 1373, a fazer uma leitura pública d'A Divina Comédia.
Na poesia, Boccaccio escreveu a obra Filostrato, publicada, aproximadamente, entre 1335 e 1340. Publicou também duas biografias: Sobre o Destino de Homens Famosos, publicada, aproximadamente, entre 1355 e 1374, e Sobre Mulheres Famosas, obra publicada em cerca de 1362.
Santo Agostinho
Aurélio Agostinho nasceu no dia
treze de novembro no ano de trezentos e cinquenta e quatro. Filho de um
pai pagão, que somente recebeu o batismo pouco antes de morrer e uma
mãe que era cristã fervorosa, que influenciava fortemente o seu filho.
Sua cidade natal era Tagasta, uma cidade da Numídia. Quando jovem foi
para Cartago para aperfeiçoar seus estudos.
Mas ao longo do tempo,
caiu em profunda sensualidade que é considerada por ele uma das maiores
consequências do pecado original, e com o tempo dominou-o moral e
intelectualmente. Após a finalização dos seus estudos decidiu abrir uma
escola em Cartago, que em seguida foi para Roma e em seguida para Milão.
Acabou se afastando do ensino por razões de espírito e ainda de saúde.
Ao longo de sua trajetória foi adepto do maniqueísmo – o mundo
vistos separados por dois ângulos, a divisão do bem e do mal – após uma
análise profunda desta teoria, se identifica com outra teoria, a
neoplatônica que mostra a negatividade do mal e a espiritualidade de
Deus. Ele demora um pouco para se adaptar a nova teoria que segue, isso
por razões de luxúria, mas no ano de trezentos e oitenta e seis sua
conversão total veio a tona, renunciando inteiramente ao casamento, a
carreira assim recolhendo-se para a solidão e recolhimento com sua mãe,
filho e alguns padres, isso aos arredores de Milão.
A Volta de Agostinho para a Cidade
Após o falecimento da mãe,
Agostinho volta para a cidade de Tagasta. Vendeu todas suas
propriedades e bens e distribuiu para pobres. Dedicou-se inteiramente ao
estudo da sagrada escritura, e escreveu suas obras baseando as em sua
teoria filosófica. Funda um mosteiro e em trezentos e noventa e um é
consagrado padre, em trezentos e noventa e cinco toma o posto de bispo e
no ano de quatrocentos e trinta falece.
As principais obras filosóficas de Santo Agostinho são os diálogos
baseados na teoria em que acredita como Da vida beata, Sobre a
imortalidade da alma, Os solilóquios, Sobre a quantidade da alma, Sobre a
música, dentre outras obras mais. O pensamento agostiniano consiste que
a filosofia e a religião andam juntas.
Os Pensamentos de Agostinho
Ele acredita que a filosofia pode solucionar superficialmente o
problema e somente a religião pode concretizar essa solução. Portanto os
problemas formulados envolvem a temas como a alma e Deus.
A princípio ele conquista uma única certeza, que é a existência
espiritual e a partir disso chega a uma verdade superior e imutável, que
é a origem de toda verdade particular. Sua teoria valoriza totalmente
os sentidos e deixa de lado a racionalidade, afirmando que a fonte de
conhecimento são os sentidos. Acredita que o conhecimento racional é
provindo de Deus, sendo a verdade e o verbo de Deus.
No verbo existem duas verdades, sendo estas eternas, as ideias e as
espécies, a origem formal de cada coisa, ou seja, são os modelos dos
indivíduos, seres criados. A característica fundamental do pensamento
agostiniano é que a racionalidade provem da divindade, de Deus, sendo
essa a iluminação para o nosso espírito.
São Tomás de Aquino
Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos
Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros
estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239,
estudou artes liberais, ingressando, em seguida, na Ordem dos
Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de Paris, em companhia do
Geral da ordem, foi seqüestrado por seus irmãos, inconformados com seu
ingresso no convento.
No ano seguinte, fiel à sua vocação religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno,
acompanhando-o a Colônia. Em 1252, voltou a Paris, onde se formou em
teologia e lecionou durante três anos. Depois de voltar à Itália, foi
nomeado professor na cúria pontifical de Roma.
Ensina, durante
anos, em várias cidades italianas. Uma década depois, retorna a Paris,
onde leciona até 1273. A seguir, parte para Nápoles, onde reestrutura o
ensino superior. Em 1274, convocado pelo papa Gregório 10º, viaja para
participar do Concílio de Lyon. Adoece, contudo, durante a viagem, vindo
a falecer no mosteiro cisterciense de Fossanova, aos 49 anos de idade.
Chamado de Doutor Angélico e de Príncipe da Escolástica, Tomás de
Aquino foi canonizado em 1323 e proclamado doutor da Igreja Católica em
1567.
Provas da existência de Deus
A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica,
sua obra máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e
a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema, da
qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo
com a razão, cabe demonstrar a existência e a natureza de Deus.
Profundamente influenciado por Aristóteles,
Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha
estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus,
imediatamente, uma idéia clara e distinta.
Assim, para provar a existência de Deus, o filósofo procede a posteriori, partindo não da idéia de Deus, mas dos efeitos por ele produzidos, formulando cinco argumentos, cinco vias:
1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora,
tudo o que se move é movido por outro motor; se esse motor, por sua vez,
é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o
que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem
ser movido, que é Deus;
2) há uma série de causas eficientes,
causas e efeitos, ao mesmo tempo; ora, não é possível remontar
indefinidamente na série das causas; logo, há uma causa primeira, não
causada, que é Deus;
3) todos os seres que conhecemos são
finitos e contingentes, pois não têm em si próprios a razão de sua
existência - são e deixam de ser; ora, se são todos contingentes, em
determinado tempo deixariam todos de ser e nada existiria, o que é
absurdo; logo, os seres contingentes implicam o ser necessário, ou Deus;
4) os seres finitos realizam todos determinados graus de perfeição, mas
nenhum é a perfeição absoluta; logo, há um ser sumamente perfeito,
causa de todas as perfeições, que é Deus;
5) a ordem do mundo
implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um
acaso, mas da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente
que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a
encaminha para seu fim; esse ser inteligente é Deus.
Homem, alma e conhecimento
Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea
(ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais.
Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em
potência.
Contestando o platonismo e a tese das idéias inatas,
Tomás de Aquino observa que se a alma tivesse de todas as coisas um
conhecimento inato, não poderia esquecê-lo, e, sendo natural que esteja
unida a um corpo, não se explica porque seja o corpo a causa desse
esquecimento.
Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão,
mas extrair, por meio do intelecto agente, a forma universal que se
acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento
depende o apetite, ou o desejo, inclinação da alma pelo bem.
O
homem, segundo Tomás de Aquino, só pode desejar o que conhece, razão
pela qual há duas espécies de apetites ou desejos: os sensíveis e os
intelectuais. Os primeiros, relativos aos objetos sensíveis, produzem as
paixões, cuja raiz é o amor. Quanto aos segundos, produzem a vontade,
apetite da alma em relação a um bem que lhe é apresentado pela
inteligência como tal.
Seguindo Aristóteles, Tomás de Aquino diz
que, para o homem, o bem supremo é a felicidade, que não consiste na
riqueza, nem nas honrarias, nem no poder, em nenhum bem criado, mas na
contemplação do absoluto, ou visão da essência divina, realizável
somente na outra vida, e com a graça de Deus, pois excede as forças
humanas.
Catedral de ideias
Expressão e apogeu do
mundo medieval, o tomismo é uma catedral de ideias, em que a teologia do
século 13 encontrou sua formulação mais coerente e mais sólida. No
entanto, nem sempre foi aceito pelos escolásticos medievais: os
seguidores de Duns Scotus, por exemplo, combateram o seu intelectualismo.
Somente na segunda metade do século 16 o tomismo foi reconhecido como arma de defesa e ataque da Contra-Reforma,
época em que surgiram os grandes comentaristas do sistema, entre os
quais o dominicano português Johannes de Sancto Thoma (1589-1644).
Depois de uma época de esquecimento, entre os séculos 18 e 19, o
tomismo renasceu sob a denominação de neotomismo, escola filosófica
representada, por exemplo, pelos filósofos Étienne Gilson e Jacques Maritain.
Paio Soares de Taveirós
Certamente originário de uma
linhagem sediada em Taveirós, no atual concelho de Estrada, em Pontevedra, Paio
Soares é um trovador galego, ativo nas primeiras décadas do século XIII, mas
cujo percurso é relativamente obscuro. Não dispomos, na verdade, de nenhum dado
documental seguro sobre o trovador, embora possa ser ele o Pelagio Suerii,
marido de Urraca Rodrigues que, em 1220 e 1228, faz algumas transações em
localidades próximas de Estrada (Ron Fernández, 2005, p. 1391). De resto, grande parte dos
dados que nos permitem traçar a sua biografia mínima provêm das suas
composições, nomeadamente da rubrica explicativa da tenção de mantém com Pero Velho, seu irmão, como nos informa
essa mesma rubrica. A explicitação do local onde os dois se encontrariam, ou
seja, em cas Dona Maior, mulher de Dom Rodrigo Gomes de Trastâmara, tem
permitido ligar os dois irmãos Taveirós a esse magnate galego, cuja importância
na fase inicial da poesia galego-portuguesa esta menção confirma. Já de uma outra sua composição poderemos depreender que terá estado,
em algum momento, fora da Península. Até ao momento, no entanto, nada mais ter sido possível apurar sobre a sua biografia.
Acrescente-se, de resto, que, num artigo relativamente recente, José Carlos Miranda2,
partindo da discrepância entre os manuscritos no que toca à transmissão
da obra de Paio Soares de Taveirós, propõe que o conjunto de
composições preservadas unicamente pelo Cancioneiro da Ajuda, com a
numeração atual A36-A39, deverá ser atribuído, não a Paio Soares, mas a
Afonso X. Sendo que neste conjunto se inclui a célebre "cantiga da
garvaia", uma das mais discutidas composições galego-portuguesas, esta
interessante mas polémica proposta de José Carlos Miranda2 necessitará certamente de fazer ainda o seu caminho entre a comunidade de especialistas.
Referências
1 Ron Fernández, Xavier (2005), “Carolina Michaelis e os trobadores representados no Cancioneiro da Ajuda”, in Carolina Michaelis e o Cancioneira da Ajuda hoxe, Santiago de Compostela, Xunta de Galicia.
2 Miranda, José Carlos, "Será Afonso, o sábio, o "autor anónimo" de A36-A39?", in Guarecer on-line.
II
As Cantigas:
1.A ren do mundo, que melhor
quería
2.Canção da Ribeirinha
3.Como morreu quen nunca ben
4. Eu sõo tan muit'amador
5. No mundo non me sei parelha
6. O meu amigo que mi dizía
7. Quantos aquí d'Espanha son
8.Vi eu donas en celado
III Análise de uma cantiga:
“No mundo nom me sei parelha,
mentre me for como me vai;
ca ja moiro por vós, e ai!,
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia?
Mao dia me levantei,
que vos entom nom vi feia!
E, mia senhor, des aquelha,
me foi a mi mui mal di' ai!
E vós, filha de Dom Pai
Moniz, en bem vos semelha
d' haver eu por vós garvaia?
Pois eu, mia senhor, d' alfaia
nunca de vós houve nem hei
valia d'ua correia!”
mentre me for como me vai;
ca ja moiro por vós, e ai!,
mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraia
quando vos eu vi em saia?
Mao dia me levantei,
que vos entom nom vi feia!
E, mia senhor, des aquelha,
me foi a mi mui mal di' ai!
E vós, filha de Dom Pai
Moniz, en bem vos semelha
d' haver eu por vós garvaia?
Pois eu, mia senhor, d' alfaia
nunca de vós houve nem hei
valia d'ua correia!”
— Cantiga da garvaia, Paio Soares Taveiroos
Esta
cantiga (maestria – sem refrão) divide muito a opinião dos estudiosos, alguns
relatam que se trava de uma cantiga de amor e outros relatam que é uma cantiga
satírica.
Percebemos
que esta cantiga é dirigida á uma filha de D. Paio Moniz, muitos acha que era
dirigida á D. Maria Pais Ribeiro.
O
trovador relata sobre o encanto que quando viu filha de D. Paio Moniz, se
encantou perdidamente por ela, e sofre de amor (coita), mas contém um tom de
ironia e sátira, como por exemplo: ‘‘queredes que vos retraia’’/ “quando vos vi
em saia?”.
Essa
cantiga é considera o grande marco do Trovadorismo, é de supra importância
entender essa cantiga para descrever o Trovadorismo.
IV Tradução da cantiga:
“No mundo não conheço outro como eu,
enquanto me acontecer como me acontece:
porque já morro por vós, e ai!,
minha senhora branca e vermelha,
quereis que vos censure
quando vos eu vi em saia? (em corpo bem feito)
Mau dia me levantei
que vos então não vi feia!
E, minha senhora, desde então,
passei muitos maus dias, ai!
E vós, filha de D. Paio
Moniz, parece-vos bem
ter eu de vós uma garvaia? (manto)
Pois eu, minha senhora, de presente
nunca de vós tive nem tenho
nem a mais pequenina coisa.”
enquanto me acontecer como me acontece:
porque já morro por vós, e ai!,
minha senhora branca e vermelha,
quereis que vos censure
quando vos eu vi em saia? (em corpo bem feito)
Mau dia me levantei
que vos então não vi feia!
E, minha senhora, desde então,
passei muitos maus dias, ai!
E vós, filha de D. Paio
Moniz, parece-vos bem
ter eu de vós uma garvaia? (manto)
Pois eu, minha senhora, de presente
nunca de vós tive nem tenho
nem a mais pequenina coisa.”
— Tradução livre, de algumas possíveis, da
Cantiga da garvaia de Paio Soares Taveiros
Cantiga da garvaia de Paio Soares Taveiros
VI Referências:
Manuscrito: http://cantigas.fcsh.unl.pt
Dante Alighieri
Biografia de Dante Alighieri, obras de Dante Alighieri, poesia italiana, Divina Comédia, literatura italiana medieval, textos literários, escritor medieval
Quem foi
Dante Alighieri foi um dos grandes
poetas mundialmente conhecidos. Ele nasceu em Florença Itália), no ano
de 1265, e faleceu em Ravena (Itália), no ano de 1321.
Este grande artista estudou em sua cidade natal, e, neste mesmo local, iniciou-se na literatura de Virgílio, Estácio e Ovídio.
Seu famoso poema “A Divina Comédia”, é divido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso. Nesta importante obra da Idade Média, Dante descreve o caminho de sua alma por estes três estágios.
Embora esta sua grande obra trate dos valores medievais, ela foi capaz de ser valorizada e compreendida mesmo séculos depois.
Obras de Dante Alighieri
- Divina Comédia (obra mais importante e mais conhecida)
- De Vulgari Eloquentia ("Sobre a Língua vulgar")
- Vita Nova ("Vida Nova")
- Le Rime - ("As rimas")
- Il Convivio - ("O Convívio")
- Monarchia - ("Monarquia")
- "As Epístolas"
- "Éclogas"
- "Quaestio" de aqua et terra"
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