terça-feira, 11 de outubro de 2016

Feudalismo e Capitalismo (Comparativo)

Comparativa entre o feudalismo (sistema feudal) e capitalismo (sistema capitalista), História, Economia, Política

 


Comparativo entre Feudalismo e Capitalismo


Feudalismo: existiu na Europa durante a Idade Média (período da História entre os séculos V e XVI).

Capitalismo: começou a se formar na Europa durante o século XV, ganhou grande impulso durante a Revolução Industrial (século XVIII) e se espalhou pelos quatro cantos do mundo. Está presente na economia da maioria dos países atuais.



Feudalismo: Trabalho servil.

Capitalismo: Trabalho assalariado.
 



Feudalismo: Agricultura era o principal setor da economia.

Capitalismo: Comércio, finanças e indústria prevalecem no sistema capitalista.

Feudalismo: Economia baseada, principalmente, em trocas de mercadorias. Pouco uso de moedas.

Capitalismo: Economia baseada na compra e venda de produtos com ampla utilização de moedas.



Feudalismo: Trabalhador preso à terra, devendo obrigações ao senhor feudal.

Capitalismo: Trabalhador livre para escolher a empresa na qual vai trabalhar.



Feudalismo: Poder econômico concentrado nas mãos dos senhores feudais.

Capitalismo: Poder econômico nas mãos da burguesia comercial, financeira e industrial.



Feudalismo: sistema artesanal de produção de mercadorias.

Capitalismo: sistema de produção baseado no uso de máquinas.



Feudalismo: sociedade com pouca mobilidade social.

Capitalismo: sociedade com maior mobilidade social.



Feudalismo: baixo avanço no desenvolvimento de tecnologias.

Capitalismo: grandes avanços no desenvolvimento de tecnologias.



Feudalismo: prevalência do sistema de subsistência.

Capitalismo: prevalência do sistema visando o lucro, acúmulo de capital e enriquecimento.

 

Sigmund Freud

Biografia de Freud, a psicanálise, psicologia da vida cotidiana, id e ego, revolução na psicologia, psicanálise freudiana, teorias e ideias principais, vida e teoria de Freud, obras principais, estudo da mente humana, estudos psicológicos, interpreta

 

Sigmund Freud: o pai da psicanálise

 

Introdução 

Freud nasceu em Freiberg, Tchecoslováquia, no ano de 1856. Este grande nome da psicanálise foi o responsável pela revolução no estudo da mente humana.

Biografia 

Formado em medicina e especializado em tratamentos para doentes mentais, ele criou uma nova teoria. Esta estabelecia que as pessoas que ficavam com a mente doente eram aquelas que não colocavam seus sentimentos para fora. Segundo Freud, este tipo de pessoa tinha a capacidade de fechar de tal maneira esses sentimentos dentro de sua mente, que, após algum tempo, esqueciam-se da existência.

Teoria e métodos

A partir de sua teoria, este grande psicanalista resolveu tratar esses casos através da interpretação dos sonhos das pessoas e também através do método da associação livre, neste último ele fazia com que seus pacientes falassem qualquer coisa que lhes viessem à cabeça.

Com este método ele era capaz de desvendar os sentimentos “reprimidos", ou seja, aqueles sentimentos que seus pacientes guardavam somente para si, após desvendá-los ele os estimulava a colocarem esses sentimentos para fora. Desta forma ele conseguiu curar muitas doenças mentais. 

Livros 

Freud escreveu um grande número de livros importantes, alguns deles foram: Psicologia da Vida Cotidiana, Totem e Tabu, A interpretação dos sonhos, O Ego e o Id e muitos outros. Neles, o “pai da psicanálise” (assim conhecido por ter inventado o termo “psicanálise” para seu método de tratar das doenças mentais) responsabilizava a repressão da sociedade daquela época, que não permitia a satisfação de alguns sentimentos, considerando-os errados do ponto de vista social e religioso. 

Segundo ele, o sexo era um dos sentimentos reprimidos mais importantes. Naquela época essa afirmação gerou um grande escândalo na sociedade, entretanto, não demorou muito para que outros psicólogos aderissem à ideia de Freud. Alguns deles foram: Carl Jung, Reich, Rank e outros.

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

História da pedagogia



Franco Cambi, famoso pedagogo italiano, faz aqui uma reconstrução interpretativa geral da história da pedagogia ocidental. O livro aborda um período histórico que vai desde a Antigüidade clássica até o fim da guerra fria. Para cada período, o autor descreve o pensamento educativo hegemônico e suas instituições pedagógicas. Forma de sublinhar o aspecto social da educação, esta prática historiográfica possibilita ao autor tecer considerações a propósito de várias correntes atuais de estudo da escolarização.
  • Tradução: Álvaro Lorencini
  • Assuntos: Educação / História Cultural
  • Ano: 1999
  • Acabamento: Brochura com orelhas
  • Páginas: 700
  • Edição: 2

 

10 livros essenciais para a formação do professor

 


1. As Cem Linguagens da Criança: Reggio Emilia – Vol. 1 e 2
Carolyn Edwards, Lella Gandini e George Forman, 296 págs., Ed Penso, tel.: 0800 703 3444, 78 reais
“Clássico mundial a respeito do trabalho com a Educação Infantil na cidade italiana Reggio Emilia, aclamada como a melhor do mundo há 50 anos. Oferece importante reflexão sobre como as crianças são concebidas e suas aprendizagens baseadas nas relações, no contexto social e cultural e aponta para a importância da documentação pedagógica.”


2. Alfabetização em Processo
Emilia Ferreiro, 136 págs., Ed Cortez, tel.: (11) 3611-9616, 31,90 reais
“Escrito há vinte e cinco anos, contribui para que os aprendizes de professores compreendam os caminhos percorridos pelas crianças no processo de aquisição da representação escrita da linguagem e da representação por escrito de quantidades e operações.”




3. Afinal, O Que Os Bebês Fazem no Berçário? – Comunicação, autonomia saber-fazer de bebês em um contexto de vida coletiva
Paulo Fochi, 160 págs., Ed Penso, tel.: 0800 703 3444, 54 reais
“Registro da pesquisa desenvolvida no mestrado pelo jovem autor sobre quais ações dos bebês emergiam de suas experiências em contextos de vida coletiva e que impactos as mesmas criam nas práticas docentes dos adultos responsáveis. Coloca em evidência uma etapa infantil pouco valorizada nos cursos de Pedagogia.”


4. Professora Sim, Tia Não – Cartas a Quem Ousa Ensinar
Paulo Freire, 128 págs., Ed Olho d’Água, tel.: (11) 3673-9633, 25,70 reais
“Paulo Freire deve estar presente em toda biblioteca de nossos futuros professores. E este título, em especial, discute a profissionalidade docente, reflexão tão necessária nos dias de hoje.”



5. O trabalho Docente – Avaliação, valorização, controvérsias
Bernadete A. Gatti, 256 págs., Ed Autores Associados – Fundação Carlos Chagas, tel.: (19) 3789-9000, 59 reais
“Bernardete Gatti é o principal nome da pesquisa nacional que revela, denuncia e defende as condições da profissão docente no Brasil. Todo professor precisa conhecê-la e pensar sobre as importantes questões que suas pesquisas revelam.”


6. A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho – O conhecimento é um caleidoscópio
Fernando Hernández e Montserrat Ventura, 200 págs., Ed Penso, tel.: 0800 703 3444, 70 reais
“Ainda que possa ser complementado por textos mais recentes, o livro mantém atualidade ao contribuir com uma discussão sobre a organização do currículo por meio de projetos que estimulam a resolução de problemas em equipe, a fim de estimular o pensamento crítico e a produção autoral e ofertar uma alternativa concreta para a pedagogia informativa e memorizadora.”


7. O Dia a Dia das Creches e Pré-Escolas – Crônicas brasileiras
Ana Maria Mello (org.), 241págs., Ed Artmed, tel.: 0800 703 3444, 61 reais
“Histórias possíveis de práticas pedagógicas realizadas em diferentes creches e pré-escolas brasileiras podem servir de modelo afirmativo para aqueles estudantes que ainda desvalorizam o trabalho com a primeira infância. Fácil de ler, mas profundos por dar a voz a outros professores.”




8. A Matemática em Sala de Aula – Reflexões e propostas para os anos iniciais do Ensino Fundamental
Katia Stocco Smole e Cristiano Alberto Muniz (orgs.), Penso 172 págs., Ed Penso, tel.: 0800 703 3444, 63 reais
“Smole é uma pesquisadora brasileira que propõe uma reflexão importante sobre como ensinar Matemática a partir das salas de aula e escolas brasileiras. Sua leitura é um importante ponto de partida para desconstruir os mitos negativos em torno do ensino da disciplina.”


9. A Prática Educativa – Como Ensinar
Antoni Zabala, 224 págs., Ed Artmed, tel.: 0800 703 3444, 74 reais
“Este livro também é um clássico da Pedagogia ativa e construtivista baseada na prática intencional e organizada do professor. Bom começo para que os aprendizes de docentes possam compreender seu papel como planejadores e organizadores dos conteúdos de ensino, assim como da gestão do tempo e do espaço da sala de aula por meio de pautas e orientações justificadas pela função social do ensino e pela concepção dos processos de aprendizagem.”


 

10. Itinerários pela Educação Latino-Americana – Caderno de viagens
Rosa María Torres, 341 págs., Ed Artmed, tel.: 0800 703 3444, 69 reais
“Esse título visa contextualizar o ensino brasileiro em relação a outros países, ajudando os aprendizes de docentes a compreender a profissão quanto questões nacionais numa perspectiva comparativa com a América Latina.”

O domínio das práticas pedagógicas na sala de aula 

 

Dominando as práticas pedagógicas.

No campo da educação é comum se deparar com colegas de profissão que se queixam da dificuldade que apresentam em dominar as modernas práticas pedagógicas.
Para que o profissional encontre caminhos que facilite transferir o discurso pedagógico da teoria para a prática são necessárias diversas atitudes a serem observadas, bem como inseri-las na prática educacional.

Considerando a real importância em aplicar com clareza o conhecimento que possui, bem como propiciar o sucesso profissional e o desempenho significativo dos alunos, orienta-se estar atento a determinadas questões como:
• Plano de Trabalho: Observação e compreensão

É fundamental que o professor esteja atento, conhecer bem a turma para elaborar um plano de trabalho que deve ser voltado para o que fazer e como fazer;
• Avaliação:

A avaliação é uma das principais formas de verificar o caminho que o aluno está seguindo, podendo descobrir suas reais dificuldades e necessidades, podendo interferir quando preciso e precocemente.

Contextualização:
 
Além de relacionar certo assunto com o cotidiano dos alunos, fazer uma relação de conceitos e conteúdos com as disciplinas.

• Interesse do aluno x Conhecimento Próprio;
 
Instigar o aluno a adquirir o conhecimento prévio é uma atitude que compete ao professor.

Trabalho Interdisciplinar:
 
A união das matérias propicia o conhecimento amplo do aluno, visto que um assunto passa a ser discutido e relacionado com diferentes disciplinas.

• Seqüência didática:
 
Trata-se de uma série de aulas ministradas que não apresenta um produto final obrigatório e que leva os alunos ao desafio e aprendizado.

• Temas Transversais:
 
Não são disciplinas, mas sim temas que são abordados constantemente nas disciplinas.

• Tempo Didático:
 
Deixar claro os objetivos, estabelecendo o que quer ensinar; a forma como cada aluno aprende; a maneira que irá acompanhar o trabalho desenvolvido pelos alunos.

• Inclusão:
 
Preparar-se para receber o aluno com deficiência, bem como buscar os conhecimentos que esse apresenta e a possibilidade que ele tem de evoluir em relação aos demais conteúdos propostos.

Ressalta-se que o professor que realmente tem amor pela profissão e consciência do importante papel representado na sociedade, percebe a necessidade de ser capacitado e busca se aperfeiçoar com a finalidade de poder oferecer uma educação de qualidade para seus alunos.

 

domingo, 9 de outubro de 2016

História da Paraíba

A história da Paraíba começa antes do descobrimento do Brasil, quando o litoral do atual território do Estado era povoado pelos índios tabajaras e potiguaras. Demorou um certo tempo para que Portugal começasse a explorar economicamente o Brasil, uma vez que os interesses lusitanos estavam voltados para o comércio de especiarias nas Índias. Além disso, não havia nenhuma riqueza na costa brasileira que chamasse tanta atenção quanto o ouro, encontrado nas colônias espanholas, minério que tornara uma nação muito poderosa na época.

mapa da capitania da Paraíba 1698

Devido ao desinteresse lusitano, piratas e corsários começaram a extrair o pau-brasil, madeira muito encontrada no Brasil-colônia. Esses invasores eram, em sua maioria, franceses, e logo que chegaram no Brasil se aproximaram dos índios, o que possibilitou entre eles uma relação comercial conhecida como "escambo": o trabalho indígena era trocado por alguma manufatura sem valor. Com o objetivo de povoá-la, a colônia portuguesa foi dividida em quinze capitanias para doze donatários. Entre elas destacam-se a capitania de Itamaracá, a qual se estendia do rio Santa Cruz até a Baía da Traição. Em 1574 aconteceu um incidente conhecido como "Tragédia de Tracunhaém", no qual índios mataram todos os moradores de um engenho chamado Tracunhaém, em Pernambuco. Esse episódio ocorreu devido ao rapto e posterior desaparecimento de uma índia, filha do cacique potiguar nesse engenho. Após esta tragédia, D. João III, rei de Portugal, desmembrou Itamaracá, dando formação à capitania do Rio Paraíba.  

Engenho na Paraíba, 1645

Quando o governador-geral D. Luís de Brito recebeu a ordem para separar Itamaracá, recebeu também do rei de Portugal a ordem de punir os índios responsáveis pelo massacre, expulsar os franceses e fundar uma cidade. Assim começaram as cinco expedições para a conquista da Paraíba. Para isso o rei D. Sebastião mandou primeiramente o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. 

A primeira expedição aconteceu em 1574, cujo comandante foi o ouvidor-geral D. Fernão da Silva. Ao chegar no Brasil, Fernão tomou posse das terras em nome do rei sem que houvesse nenhuma resistência, mas isso foi apenas uma armadilha. Sua tropa foi surpreendida por indígenas e teve que recuar para Pernambuco.

A segunda expedição ocorreu em 1575 e foi comandada pelo governador-geral, D. Luís de Brito. Sua expedição foi prejudicada por ventos desfavoráveis e eles nem chegaram sequer às terras paraibanas. Três anos depois outro governador-geral Lourenço Veiga, tenta conquistar o Rio Paraíba, não obtendo êxito.

 Brasão da capitania da Paraíba

A terceira aconteceu em 1579, ainda sob forte domínio "de fato" dos franceses, foi concedida, por dez anos, ao capitão Frutuoso Barbosa a capitania da Paraíba, desmembrada de Olinda. Essa ideia só lhe trouxe prejuízos, uma vez que quando estava vindo à Paraíba, caiu sobre sua frota uma forte tormenta e além de ter que recuar até Portugal, ele perdeu sua esposa. Em 1582, na quarta expedição, com a mesma proposta imposta por ele na expedição anterior, Frutuoso Barbosa volta decidido a conquistar a Paraíba, mas cai na armadilha dos índios e dos franceses. Barbosa desiste após perder um filho em combate. Na quinta e última expedição, em 1584, após a sua chegada à Paraíba, Frutuoso Barbosa capturou cinco navios de traficantes franceses, solicitando mais tropas de Pernambuco e da Bahia para assegurar os interesses portugueses na região. Nesse mesmo ano, da Bahia vieram reforços por meio de uma esquadra comandada por Diogo Flores de Valdés, e de Pernambuco tropas sob o comando de D. Filipe de Moura. Conseguiram finalmente expulsar os franceses e conquistar a Paraíba. Após a conquista, eles construíram os fortes de São Tiago e São Filipe.

Para as jornadas, o ouvidor-geral Martim Leitão formou uma tropa constituída por brancos, índios, escravos e até religiosos. Quando aqui chegaram se depararam com índios que sem defesa, fogem e são aprisionados. Ao saber que eram índios tabajaras, Martim Leitão manda soltá-los, afirmando que sua luta era contra os potiguaras, rivais dos Tabajaras. Após o incidente, Leitão procurou formar uma aliança com os Tabajaras, que por temerem outra traição, rejeitaram-na.

Depois de um certo tempo, Leitão e sua tropa finalmente chegaram aos fortes (Forte de São Filipe/São Filipe e Santiago), ambos em decadência e miséria devido às intrigas entre espanhóis e portugueses. Com isso, Martim Leitão nomeou o espanhol conhecido como Francisco Castejón para o cargo de Frutuoso Barbosa. A troca só fez piorar a situação. Ao saber que Castejón havia abandonado, destruído o Forte e jogado toda a sua artilharia ao mar, Leitão o prendeu e o enviou de volta à Espanha.
Quando ninguém esperava, os portugueses unem-se aos Tabajaras, fazendo com que os potiguaras recuassem. Isto se deu no início de agosto de 1585. A conquista da Paraíba se deu ao final, pela união de um português e um chefe indígena chamado Pirajibe, palavra que significa "Braço de Peixe". A província tornou-se estado com a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.


Simbolos

O Brasão da Paraíba foi oficializado pelo Presidente da Província da Paraíba, Castro Pinto (1912-1915). Ele é usado como timbre nos papéis oficiais. Observando-se seu desenho, vê-se que é formado por três ângulos na parte superior e um na parte inferior. Contém estrelas, que respeitam a divisão administrativa do Estado. No alto, uma estrela maior, com cinco pontas e um círculo central, onde se vê um barrete frígio significando liberdade.
No interior do escudo, há duas paisagens: um homem guiando o rebanho (sertão) e o sol nascente (litoral). Circundando-o, encontra-se uma ramagem de cana-de-açucar à esquerda, e à direita, uma de algodão. As duas ramagens são presas por um laço, em cujas faixas está inscrita a data de fundação da Paraíba: 5 de agosto de 1585. 


Bandeira

A bandeira da Paraíba foi adotada pela Aliança Liberal em 25 de setembro de 1930, por meio da Lei nº 704, no lugar de uma antiga bandeira do Estado, que vigorou durante quinze anos (de 1907 a 1922). A bandeira como conhecemos atualmente foi idealizada nas cores vermelha e preta: o vermelho representa a cor da Aliança Liberal, e o preto, o luto que se apossou da Paraíba com a morte de João Pessoa, presidente do Estado em 1929 e vice-presidente do Brasil em 1930, ao lado do presidente Getúlio Vargas.
A palavra "Nego" que figura na bandeira é a conjugação do verbo "negar" no presente do indicativo da primeira pessoa do singular (era ainda utilizado com acento agudo na letra "e", isto quando foi adotada a bandeira em 1930), remetendo à não-aceitação, por parte de João Pessoa, do sucessor indicado pelo então presidente do Brasil, Washington Luís. Posteriormente, em 26 de julho de 1965, a bandeira rubro-negra foi oficializada pelo governador do Estado, Pedro Moreno Gondim, pelo Decreto nº 3.919, como "Bandeira do Négo" (ainda com acento agudo na letra "e"), em vigor até os dias atuais. O preto ocupa um terço da bandeira; o vermelho, dois terços. 

 

Hino

Letra de:
Francisco Aurélio de Figueiredo e Melo (1856-1916)

Música de:
Abdon Felinto Milanez (1858-1927)

Apresentado pela 1ª vez em 30/06/1905

 

Salve, berço do heroísmo, Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob o Céu do Amor traçada!
No famoso diadema Que da Pátria a fronte aclara Pode haver mais ampla gema: Não há Pérola mais rara!
Quando repelindo o assalto Do estrangeiro, combatias, Teu valor brilhou tão alto Que uma Estrela-parecias!
Tens um passado de glória, Tens um presente sem jaça: Do Porvir canta a vitória E, ao teu gesto-a Luz se faça!
Salve, ó berço do heroísmo, Paraíba, terra amada, Via-Láctea do civismo Sob o Céu do Amor traçada!

 

Geografia da Paraíba

O clima da Paraíba é tropical úmido no litoral, com chuvas abundantes. À medida que nos deslocamos para o interior, depois da Serra da Borborema, o clima torna-se semi-árido e sujeito a estiagens prolongadas e precipitações abaixo dos 500mm. As temperaturas médias anuais ultrapassam os 26°C, com algumas exceções no Planalto da Borborema, onde a temperatura é de 24°C.

A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes e bastante antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos. Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e paleontológicos também resultam da idade geológica desses terrenos.

No litoral, temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas. Na região da mata, temos os tabuleiros que são formados por acúmulos de terras que descem de lugares altos. No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os tabuleiros e o Planalto da Borborema, onde se encontram muitas serras, como a Serra de Araruna, a Serra de Cuité e a Serra de Teixeira. Encontra-se no município de Araruna a Pedra da Boca. No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende do município de Patos até após a Serra da Viração.

A vegetação litorânea da Paraíba apresenta matas, manguezais e cerrados, que recebem a denominação de "tabuleiro", formado por gramíneas e arbustos tortuosos, predominantemente representados por batiputás e mangabeiras, entre outras espécies. Formadas por floresta Atlântica, as matas registram a presença de árvores altas, sempre verdes, como a peroba e a sucupira. Localizados nos estuários, os manguezais apresentam árvores com raízes de suporte, adaptadas à sobrevivência neste tipo de ambiente natural.

A vegetação nativa do planalto da Borborema e do Sertão caracteriza-se pela presença da caatinga, devido ao clima quente e seco característico da região. A caatinga pode ser do tipo arbóreo, com espécies como a baraúna, ou arbustivo representado, entre outras espécies pelo xique-xique e o mandacaru.



 Relevo da Paraíba

Divisas da Paraíba

Ocupando uma área de 56.439 km² de área territorial brasileira, a Paraíba está situada a leste da região Nordeste e tem como divisas o Estado do Rio Grande do Norte ao norte, o Oceano Atlântico a leste, Pernambuco ao sul e o Ceará a oeste. Com 223 municípios, o Estado da Paraíba é dividido em 4 mesorregiões e 23 microrregiões. O Estado tem 98% de seu território inserido no Polígono da Seca.
É na Paraíba que se encontra o ponto mais oriental das Américas, conhecido como a Ponta do Seixas, em João Pessoa. Devido à sua localização geográfica privilegiada, o extremo oriental das Américas, a Capital paraibana é conhecida turisticamente como "a cidade onde o sol nasce primeiro".

 Mapa da Paraíba

Roteiros

 O litoral da Paraíba é paradisíaco. Em 117 quilômetros de extensão, de norte a sul do Estado, as praias se sucedem exibindo cenários cinematográficos, com natureza exótica e muita tranquilidade. São 53 praias, entre selvagens e urbanizadas, todas banhadas por um mar morno, verde-azulado.

Toda a faixa do Litoral Sul da Paraíba compõe praias deslumbrantes, sobressaindo as praias de Barra de Graú, Carapibus, Tabatinga, Pitimbu, Jacumã e Praia do Amor. Merece destaque também a sedução da famosa Praia de Tambaba, que atrai visitantes de todas as partes do mundo por contar com o único campo oficial de naturismo no Nordeste brasileiro. Barra deGramame também atrai pelo encontro do mar com o rio, que faz com o que o visitante aprecie  e usufrua desse fenômeno natural. A praia de Coqueirinho é considerada umas das mais belas do Brasil e é visita obrigatória para os turistas.

Igualmente fascinante é o Litoral Norte paraibano, a partir da Praia de Intermares até a Barra de Camaratuba, na divisa com o Rio Grande do Norte. Ao longo dessa extensa área, não apenas se sucedem praias de aspecto primitivo ou já urbanizadas, como aparecem construções de notável cunho histórico. É o caso da Fortaleza de Santa Catarina, na cidade portuária de Cabedelo, reconhecida entre os mais importantes monumentos militares subsistentes no Brasil. Em Baía da Traição, há uma reserva indígena da tribo dos potiguaras que é visitação obrigatória. Em Cabedelo, a praia fluvial do Jacaré ganhou fama internacional porque ali o pôr-do-sol é sublinhado pelos acordes do Bolero de Ravel, tocado diariamente pelos bares do local. Em meio às praias urbanas do Poço e de Camboinha, localiza-se Areia Vermelha, um banco arenoso submerso que emerge na maré baixa para deleite de adeptos depiqueniques e luaus.

As praias urbanas também fazem sucesso. Em João Pessoa, Tambaú é o point turístico, com bares, restaurantes e lojas. Em Tambaú, encontra-se o Picãozinho, uma formação de recifes coralígenos, que fica localizado a cerca de 1500 metros da praia.Além delas, em João Pessoa, há as praias de Cabo Branco, Manaíra, Bessa e Penha. Em Cabedelo, a praia do Surfista é conhecida pelos praticantes de surf e Kitesurf.

 

Características Gerais da Paraíba

 

A Paraíba surpreende pelas singularidades que encantam seus moradores e seus visitantes. A Capital do Estado, João Pessoa, é considerada uma das cidades mais arborizadas do planeta e, por ter recebido distinção da coroa portuguesa já no ano de sua fundação, 1585, guarda o título de terceira cidade mais antiga do Brasil. É aqui onde fica o ponto extremo oriental das Américas – a Ponta do Seixas, e a Estação Cabo Branco Ciências Cultura e Arte, uma obra grandiosa de Oscar Niemeyer.
Oficialmente, existem quatro regiões metropolitanas no Estado da Paraíba: João Pessoa, Campina Grande, Patos e Guarabira, que englobam municípios ricos em cultura, em potencialidades econômicas e em belezas naturais. Segundo dados estatísticos do IBGE, a Paraíba tem uma população de 3.769.977 habitantes e ocupa o 5º lugar entre os Estados nordestinos mais populosos. A densidade demográfica estadual é de 84,52 hab./km². A população é formada, em sua maioria, por pardos, somando 52,29%, seguido pelos brancos, com 42,59%; pelos negros, com 3,96%; pelos amarelos ou indígenas, com 0,36% e os sem declaração, com 0,79%.
O Estado oferece aos seus visitantes uma infinidade de roteiros, que vão das praias paradisíacas do litoral, passando pelos encantos das cidades históricas e pelos canaviais, até os mistérios do interior, que engloga sertão, brejo e cariri.
As praias dos litorais Sul e Norte estão entre as mais bonitas do Brasil. As urbanas de João Pessoa, como Tambaú, Cabo Branco e Bessa, concentram praticantes de esportes e turistas. Para os naturalistas, a praia de Tambaba, no município do Conde, é a ideal, pois é permitida a prática do nudismo. A de Coqueirinho é considerada entre as mais bonitas do país por diversos guias turísticos. Na praia Fluvial do Jacaré, pode-se ouvir o Bolero de Ravel ao observar o pôr-do-sol.
Já o interior oferece aos visitantes rupestres, rastros de dinossauros, cachoeiras e antigos engenhos de cana-de-açúcar. Nos municípios, o artesanato também encanta turistas, que podem conferir peças únicas como a renda renascença, de reconhecimento internacional, e o algodão colorido, usado por estilistas de renome no país. Isso sem falar na arte em marchetaria, estopa e argila, por exemplo. Além da diversidade de cenários, a Paraíba oferece diversão com eventos de porte nacional, como o Maior São João do Mundo, realizado em julho em Campina Grande, e das prévias carnavalescas em João Pessoa, que contam com as "Muriçocas do Miramar", um dos maiores bloco de arraste do mundo. A cultura é um dos fortes do Estado, que inclui artesanato, personalidades, música e diversas manifestações em literatura, teatro e cinema.

 LIVRO DA HISTÓRIA DA PARAÍBA

                                      Livro História Da Paraíba - 4ª Edição José Octavio

 

sábado, 8 de outubro de 2016

A História da Cabanagem no Pará - Período de 1835 a 1840 - Documentário


A cabanagem foi uma das principais revoltas do Período Regencial

A Cabanagem, ou Revolta dos Cabanos do Pará, está entre os principais levantes políticos que aconteceram no Brasil Regencial. Ela se enquadra, assim, no contexto de outras revoltas das quais você já deve ter ouvido falar, tais como: Revolta dos Malês, Revolta Farroupilha, Revolta da Balaiada no Maranhão e Revolta da Sabinada na Bahia.

A questão da autonomia política foi, desde a independência, a grande força motriz motivadora de diversos conflitos e revoltas no Brasil. Na província do Pará, a péssima condição de vida das camadas mais baixas da população e a insatisfação das elites locais representavam a crise de legitimidade sofrida pelos representantes locais do poder imperial. Além disso, a relação conflituosa entre os paraenses e os comerciantes portugueses acentuava outro aspecto da tensão socioeconômica da região.

  A província do Grão-Pará, compreendia os estados do Pará e do Amazonas, tinha um pouco mais de 80 mil habitantes (sem incluir a população indígena não-aldeada). De cada cem pessoas, quarenta eram escravos indígenas, negros, mestiços ou tapuios, isto é, indígenas que moravam nas vilas (cabanas).

A população do Grão-Pará vivia a parte das decisões do governo federal, vivendo a margem de rios e sobrevivendo basicamente da pesca, da exploração da madeira e da extração das drogas do sertão: castanha-do-pará, cacau, baunilha e ervas medicinais; a miséria e a fome faziam parte do cotidiano dos moradores. Além das péssimas condições de vida a que estavam sujeitados, os cabanos (os moradores eram conhecidos dessa forma por habitarem em canas as margens dos rios) sofriam com o autoritarismo e exploração dos grandes fazendeiros da região. Abandonados pelo governo brasileiro, a população estava à mercê da própria sorte.

O regime escravocrata ainda persistia no Brasil durante o período regencial, e na província do Grão-Pará não era diferente. A população dessa região trabalhava no regime de escravidão ou em troca de salários bem baixos. As moradias eram feitas utilizando estacas às margens dos rios. A Cabanagem ganhou características de uma rebelião popular, mas não foi organizada apenas pela população mais pobre, a elite também participou do movimento, mas é claro que reivindicando outros direitos.
Com a promulgação da Constituição de 1824, ficou evidente que o imperador não tinha interesse em conceder autonomia política as províncias brasileiras. O autoritarismo impresso nessa Constituição gerou um descontentamento nas elites de todas as regiões brasileiras. A insatisfação por não poder escolher os presidentes de suas províncias, motivou os grandes fazendeiros e comerciantes a se unirem com os cabanos no Grão-Pará e a iniciar uma das revoltas sociais mais importantes do período regencial: a Cabanagem ou Guerra dos Cabanos.

É interessante perceber que um único movimento é capaz de reunir pessoas com reivindicações distintas, mas que o alvo do descontentamento é o mesmo: o governo federal; os cabanos desejavam terras para plantar e o fim do regime escravocrata; os fazendeiros queriam ter o direito de escolher o presidente da província. O movimento dos cabanos contou com a participação da elite agrária e de comerciantes, o desejo dos revoltosos era conquistar mais autonomia política e melhores condições de vida, para eles tudo isso se tornaria real a partir da emancipação e da criação de uma república independente.

A capital da província do Grão-Pará era a cidade de Belém, era através dela que os produtos explorados eram exportados. A elite local era extremamente ligada aos portugueses, Belém era a cidade que mais dependia de Portugal, isso se deve ao fato de pouca coisa ter mudado na região após a declaração de independência brasileira. Em 1835, os cabanos invadiram a então capital e executaram o presidente da província Bernardo Lobo de Souza e as demais autoridades. Com o extermínio do governo local, os cabanos iniciaram o seu primeiro governo, colocando no poder o fazendeiro Félix Clemente Malcher. O novo governo traiu o movimento demonstrando sua fidelidade ao governo português, inclusive reprimindo a revolta que o levou ao poder.

Malcher foi executado e sucedido por Francisco Pedro Vinagre. Repetindo o que aconteceu no primeiro governo cabano, o novo líder também traiu o movimento. Disposto a negociar com o governo central, Vinagre demonstrou até mesmo o interesse em ceder o seu poder a alguém indicado pelos portugueses. O traidor foi sucedido por Eduardo Argelim, que persistiu na ideia de reconquistar Belém. Os rebeldes conseguiram tomar a capital e proclamar uma República em agosto de 1835.

O governo federal reuniu suas tropas para combater os revoltosos e reprimir qualquer foco revolucionário na região, para isso contou com o apoio de tropas europeias. Uma poderosa frente militar foi enviada para a região do Grão-Pará, a província se tornou palco de batalhas sangrentas que persistiram ao longo de cinco anos. A duração da rebelião demonstrou a ousadia dos cabanos que se recusavam a rendição.

No início da Guerra dos Cabanos, a província do Grão-Pará era habitada por cerca de cem mil moradores, com a violência dos combates os rebeldes sucumbiram às tropas do governo, o que reduziu a população a sessenta mil moradores. Para relembrar o acontecimento, um Memorial foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer e erguido em Belém. No ano de 1985 para homenagear o sesquicentenário da Cabanagem, o monumento foi inaugurado. Sua construção representa a força dos cabanos que lutaram bravamente contra a opressão, a desigualdade social e o abandono em que vivem milhares de brasileiros por todo o país. Apesar de sufocada, os ideais da Cabanagem ainda vivem na luta diária do nosso povo em busca de melhores condições de vida.


 Belém, nessa época, não passava de uma pequena cidade com 24 mil habitantes, apesar de importante centro comercial por onde era exportado cravo, salsa, fumo, cacau e algodão.

A independência do Brasil despertou grande expectativa no povo da região. Os indígenas e tapuios esperavam ter seus direitos reconhecidos e não serem mais obrigados a trabalhar como escravos nas roças e manufaturas dos aldeamentos; os escravos negros queriam a abolição da escravatura; profissionais liberais nacionalistas e parte do clero lutavam por uma independência mais efetiva que afastasse os portugueses e ingleses do controle político e econômico. O resto da população – constituída de mestiços e homens livres -, entusiasmada com as idéias libertárias, participou do movimento, imprimindo-lhe um conteúdo mais amplo e mais radical.
A grande rebelião popular, que aconteceu em 1833, teve origem num movimento de contestação, ocorrido dez anos antes e que havia sido sufocado com muita violência, conhecido como “rebelião do navio Palhaço”.


 O Período Regencial (1831-1840) foi relativamente curto, é uma parte da história brasileira compreendida entre o primeiro e o segundo reinado

Outras obras úteis:

 

CRUZ,Ernesto.Nos bastidores da Cabanagem.
Belém,1942

REIS,Arthur Cézar.Síntese de história do Pará.Belém.1942.


SOUSA, Rainer Gonçalves. "Cabanagem

 

domingo, 2 de outubro de 2016

O que é Jurisprudência:


Jurisprudência é um termo jurídico, que significa o conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis. Também é descrita como a ciência do Direito e do estudo das leis.
A jurisprudência surgiu com o Direito Inglês, que foi desenvolvido para ir contra os costumes locais que não eram comuns. Para combater isso, o rei enviava juízes que presidia o juri e constituiu um sistema de regras em tribunais separados. O direito inglês apresentou-se então como direito jurisprudencial, onde predominava a regra do precedente.
O real significado de jurisprudência significa "a ciência da lei". A jurisprudência pode ter outros significados, como a decisão de um tribunal que não pode ser recorrida, ou um conjunto de decisões dos tribunais, ou a orientação que resulta de um conjunto de decisões judiciais proferidas num mesmo sentido sobre uma dada matéria ou de uma instância superior como o STJ ou TST.
Jurisprudência pode ser uma lei baseada em casos, ou à decisões legais que se desenvolveram e que acompanham estatutos na aplicação de leis em situações de fato.
A obediência à jurisprudência é tradição dos países que seguem a tradição Anglo saxônica do Direito, como os sistemas jurídicos inglês e americano e é menos frequente em países que seguem a tradição Romana, como Portugal, Brasil, Espanha e etc.
A jurisprudência pode se referir a várias áreas do Direito. Por exemplo, a jurisprudência trabalhista se refere às normas, leis e decisões tomadas no âmbito do trabalho.

Jurisprudência unificada

Vários sites contêm motores de busca para que o usuário faça pesquisas no âmbito de várias instâncias jurídicas, como o Supremo Tribunal Federal, Supremo Tribunal de Justiça, Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal Militar, Turma Nacional de Uniformização, etc. É possível efetuar a consulta de súmulas, acórdãos e outros documentos legais.



A história cruel de um africano que foi dissecado e exposto como um animal por 80 anos em um museu

 

 

No início do século XIX, as pessoas ricas europeias tinham o costume de caçar animais selvagens ao redor do mundo para levar para casa, os embalsamando e os exibindo como troféus. No entanto, um comerciante francês chamado Jules Verreaux decidiu ir um pouco além e, entediado com os animais, decidiu fazer o mesmo com um ser humano.
Aparentemente, um africano foi caçado e dissecado. E não contente com isso, foi levado para um museu como se fosse uma exposição material com o nome de “O Negro”. Por fim, o homem terminou no Museu Darder em Girona, norte da Catalunha, quase na fronteira entre Espanha e França.

 De pé em sua vitrine, ligeiramente inclinado e com um olhar penetrante, o homem representa os aspectos mais sombrios do passado colonial europeu.

Com o passar do tempo, alguém colocou uma camada de verniz para escurecer a pele.

Durante a sua estada no museu da Catalunha, o homem era um objeto de culto e parte da cultura tradicional. Ficou lá quase 80 anos e só foi retirado durante os Jogos Olímpicos de 1992, porque o médico haitiano Arcelin, que viveu na Catalunha, ameaçou um boicote internacional se o homem continuasse a ser exibido, alegando que aquilo era um sinal de racismo que ainda prevalecia na Europa.


No entanto, em 1997, ele foi novamente colocado em exposição.

E foi só em 2000 que o governo de Botswana pediu a devolução do corpo ao seu país de origem, e ele foi recebido com honras.

Em uma das placas memoriais podemos ler: “O Negro. Ele morreu em 1830. Filho da África. Seu corpo foi levado para a Europa. Ele retornou em 2000 para o solo africano “.

sábado, 1 de outubro de 2016

Rei Arthur - Filme completo em portugues





Título: King Arthur
Ano: 2004

Duração: 125 min
Gênero: Drama histórico
Opinião: Prefiro os relatos escritos, são mais bem elaborados que as adaptações cinematográficas.
Sugestão: Leia a série As Crônicas de Arthur 

O filme conta uma história fictícia baseada em dados arqueológicos de que a lenda do Rei Arthur teria se originado em uma pessoa real, um comandante romano de nome Artur. No filme, que mistura as evidências históricas com elementos das lendas arturianas, Artur e seus Cavaleiros (provenientes de tribos conquistadas pelo Império Romano) enfrentam os saxões, que invadem a Grã-Bretanha quando o império em decadência está se retirando, deixando os habitantes da ilha a mercê dos invasores. Rei Arthur foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte.

RESUMO:
 
   Em Rei Arthur (2004) temos uma história fictícia baseada em dados arqueológicos e relatos escritos, de Arthur e seus cavaleiros em diversas situações de disputas territoriais e religiosas. O filme inicia-se com um mix de vida de Lancelot – sendo condenado a servir a Roma - e da vida de Arthur quando ainda eram crianças e depois já se passa num futuro mais distante, com Arthur líder dos cavaleiros da famosa Távola Redonda, tentando de certo modo encontrar a liberdade, ainda que ela imponha fatores como matar e morrer. Arthur e seus cavaleiros aparecem em uma cena logo no começo do filme, servindo a Roma, protegendo a chegada do Bispo Germanius a Inglaterra, chegada está que é quase impedida pelo exército – de loucos, como é descrito no livro, ou Woads como descrito no filme – de Merlin, um poderoso druida da Bretanha, que não queria a expansão do Cristianismo, visto que essa religião poderia fazer com que o Druidismo deixasse de existir como religião oficial da Bretanha. 
 
   Apesar dos Woads estarem em maior grupo, eles não foram capazes de impedir a chegada do bispo, pois a cavalaria de Arthur lutou contra eles e venceu, fazendo com que Merlin recuasse junto com seu exercito. O bispo Germanius estava na Inglaterra para dar a liberdade aos cavaleiros de Arthur, após 15 anos de servidão ao Império Romano, porem o bispo não está – ainda -, disposto a dar a liberdade a Távola Redonda e pede em troca de sua liberdade, uma última missão, considerada por muitos como algo suicida. O bispo pede que os cavaleiros – a mandato do papa -, resgatem uma família nobre, onde inclusive tem um jovem garoto que será futuramente um papa. A missão é tenebrosa, pois terão que passar pelo território dos Woads, seus inimigos. Apesar de tudo os cavaleiros chegam ao território onde está à família nobre e a resgata levando também todos os outros habitantes, para que também possa ficar seguros. Uma das habitantes resgatada junto com a família nobre é Guinevere, uma jovem bem curiosa e corajosa, que ajuda os cavaleiros em posteriores combater, usando de seu inconfundível talento com o arco e flecha.
 
   Sendo feita então a vontade do papa, os cavaleiros de Arthur recebem sua carta de liberdade, porém um povo bárbaro – os saxões – ameaça destruir a Bretanha, e anexar seu território ao seu povo. Arthur então pede que seja feito esse último sacrifício pela Bretanha. Os cavaleiros ficam junto a Arthur e se unem também aos guerreiros de Merlin, que não querem o avanço saxão. Juntos eles conseguem derrotar, com a elaborada estratégia de Merlin, os saxões, impedindo a decadência do Império Bretão. No final do filme, Arthur se casa com Guinevere, e o filme finda com uma mensagem de que muitos morreram, mas não morreram em vão. Rei Arthur (2004) foca-se nas disputas políticas, a queda do império romano, o avanço dos bárbaros saxões, os conflitos religiosos entre cristãos e pagãos e a tentativa desesperada de Arthur em manter a Britânia unida, onde culmina e barbárie desenfreada, afinal tudo era resolvido na espada, com sangue e morte.