Domingos Jorge Velho - um dos maiores bandeirantes paulistas.
Com o intuito de explorar o país ainda desconhecido atrás de pedras preciosas ou outras riquezas, e também de conseguir mais mão de obra escrava, os brasileiros (que possuíam sangue europeu ou misturado com sangue indígena), realizavam expedições para o interior em viagens que poderiam durar anos. Durante o século XVII, os holandeses tinham controle sobre o mercado de escravos africanos. Já que haviam invadido as colonias lusitanas da África para trazer mais negros para o Nordeste ocupado por eles. Os índios então valiam cinco vezes menos que os negros e eram uma boa alternativa para coroa portuguesa.
Existiram dois tipos de expedição: as entradas e as bandeiras. a primeira era apoiada pelo governo de Portugal, com a finalidade de expandir o território e antecedeu as bandeiras que tratavam-se de iniciativas particulares visando a obtenção de lucro próprio.
Há duas versões para o nome Bandeiras. A primeira acredita que foi porque os desbravadores levavam uma bandeira sempre a frente do grupo, e a segunda versão acredita que eles tinham como objetivo enfraquecer os índios para depois escravizá-los sem enfrentarem tanta resistência, isso se chamava "levantar bandeira".
Os portugueses no começo da colonização brasileira tinham interesse apenas em áreas litorâneas. O que dificultava a entrada dos lusitanos no interior do país era o péssimo caminho que tinham que percorrer, com altas matas e serras, além de não terem nenhum conhecimento de astronomia ou geografia que pudessem guiá-los. Os Bandeirantes, conhecidos como homens valentes sabiam os caminhos milenares e também as técnicas de sobrevivência no clima do sertão.
As bandeiras tiveram início no século XVII e são predominantemente expedições Paulistas. Isso se deve a fatores econômicos, sociais e geográficos do estado, pelo fácil acesso ao interior através do rio Tietê e pelo grande aumento da população vinda de São Vicente depois dos canaviais entrarem em decadência. Foram eles os grandes responsáveis pela expansão territorial do país, conquistando terras fora do limite do Tratado de Tordesilhas pelo povoamento de estados como Minhas Gerais e do Rio Grande do Sul, pela descoberta de ouro no Mato Grosso, Goiás e em Minhas Gerais e pela destruição do Quilombo dos Palmares.
Dentro do termo bandeiras, esta ainda pode ser dividida em três subcategorias. A primeira conhecida como “Gentio” tinha como finalidade a captura e a venda de índios como escravos, a segunda “Prospector” ou “Monções” era a bandeira feita para a procura de materiais preciosos e a última a de “Sertanismo” era a de violência, contra os índios e negros.
Foi a partir de 1619 que as bandeiras intensificaram seus ataques contra os índios. Estima-se que até o ano de 1641, mais de 300 mil índios foram presos e os que não aceitavam o trabalho escravo eram mortos. As missões religiosas eram uma boa “caça” para os bandeirantes já que reuniam índios catequizados que não ofereciam tanta resistência. O bandeirante sertanista mais conhecido devido grande número de extermínio e de poder de índios escravizados foi Antônio Raposo Tavares. Em sua última expedição ele percorreu em três anos mais 10.000 quilômetros.
Existiram muitos bandeirantes que fizeram nome neste período, como por exemplo Nicolau Barreto, Francisco Bueno, Jerônimo Leitão, Brás Cubas, Domingos Jorge Velho, Manuel Preto e entre outros.
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