História da paraíba
As ordens religiosas, os mosteiros e as igrejas na Capitania da Paraíba
1 – Os Jesuítas
Foram
os jesuítas os primeiros missionários que chegaram à capitania da
Paraíba, acompanhando todas as suas lutas de colonização. Vieram desde
as primeiras expedições de conquista.
Chegaram
primeiro dois padres, Simão Travassos e Jerônimo Machado; depois vieram
outros, entre os quais, Francisco Fernandes, Manuel Correia e Baltasar
Lopes. O visitador da Companhia, Cristóvão de Gouvêa, mandou que o padre
Jerônimo Machado relatasse todas as lutas da Paraíba, escrevendo-as no “Sumário das Armadas”.
Sabe-se que em 1591 já havia residência dos padres jesuítas nesta Capitania, em são Gonçalo Era o local de moradia deles.
Ao
mando de Frutuoso Barbosa, os jesuítas se puseram a construir um
colégio na Filipéia. Porém, devido a desavenças com os franciscanos, que
não usavam métodos de educação tão rígidos como os jesuítas, a idéia
foi interrompida.
Aproveitando
esses desentendimentos, o rei que andava descontente com os jesuítas
pelo fato de estes não permitirem a escravização dos índios, culpou os
jesuítas pela rivalidade com os franciscanos e expulsou-os da capitania.
Cento e quinze anos depois, os jesuítas voltaram a Paraíba fundando um
colégio onde ensinavam latim, filosofia e letras. Passando algum tempo,
fundaram um Seminário junto à igreja de Nossa Senhora da Conceição.
Atualmente essa área corresponde ao jardim do Palácio do Governo.
Em
1728, os jesuítas foram novamente expulsos. Em 1773, o Ouvidor-Geral
passou a residir no seminário onde moravam os jesuítas, com a permissão
do Papa Clemente XIV.
2 – Os Franciscanos
Atendendo a Frutuoso Barbosa, chegaram os padres franciscanos, com o objetivo de catequizar os índios.
O
Frei Antônio do Campo Maior chegou com o objetivo de fundar o primeiro
convento da capitania. Seu trabalho se concentrou em várias aldeias, o
que o tornou importante.
No
governo de Feliciano Coelho, começaram alguns desentendimentos, pois os
franciscanos, assim como os jesuítas, não escravizavam os índios.
Ocorreu que depois de certos desentendimentos entre os franciscanos,
Feliciano e o governador geral; Feliciano acabou se acomodando junto aos
frades.
A
igreja e o convento dos franciscanos foram construídos em um sítio
muito grande, onde atualmente se encontra a praça São Francisco.
3 – Os Beneditinos
O superior dos beneditinos tinha interesse em fundar um convento na Capitania da Paraíba.
O
governador da capitania recebeu o abade e conversou com o mesmo sobre a
tal fundação. Resolveu doar um sítio, que seria a ordem do superior
geral dos beneditinos.
A
condição imposta pelo governador era que o convento fosse construído em
até dois anos. O mosteiro não foi construído em dois anos, mesmo assim,
Feliciano manteve a doação do sítio.
A igreja de São Bento se encontra atualmente na Rua Nova, onde ainda há um cata-vento em lâmina, construído em 1753.
4 – Os missionários carmelitas
Os
carmelitas vieram à Paraíba a pedido do cardeal D. Henrique. Quando
chegaram à Paraíba o Brasil estava sob domínio espanhol. Os carmelitas
chegaram fundaram um convento e iniciaram trabalhos missionários.
O convento de Nossa Senhora do Carmo deve ter sido construído na Paraíba em 1591, com a sua igreja. Ele foi todo edificado em pedra. Era um edifício simples de um só andar.
A
história dos carmelitas aqui na Paraíba é incompleta, uma vez que
vários documentos históricos foram perdidos nas invasões holandesas.
Em
1763, Frei Manuel de santa Teresa restaurou o convento, mas logo este
foi demolido para servir de residência ao primeiro bispo da Paraíba, D.
Adauto de Miranda Henriques.
5 – O prestígio da Igreja e o Tribunal do Santo Ofício
A
Igreja naquela época dispunha de enorme prestígio. Habitualmente a
obtenção de sesmarias era acompanhada do levantamento de capelas, pelos
sesmeiros, como símbolo da posse da terra. No interior das casas grandes
e fazendas não faltava o oratório, para o terço em família, sendo que
também se rezava as refeições. Nas vilas e cidades, as missas faziam-se
obrigatórias e o sino das igrejas regulava a vida das habitantes. As
eleições eram paroquiais e, cedo, as famílias da classe dominante
adquiriram o costume de converter um dos filhos em padre.
Ressalte-se
que o clero regular, de franciscanos, jesuítas, beneditinos e
carmelitas, dispunha de propriedades, engenhos e escravos, na sede da
capitania e fora dela, com o que participava da ocupação da terra.
Com o clero secular chegou à Paraíba, em 1595, a
terrível Inquisição cujo Tribunal do Santo Ofício perseguia os acusados
de práticas diferentes das permitidas pela Igreja católica e,
principalmente, os judeus. Instalada pelo visitador Heitor Furtado de
Mendonça, a primeira visitação do Santo Ofício fez-se tão rigorosa que
alcançou o vigário da freguesia de N. S. das Neves. Acusado de
ascendência árabe e práticas judaizantes, o padre João Vaz de Salem,
homem rico e influente, teve seus bens confiscados. Vários desses
reverteriam à ordem beneditina.
Análise Social; Igrejas
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados. O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
Duarte Coelho Pereira fundou uma nova Lusitânia, composta apenas por nobres. Alguns nobres de Pernambuco se refugiaram para a Paraíba, antes que ocorresse alguma invasão holandesa. Ao chegarem, fizeram seus engenhos, onde viviam com muito luxo, desfrutando de tudo. Ocorre que nem toda a população vivia tão bem como a nobreza, uma vez que haviam mulheres e moças analfabetas, que só faziam os afazeres domésticos Havia também outras classes sociais, compostas por comerciantes e aventureiros, que enriqueciam rapidamente, faziam parte da burguesia, querendo chegar a fazer parte da nobreza. Os integrantes da máquina administrativa constituíam outra classe. Eles eram considerados os homens bons, viviam uniformizados. O fator mais importante para a sociedade foi a Igreja, devido à sua maneira de catequizar o povo.
As principais igrejas da época colonial foram as seguintes:
- A Matriz de Nossa Senhora das Neves;
- A Igreja da Misericórdia;
- A Igreja das Mercês;
- A igreja de N. S. do Rosário dos Pretos;
- A Capela de N. S. da Mãe dos Homens;
- A Igreja do Bom Jesus do Martírio
Quase
todas as povoações, vilas e cidades nasceram ao redor de uma capela que
o fervor religioso erigia em homenagem a uma das muitas entidades
celestiais cujo santo ou santa de sua invocação passava a padroeiro do
lugar com a criação da vila. As santas eram as na escolha dos oragos que
predominavam o nome de nossa senhora na variedade de sua nomenclatura
hagiológica, e inúmeras freguesias consagraram Nossa Senhora da
Conceição como padroeira que foram Areia, Campina Grande, Jacoca,
Gurinhém, Ingá, Itabaiana, Araruna, Cabeceiras, Taperoá e Misericórdia e
apenas cinco freguesias invocaram nomes de santos que foram Santo
Antônio para Painço, São Sebastião para Piauí, São José para São José
dos Piranhas, São Miguel para Baia da Tradição e São Paulo para
Mamanguape, e as festas de padroeiras davam vida ao lugar pois as
musicas, foguetórios, novenas e procissão de encerramento.
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