sábado, 22 de setembro de 2012

Bandeiras



domingos jorge velho
Domingos Jorge Velho - um dos maiores bandeirantes paulistas.

Com o intuito de explorar o país ainda desconhecido atrás de pedras preciosas ou outras riquezas, e também de conseguir mais mão de obra escrava, os brasileiros (que possuíam sangue europeu ou misturado com sangue indígena), realizavam expedições para o interior em viagens que poderiam durar anos. Durante o século XVII, os holandeses tinham controle sobre o mercado de escravos africanos. Já que haviam invadido as colonias lusitanas da África para trazer mais negros para o Nordeste ocupado por eles. Os índios então valiam cinco vezes menos que os negros e eram uma boa alternativa para coroa portuguesa.

Existiram dois tipos de expedição: as entradas e as bandeiras. a primeira era apoiada pelo governo de Portugal, com a finalidade de expandir o território e antecedeu as bandeiras que tratavam-se de iniciativas particulares visando a obtenção de lucro próprio.

Há duas versões para o nome Bandeiras. A primeira acredita que foi porque os desbravadores levavam uma bandeira sempre a frente do grupo, e a segunda versão acredita que eles tinham como objetivo enfraquecer os índios para depois escravizá-los sem enfrentarem tanta resistência, isso se chamava "levantar bandeira".

Os portugueses no começo da colonização brasileira tinham interesse apenas em áreas litorâneas. O que dificultava a entrada dos lusitanos no interior do país era o péssimo caminho que tinham que percorrer, com altas matas e serras, além de não terem nenhum conhecimento de astronomia ou geografia que pudessem guiá-los. Os Bandeirantes, conhecidos como homens valentes sabiam os caminhos milenares e também as técnicas de sobrevivência no clima do sertão.

As bandeiras tiveram início no século XVII e são predominantemente expedições Paulistas. Isso se deve a fatores econômicos, sociais e geográficos do estado, pelo fácil acesso ao interior através do rio Tietê e pelo grande aumento da população vinda de São Vicente depois dos canaviais entrarem em decadência. Foram eles os grandes responsáveis pela expansão territorial do país, conquistando terras fora do limite do Tratado de Tordesilhas pelo povoamento de estados como Minhas Gerais e do Rio Grande do Sul, pela descoberta de ouro no Mato Grosso, Goiás e em Minhas Gerais e pela destruição do Quilombo dos Palmares.

Dentro do termo bandeiras, esta ainda pode ser dividida em três subcategorias. A primeira conhecida como “Gentio” tinha como finalidade a captura e a venda de índios como escravos, a segunda “Prospector” ou “Monções” era a bandeira feita para a procura de materiais preciosos e a última a de “Sertanismo” era a de violência, contra os índios e negros.

Foi a partir de 1619 que as bandeiras intensificaram seus ataques contra os índios. Estima-se que até o ano de 1641, mais de 300 mil índios foram presos e os que não aceitavam o trabalho escravo eram mortos. As missões religiosas eram uma boa “caça” para os bandeirantes já que reuniam índios catequizados que não ofereciam tanta resistência. O bandeirante sertanista mais conhecido devido grande número de extermínio e de poder de índios escravizados foi Antônio Raposo Tavares. Em sua última expedição ele percorreu em três anos mais 10.000 quilômetros.

Existiram muitos bandeirantes que fizeram nome neste período, como por exemplo Nicolau Barreto, Francisco Bueno, Jerônimo Leitão, Brás Cubas, Domingos Jorge Velho, Manuel Preto e entre outros.

Domingos Jorge Velho

Bandeirante brasileiro, Domingos Jorge Velho nasceu em Parnaíba, capitania de São Paulo, em 1641; faleceu em Piancó, capitania da Paraíba, em 1705. Trabalhou como Mestre de Campo no Governo de Estevão Parente. 

Era filho de Francisco Jorge Velho, começou a perseguir índios no nordeste brasileiro na segunda metade do século XVII. Foi proprietário de fazenda no interior do atual estado de Pernambuco, às margens do rio São Francisco. Desbravou as serras de dois irmãos Paulistas, no Canindé ( região do estado do Piauí), chapada do Araripe, rios Salgados e Iço ( atual estado do Ceará), entre outras regiões nos anos de 1671 a 1674.

                                                                          domingos jorge velho      


No Ceará, seguiu sozinho para lutar contra os índios cariris, antes já havia acompanhado Domingos Afonso Sertão em expedição ao Piauí. Foi fundador do arraial do Piancó em 1676.

Logo depois, Piancó foi destruído pelos cariris, se vingou destruindo a tribo e reconstruindo o seu arraial.  Em 1680, fixou-se na região do rio Piranhas, onde formou um fazenda no rio Piancó.

Assinou as condições do plano de atacar o Quilombo dos Palmares com o governador João Cunha Souto Maior, em 3 de março de 1687. As condições foram confirmadas em 1691, pelo governador de Pernambuco, Marquês de Montebelo, sendo o contrato ratificado pela Carta Régia de 7 de abril de 1693. (leia mais sobre a Guerra dos Palmares.

Dois anos depois, com a ajuda de Bernardo Vieira de Melo, destruiu o quilombo, fato que marcou a morte de Zumbi. Em 1699, chefiou expedição para combater a Confederação dos Cariris, acompanhado de missionários e tenentes. Domingos Jorge Velho recebeu patente de mestre de campo.

O amor filosófico e o puro prazer

Segundo Platão, o amor é a busca da beleza, da elevação em todos os níveis, o que não exclui a dimensão do corpo. No entanto, será que essa concepção ainda faz sentido em tempos de exagerado culto à coisificação do prazer?

                                                                         



Parece estranho e contraditório falar do amor filosófico em uma época desapaixonada, como esta em que vivemos. Na verdade, esta nossa época carece tanto de sentimento quanto de razão, pois ela pretende ser apenas a encarnação de um tempo hedonista, extravagante, dominado pelos sentidos.

Conforme Platão (427 a.C. - 347 a.C.), o amor é a busca da beleza. Embora tenha início da realidade física, deve alcançar a sua forma universal, não permanecendo prisioneiro da matéria. É lugar comum confundir o amor platônico com o amor não correspondido ou desprovido de interesse sexual. Na realidade, o filósofo não exclui o amor carnal, porém o vê como um primeiro degrau que pode levar a outros mais elevados.


As várias faces de Eros revelamse nos discursos que ilustram O Banquete, obraprima da literatura ocidental. O livro narra um encontro em casa do poeta  Agáton, do qual tomam parte Sócrates, Fedro, Alcebíades e outras figuras atenienses. O encontro tem como objetivo comemorar a premiação de uma peça teatral do anfitrião, e os presentes escolheram Eros como tema inspirador dos discursos da noite.

No prólogo do livro, utilizandose de um artifício literário, o narrador esclarece que não tomou parte, propriamente, daqueles acontecimentos, mas ouviu detalhes da sua história em colóquio com outro personagem. Após os convivas concordarem que deviam beber com moderação, pois haviam se excedido na noite anterior, dáse então início aos discursos sobre o amor.

 Agáton
Poeta ateniense, Agáton (447 a.C.- 401 a.C.) aparece em obras de Aristóteles (Anteu), Aristófanes (As Convocadas) e Platão (O Banquete).


No prólogo do livro, utilizandose de um artifício literário, o narrador esclarece que não tomou parte, propriamente, daqueles acontecimentos, mas ouviu detalhes da sua história em colóquio com outro personagem. Após os convivas concordarem que deviam beber com moderação, pois haviam se excedido na noite anterior, dáse então início aos discursos sobre o amor.
No relato de Pausânias aparecem duas formas de amor, geradas por Afrodite, deusa grega da fecundidade e da beleza. Afrodite tem dupla face, ou, de acordo com os estudiosos da mitologia, são duas Afrodites: a Celestial, filha de Urano; e a Popular, filha de Zeus e Dione.

 Aristófanes,personagem conhecido entre os atenienses pela sua dramaturgia, defende que o amor é a busca da outra metade que se perdeu por castigo dos deuses. Havia no mundo três tipos de seres humanos: um formado só de duplos elementos masculinos, outro só de duplos femininos e por último um misto de elementos masculino e feminino. Esta era uma figura andrógina. Os seres duplos transgrediram a ordenação dos deuses e foram divididos ao meio. Por isso, o amor é a busca da outra metade que se perdera, o que revela a incompletude humana.

 Aristófanes
Embora tenhamos poucas informações sobre a vida do dramaturgo Aristófanes (448/447 a.C. - 385-380 a.C.), sabe-se que ele foi um grande mestre da comédia antiga, autor de diversas peças com sátiras políticas e sociais, sendo uma de suas mais conhecidas Assembleia de Mulheres.
 Diotima de Mantineia
Escreve Zygmunt Bauman no livro Amor Líquido: Sobre a Fragilidade dos Laços Humanos (Zahar, 2004, pg. 21): "No Banquete de Platão, a profetisa Diotima de Mantineia ressaltou para Sócrates, com a sincera aprovação deste, que 'o amor não se dirige ao belo, como você pensa: dirige-se à geração e ao nascimento do belo'. (...) Em outras palavras, não é ansiando por coisas prontas, completas e concluídas que o amor encontra seu significado, mas no estímulo a participar da gênese dessas coisas. O amor é, enfim, à transcendência"



Como acontece em outras narrativas platônicas, Sócrates surge como o personagem que realiza a síntese das ideias e sentimentos do autor. N'O banquete ele inspira-se em  Diotima de Mantineia , sacerdotisa do amor, para ilustrar o seu discurso. Não se sabe ao certo se ela é uma criação de Platão ou personagem da mitologia, mas deste entrelaçamento surgem as mais belas páginas da literatura grega.

Eros é aí descrito como um daimon, intermediário entre os homens e as coisas divinas. "Ao gênio cabe interpretar e transmitir aos deuses o que vem dos homens, e aos homens o que vem dos deuses; de uns, as súplicas e os sacrifícios, e dos outros as ordens e as recompensas pelos sacrifícios; e como está no meio de ambos, ele os completa, de modo que o todo fica ligado todo ele a si mesmo. (...) E esses gênios, é certo, são muitos e diversos, e um deles é justamente o Amor."


RUMO AO AMOR ESSENCIAL

Na escalada rumo ao amor essencial, outros estágios se fazem necessários. Do amor às formas físicas belas à própria beleza, independente da forma. Há ainda o amor ao conhecimento e às boas práticas, o que pode ser interpretado como uma adesão aos princípios éticos. A sacerdotisa Diotima associa o amor à imortalidade e afirma, no diálogo com Sócrates, que o amor é o "desejo de procriação no belo".



Apesar da visão fulgurante contida nessa narrativa, o idealismo platônico deprecia o corpo e o mundo real. Ele concebe os seres humanos como se estes fossem anjos caídos em um mundo degradado.



A dívida da Filosofia para com Sócrates/ Platão é enorme. Para Sócrates, especialmente, o diálogo levava ao conhecimento da verdade. Ele contava com um método próprio para analisar os variados assuntos que lhe eram apresentados: adialética (arte do diálogo), que se juntava a outro artifício intelectual criado por ele, amaiêutica (parto das ideias).



Mito da Caverna:




O Mito da Caverna, ou Alegoria da Caverna, foi escrito pelo filósofo Platão e está contido em “A República”, no livro VII. Na alegoria narra-se o diálogo de Sócrates com Glauco e Adimato. É um dos textos mais lidos no mundo filosófico.

Platão utilizou a linguagem mítica para mostrar o quanto os cidadãos estavam presos a certas crendices e superstições. Para lembrar, apresento uma forma reelaborada do mito. A história narra a vida de alguns homens que nasceram e cresceram dentro de uma caverna e ficavam voltados para o fundo dela. Ali contemplavam uma réstia de luz que refletia sombras no fundo da parede. Esse era o seu mundo. Certo dia, um dos habitantes resolveu voltar-se para o lado de fora da caverna e logo ficou cego devido à claridade da luz. E, aos poucos, vislumbrou outro mundo com natureza, cores, “imagens” diferentes do que estava acostumado a “ver”. Voltou para a caverna para narrar o fato aos seus amigos, mas eles não acreditaram nele e revoltados com a “mentira” o mataram.

Com essa alegoria, Platão divide o mundo em duas realidades: a sensível, que se percebe pelos sentidos, e a inteligível (o mundo das ideias). O primeiro é o mundo da imperfeição e o segundo encontraria toda a verdade possível para o homem. Assim o ser humano deveria procurar o mundo da verdade para que consiga atingir o bem maior para sua vida. Em nossos dias, muitas são as cavernas em que nos envolvemos e pensamos ser a realidade absoluta.

Quando aplicada em sala de aula, tal alegoria resulta em boas reflexões. A tendência é a elaboração de reflexões aplicadas a diversas situações do cotidiano, em que o mundo sensível (a caverna) é comparado às situações como o uso de drogas, manipulação dos meios de comunicação e do sistema capitalista, desrespeito aos direitos humanos, à política, etc. Ao materializar e contextualizar o entendimento desse mito é possível debater sobre o resgate de valores como família, amizade, direitos humanos, solidariedade e honestidade, que podem aparecer como reflexões do mundo ideal.

É perfeitamente possível relacionar a filosofia platônica, sobretudo o mito da caverna, com nossa realidade atual. A partir desta leitura, é possível fazer uma reflexão extremamente proveitosa e resgatar valores de extrema importância para a Filosofia. Além disso, ajuda na formulação do senso crítico e é um ótimo exercício de interpretação de texto. A relevância e atualidade do mito não surpreende: muitas informações denunciam a alienação humana, criam realidades paralelas e alheias. Mas até quando alguns escolherão o fundo da caverna? Será que é uma pré-disposição ao engano ou puro comodismo? O Mito da Caverna é um convite permanente à reflexão


TRABALHO CIENTÍFICO


O que é um TRABALHO CIENTÍFICO


 O principal objetivo de um trabalho científico é comunicar uma observação ou uma idéia a um grupo de indivíduos potencialmente interessados. Esses indivíduos podem então fazer uso da observação, ou fazer avançar a idéia mediante as suas próprias observações.

O trabalho científico consiste de informação científica organizada segundo padrões específicos, com o objetivo de facilitar a sua compreensão. Podemos comparar um trabalho científico à um filme ou uma história, em que devem coexistir 3 partes harmônicas, princípio, meio e fim. Deve existir também, uma nítida ligação entre essas três partes, como o "enredo" do filme.

As revistas científicas, na sua totalidade, tem um conjunto de normas de redação, destinadas a orientar os autores no preparo dos trabalhos para publicação. Embora cada revista tenha as suas próprias normas, em geral, elas seguem determinados padrões universalmente aceitos. Segundo os critérios mais habituais, o trabalho científico deve ser constituído das seguintes partes:

Título - O título do trabalho deve ser o mais claro possível e deve permitir identificar o conteúdo do trabalho ou o tipo de informação que o(s) autor(es) pretende(m) discutir. Exemplos:

Identificação do(s) Autor(es) - O título é seguido do nome completo dos autores, sua qualificação profissional, a vinculação institucional ou a menção da instituição em que o trabalho foi realizado. O endereço do autor principal completa a identificação dos autores do trabalho.

Resumo - A parte que antecede o "corpo" do trabalho, consiste de um resumo do mesmo. O resumo deve conter os principais dados e as conclusões do trabalho. A maioria das publicações limita o resumo a um máximo de 250 palavras. Sua finalidade é permitir aos leitores conhecer o teor do trabalho sem precisar recorrer à sua leitura integral. O resumo serve também para classificar o trabalho e disponibilizar o seu conteúdo pelas diversas publicações e mecanismos indexadores. Para favorecer a mais ampla divulgação do conteúdo do trabalho, muitas publicações solicitam que o resumo (Abstract)também seja apresentado em Inglês.

Introdução - A primeira parte do trabalho propriamente dito é a introdução. Esta deve ser clara e suscinta e deve descrever os objetivos do trabalho. Pode indicar os motivos que levaram o autor a escrever o trabalho e pode descrever algumas das informações já existentes sobre o mesmo assunto.

Material e Métodos - Nesta parte do trabalho, que segue a introdução, os autores descrevem o tipo e a quantidade das observações feitas, bem como os métodos empregados para a sua coleta, registro e avaliação.

Mediante a descrição minuciosa dos métodos usados, o autor informa os leitores sobre os detalhes da obtenção dos dados em que se baseia o trabalho. Os detalhes devem restringir-se ao que é relevante ao trabalho.

Resultados - Os resultados encontrados são relatados de uma forma organizada e sistematizada. Quando se estuda um grupo de casos ou de observações, os percentuais da ocorrência de cada observação também são relatados. A importância e o significado de certos resultados podem ser melhor avaliados pela análise estatística.

Discussão - Neste segmento do trabalho as observações de outros autores referentes ao tema do trabalho podem ser descritas, para comparação. Os resultados encontrados são detalhadamente discutidos e o seu significado é apontado. A discussão pode ser mais ou menos ampla, conforme o tema estudado.

Conclusões - A análise dos resultados encontrados e o seu significado no contexto em que foram estudados levam às conclusões do trabalho. Esta seção deve ser bastante clara e concisa. Quando os resultados não forem inteiramente conclusivos, isto deve ser apontado.

Referências Bibliográficas - A última parte do trabalho é a coleção de referências bibliográficas efetivamente consultadas para o preparo e a elaboração do trabalho. Esta pode ser apresentada pela ordem de citação no texto ou pela ordem alfabética dos nomes do primeiro autor de cada referência.  Deve-ser adotar o padrão ABNT para citações e referências.

SUGESTÕES
  • Escreva um texto claro e conciso. Não alongue excessivamente o texto;
  • Evite o emprego de gírias e jargões; use linguagem corrente;
  • Siga o formato habitual do trabalho científico;
  • Use a primeira pessoa quando for o único autor do trabalho;
  • Mantenha o mesmo tempo verbal em cada seção do trabalho;
  • Evite opiniões pessoais, não avalizadas pelos resultados do trabalho;
  • Defina as abreviaturas na primeira entrada do texto;
  • Use sub-títulos para separar os componentes do trabalho.
O trabalho preparado para a apresentação oral, não difere substancialmente do trabalho preparado para apresentação escrita (publicação), exceto talvez pela existência do resumo e das referências bibliográficas, dispensados na apresentação oral (mas não no contexto do trabalho). Um Tema Livre pode ter a sequência semelhante de seções:

  • Introdução,
  • Material e Métodos,
  • Resultados,
  • Discussão e,
  • Conclusões
A criteriosa preparação de um trabalho para apresentação oral é o fator mais importante para uma apresentação "politicamente correta". Mesmo quando o autor (apresentador) tem muita experiência com o tema do trabalho.

Fonte:
http://brasil.fumep.edu.br/~coordcomp/ic.htm


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Durante muito tempo, os livros didáticos só trataram da princesa Isabel e de seu feito de abolir

GRÉCIA - ANTIGA

Introdução

Ao estudamos a história da Grécia antiga (Helaíde) temos que ter a clareza que a Grécia antiga não é a Grécia atual, ainda que parte do território da Grécia atual tenha pertencido a Grécia Antiga. Na atualidade a Grécia é um país (estado-nação) que tem sua organização politica na forma de República parlamentarista. Na Grécia Antiga cada cidade tinha seu próprio rei e autonomia politica, a POLIS, como eram chamadas as cidades da antigas Grécia, foram classificadas no estudo da história com cidades - estados. Porém mesmo vivendo de forma separada os grecos antigos (helenos) se reconheciam com o único povo, pois falavam o mesmo idioma e compartilhavam da mesma cultura.

Outro aspecto importante, no estudo da Grécia Antiga, é seu legado (herança) "deixado" para nós povos ocidentais: A democracia, a filosofia, mitologia entre outras contribuições que influenciaram a construção da sociedade ocidental contemporânea (atual)

1. uma visão geral do estudo

Ter uma boa noção da geografia da Grécia (território) é fundamental para o estudo da história da Grécia Antiga, pois há uma relação entre a geografia e a história Grega. O estudo foi sistematizado (organizado) em períodos) pois a história grega é muito longa. Ter a clareza das características que marcaram cada período é muito importante para nos localizamos no contexto histórico. Não se trata de decorar datas, todavia temos que ter clareza dos acontecimentos históricos na sequencia correta.

2. Geografia da Grécia Antiga (território)

O mapa da Grécia Antiga era dividido em três partes:

a) A parte continental ("terra firme") situada ao sul das regiões atuais dos Bálcãs e fazia fronteira com antiga Macedônia;

b) A parte península formado principalmente pelos penínsulas: do Peloponeso e Ática:

c) A parte insular formada pelo conjunto de ilhas com destaque para a Ilha de CRETA a maior das ilhas.

3. Os períodos da História Grega Antiga

ATENÇÃO: O nome do grande poeta grego Homero aparece na divisão das história grega. Boa parte que se conhece da história grega antiga só foi possível estudar, graças aos poemas de Homero que ficaram conhecidos através dos seus livros: a Ilíada e a Odisseia. o 1º narra a guerra de Troia e o 2º as aventuras de Ulisses


                                            



Pré - Homérico  - entre 2000 e 1.100 a.C

época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênicas ou Cretenses. Invasão dos Dórios e de outros povos, que contribuíram para formação do povo helênico, no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C

Conclusão do processo de ruralização das comunidades gentílicas. Nos GENOS havia a coletivização da produção e dos bens. No final deste período, com o crescimento populacional, ocorrei a desintegração dos geno.

Arcaico - entre 700 e 500 a.C

Surgimento das PÓLIS ( cidades - estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.

Clássico - entre 500 e 338 a,C

Época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e politico da Grécia Antiga. Época de grande fortalecimento das cidades - estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos coo, por exemplo, as Guerras Médicas ( entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso ( entre Atenas e Esparta).

Helenístico -  entre 338 e 146 a.C

Fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se pela região, fundindo-se com outras (helenismo).

Jogos Grego - pólis - conheça um pouco da história da Grécia Antiga de forma divertida.

http://br.grepolis.com/start/register?

O PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (2000 a. C. - 1200 a. C.)

A região da Hélade (Grécia Antiga) já era habitada desde dos tempos do neolítico (pré-história), por volta 6000 a. C., pela civilização egéia ou pré-helênica, portanto antes mesmo da penetração de grupos arianos ou indo-europeus - como os aqueus - nos Bálcãs. Os povos chamados de pelágios ou pelasgos foram os primeiros habitantes da região. Poliam e utilizava pedras como à obsidiana com bastante habilidade. Tendo se estabelecido em todo o mundo egeu, isto é, nos Bálcãs, na Ásia Menor e em Creta e outras ilhas, ou pelágios viviam da caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura rudimentar. Organizavam-se socialmente em clãs. Os pesquisadores encontraram casas e até túmulos coletivos na ilha de Creta. Os pelágios foram conquistados por povos indo-europeus, conhecidos como micênicos ou aqueus. Todavia devemos focar nosso estudo, no período Pré-Homérico, nos povos da ilha de Creta (a civilização minóica) e nos povo invasores: Aqueus, Jônios, Eólios, e os Dórios, mas especial os Aqueus.

A CIVILIZAÇÃO CRETENSE OU MINÓICA



A origem do povo cretense é incerta. Sabemos que a ilha foi ocupada a partir de 6000 a. C. por povos neolíticos, como evidenciados por figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a. C.. A arquitetura é semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barros, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como se costuma pensar. O povo cultivava trigo, lentilhas, criava bois e cabras. O terreno montanhoso e acidentado dava lugar a profundos vales férteis, onde era praticada a agricultura. A pesca também era um importante elemento na obtenção de recursos. Por volta de 2600 a. C., foi um período de grande atividade em  Creta, e também marca o início de Creta como um importante centro de civilização. O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a. C. a 1400 a. C.. Creta tornou-se o centro comercial do Mar Mediterrâneo, dominavam as rotas marítimas do Mar Egeu e comercializavam com Vários povos.

No aspecto social, os cretenses se diferenciavam pela singular valorização da figura feminina. O principal reflexo desse valor se encontrou manifestado na religião, onde a Grande Mãe era a mais importante divindade cretense. Esta deusa era reconhecida como representante da fertilidade e protetora das terras. Em Creta, não havia nenhum tipo de construção ou templo dedicado às atividades religiosas. A maioria das manifestações era realizada ao ar livre com a organização de danças e torneios.

Organização Política dos cretenses

Creta foi uma talassocracia (elite formado por comerciantes) formada por cidades que eram parecidas com as cidades-estado gregas, governadas pelas elites locais, mas, diferente da Grécia, as cidades estavam ligadas e eram dependentes de uma capital - neste caso, a capital era a cidade de Cnossos. Também diferente da Grécia, as cidades cretenses não lutavam entre si, o que dá uma noção de que havia uma unidade, uma ideia de povo comum entre os habitantes da ilha.



Deusa Mãe



arte - pintura - cretense "as damas de azuis"

O MITO DO MINOTAURO

O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos. Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta. Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses, que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro. Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse  marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã.

O mito do Minotauro foi um dos mais contados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses.



Teseu (1º Herói de Atenas) e o Minotauro

O FIM DA CIVILIZAÇÃO MINÓICA (CRETENSE) E SURGIMENTO DE UMA NOVA CVILIZAÇÃO



Palácio de Cnossos

Por volta de 2000 a. C. os Aqueus, povo indo-europeu, que já habitavam a península do Peloponeso, onde fundaram cidades como: Micenas, Argos e Tirinto a parti das quais formaram uma grande civilização denominada de aquéia ou micenica. Os Aqueus desenvolveram um grande comércio no Mar Egeu e passaram a rivalizar com os comerciantes da Ilha de Creta. Por volta de 1400 um grande terremoto seguindo de tsunamis destruíram os principais portos de Creta e palácio de Cnossos. Os Aqueus aproveitaram a "oportunidade" e invadiram Creta. Os Aqueus, com tempo, assimilaram muito da cultura minóica e da fusão das culturas cretense e micenica surgiu a cultura CRETO-MICÊNICA.

A "CHEGADA" DOS DÓRIOS E O RETROCESSO

Em decorrência da invasão dos Dórios (povo Indo-europeu), por volta do ano 1200 a. C. a população do local teve de encontrar alternativas para a sobrevivência. O primeiro movimento adotado pelos habitantes da ilha de Creta foi a migração, o povo se dispersou em fuga desesperada. Inicialmente ocorreu a fixação dos migrantes no canto da ilha, em seguida migraram para o interior do continente. Mas a pressão dos invasores dórios permaneceu e o segundo movimento de sobrevivência foi a migração dos povos que ocupavam a Hélade para outras regiões além mar. Essa fuga dos gregos para outros territórios fora da Hélade que é chamada de Primeira Diáspora Grega.

Os povos em fuga passaram a ocupar regiões litorâneas da Ásia Menor e pequenas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu. Na Hélade o impacto dos dórios foi fortemente negativo, acabando com o importante comércio existente e o enfraquecimento das comunidades agrícolas, toda a civilização passou por uma mudança estrutural. Da mesma forma, a cultura foi impactada em todas as instâncias. Por outro lado, os povos que compuseram a Primeira Diáspora Grega ajudaram a espalhar por outras regiões a cultura grega, expandindo as fronteiras de influência da Antiguidade Clássica e estabelecendo novos pólos comerciais.

Período Homérico (século XII ao VII a. C.)



Este período é estudado principalmente com base em duas fontes escritas, a Ilíada e a Odisséia poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.
No período homérico, a sociedade grega estava dividida em genos. Os genos eram uma espécie de clã familiar, cujos membros descendiam de um antepassado em comum, e que cultivavam um deus protetor.
Cada geno era chefiado por um patriarca (o pater; membro mais velho do grupo), que concentrava o poder militar, político, religioso e jurídico.
A economia no genos era agrícola e pastoril auto-suficiente, ou seja, toda a família morava em uma grande propriedade e a terra era explorada coletivamente.
MUITO IMPORTANTE!!
No final do Período Homérico, o crescimento populacional, a falta de terras produtivas e consequentemente de alimentos gerou conflitos violentos no interior dos genos. Decidiram dividir as terras conforme o grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo do patriarca, maior e melhor era a herança territorial. Os mais afastados ficaram sem terras, trabalhando como escravos, no artesanato ou na terra para os grandes proprietários. Surge então, a propriedade privada e a sociedade de classe na Grécia.

Período Arcaico (século VIII ao VI a. C.) - PARTE I


ACROPÓLIS



PATERNON

Acrópole no presente


O surgimento da pólis:

Com a desagregação dos genos, começaram a se formar as cidades-estados (as pólis). Os genos uniram-se, formando as frátrias, que se agruparam dando origem às tribos. Em geral, as cidades-estados eram construídas nos lugares mais altos da região, tendo em seu centro a Acrópole, refúgio e santuário rodeado de muralhas.
Sua economia era auto-suficiente e cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, auxiliado por um conselho formado por representantes da aristocracia e uma assembléia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.
As principais cidades-estados foram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Megara e Mileto.



A ÁGORA

Apesar da autonomia das pólis, as cidades gregas mantinham certa unidade, baseada na língua, na religião e nas festas esportivas. Dentre as festas esportivas, destacam-se as Olimpíadas, realizadas a cada quatro anos, sendo proibidas as guerras entre as pólis durante sua realização, como homenagem ao deus Zeus.

Colonização Grega

A concentração do poder territorial nas mãos de poucos e a desigualdade social fez com que milhares de gregos, durante os séculos VII e VI a. C., fundassem colônias nas costas dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
Embora, as colônias gregas fossem independentes de suas cidades-estados de origem, mantinham com elas ligações comerciais e religiosas.
As principais colônias eram Bizâncio, Tarento, Sibaris, Crotona, Nápoles, Cuma, Siracusa, Agrigento, Nice, Marselha e Málaga.

MAPA DA COLONIZAÇÃO GREGA EXPANÇÃO



Atenas Introdução 

Localização de Atenas na Península Ática e Esparta na península do Peloponeso na região da Lacônia.



Visão de Atenas





quinta-feira, 20 de setembro de 2012

1870: Paris é cercada pelos alemães

Em 19 de setembro de 1870, o cerco das tropas alemãs a Paris marcou o início do fim da guerra de Bismarck contra Napoleão 3º.  O fato que conduziu diretamente ao irrompimento da Guerra Teuto - Francesa de 1870 foi a candidatura do Príncipe Leopoldo Von Hohenzollern - Sigmaringen, um parente distante do rei Prussiano Guilherme 1º, ao trono espanhol, que havia ficado vago após a revolução de 1868.

                                                       
                              Após a guerra teuto - francesa, Bismarck governou a Prússia de 1871 a 1890

Embora sem o consentimento de Guilherme 1º, o então chefe de governo da Prússia, Otto Von Bismarck, convenceu Leopoldo de que o trono espanhol deveria ser ocupado por alguém da dinastia Hohenzollenr. Já a França, governada por Napoleão 3º, sobrinho de Napoleão Bonaparte, foi contra, por temer um desequilíbrio de poder na Europa em favor dos alemães.

Num gesto extremo, Paris ameaçou a Prússia com guerra, caso não retirasse o apoio ao candidato ao trono espanhol. A pressão de Guilherme 1º cresceu, a ponto de Leopoldo desistir oficialmente. Mas Napoleão 3º, que pretendia ver a Prússia humilhada exigiu do soberano alemão um pedido oficial de desculpas e, acima de tudo, a garantia de que também no futuro a dinastia Hohenzollenrn  não ambicionaria o trono espanhol.

Esta exigência foi manipulada por Bismarck para ser entendida como um ultimato da França. Ele não só acreditava que seu país estivesse preparado para um conflito armado: apostava, também no efeito psicológico que uma declaração de guerra contra a Prússia teria nos países vizinhos. Contando com a solidariedade dos países de idioma alemão, estaria praticamente atingida a meta unificação.


Vizinhos do Sul aliaram-se - à Prússia


A guerra foi declarada pela França a 19 de julho de 1870 e. imediatamente, a Alemanha e seus vizinhos sulinos uniram-se numa frente contra Napoleão 3ª e suas tropas. O império Austro Húngaro, a Rússia, a Itália e a Inglaterra preferiram manter a neutralidade. Enquanto as tropas alemãs, do comandante - chefe conde Helmuth Von Moltke, dispunham de 400 mil soldados, os franceses conseguiram mobilizar apenas 200 mil.

A primeira batalha, a 2 de agosto, em Saarbrúcken, foi vencida pela França. Quantro dias depois, entretanto, o país sofria a primeira derrota. As seguintes seriam em Vionville (15 de agosto), Gravelotte (18) e Beaumont (30/08).


A batalha decisiva foi iniciada na manhã de 1º de setembro em Sedan. Napoleão chegou ao campo de batalha na tarde do mesmo dia e assumiu o comando militar. Ao conscientizar-se da situação desoladora, ordenou que fosse içada a bandeira branca. Na mesma noite foi negociada a capitulação e a prisão de Napoleão e 83 mil soldados franceses.


Quando esta notícia chegou a Paris, houve uma rápida rebelião, a Assembleia Constituinte foi dissolvida e, a 4 de setembro, proclamada a República Francesa. No dia 19 de setembro de 1870, as tropas alemãs cercaram Paris. Nos conflitos que se seguiram, comandados pelo governo da resistência, em Tours, os franceses foram derrotados pelos prussianos. Os sérios problemas de abastecimento e a forma rudimentar com que a população civil tentava evitar a tomada da capital apressaram a capitulação, a 19 de janeiro de 1871.

Um dia antes, Guilherme I havia sido coroado imperador alemão no Palácio de Versalhes, selando o objetivo de Bismarck, de uma grande potência alemã. A capitulação formal de Paris e o armistício aconteceram a 28 de janeiro de 1871. Seguiram-se a composição da Assembleia Nacional francesa e a constituição da Terceira República. O acordo de paz foi selado em Frankfurt, a 10 de maio de 1871. Como reparação de guerra, a França abdicou da Alsácia e foi forçada a pagar uma alta soma em dinheiro.


Política indigenista no Brasil

Estima-se que na época da descoberta do Brasil pelos portugueses, existiam cerca de cinco milhões de índios no território nacional, divididos  em mil povos diferentes. Hoje em dia, são apenas 227 povos e sua população está em torno de 400 mil. As razões do extermínio dos povos nativos são muitas e estão ligadas às doenças trazidas pelos colonizadores, ao uso de armas a fim de conquistar seus territórios, â dominação cultural entre tantas outras formas de dominação.

No século XIX, com os avanços da biologia, em especial da epidemiologia, foi comum o homem branco utilizar-se de doenças como ferramenta de conquista de território. Um caso clássico se deu no Maranhão, na vila de Caxias. De acordo com o antropólogo Mércio Pereira Gomes, em 1816 fazendeiros da região, com o objetivo de apossarem-se de mais terras, resolveram “presentear” os índios locais com roupas de pessoas infectadas com a varíola (geralmente essas peças eram queimadas para se evitar a transmissão da doença). Os indígenas levaram essas roupas para suas aldeias e muitos acabaram morrendo, deixando muitas áreas livres para que os fazendeiros pudessem criar gado. Casos semelhantes ocorreram na região Amazônica e em toda América do Sul.

A fim de se redimir do extermínio causado aos povos nativos, o Brasil nomeou o Dia do Índio, comemorado em 19 de abril. A data foi instituída pelo presidente Getúlio Vargas por meio do Decreto-Lei 5540 de 1943 e celebra a mesma data em que, em 1940, várias lideranças indígenas do continente organizaram o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Muitos representantes das nações indígenas não participaram do Congresso temendo não serem ouvidas pelos homens brancos. Durante esse encontro foi criado o Instituto Indigenista Interamericano. O organismo, também com sede no México, tem como objetivo principal defender os interesses dos povos nativos da América em todo o continente.

O Brasil só aderiu à nova instituição devido à intervenção do Marechal Rondon. O militar foi um ardoroso defensor dos povos indígenas. Ele nasceu na cidade de Mimoso, no interior do estado do Mato Grosso. Seu pai era descendente de portugueses e sua mãe, de índios Bororós. Inicialmente foi professor e, em 1881, matriculou-se na Escola Militar do Rio de Janeiro. Foi indicado componente da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas, explorando os sertões do Mato Grosso, no ano de 1892. Sua tese era: “matar nunca, morrer se necessário”. Foi ele o criador da primeira instituição de cuidados com os índios: o Serviço de Proteção ao Índio. Em 1967, foi então criada a FUNAI - Fundação Nacional do Índio. Esse organismo, vinculado ao Ministério da Justiça, tem como objetivo principal promover políticas de desenvolvimento sustentável das populações indígenas, aliar a sustentabilidade econômica à sócio-ambiental e implementar medidas de vigilância, fiscalização e de prevenção de conflitos em terras indígenas.

Nesse 19 de abril devemos refletir, e muito, sobre o futuro dos povos indígenas no Brasil e no mundo. Afinal, temos muito a aprender com eles e devemos respeitá-los em sua cultura e suas características.

domingo, 16 de setembro de 2012

Grécia - (Artes)

GRÉCIA - " O homem é a medida de todas as coisa" Protágoras.

Também chamada de Idade de Ouro, ou época de Péricles, pois defendeu a democracia e o livre pensar. A Grécia valorizava a dignidade e o valor do homem.


                       



Enquanto a arte egípcia é uma arte ligada ao espírito, a arte grega liga-se à inteligência, pois os seus reis não eram deuses, mas seres inteligentes e justos que se dedicavam ao bem-estar do povo. A arte grega volta-se para o gozo da vida presente. Contemplando a natureza, o artista se empolga pela vida e tenta, através da arte, exprimir suas manifestações. Na sua constante busca da perfeição, o artista grego cria uma arte de elaboração intelectual em que predominam o ritmo, o equilíbrio, a harmonia ideal. Eles têm como características: o relacionalismo; amor pela beleza; interesse pelo homem, essa pequena criatura que é "a medida de todas as coisas"; e a democracia.


ARTE GREGA

A figura humana foi o principal motivo na arte grega, afinal eles valorizavam o homem, então a arte estava de acordo com o pensamento da época, como sempre. Enquanto a filosofia destacava o harmonia, ordem e clareza de pensamento, a arte e a arquitetura buscavam o equilíbrio e moderação. Filosofia humanista. Contribuições: DEMOCRACIA, INDIVIDUALISMO e RAZÃO.

Estilos:


  • Arte geométrica - vasos com faixas geométricas e frisos de animais e humanos simplificados.





  • Arte arcaica - kouros em pedra e pintura de vasos. kouros - estátuas em posição frontal, pé esquerdo avançado, punhos fechados e "sorriso arcaico".


  • Arte clássica - auge da arte e arquitetura. Figuras idealizadas com harmonia.


Vitória de Samotrácia


  • Helênica / Helenística - derivado do grego, difundiu-se em outras regiões, como a Ásia Menor. Um estilo mais melodramático.



PINTURAS - bons conhecedores da pintura, porém não veio até nós; não temos conhecimento de nenhum até hoje.  Eram tão vividas que afirmou-se certa vez que um passarinho veio bicar uma cesta de frutas pintada numa parede, de tão realista que era a pintura.

PITURA EM CERÂMICA - contava a história dos deuses e heróis da mitologia grega ou narrava eventos como festas e guerras.

Além de servir para rituais religiosos, esses vasos eram usados para armazenar, entre outras coisas, água, vinho, azeite e mantimentos.

Evolução dos estilos:

  • Geométrico - figuras e ornamentos tinham formas basicamente geométricas.


Detalhe de um vaso grego de estilo geométrico, mostrando as frisas características da arte grega.

  • Figura negra (Período Arcaico) - estilo com fundo avermelhado. Os artistas riscavam os detalhes do desenho com agulha. Depois, inverteu-se o esquema de cores.



  • Figura vermelha - o vermelho natural da argila delineava os desenhos. Detalhes pintados em preto. As figuras pela primeira vez são mais realistas.



Escultura - Introduziram o nu na arte. Na escultura, o antropomorfismo - esculturas de formas humanas - foi insuperável. As estátuas adquiriram, além do equilíbrio e perfeição das formas, o movimento. As proporções ideais das estátuas representavam a perfeição do corpo ( desempenho atlético) e mente ( debate intelectual).


Buscavam uma síntese dos 2 pólos do comportamento humano paixão e razão. O mármore branco era embelezado com pintura encáustica - pintura de pigmento em pó e cera quente.

No período Clássico passou-se a procurar movimento nas estátuas, para isto, se começou a usar o bronze que era mais resistente do que o mármore, podendo fixar o movimento sem se quebrar. Surge o nu feminino, pois no período arcaico, as figuras de  mulher eram esculpidas sempre vestidas, por pudor.
É o sexo masculino era considerado perfeito...


                                                                  Vênus de Milo
Contraposto - princípio do apoio do peso. Foi uma inovação, pois o peso do corpo se apóia em uma das pernas e o corpo segue esse alinhamento, dando uma pequena ilusão de movimento e equilíbrio - eixo central do corpo.

Influenciou na Renascença, quando muitas obras clássicas foram redescobertas. A escultura Davi, de Michelangelo, expressa bem a influência clássica, tanto no uso do contraposto, quanto da expressão e equilíbrio. Isso que era a cerca de 1500 d.C...




E aqui abaixo, um artista que inspirou em Davi, de Michelangelo - Rodin:



Idade do Bronze, de Rodin, pelo título que ele deu à estátua podemos ver a ligação direta que ele quis fazer com a Grécia ( vulgar idade do ouro ). A posição da estátua, admirando seus músculos, talvez fosse uma sátira à idealização do masculino e do ideal do belo grego de beleza.

Arquitetura - Tratavam como grandes esculturas - com as normas de simetria e proporções ideais. No ritos públicos em frente aos templos, esculturas de deidades contavam as histórias. Cariátides - munheres esculpidas que serviam como colunas Atlantes: homens.






Tipos de colunas: dórica, jônica e coríntia.

- Ordem Dórica  - era simples e maciça. O fuste da coluna era monolítico e grosso. O capitel era uma almofada de pedra. Nascida do sentir do ovo grego, nela se expressa o pensamento. Sendo a mais antiga das ordens arquitetônicas gregas  a ordem dórica, por sua simplicidade e severidade, empresta uma ideia de solidez e imponência. Vemos a influência até hoje, como essa coluna em Washington:




_ Ordem Jônica- representava a graça e o feminino. A coluna apresentava fuste mais delgado e não se firmava a diretamente sobre o estilóbata, mas sobre uma base decorada. O capitel era formado poe duas esperais unidas por duas curvas, A ordem dórica traduz a forma do homem e a ordem Jônica traduz a forma da mulher.

                                                                       

- Ordem coríntia - o capitel era formado com folhas de acanto e quadro espirais simétricas, muito usado no lugar do capitel jônico, de um modo a variar e enriquecer aquela ordem, sugere luxo e ostentação;                                       
                                                              
                                                              
                             Em Washington, novamente:

      

Os principais monumentos da arquitetura grega:

a - Templos, dos quais o mais importante é o Pártenon de Atenas. Na Acrópole, também, se encontram as Cariátides homenageavam as mulheres de Cária.



b - Teatros, que eram construídos em lugares abertos ( encosta ) e que compunham de três partes: a skene ou cena, para os espectadores, um exemplo típico é o teatro de Epidauro, construídos, no séc IV a. C., ao livre, composto por 55 degraus divididos em duas ordens e calculados de acordo com uma inclinação perfeita. Chegava a acomodar cerca de 14.000 espectadores e tornou-se famoso por sua acústica perfeita.

                                                                  
Teatro de Epidauro


c- Ginásios, edifícios destinados à culturas física.
d - Praça - Ágora onde os gregos se reuniam para discutir os mais variados assuntos entre eles. filosofia.
As olimpíadas: Realizavam-se em olímpia, cada 4 anos, em honra a Zeus, os primeiros jogos começaram em 776 a. C. As festas olímpicas serviam de base para marcar o tempo.
Teatro: Foi criada a comédia e a tragédia.