As Tribos Indígenas Brasileiras
Por Eduardo Bueno
As tribos
Após 500 anos do descobrimento, ainda existe 215 nações e 170 línguas indígenas diferentes. Aqui , estão algumas destas nações sobreviventes
Aimoré:
grupo não-tupi, também chamado de botocudo, vivia do sul
da Bahia ao norte do Espírito Santo. Grande corredores e guerreiros
temíveis, foram os responsáveis pelo fracasso das capitanias de Ilhéus,
Porto Seguro e Espírito Santo. Só foram vencidos no início do século 20.
Eram apenas 30 mil
Avá-Canoeiro:
Povo de língua da família Tupi-Guarani que vivia
entre os rios Formoso e Javarés, em Goiás. Em 1973, um grupo foi
contatado. Foram pegos "a laço" por uma equipe chefiada por Apoena
Meireles, e transferidos para o Parque Indígena do Araguaia (Iha do
Bananal) e colocados ao lado de seus maiores inimigos históricos, os
Javaé . Parte da área indígena Avá-Canoeiro, identificada em 1994 com
38.000 ha, nos municípios de Minaçu e Cavalcante em Goiás, está sendo
alagada pela hidrelétrica Serra da Mesa, no rio Maranhão.
Bororos:
Povo falante de língua do tronco macro-jê. Os Bororo
atuais são os Bororo Orientais, também chamados Coroados ou Porrudos e
autodenominados Boe. Os Bororo Ocidentais, extintos no fim do século
passado, viviam na margem leste do rio Paraguai, onde, no início do séc.
XVII, os jesuítas espanhois fundaram várias aldeias de missões. Muito
amigáveis, serviam de guia aos brancos, trabalhavam nas fazendas da
região e eram aliados dos bandeirantes. Desapareceram como povo tanto
pelas moléstias contraídas quanto pelos casamentos com não-índios.
Caeté:
os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a ilha de Itamaracá até
as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram
considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou
que fossem "escravizados todos, sem exceção". Assim se fez. Seriam 75
mil
Caiapós:
Explorando a riqueza existente nos 3,3
milhões de hectares de sua reserva no sul do Pará - especialmente o
mogno e o ouro -, os caiapós viraram os índios mais ricos do Brasil.
Movimentam cerca de U$$15 milhões por ano, derrubando, em média, 20
árvores de mogno por dia e extraindo 6 mil litros anuais de óleo de
castanha. Quem iniciou a expansão capitalista dos caiapós foi o
controvertido cacique Tutu Pompo (morto em 1994). Para isso destitui o
lendário Raoni e enfrentou a oposição de outro caiapó, Paulinho Paiakan.
Ganhador do Prêmio Global 500 da ONU, espécie de Oscar ecológico,
admirado pelo príncipe Charles e por Jimmy Carter, Paiakan foi acusado
do estupro de uma jovem estudante branca, em junho de 1992. A
absolvição, em novembro de 94, não parece tê-lo livrado do peso da
suspeita. Paiakan - mitificado na Europa, criminoso no Brasil - é uma
contradição viva e um símbolo da relação entre brancos e índios.
Carijó:
seu território ia de Cananéia (SP) até a Lagoa dos Patos (RS). Vistos
como "o melhor gentio da costa", foram receptivos à catequese. Isso não
impediu sua escravização em massa por parte dos colonos de São Vicente.
Em 1554, participaram do ataque a São Paulo. Eram cerca de 100 mil
Goitacá:
Ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e
cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e
intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.
Ianomâmi:
Povo constituído por diversos grupos cujas línguas pertencem à mesma
família, não classificada em troncos. Denominada anteriormente Xiriâna,
Xirianá e Waiká, a família Yanomami abrange as línguas Yanomami, falada
na maior extensão territorial, Yanomám ou Yanomá, Sanumá e Ninam ou
Yanam, as quatro com vários dialetos. Os Yanomami vivem no oeste de
Roraima, no norte do Amazonas e na Venezuela, num total de 20 mil
índios.
Juruna:
Povo indígena cuja língua é a única
representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se
Yudjá; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a
tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz
dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma
população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um
grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido
pelo Parque do Xingu (MT). Segundo levantamento de médicos da Escola
Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do
parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na
margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios,
segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu,
numa pequena área indígena chamada Paquiçaba, no município de Senador
José Porfírio, no sudeste do Pará. Suas terras serão atingidas pela
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
Kaiapó:
Ou
Kayapó, ou Caiapó. Povo de língua da família Jê. Distribuem-se por 14
grupos, num vasto território que se estende do SE do Pará ao N do Mato
Grosso, na região do rio Xingu. Os grupos são: Gorotire, Xikrin do
Cateté, Xikrin do Bacajá, A’Ukre, Kararaô, Kikretum, Metuktire
(Txucarramãe), Kokraimoro, Kubenkrankén e Mekragnoti. Há indicações de
pelo menos três outros grupos ainda sem contato com a sociedade
nacional.
Kaingang:
Ou Caingangue. Povo de língua da
família Jê. Também conhecidos como Coroados, vivem em 26 pequenas áreas
indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul. São aproximadamente 7.000 índios.
Pataxó:
Povo de língua da família Maxacali, do tronco Macro-Jê. Abandonou sua
língua original e expressa-se apenas em português. Vive no sul da Bahia,
em Barra Velha, Coroa Vermelha e Monte Pascoal, em zona economicamente
valorizada (cacau e turismo), nos municípios de Porto Seguro e Santa
Cruz Cabrália e nas áreas indígenas Mata Medonha e Imbiriba. Em 1990,
eram aproximadamente 1.600 índios.
Potiguar:
Senhoreavam a
costa desde São Luís até as margens do Parnaíba, e das margens do Rio
Acaraú, no Ceará, até a cidade de João Pessoa, na Paraíba. Exímios
canoeiros, inimigos dos portugueses, seriam uns 90 mil
Tremembé:
grupo não-tupi, que vivia do sul do Maranhão ao norte do Ceará, entre
os dois territórios potiguares. Grande nadadores e mergulhadores, foram,
alternadamente, inimigos e aliados dos portugueses. Eram cerca de 20
mil
Tabajara:
viviam entre a foz do Rio Paraíba e a ilha de Itamaracá. Aliaram-se aos portugueses. Deviam ser uns 40 mil
Temiminó:
Ocupavam a ilha do Governador, na baía de Guanabara, e o sul do
Espírito Santo. Inimigos dos tamoios, aliaram-se aos portugueses. Sob
liderança de Araribóia, foram decisivos na conquista do Rio. Eram 8 mil
na ilha e 10 mil no Espírito Santo.
Tamoio:
Os verdadeiros
senhores da baía de Guanabara, aliados dos franceses e liderados pelos
caciques Cunhambebe e Aimberê, lutaram até o último homem. Eram 70 mil.
Tupinambá:
consituíam o povo tupi por excelência. As demais tribos tupis eram, de
certa forma, suas descendentes, embora o que de fato as unisse fosse a
teia de uma inimizade crônica. Os tupinambás propriamente ditos ocupavam
da margem direita do rio São Francisco até o Recôncavo Baiano. Seriam
mais de 100 mil.
Tupiniquim:
foram os índios vistos por Cabral. Viviam no sul da Bahia e em São Paulo, entre Santos e Bertioga. Eram 85 mil.
Xavantes:
Povo de língua da família Jê. Autodenominam-se Akwe ou Akwen.
Contatados na década de 1940, eram índios guerreiros que resistiram
tenazmente à ocupação de seu território (Mato Grosso) pelos
colonizadores. Em 1989 o grupo contava cerca de 6.000 pessoas,
distribuidos em sete áreas indígenas entre os rios das Mortes e Batovi, a
leste de Mato Grosso.
Wai-wai:
Ou Waiwai, Uaiai. Povo de
língua da família Karíb. Vivem na área indígena Nhamundá-Mapuera, na
fronteira do Pará com o Amazonas, e Waiwai, em Roraima. A população é
constituída por uma mistura de várias tribos atraídas e assimiladas por
eles ao longo dos anos, entre as quais as dos Karafawyana, dos Kaxuyana e
dos Hixkariana. Em 1990, segundo a Funai, somavam cerca de 1.250
índios.
Leia também:
Brasil Indígena
A População Nativa Brasileira
Fonte:
Eduardo Bueno/Zero Hora
http://cledir.hpg.ig.com.br/historia/02c.htm
Caeté: os deglutidores do bispo Sardinha viviam desde a ilha de Itamaracá até as margens do Rio São Francisco. Depois de comerem o bispo, foram considerados "inimigos da civilização". Em 1562, Men de Sá determinou que fossem "escravizados todos, sem exceção". Assim se fez. Seriam 75 mil
Caiapós:
Carijó:
Goitacá:
Ianomâmi:
Juruna:
Kaiapó:
Kaingang:
Pataxó:
Potiguar:
Tremembé:
Tabajara:
Temiminó:
Tamoio:
Tupinambá:
Tupiniquim:
Xavantes:
Wai-wai:
Leia também:
Brasil Indígena
A População Nativa Brasileira
Fonte:
Eduardo Bueno/Zero Hora
http://cledir.hpg.ig.com.br/historia/02c.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário