sábado, 1 de outubro de 2016

Rei Arthur - Filme completo em portugues





Título: King Arthur
Ano: 2004

Duração: 125 min
Gênero: Drama histórico
Opinião: Prefiro os relatos escritos, são mais bem elaborados que as adaptações cinematográficas.
Sugestão: Leia a série As Crônicas de Arthur 

O filme conta uma história fictícia baseada em dados arqueológicos de que a lenda do Rei Arthur teria se originado em uma pessoa real, um comandante romano de nome Artur. No filme, que mistura as evidências históricas com elementos das lendas arturianas, Artur e seus Cavaleiros (provenientes de tribos conquistadas pelo Império Romano) enfrentam os saxões, que invadem a Grã-Bretanha quando o império em decadência está se retirando, deixando os habitantes da ilha a mercê dos invasores. Rei Arthur foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte.

RESUMO:
 
   Em Rei Arthur (2004) temos uma história fictícia baseada em dados arqueológicos e relatos escritos, de Arthur e seus cavaleiros em diversas situações de disputas territoriais e religiosas. O filme inicia-se com um mix de vida de Lancelot – sendo condenado a servir a Roma - e da vida de Arthur quando ainda eram crianças e depois já se passa num futuro mais distante, com Arthur líder dos cavaleiros da famosa Távola Redonda, tentando de certo modo encontrar a liberdade, ainda que ela imponha fatores como matar e morrer. Arthur e seus cavaleiros aparecem em uma cena logo no começo do filme, servindo a Roma, protegendo a chegada do Bispo Germanius a Inglaterra, chegada está que é quase impedida pelo exército – de loucos, como é descrito no livro, ou Woads como descrito no filme – de Merlin, um poderoso druida da Bretanha, que não queria a expansão do Cristianismo, visto que essa religião poderia fazer com que o Druidismo deixasse de existir como religião oficial da Bretanha. 
 
   Apesar dos Woads estarem em maior grupo, eles não foram capazes de impedir a chegada do bispo, pois a cavalaria de Arthur lutou contra eles e venceu, fazendo com que Merlin recuasse junto com seu exercito. O bispo Germanius estava na Inglaterra para dar a liberdade aos cavaleiros de Arthur, após 15 anos de servidão ao Império Romano, porem o bispo não está – ainda -, disposto a dar a liberdade a Távola Redonda e pede em troca de sua liberdade, uma última missão, considerada por muitos como algo suicida. O bispo pede que os cavaleiros – a mandato do papa -, resgatem uma família nobre, onde inclusive tem um jovem garoto que será futuramente um papa. A missão é tenebrosa, pois terão que passar pelo território dos Woads, seus inimigos. Apesar de tudo os cavaleiros chegam ao território onde está à família nobre e a resgata levando também todos os outros habitantes, para que também possa ficar seguros. Uma das habitantes resgatada junto com a família nobre é Guinevere, uma jovem bem curiosa e corajosa, que ajuda os cavaleiros em posteriores combater, usando de seu inconfundível talento com o arco e flecha.
 
   Sendo feita então a vontade do papa, os cavaleiros de Arthur recebem sua carta de liberdade, porém um povo bárbaro – os saxões – ameaça destruir a Bretanha, e anexar seu território ao seu povo. Arthur então pede que seja feito esse último sacrifício pela Bretanha. Os cavaleiros ficam junto a Arthur e se unem também aos guerreiros de Merlin, que não querem o avanço saxão. Juntos eles conseguem derrotar, com a elaborada estratégia de Merlin, os saxões, impedindo a decadência do Império Bretão. No final do filme, Arthur se casa com Guinevere, e o filme finda com uma mensagem de que muitos morreram, mas não morreram em vão. Rei Arthur (2004) foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte.
 
A lenda do Rei Arthur 



 Há duas versões da lenda para a transformação de Arthur em Rei, são elas:

A Versão da Excalibur:
 
Conta essa versão que Uther Pendragon estava sendo perseguido por inimigos que lhe armaram uma emboscada e antes de morrer fincou a sua espada mágica numa pedra e disse que o próximo rei seria quem a retirasse desta pedra. Para satisfazer suas vontades de se transformarem em rei, todos os grandes guerreiros tentaram, e passaram a organizar torneios anuais onde o vencedor receberia a chance de tentar retirar a espada mágica da rocha. Arthur, nessa época, era criado por Ectório e era o seu filho mais novo (de criação) e ele, como acontecia na era medieval, era o Pajem de seu irmão mais velho Cai. Numa dessas batalhas Arthur perdeu a espada de Cai e quando viu a espada encravada na rocha retirou-a e levou-a  a seu pai. Neste momento alguns se ajoelharam e um outro senhor, Ban da Bretanha, jurou Guerra ao bastardo. Começada a guerra, Arthur imobilizou Ban e pediu para Ban jurar fidelidade a ele. Ban disse que não juraria fidelidade a um rei que não tivesse ainda se tornado um cavalheiro de verdade. E Arthur, sem pestanejar disse: "Estás certo meu senhor, faça-me então cavalheiro e jure fidelidade ao seu rei." Diante disso, Ban não acreditando na coragem do jovem, tomou a Excalibur em suas mãos e fê-lo cavalheiro jurando-lhe fidelidade diante de todos os seus soldados. Assim, Arthur foi feito rei de toda a grande Bretanha.

 A Versão das Brumas:
 
Igraine foi forçada por Viviane a se deitar com Uther para que ele lhe fizesse um filho. Depois disso, Arthur foi dado a Ectório para ser criado como um bastardo, visto que ele fora feito enquanto Igraine ainda era mulher de Gorlois da Cornualha, e isso não seria aceito por seus súditos. Quando Uther morreu, Arthur foi levado para Avalon para ser coroado de acordo com as celebrações do Gamo-Rei, e depois do ritual ele teve que se deitar com a Deusa incorporando o gamo, para com isso finalizar a sua coroação. Após a coroação, Arthur recebeu a espada mágica excalibur que tinha uma bainha confeccionada pelas mãos das sacerdotisas de Avalon, e seus símbolos significavam as mágicas que ela continha. Para a confecção dessa bainha, a sacerdotisa dava também seu sangue para a magia, e dentre outras mágicas, a bainha continha a proteção contra ferimentos e desmaios. Com essa espada e a bandeira do pendragon mantida como a bandeira do reino, Arthur conseguia que os povos antigos fossem seus aliados para o resto da sua vida. E não feria as tradições da Igreja Católica, uma outra forte aliada. Nesta cerimônia, Arthur jurou fidelidade aos preceitos da Antiga Religião.

Os Personagens da Lenda: 
Rei Arthur

Arthur, o rei, é a personagem principal desta lenda. Ele foi coroado aos 15 anos, após a cerimônia do Gamo Rei, onde ganhou a Excalibur (sua espada mágica). Existem duas versões para esta história, que serão contadas mais adiante.Ele teve uma irmã (Morgana) e um irmão de criação (Cai), sua mãe (Igraine) era filha da Senhora de Avalon e irmã de Viviane (Sacerdotisa atual de Avalon na saga). O Mago Merlim é pai da mãe de Arthur, seu avô de direito.Arthur não teve filhos de seu conhecimento, mas ele foi pai em conjunto com Morgana no ritual do Gamo Rei. Morgana nunca contou ao seu irmão sobre o acontecido, visto que nesse ritual os corpos eram doados aos deuses para a unificação do ritual que será explicado na história do "Gamo Rei".Arthur criou a Távola Redonda, onde todos os seus cavaleiros se sentavam à uma mesa redonda de acordo que não houvesse ponta nem cabeceiras, reafirmando que todos eram iguais perante ao rei e perante ao Cristo.Arthur traiu o povo das fadas (seus familiares por parte de mãe) ao negar a bandeira do Pendragon e instituir em Camelot a bandeira com a cruz do Cristo e a Virgem Maria. Essa bandeira foi confeccionada por Guinevere, sua esposa e rainha de Camelot. Arthur, após a mudança do reino de Tintagel para Camelot, começou a dar ouvidos a sua esposa e fazer tudo o que ela queria, com isso negou aos seus ancestrais, traiu o povo de Avalon e instituiu uma religião una em toda a Bretanha, o Cristianismo.

A Rainha Guinevere 

Guinevere (ou Gwen) ainda era uma moça quando se casou. Ela foi aceita pelo rei que nem mesmo a conhecia; mais por causa do seu dote do que por qualquer outra coisa. Gwen trazia consigo 100 cavalos de guerra pesados e 100 soldados para montá-los. Arthur ao vê-la encantou-se, mas o coração de Gwen já era de Lancelot do Lago, o chefe da cavalaria de Arthur. Gwen teve dias felizes em Camelot e em Tintagel, mas o seu amor proibido fazia com que uma angústia enorme acompanhasse a Rainha da Bretanha. Gwen não era tão boazinha quanto parece: ela tornou-se uma mulher fria, calculista e vingativa; deu forças para que Morgana se casasse com um velho rei e fez com que Lancelot tomasse ódio de Morgana. Guinevere tinha muitos ciúmes de Morgana; a rainha era também muito católica e fez com que Arthur trocasse a bandeira do Pendragon pela cruz do Cristianismo e com isso criou o início da decadência do reinado do seu marido. Guinevere também mantinha encontros furtivos com seu verdadeiro amor, Lancelot. A figura da rainha é retratada como a mulher que se impõe num regime onde ela não tem vez. Guinevere e Morgana formam a espinha dorsal da trama e desencadeiam todas as histórias que acontecem dentro do reino. Guinevere é exilada mais tarde por Arthur devido a sua vida "indigna" com Lancelot.


O Mago Merlim

 Merlim era um título dado ao sacerdote mais graduado na religião antiga. O Merlim era como se fosse o representante masculino da Deusa. Ele, juntamente com a Sacerdotisa de Avalon, formavam o elo entre a magia e os humanos. O Merlim, no início da lenda, é o Taliesin (aquele velho de barba branca, como ficou imortalizado na mente das pessoas) que teve duas filhas importantes no enredo da lenda: Igraine (a mãe de Arthur) e Niniane (a Sacerdotisa de Avalon que substituiu Viviane). Taliesin foi também o articulador e conselheiro do reino de Ambrósio e Uther Pendragon. Já no reino de Arthur ele participou do início mas pela sua idade foi substituído por Kevin, o Bardo. Kevin era um homem com problemas físicos, foi surrado por um cavaleiro na sua infância e com isso tem problemas para se locomover, ficando corcunda e manco, e mesmo os problemas nas mãos  não o   impediram de fazer valer o seu maior dom: a Harpa. A bela voz também o acompanhava, Kevin era o melhor harpista de todo o reino de Camelot e empunhava a sua amada (a sua harpa) de uma forma peculiar, pois não tinha forças para erguê-la e por isso abaixava-se junto ao instrumento como que reverenciando-o por todos os belos sons que ele emitia. Kevin era calmo e muito lúcido, e por vezes se mostrou até pouco radical quanto à sua religião para não ferir os propósitos maiores que era manter a religião pagã viva e não torná-la a mais importante da Bretanha. Nesse período, os antigos já tinham a certeza de que a sua religião não era mais a dominante na região, mas que apenas continuaria viva e deveria se respeitada assim como a católica. O papel do Merlim na trama a partir daí não era o de fazer magia e feitiços, mas sim de mostrar ao seu povo que ele continuava junto ao rei e com isso assegurar a paz entre o reino e os povos antigos, tornando-os aliados incontestáveis. O Merlim era um título e não um homem, é bom que isso fique muito bem claro.

Lancelot

Lancelot era filho de Viviane, o melhor guerreiro da Távola Redonda e o Mestre de Armas de Arthur. Lancelot mantinha vínculos com Avalon e sempre que podia visitava sua mãe, porém ele não seguia nenhuma das duas religiões da época (Católica e Wicca), Lancelot não era um homem ligado aos cultos religiosos, embora pertencesse à linhagem real e tivesse a visão. Ele era apaixonado por Guinevere, antes mesmo desta se tornar rainha. A sua vida sempre foi regada por vitórias em batalhas e campeonatos, Lancelot era o mais valioso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalos selvagens. Casou-se tarde, com a filha do rei Pelinore e, com isso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, com quem mantinha encontros furtivos e a quem realmente pertencia o seu coração. O seu romance com Guinevere foi descoberto pelos cavaleiros da Távola Redonda, e depois disso ele foi expulso do reino de Arthur e nunca mais voltou. Lancelot morreu velho no reino de seu sogro, o Rei Pelinore.

Morgana das Fadas

Morgana era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Igraine e Gorlois da Cornualha. Ela foi criada em Avalon como uma sacerdotisa, segundo as ambições de Viviane, sua tia, Morgana seria a próxima Senhora de Avalon, pois tinha a linhagem real e era muito aplicada à Deusa e aos seus ensinamentos. Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei, onde Morgana foi dada ao seu irmão Arthur em nome da deusa, ela se aborreceu com Viviane e com o que foi obrigada a fazer e abandonou Avalon. Foi morar com Morgause (sua tia) e depois foi para a corte de seu irmão. Morgana também era apaixonada por Lancelot, mas este nunca a quis por ela ser sua prima e por ver em Morgana sua mãe Viviane. Morgana armou o casamento de Lancelot, e, com isso, afastou-o de Guinevere se vingando de tudo que sofrera até então. Morgana teve um filho (Gwydion ou Mordred) com o rei Arthur, que depois de muito tempo voltou para Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grande herdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot. Morgana foi expulsa de Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur e jogá-la no lago sagrado. Morgana não concordava com a transformação de Camelot num reino cristão e lutou com todas as suas forças para derrubar Arthur do poder. Ela fracassou em todas as tentativas dessa sua luta pessoal e perdeu com isso a amizade dos poucos que gostavam dela. Acolon, um consorte dela, morreu tentando derrubar o rei para Morgana, isso a deixou muito abalada e fez com que ela se exilasse em Avalon para a eternidade. Morgana morreu velha em Avalon que se perdeu para sempre nas brumas.

Viviane - A Senhora de Avalon
 
Viviane é uma das grandes personagens da trama. Ela é irmã mais velha de Igraine e Morgause. Viviane teve dois filhos, Lancelot e Balam. Lancelot se tornou o mestre de guerra de Arthur e Balam era um dos cavaleiros do Rei. É a tia de Morgana e Arthur. Viviane é a fiel representante da Deusa, a Sacerdotisa de Avalon. Ela ganhou muitas inimizades devido à sua devoção incondicional às suas crenças. A primeira a se revoltar quanto ao seu modo de agir foi Igraine, que teve de casar com Gorlois de acordo com a vontade da Deusa, e depois teve que se dar a Uther antes mesmo de se tornar viúva, para conceber Arthur. Viviane morreu pelas mãos do meio irmão(Balim) de seu filho. Ela esteve na comemoração de Pentecostes para requerer que Arthur continuasse fiel às suas promessas de respeito à religião dos povos antigos. Balim, Cavaleiro do Rei, aproveitou-se disso para matá-la em frente a toda corte e sofreu as punições devidas a uma desonra como essa. Balim foi morto por Lancelot em vingança a sua mãe, com o consentimento do Rei Arthur. Viviane foi enterrada em frente a um convento no memorial da Corte, a contra-gosto de Morgana que queria levar o corpo a Avalon para que ela recebesse as últimas saudações

Uther Pendragon

Uther Pendragon foi o rei que substituiu Ambrósio. Uther era o capitão da guarda de Ambrósio, não sendo herdeiro por direito, visto que não era filho do rei. Com a morte de Ambrósio, Uther era o seu preferido, e por isso foi o escolhido.O novo rei foi leal ao seu povo e muito voltado para os combates, já que era um ótimo guerreiro.Ele se apaixonou por Igraine que até então era a esposa de Gorlois, Duque da Cornualha. Igraine também se apaixonou por ele e Merlim os ajudou a ter uma noite de amor enquanto Igraine ainda era casada. Uther usou as roupas de Gorlois e com um encanto todos acharam que este realmente era o Duque e entrou no quarto de Igraine para passar a noite com ela. Desta noite surgiu Arthur o Grande Rei.Depois disso Gorlois foi morto pelos homens do Rei e Uther pde se casar com Igraine.PENDRAGON - era um título dado ao mestre das armas. O Pendragon era o melhor guerreiro, o mais respeitado e o chefe de guerra.

 Igraine

Igraine era filha da Grande Sacerdotisa, irmã de Viviane (a Senhora do Lago) e de Morgause.Ela foi treinada para ser sacerdotisa em Avalon assim como sua irmã mais velha, mas Viviane a entregou para Gorlois e este a fez sua esposa.Ela teve uma filha de Gorlois (Morgana), e depois teve um filho de Uther (Arthur). Igraine, enquanto esposa de Gorlois ficou muito longe de sua fé e renunciou a visão (mais por raiva de ter sido casada contra a sua vontade do que por causa do afastamento de Avalon), e foi muito infeliz com este casamento. Depois, com Uther, o homem que amava, foi feliz e deu um herdeiro a ele. Teve ótimos dias em Tintagel mas, sempre teve muita tristeza por não ter conseguido dar um filho que fosse legitimado o príncipe herdeiro, visto que Arthur nasceu antes de Uther e Igraine constituírem matrimônio, e não poderia ser proclamado herdeiro com o consentimento do povo e de seus aliados.Com a morte de Uther, Igraine foi viver num convento (ela já tinha, nessa época se entregado ao cristianismo), só saindo de lá na ocasião do casamento de seu filho Arthur. Igraine morreu no convento, tendo ao lado somente Guinevere (a rainha) e clamando por Morgana.

O Amor Proibido entre Lancelot e Guenevere

Guinevere (Gwenwyfar ou Gwen) e Lancelot são duas personagens muito importantes em toda essa lenda de Camelot. De um lado, a grande rainha e mulher de Arthur, o mais justo dos reis, e, do outro lado, o grande herói, o melhor cavaleiro, o chefe da cavalaria real: Sir Lancelot. Esse amor nasceu de uma visita de Lancelot ao reino do pai de Guinevere para cogitar se a herdeira daquele reino era digna de se sentar ao lado do grande rei da Bretanha, Arthur. Os dois se olharam e trocaram sorrisos, e a partir daí nasceu o amor tão comentado e polêmico que decreta a ruína de Camelot. Depois de muitos anos, Lancelot se casa e some de vez do reino de Arthur, mas, com o retorno do grande cavaleiro à Camelot, Gwen e Lancelot voltam a se encontrar e, guiados por Mordred , os Cavaleiros da Távola Redonda armam uma emboscada a fim de desmascarar toda essa traição ao seu grande Rei. Lancelot é descoberto, e numa luta contra os cavaleiros acaba fugindo, mas antes mata Gareth, o filho de Morgause e o seu maior fã. Arthur descobre, manda Gwen para um convento e decreta a expulsão de Lancelot de seu reino. Existe uma outra versão que diz que Arthur condenou Gwen à fogueira e Lancelot veio em seu auxílio e a livrou da morte lutando com muitos soldados do Rei e decretando guerra a Arthur, mas isso é por mim visto como muito romântico e fantasioso, cabe ao leitor acatar a versão da lenda que lhe é mais apropriada, lembrem-se que o meu objetivo é narrar os fatos e não impor qual é o certo e o errado. Por fim, Gwen acaba voltando para Camelot depois de um pedido de perdão de Lancelot e a sua promessa de nunca mais voltar ao reino de Arthur enquanto os dois viverem.

O Filho de Morgana

Mordred (ou Gwidion) era o filho de Morgana e Arthur, nascido da Cerimônia do Gamo Rei. Mordred foi criado em segredo longe dos olhos de Arthur por Morgause e aprendeu as artes da guerra em território saxão (os saxões eram inimigos do povo de Arthur, os bretões). Mordred voltou e se apresentou ao rei como filho de Morgana e foi feito cavaleiro da Távola Redonda por Lancelot, depois de desafiá-lo publicamente em uma festa de Pentecostes. Mordred também foi treinado para ser um Merlim da Bretanha em Avalon, e era como sacerdote que ele negara toda a religião cristã e se tornara o conselheiro de Arthur (que sabia que Mordred era seu filho). Mordred se tornou herdeiro do reino depois da morte de Galahad (filho de Lancelot) na busca do Santo Graal. Contudo Mordred nunca assumiu esse trono. Ele morreu antes disso numa batalha, depois de comandar a derrocada do reino de Arthur revelando a todos o romance de Gwen e Lancelot. Mordred tinha raiva de seus pais por o terem abandonado e queria muito se vingar do rei por questões pessoais e pela traição à Avalon. Existe uma versão que diz que Arthur e Mordred morreram lutando um contra o outro, e fala-se também que Lancelot matou Mordred e depois morreu guerreando contra Arthur. Todas essas versões enriquecem essa história maravilhosa!

A Távola Redonda

A Távola Redonda nada mais era do que uma mesa redonda que Arthur ganhou do pai de Guinevere em seu casamento (Aliás, Arthur se casou com Guinevere por causa de um dote de 100 cavalos de guerra pesados e 100 soldados cavaleiros). Após isso, com a criação de Camelot, Arthur mandou construir um salão enorme para colocar essa mesa, de modo que todos os cavaleiros pudessem se reunir, não havendo lugares mais importantes entre eles, visto que, na mesa não haviam quebras e por isso simbolicamente todos os presentes eram iguais. Os "Cavaleiros da Távola Redonda" eram todos os homens que eram feitos cavaleiros por Arthur ou os que eram formados fora do reino e que tenham sido absorvidos por Arthur como sendo de confiança (Lancelot, Gawaine e outros). A história fala de 12 cavaleiros, mas isso não deve ser uma regra.

A Criação de Camelot

Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra, ganhando com isso a aliança dos inimigos. Antes, Arthur morava no Castelo de Tintagel, onde era a base de seu reino. Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi aí que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos cavaleiros por Arthur). O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.
Camelot seria o reino onde Arthur estabelecera sua corte, mas onde ficava Camelot e de onde teria surgido este nome?
Supõe-se que o nome Camelot, referindo-se à suposta capital de Arthur, tenha sido dado pela primeira vez, no século XII, pelo romancista francês Chrétien de Troyes. Não há nenhuma garantia histórica sobre a existência de tal capital e essa idéia só entra na história depois que o general Arthur se transformou mitologicamente na figura do rei. Acredita-se que Camelot seja uma corruptela francesa para Camalodunum, nome romano de Colchester. Em 1542, um antiquário chamado John Leland visitou a colina de Cadbury (ao lado), em Somerset, que os habitantes chamavam de Palácio de Arthur, e ficou realmente convencido de que lá ficava a Camelot de Arthur, o que levou a chamá-la de Camelot e interpretar erroneamente o nome da vila vizinha de Queen's Camel, dizendo que originalmente poderia ter-se chamado Queen's Camellat. Essa associação infeliz ocultou as prentenções de Cadbury ser a verdadeira fortaleza de Arthur.
Cadbury, próxima a Glastonbury, é um monte de 75 metros de altura cujo topo se estende por 8 hectares. O monte é cercado por quatro elevações, uma acima da outra, remanescentes de antigas obras de defesa. Em 1960, provou-se que o local foi habitado entre 500 e 400 a.C.; que os romanos a encontraram ocupada, massacraram alguns de seus habitantes e removeram o restante para o nível do solo; e que mais tarde desmantelaram o forte e aplainaram o topo da colina. Outro estágio das escavações arqueológicas revelou que a colina havia sido refortificada em 470 d.C., fato provado pela presença, nos muros e pilares, de fragmentos de cerâmica do estilo Tintagel do século V.
Os locais foram sugeridos para a capital de Arthur, como Caerlon-on-Usk, no País de Gales, mostrado nos textos de Godofredo de Monmouth. O patrono de Willian Caxton, que editou a versão de Malory da lenda de Arthur, afirmava que existia uma cidade de Camelot, no País de Gales, que parecem ser os remanescentes romanos de Caerleon. Já Malory identificava Camelot como sendo a atual Winchester. No entanto, parece que as maiores evidências são para a Colina de Cadbury como a fortaleza de Arthur, já que esta servia perfeitamente como quartel-general para alguém que estivesse lutando no sudoeste da Inglaterra, em uma batalha travada no perímetro da planície de Salisbury.

Avalon - O Túmulo de Arthur 

Avalon, chamada de Avilion por Malory, surgiu pela primeira vez na história de Arthur através de Godofredo de Monmouth. Godofredo juntou uma miscelânea de tradições com relação à sobrevivência de Arthur e ao lugar de refúgio: tanto para britânicos, bretões ou galeses, o lugar é sempre um paraíso cercado de água, localizado na região costeira, que se chamava Avalon. E disse: "O renomado rei Arthur, gravemente ferido, foi levado para a ilha de Avalon, para a cura de suas feridas, onde entregou a coroa da Bretanha a seu parente Constantino, filho de Cador, duque da Cornualha, no ano de 542 do Nosso Senhor". Mais tarde, no livro Life of Merlin, Godofredo descreve o lugar como uma ilha fantástica, habitado por nove damas, uma das quais a sua irmã, a fada Morgana.
Grande é a associação de Glastonbury com Avalon. A grande abadia de Glastonbury foi fundada no século V. A seu lado havia uma pequena igreja, muito antiga, de paredes de taipa, que se dizia ser o primeiro santuário construído na Bretanha, e, assim, associado a José de Arimatéia, que teria trazido o Santo Graal para a Bretanha. Em 1184, um incêndio destruiu a pequena igreja, bem como a maioria dos prédios da abadia. Um programa de reconstrução foi então iniciado por Henrique II, mas, como demandava somas intensas, era necessário alguma coisa para atrair peregrinos com suas bolsas. Giraldus Cambrensis, um galês de ascendência parcialmente normanda, produziu então, entre 1193 e 1199, um obra intitulada De Principis Instructione, na qual registra que Arthur teria sido um benfeitor da abadia e que teria sido na verdade enterrado nela, já que seu corpo fora encontrado em 1190. Jazia entre duas pirâmides de pedra que marcavam os locais de outros túmulos, a 5 metros de profundidade, envolvido em um tronco de árvore oco. Do lado de baixo do tronco que servia de caixão, havia uma pedra e abaixo dela uma cruz de chumbo na qual estavam gravadas as seguintes palavras em latim: "Aqui jaz enterrado o renomado rei Arthur com Guinevere, sua segunda esposa, na ilha de Avalon". Dois terços do caixão eram ocupados por um homem de tamanho incomum e o restante por ossos de uma mulher, juntamente com uma trança de cabelos loiros que virou pó ao ser tocada por um monge. A tal descoberta teve o sucesso que interessava e Glastonbury tornou-se uma atração turística.
Godofredo de Monmouth dissera que Arthur fora levado embora, mortalmente ferido, para a ilha de Avalon. A partir do momento que os ossos de Arthur teria sido encontrados em Glastonbury, junto com a cruz funerária que dizia que ele teria sido enterrado em Avalon, Glastonbury tornou-se sempre Avalon. Guilherme de Malmesbury, em sua Gesta Regum Anglorum (Gesta do Rei dos Anglos), de 1125, apenas menciona o fato de os britânicos chamarem Glastonbury de Inis Witrin, a Ilha de Vidro. Caradoc de Lancafarn, em sua Life of Gildas, de 1136, repetiu que os britânicos a chamavam de Ynis Gutrin, Ilha de Vidro. Giraldus Cambrensis e Ralph, abade de Coggeshall, em sua Chronicon Anglicanum (Crônica Anglicana), foram os dois primeiros escritores a dizer que Glastonbury era Avalon.

 Os Anais da Páscoa

A história do Rei Arthur e seus cavaleiros é realmente apaixonante, tanto que no século XII ainda havia derramamento de sangue de bretões e ingleses, sendo que os primeiros lutavam em nome de Arthur. Mas quem foi Arthur? Ele realmente existiu? Se existiu, por que toda sua história está envolta em lendas e sem conteúdo histórico?
O mais empolgante é descobrir que Arthur realmente existiu. Como a Páscoa é uma festa móvel, era necessário fazer cálculos para saber quando cairiam as próximas festas, nos anos seguintes. Essas tabelas de cálculos, existentes em várias abadias, eram chamadas de Tabelas da Páscoa. Eram organizadas em colunas, sendo que a coluna da mão direita era deixada em branco. Nela eram anotados os eventos de importância relevante. Os itens desta coluna eram chamados de Anais de Páscoa.
É comumente aceito que a data do manuscrito que continha os anais é consideravelmente mais velha que os eventos anotados nela; mas os especialistas concordam que, quando novas tabelas de cálculo eram feitas, os principais eventos das tabelas anteriores eram transcritos para as mais novas. No Museu Britânico há um maço de documentos conhecidos como Historical Miscellany (Coletânea histórica) que contém um conjunto de tabelas de Páscoa. Em suas colunas de anais ocorrem dois registros: O primeiro tem sua data discutida, já que o copista teria datado os registros a partir do ano em que se iniciaram os anais, que pode ser 499 ou 518 d.C. Está escrito: "Batalha de Badon, na qual Arthur carregou nos ombros a cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por três dias e três noites, e os bretões foram vitoriosos". No segundo registro de 539, lê-se: "Batalha de Camlann, na qual Arthur e Modred morreram. E houve pragas na Bretanha e Irlanda". O argumento que mais demonstra se tratar de uma evidência histórica é que também Gildas mencionou a Batalha do Monte Badon, cuja ocorrência registrou a mesma data do seu nascimento, descrevendo-a como "a última matança do inimigo, depois do que, durante toda a sua vida, teria sido refreado o avanço saxônico no sudeste e no sudoeste". Além disso, em uma conhecida história marcada por ausência de nomes próprios, Gildas, apesar de não falar no nome de Arthur, cita o nome da batalha, atribuindo-lhe importância singular.
Os anais dizem que Arthur lutou por três dias e três noites, o que é verossímil, pois Gildas chamou essa batalha de cerco obsessio Badonici. O fato de Arthur ter carregado a cruz nos ombros explica-se pela possível troca de palavras shield (escudo) por shoulder (ombros). A localização da colina chamada Badon é controvertida, mas supõe-se que deva estar localizada além de Kent e Essex, na rota do avanço saxônico.
É a partir desta batalha que a penetração anglo-saxônica proveniente do sudeste se interrompe, quando já tinha atingido as fronteiras da planície de Salisbury, em Berkshire e Hampshire, reiniciando somente meio século mais tarde. Não é sabido se Arthur e seus guerreiros atingiram o topo ou se foram os sitiantes; de qualquer modo o resultado foi o massacre dos saxões. Essa referência e aquela em que tanto Arthur como Modred morrem na Batalha de Camlann foram os profundos alicerces com os quais se ergueu a elevada e bem estruturada fama de Arthur.

A Historia Brittonum

Em segundo lugar, em importância como documento histórico, é a coleção do monge galês Nênio, da metade do século VIII, onde, segundo ele, agrupou tudo aquilo que havia encontrado nos anais romanos, os escritos dos santos padres e a tradição dos sábios. Esta coleção faz parte da Historical Miscellanny e é conhecida como Historia Brittonum (História dos Bretões). Começa com a recapitulação de outros trabalhos, inclusive o cálculo das seis era do mundo, iniciando com o Dilúvio; a seguir vem o que é chamado de seção independente, informações das quais Nênio foi a única fonte. Relata a carreira de Vortigern e o estímulo dado aos saxões. Nênio conta a história da descoberta, feita por Vortigern, de um menino clarividente, chamado Ambrosius, cuja mãe confessa ter sido ele gerado por um íncubo. Esse menino diz que o castelo que Vortigern se esforça tanto para construir não ficará em pé e avisa-lhe para drenar o poço que ele encontrará debaixo de suas fundações. Assim que for esvaziado, nele se descobrirão dois dragões: um vermelho e outro branco, que lutarão entre si. O branco vence o vermelho e o menino diz que a luta prediz a vitória saxônica sobre os bretões.
Depois dessa fábula vem uma passagem que, apesar de ter sido escrito muito tempo depois, será tão preciosa quanto os registros dos Anais da Páscoa. Inicia indicando uma data: "Depois da morte de Hengist, seu filho Octha, proveniente do norte da Bretanha, fixa-se em Kent, de onde inicia a dinastia dos reis de Kent". A ascensão de Octha, sob o nome de Aesc, ocorreu em 488, de acordo com a Crônica Anglo-Saxônica. Nênio continua: "Então, naqueles dias, Arthur lutou contra eles junto com os reis bretões, tendo sido o líder das batalhas". Isto mostra que, após a retirada dos romanos, muitos reis, soberanos de pequenos reinos britânicos, uniram-se contra os saxões, sendo Arthur comandante geral das tropas combinadas. Não foi somente Nênio que afirmou que Arthur não foi um rei propriamente dito; em outro capítulo do livro The Marvels of Britain (As maravilhas da Bretanha), ele o chama de um simples soldado, ou miles; Nênio fala ainda de Cabal, o cachorro, e do túmulo de Anwr, filho de Arthur, o soldado.
A próxima passagem é rápida e misteriosa; é uma lista das doze batalhas onde Arthur lutou, das quais apenas duas são passíveis de identificação. Nênio diz que a primeira batalha ocorreu no rio Glen, que pode ser tanto em Northumberland como em Lincolnshire. A segunda, a terceira, a quarta e a quinta batalhas aconteceram no rio Dubglas, in regio Linnus, o que pode significar Lindsey, em Lincolnshire. A sexta foi em Bassas, nome que não foi traduzido. A sétima foi a Batalha de Caledonian Wood, que se acredita ser uma floresta em Strathclyde. A oitava foi na Tor Guinnion, lugar que não foi identificado geograficamente, mas é assinalado pela narração de que ali Arthur teria carregado nos ombros a imagem da Virgem Maria, por cuja virtude e pela de Jesus Cristo, os pagãos teriam sidos expulsos. A nona ocorreu na cidade de Legion, nome romano de Chester. A décima foi na praia de Tribuit; a décima primeira, na montanha de Agned; e a décima segunda no monte Badon, e foi aí que Nênio disse que tinham caído novecentos e sessenta em um violento ataque desfechado por Arthur. Apesar de não ser possível delinear com exatidão onde ocorreram, parece que as batalhas ocorreram em uma área ampla, que ia de Strathclyde, no noroeste oriental, talvez até Northumberland ou, mais para o sul, até Lincolnshire; de Chester no oeste até algum lugar no sudoeste, onde o combate do monte Badon culminaria com uma vitória definitiva, estabelecendo, por fim, cinqüenta anos de paz.


terça-feira, 27 de setembro de 2016

Pedro Calmon

Detalhes

 

 

Na historiografia brasileira, Pedro Calmon destaca-se entre os que estudaram os fatos históricos e os interpretaram à luz de uma proposta acurada, presa aos acontecimentos sem esquecer que a história é dinâmica e seu estudo requer um instrumental que vai buscar em outras disciplinas o rigor para sua análise.
Grande escritor, Calmon desenvolveu um estilo aliado ao conhecimento profundo das fontes históricas mais documentadas, de modo a cativar não só os estudiosos da História, como também os leigos, interessados em nosso passado.
Nesta aventura cultural, Pedro Calmon navega nas primeiras caravelas que aqui aportaram com Cabral até as águas procelosas da Proclamação de República. Uma exegese que honra a trajetória do autor e que coloca nas mãos dos interessados em nossa História uma interpretação original e preciosa da evolução da civilização brasileira.

 



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https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/1068/640775.pdf?sequence=4

Pedro Calmon (1902 – 1985)


Pedro Calmon Muniz de Bittencourt nasceu em Amargosa, Bahia, em 23 de dezembro de 1902.
Foi escritor, jurista, professor, historiador e político. Membro da Academia Brasileira de Letras e várias outras instituições acadêmicas. Filho de Pedro Calmon Freire de Bittencourt e de Maria Romano Muniz de Aragão de Bittencourt.
Pedro Calmon estudou em Salvador e ingressou na Faculdade de Direito da Bahia, em 1920. Em 1922, transferiu-se para o Rio de Janeiro, convidado por seu padrinho, Miguel Calmon, para secretariar a Comissão Promotora dos Congressos do Centenário da Independência. Bacharelou-se em Direito, em 1924, na Universidade do Rio de Janeiro.
Em 1925 ingressou no Museu Histórico Nacional, como conservador. Em 1934, tornou-se livre-docente da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro.
Em 1935, elegeu-se deputado federal, pela Bahia. Em 1939, tornou-se catedrático da Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil e reitor, de 1949 a 1966. Durante o regime militar proibiu a entrada da polícia militar na Universidade do Brasil, dizendo: "aqui, esses beleguins de tropa militar não entram, porque entrar na Universidade só através de vestibular".
Em 1945, foi eleito presidente da Academia Brasileira de Letras e foi o delegado brasileiro na Conferência Interacadêmica para o Acordo Ortográfico, em Lisboa. Em 1950, tornou-se ministro da Educação e Saúde no governo do presidente Dutra. Doutor honoris causa da Universidades de Coimbra e professor das universidades do México, San Marcos, Quito e Nova York, entre outras. Em 1968, tornou-se presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Pedro Calmon casou-se com Hermínia Caillet Calmon de Bittencourt, com quem teve dois filhos. Morreu em 1985.
Seus textos e seus vários livros sobre história ainda são uma importante fonte de pesquisa acadêmica.
A monumental História do Brasil de Pedro Calmon, em sete volumes e 940 ilustrações. Uma das mais importantes obras sobre História do Brasil já publicadas. Editora José Olympio, 1959. Mais: Pedro Calmon sobre a Primeira Constituição do Brasil 
Livro - Política e Educação - Paulo Freire
Editora Paz e Terra:

                               Um livro para uma compreensão mais crítica da história da educação

Este livro consiste em uma coletânea de onze textos, escritos ao longo do ano de 1992, para apresentação e discussão que realizou em seminários no Brasil e no exterior. Os textos cobrem um leque de temas que passam por reflexões filosóficas àquelas mais voltadas à prática responsável e de qualidade da educação popular e de adultos, à alfabetização e à participação comunitária. Seu objetivo é provocar “os leitores e leitoras no sentido de uma compreensão crítica da História e da educação”.

Em 1992, quando foram escritos os textos que compõem este livro, Freire já era um intelectual maduro, reconhecido e realizado. Política e educação, portanto, revela o pensamento de um autor mais questionador, e que retoma pontos importantes a respeito das teorias que havia defendido até então.

Paulo Freire criou um método de alfabetização de jovens e adultos que leva seu nome. Seus textos e suas propostas educacionais são mundialmente conhecidos e respeitados. Em 2012, ele foi nomeado Patrono da Educação Brasileira.

sábado, 24 de setembro de 2016

Anthony Knivet

 

Anthony Knivet (c. 1560 - c. 1649)[1] foi um aventureiro inglês que foi ao Brasil Colonial, acompanhado por piratas, foi abandonado no país, entre índios e colonos, e deixou um relato escrito sobre sua viagem.

 

Biografia

Knivet acompanhou o corsário Thomas Cavendish em sua segunda viagem à América (1591), em plena guerra entre Inglaterra e Espanha. Participou do ataque à vila de São Vicente e, após uma viagem trágica ao Rio da Prata, foi capturado pelos portugueses.[2]
Teve três tentativas de fuga. Em uma delas, chegou a Angola, de onde Salvador Correia de Sá, (governador geral do Brasil) mandou-o resgatar. Nas outras fugas, teria vivido longos meses entre os tupinambás, aprendendo sua língua. Foi um dos poucos a considerar desfavoravelmente o comportamento dos europeus na América, incitando os índios a reagirem contra os portugueses que, segundo ele, era "gente capaz de crueldade sanguinária". Foi levado a Lisboa, em 1599 pela família de Salvador Correia de Sá, onde viveria como seu escudeiro.
No seu relato é, pela primeira vez, mencionado o vilarejo de Paraty, no Rio de Janeiro, em 1597. Foi provavelmente a primeira pessoa nas Américas a se utlizar de escafandro. Era uma vestimenta rudimentar de couro recoberto de graxa e piche para impermeabilização. O capacete era muito grande, revestido de piche e com um grande 'nariz' onde foram colocados três balões de ar. Usou, e quase morreu, para tentar resgatar peças de artilharia que haviam afundado no mar.
Em 1602 ainda estava em Lisboa, e acabou rumando depois para a Inglaterra, onde publicou o livro "The admirable adventures and strange fortunes of Master Anthony Knivet, which went wich Master Thomas Cavendish in his second voyage to the South Sea", publicado em 1625, no volume 4 da coleção de relatos de viagem "Hakluytus postumus or Purchas his pilgrimes". A primeira edição brasileira dessa obra só apareceu em 1878, na revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tendo por base uma tradução holandesa de 1706.
Existem outros relatos sobre as aventuras de Knivet no Brasil, entre eles uma carta de próprio punho de Thomas Cavendish, com o título: 'O discurso de master Thomas Cavendish sobre sua fatal e desastrosa viagem ao mar do Sul, com seus infortúnios no estreito de Magalhães e em outros lugares, escrita por seu próprio punho a sir Tristam Gorges, seu executor'.


Bibliografia

  • Vainfas, Ronaldo (direção). Dicionário do Brasil Colonial: 1500 - 1808. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000
  • Knivet, Anthony. "As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet - Memórias de um aventureiro inglês que em 1591 saiu de seu país com o pirata Thomas Cavendish e foi abandonado no Brasil, entre índios canibais e colonos selvagens". Editora Zahar. Rio de Janeiro
Golpes de Estado que entraram para a história do Brasil
Opiniões partidárias a parte, é importante saber que na história do Brasil, diversos atos já foram identificados como golpe a soberania nacional

Se faz essencial saber que na história do Brasil alguns atos já foram identificados como golpe à soberania nacional, desde a época do Brasil colônia. Para saber um pouco mais sobre os episódios, vale a pena prestar um pouco de atenção as explicações subsequentes, em que 10 episódios são esclarecidos.

Ato Institucional Número 12, ou AI-12

Foi baixado em 1º de Setembro de 1969 pela Junta Militar Brasileira. Ela foi composta pelos ministros da Marinha, Augusto Rademaker; do Exército, Aurélio de Lira Tavares e da Aeronáutica, Márcio de Sousa e Melo. O ato informava à Nação brasileira o afastamento do presidente Costa e Silva, devido à enfermidade. Com isso, assumiram o governo os ministros militares, impedindo a posse do vice-presidente, Pedro Aleixo, afastado por sua intenção de restabelecer o processo democrático.


Declaração da Maioridade de D. Pedro II

 Ocorreu em 23 de julho de 1840 com o apoio do Partido Liberal, e pôs fim ao período regencial brasileiro. Os liberais agitaram o povo, que pressionou o Senado a declarar o jovem Pedro II maior de idade antes de completar 15 anos. Esse ato teve como principal objetivo a transferência de poder para Dom Pedro II para que ele acabasse com as disputas políticas que abalavam sua autoridade. A intenção era fazer com que o imperador acabasse com as revoltas que estavam ocorrendo: Guerra dos Farrapos, Sabinada, Cabanagem, Revolta dos Malês e Balaiada.


Estado Novo, ou Terceira República Brasileira

Foi caracterizado pela centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e por seu autoritarismo. O período ficou conhecido na história como a Era Vargas. Em 10 de novembro de 1937, através de um golpe de estado, Vargas instituiu o Estado Novo em um pronunciamento em rede de rádio, no qual lançou um Manifesto à nação, no qual dizia que o regime tinha como objetivo “reajustar o organismo político às necessidades econômicas do país”. Na mesma época foi instituída a censura à imprensa e repressão ao comunismo.


Golpe de Três de Novembro

O golpe do então presidente, marechal Deodoro da Fonseca, quando este dissolveu o Congresso Nacional no dia 3 de novembro de 1891 e instaurando o estado de sítio, pelo qual ficavam suspensas todas as disposições da nova constituição republicana relativas aos direitos individuais e políticos. A partir daquele momento, qualquer pessoa poderia ser presa sem direito a habeas corpus ou defesa prévia. O episódio foi considerado um dos estopins da Revolução Federalista.



 Foto: Reprodução/ Site Instituto Humanista Unisinos


Golpe de Estado no Brasil

Ele designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do presidente democraticamente eleito João Goulart. O golpe estabeleceu um regime autoritário e nacionalista, politicamente alinhado aos Estados Unidos, e marcou o início de um período de profundas modificações na organização política do país, bem como na vida econômica e social. O regime militar durou até 1985, quando Tancredo Neves foi eleito, indiretamente, o primeiro presidente civil desde 1964.

Intentona Comunista, também conhecida como Revolta Vermelha de 35

Se deu devido a uma tentativa de golpe contra o governo de Getúlio Vargas, instaurado em novembro de 1935 por militares, em nome da Aliança Nacional Libertadora. O ato contou ainda com o apoio do PCB e do Comintern.


Levante integralista

Foi uma revolta armada contra o governo brasileiro do Estado Novo, ocorrido em 10 de maio de 1938. Após a criação do Estado Novo, embora tivesse prometido, na presença do Ministro da Guerra Eurico Gaspar Dutra, ao chefe integralista Plínio Salgado, grande espaço de atuação para a ideologia integralista, Getúlio Vargas decretou o fechamento de todos os partidos políticos nacionais, incluindo a Ação Integralista Brasileira (AIB). A insatisfação dos integralistas materializou-se em dois levantes, ocorridos no intervalo de 60 dias.
O primeiro golpe aconteceu em 11 de março de 1938 e envolveu a tentativa de tomada dos 3º BI e 5º BI. O segundo aconteceu 60 dias depois, com uma tentativa de tomar a Chefia de Polícia Civil e assassinar Filinto Muller. A principal atuação foi o ataque por um grupo de 80 integralistas, entre a zero hora e as duas horas do dia 11 de maio de 1938, ao Palácio Guanabara, residência oficial do Governo Federal, em uma tentativa de depor Vargas e reabrir a AIB. Após o ataque ser contido muitos dos revoltosos foram fuzilados e presos.

Noite da Agonia

Foi um episódio da história do Brasil Império, ocorrido na madrugada de 12 de novembro de 1823. Durante a Assembleia Constituinte, no Rio de Janeiro, que estava encarregada de redigir a primeira Constituição do Brasil, D. Pedro I mandou o Exército invadir o plenário, que resistiu durante horas mas não conseguiu evitar sua dissolução. Vários deputados foram presos e deportados. Com isso, D. Pedro I reuniu 10 cidadãos de sua inteira confiança, que a portas fechadas redigiram a primeira constituição do Brasil, outorgada em 25 de março de 1824.

Proclamação da República Brasileira

Conhecida como levante político-militar, a Proclamação da República ocorreu em 15 de novembro de 1889, depois que foi instaurada a forma republicana federativa presidencialista do governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil, pondo fim a soberania do imperador D. Pedro II. O ato ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro (RJ), então capital do Império do Brasil.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano, do qual faziam parte o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.

Revolução de 1930

Movimento armado liderado pelos estados de Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, que culminou com o golpe de Estado, que depôs o presidente da república Washington Luís, em 24 de outubro de 1930, impedindo a posse do presidente eleito Júlio Prestes. O movimento também pós fim à República Velha.
Em 1 de março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República que deram a vitória ao candidato governista, que era o governador do estado de São Paulo, Júlio Prestes. Porém, ele não tomou posse, em virtude do golpe de estado desencadeado no dia 3 de outubro de 1930, sendo exilado. Getúlio Vargas assumiu a chefia do “Governo Provisório” em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha no Brasil.

 


 


 


 








História

História (do grego antigo ἱστορία – historía = pesquisa/conhecimento advindo da investigação) é a ciência humana responsável por estudar as ações e o desenvolvimento do Homem no tempo e no espaço, analisando os processos e eventos ocorridos no passado, bem como as personagens, para melhor apreender determinada cultura, civilização e/ou período histórico.
O termo “história” é originário das investigações de Heródoto, porém foi Tucídides quem primeiro aplicou os métodos críticos, como as diferentes fontes e os métodos críticos. O estudo histórico tem início quando os homens encontram elementos de sua existência nos feitos de seus antepassados e, do ponto de vista europeu, o estudo em questão divide-se em dois períodos: a Pré-História (antes do advento da escrita) e a História (após o surgimento da escrita, cerca de 4.000 a.C.). No decorrer de sua evolução, a História se apresentou principalmente de três maneiras, a saber: História Narrativa, História Pragmática e História Científica. Um longo processo ocorreu desde o simples registro até a análise científica.
No período da História Narrativa, o narrador apresenta os acontecimentos sem se preocupar com as causas, os resultados ou a veracidade dos fatos, além de não utilizar qualquer processo metodológico. A História Pragmática expõe os acontecimentos preocupando-se didaticamente; os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero são representantes desta concepção. Já na História Científica, há a preocupação com o método, com a verdade e com a análise crítica de causas e consequências; a definição desta concepção é originária das ideias filosóficas que guiaram a Revolução Francesa de 1789.
O estudo da História apresenta algumas subdivisões, confira a seguir:

Divisão por continentes
– História da África
– História da América
– História da Antártica
– História da Ásia
– História da Europa
– História da Oceania
Divisão por países
– História da Angola
– História de Cabo Verde
– História de Moçambique
– História de Portugal
– História do Timor Leste
– História do Brasil
Divisão por períodos
– História Antiga
– Idade Antiga
– Idade Contemporânea
– Idade Média
– Idade Moderna
Divisão por campos
– História cultural
– Eurocentrismo
– História da escravidão
– História das mulheres
– História das religiões
– História da literatura
– História da filosofia
– História natural
– Orientalismo, dentre outros.

Alguns notáveis historiadores e pensadores desta área são os seguintes: Heródoto, Tucídides, Cícero, Leopold Von Ranke, Hegel, Karl Marx, Marc Bloch, Lucien Febvre, dentre outros.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

 Livro

As Incríveis Aventuras e Estranhos Infortúnios de Anthony Knivet  

Knivet, Anthony

Zahar




Descrição

Escritas num ritmo vertiginoso, numa sucessão de sensacionais - e às vezes inacreditáveis! - aventuras, as peripécias e sufocos do jovem corsário inglês Anthony Knivet são um admirável exemplar dos relatos de viagens pelo Novo Mundo produzidos no Renascimento, e um magnífico testemunho sobre o Brasil do século XVI.


Anthony Knivet

 

Anthony Knivet (c. 1560 - c. 1649)[1] foi um aventureiro inglês que foi ao Brasil Colonial, acompanhado por piratas, foi abandonado no país, entre índios e colonos, e deixou um relato escrito sobre sua viagem.

 

Biografia

Knivet acompanhou o corsário Thomas Cavendish em sua segunda viagem à América (1591), em plena guerra entre Inglaterra e Espanha. Participou do ataque à vila de São Vicente e, após uma viagem trágica ao Rio da Prata, foi capturado pelos portugueses.[2]
Teve três tentativas de fuga. Em uma delas, chegou a Angola, de onde Salvador Correia de Sá, (governador geral do Brasil) mandou-o resgatar. Nas outras fugas, teria vivido longos meses entre os tupinambás, aprendendo sua língua. Foi um dos poucos a considerar desfavoravelmente o comportamento dos europeus na América, incitando os índios a reagirem contra os portugueses que, segundo ele, era "gente capaz de crueldade sanguinária". Foi levado a Lisboa, em 1599 pela família de Salvador Correia de Sá, onde viveria como seu escudeiro.
No seu relato é, pela primeira vez, mencionado o vilarejo de Paraty, no Rio de Janeiro, em 1597. Foi provavelmente a primeira pessoa nas Américas a se utlizar de escafandro. Era uma vestimenta rudimentar de couro recoberto de graxa e piche para impermeabilização. O capacete era muito grande, revestido de piche e com um grande 'nariz' onde foram colocados três balões de ar. Usou, e quase morreu, para tentar resgatar peças de artilharia que haviam afundado no mar.
Em 1602 ainda estava em Lisboa, e acabou rumando depois para a Inglaterra, onde publicou o livro "The admirable adventures and strange fortunes of Master Anthony Knivet, which went wich Master Thomas Cavendish in his second voyage to the South Sea", publicado em 1625, no volume 4 da coleção de relatos de viagem "Hakluytus postumus or Purchas his pilgrimes". A primeira edição brasileira dessa obra só apareceu em 1878, na revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, tendo por base uma tradução holandesa de 1706.
Existem outros relatos sobre as aventuras de Knivet no Brasil, entre eles uma carta de próprio punho de Thomas Cavendish, com o título: 'O discurso de master Thomas Cavendish sobre sua fatal e desastrosa viagem ao mar do Sul, com seus infortúnios no estreito de Magalhães e em outros lugares, escrita por seu próprio punho a sir Tristam Gorges, seu executor'.


Bibliografia

  • Vainfas, Ronaldo (direção). Dicionário do Brasil Colonial: 1500 - 1808. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000
  • Knivet, Anthony. "As incríveis aventuras e estranhos infortúnios de Anthony Knivet - Memórias de um aventureiro inglês que em 1591 saiu de seu país com o pirata Thomas Cavendish e foi abandonado no Brasil, entre índios canibais e colonos selvagens". Editora Zahar. Rio de Janeiro

 

 


 

A Peste Negra idade média

Igreja Católica: História da Idade Média (Godos, Feudos, Inquisição, ETC...