sexta-feira, 21 de setembro de 2012

GRÉCIA - ANTIGA

Introdução

Ao estudamos a história da Grécia antiga (Helaíde) temos que ter a clareza que a Grécia antiga não é a Grécia atual, ainda que parte do território da Grécia atual tenha pertencido a Grécia Antiga. Na atualidade a Grécia é um país (estado-nação) que tem sua organização politica na forma de República parlamentarista. Na Grécia Antiga cada cidade tinha seu próprio rei e autonomia politica, a POLIS, como eram chamadas as cidades da antigas Grécia, foram classificadas no estudo da história com cidades - estados. Porém mesmo vivendo de forma separada os grecos antigos (helenos) se reconheciam com o único povo, pois falavam o mesmo idioma e compartilhavam da mesma cultura.

Outro aspecto importante, no estudo da Grécia Antiga, é seu legado (herança) "deixado" para nós povos ocidentais: A democracia, a filosofia, mitologia entre outras contribuições que influenciaram a construção da sociedade ocidental contemporânea (atual)

1. uma visão geral do estudo

Ter uma boa noção da geografia da Grécia (território) é fundamental para o estudo da história da Grécia Antiga, pois há uma relação entre a geografia e a história Grega. O estudo foi sistematizado (organizado) em períodos) pois a história grega é muito longa. Ter a clareza das características que marcaram cada período é muito importante para nos localizamos no contexto histórico. Não se trata de decorar datas, todavia temos que ter clareza dos acontecimentos históricos na sequencia correta.

2. Geografia da Grécia Antiga (território)

O mapa da Grécia Antiga era dividido em três partes:

a) A parte continental ("terra firme") situada ao sul das regiões atuais dos Bálcãs e fazia fronteira com antiga Macedônia;

b) A parte península formado principalmente pelos penínsulas: do Peloponeso e Ática:

c) A parte insular formada pelo conjunto de ilhas com destaque para a Ilha de CRETA a maior das ilhas.

3. Os períodos da História Grega Antiga

ATENÇÃO: O nome do grande poeta grego Homero aparece na divisão das história grega. Boa parte que se conhece da história grega antiga só foi possível estudar, graças aos poemas de Homero que ficaram conhecidos através dos seus livros: a Ilíada e a Odisseia. o 1º narra a guerra de Troia e o 2º as aventuras de Ulisses


                                            



Pré - Homérico  - entre 2000 e 1.100 a.C

época de ocupação do território da Grécia. Desenvolvimento das civilizações Micênicas ou Cretenses. Invasão dos Dórios e de outros povos, que contribuíram para formação do povo helênico, no final deste período, provocando a dispersão dos povos da região e ruralização.

Homérico - entre 1.100 e 700 a.C

Conclusão do processo de ruralização das comunidades gentílicas. Nos GENOS havia a coletivização da produção e dos bens. No final deste período, com o crescimento populacional, ocorrei a desintegração dos geno.

Arcaico - entre 700 e 500 a.C

Surgimento das PÓLIS ( cidades - estados) com a formação de uma elite social, econômica e militar que passa a governar as cidades. Neste período ocorreu a divisão do trabalho e o processo de urbanização. Surge o alfabeto fonético grego e significativo desenvolvimento literário e artístico.

Clássico - entre 500 e 338 a,C

Época de grande desenvolvimento econômico, cultural, social e politico da Grécia Antiga. Época de grande fortalecimento das cidades - estados gregas como, por exemplo, Esparta, Atenas, Tebas, Corinto e Siracusa. Foi também uma época marcada por conflitos externos coo, por exemplo, as Guerras Médicas ( entre gregos e persas no século V). Ocorreu também, neste período, a Guerra do Peloponeso ( entre Atenas e Esparta).

Helenístico -  entre 338 e 146 a.C

Fase marcada pelo enfraquecimento militar grego e a conquista macedônica na região. A cultura grega espalha-se pela região, fundindo-se com outras (helenismo).

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O PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (2000 a. C. - 1200 a. C.)

A região da Hélade (Grécia Antiga) já era habitada desde dos tempos do neolítico (pré-história), por volta 6000 a. C., pela civilização egéia ou pré-helênica, portanto antes mesmo da penetração de grupos arianos ou indo-europeus - como os aqueus - nos Bálcãs. Os povos chamados de pelágios ou pelasgos foram os primeiros habitantes da região. Poliam e utilizava pedras como à obsidiana com bastante habilidade. Tendo se estabelecido em todo o mundo egeu, isto é, nos Bálcãs, na Ásia Menor e em Creta e outras ilhas, ou pelágios viviam da caça, da pesca, da coleta e de uma agricultura rudimentar. Organizavam-se socialmente em clãs. Os pesquisadores encontraram casas e até túmulos coletivos na ilha de Creta. Os pelágios foram conquistados por povos indo-europeus, conhecidos como micênicos ou aqueus. Todavia devemos focar nosso estudo, no período Pré-Homérico, nos povos da ilha de Creta (a civilização minóica) e nos povo invasores: Aqueus, Jônios, Eólios, e os Dórios, mas especial os Aqueus.

A CIVILIZAÇÃO CRETENSE OU MINÓICA



A origem do povo cretense é incerta. Sabemos que a ilha foi ocupada a partir de 6000 a. C. por povos neolíticos, como evidenciados por figuras antropomórficas de argila. As primeiras peças de cerâmica surgiram por volta de 5700 a. C.. A arquitetura é semelhante às presentes no Egito e no Oriente Médio deste período e de períodos posteriores, com tijolos queimados sobre fundação de pedra, cobertos por barros, que pode ligá-los aos povos daquelas regiões, e não aos povos europeus como se costuma pensar. O povo cultivava trigo, lentilhas, criava bois e cabras. O terreno montanhoso e acidentado dava lugar a profundos vales férteis, onde era praticada a agricultura. A pesca também era um importante elemento na obtenção de recursos. Por volta de 2600 a. C., foi um período de grande atividade em  Creta, e também marca o início de Creta como um importante centro de civilização. O apogeu da civilização minóica se deu entre 1700 a. C. a 1400 a. C.. Creta tornou-se o centro comercial do Mar Mediterrâneo, dominavam as rotas marítimas do Mar Egeu e comercializavam com Vários povos.

No aspecto social, os cretenses se diferenciavam pela singular valorização da figura feminina. O principal reflexo desse valor se encontrou manifestado na religião, onde a Grande Mãe era a mais importante divindade cretense. Esta deusa era reconhecida como representante da fertilidade e protetora das terras. Em Creta, não havia nenhum tipo de construção ou templo dedicado às atividades religiosas. A maioria das manifestações era realizada ao ar livre com a organização de danças e torneios.

Organização Política dos cretenses

Creta foi uma talassocracia (elite formado por comerciantes) formada por cidades que eram parecidas com as cidades-estado gregas, governadas pelas elites locais, mas, diferente da Grécia, as cidades estavam ligadas e eram dependentes de uma capital - neste caso, a capital era a cidade de Cnossos. Também diferente da Grécia, as cidades cretenses não lutavam entre si, o que dá uma noção de que havia uma unidade, uma ideia de povo comum entre os habitantes da ilha.



Deusa Mãe



arte - pintura - cretense "as damas de azuis"

O MITO DO MINOTAURO

O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos. Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta. Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses, que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro. Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse  marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã.

O mito do Minotauro foi um dos mais contados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses.



Teseu (1º Herói de Atenas) e o Minotauro

O FIM DA CIVILIZAÇÃO MINÓICA (CRETENSE) E SURGIMENTO DE UMA NOVA CVILIZAÇÃO



Palácio de Cnossos

Por volta de 2000 a. C. os Aqueus, povo indo-europeu, que já habitavam a península do Peloponeso, onde fundaram cidades como: Micenas, Argos e Tirinto a parti das quais formaram uma grande civilização denominada de aquéia ou micenica. Os Aqueus desenvolveram um grande comércio no Mar Egeu e passaram a rivalizar com os comerciantes da Ilha de Creta. Por volta de 1400 um grande terremoto seguindo de tsunamis destruíram os principais portos de Creta e palácio de Cnossos. Os Aqueus aproveitaram a "oportunidade" e invadiram Creta. Os Aqueus, com tempo, assimilaram muito da cultura minóica e da fusão das culturas cretense e micenica surgiu a cultura CRETO-MICÊNICA.

A "CHEGADA" DOS DÓRIOS E O RETROCESSO

Em decorrência da invasão dos Dórios (povo Indo-europeu), por volta do ano 1200 a. C. a população do local teve de encontrar alternativas para a sobrevivência. O primeiro movimento adotado pelos habitantes da ilha de Creta foi a migração, o povo se dispersou em fuga desesperada. Inicialmente ocorreu a fixação dos migrantes no canto da ilha, em seguida migraram para o interior do continente. Mas a pressão dos invasores dórios permaneceu e o segundo movimento de sobrevivência foi a migração dos povos que ocupavam a Hélade para outras regiões além mar. Essa fuga dos gregos para outros territórios fora da Hélade que é chamada de Primeira Diáspora Grega.

Os povos em fuga passaram a ocupar regiões litorâneas da Ásia Menor e pequenas ilhas espalhadas pelo Mar Egeu. Na Hélade o impacto dos dórios foi fortemente negativo, acabando com o importante comércio existente e o enfraquecimento das comunidades agrícolas, toda a civilização passou por uma mudança estrutural. Da mesma forma, a cultura foi impactada em todas as instâncias. Por outro lado, os povos que compuseram a Primeira Diáspora Grega ajudaram a espalhar por outras regiões a cultura grega, expandindo as fronteiras de influência da Antiguidade Clássica e estabelecendo novos pólos comerciais.

Período Homérico (século XII ao VII a. C.)



Este período é estudado principalmente com base em duas fontes escritas, a Ilíada e a Odisséia poemas atribuídos a Homero que contam a Guerra de Tróia e o regresso do herói Odisseu (Ulisses) à Grécia. Estas obras descrevem relatos verídicos e imaginários, que geram uma constante pesquisa para separar a ficção do fato, sem comprometer o valor simbólico das obras.
No período homérico, a sociedade grega estava dividida em genos. Os genos eram uma espécie de clã familiar, cujos membros descendiam de um antepassado em comum, e que cultivavam um deus protetor.
Cada geno era chefiado por um patriarca (o pater; membro mais velho do grupo), que concentrava o poder militar, político, religioso e jurídico.
A economia no genos era agrícola e pastoril auto-suficiente, ou seja, toda a família morava em uma grande propriedade e a terra era explorada coletivamente.
MUITO IMPORTANTE!!
No final do Período Homérico, o crescimento populacional, a falta de terras produtivas e consequentemente de alimentos gerou conflitos violentos no interior dos genos. Decidiram dividir as terras conforme o grau de parentesco, ou seja, quanto mais próximo do patriarca, maior e melhor era a herança territorial. Os mais afastados ficaram sem terras, trabalhando como escravos, no artesanato ou na terra para os grandes proprietários. Surge então, a propriedade privada e a sociedade de classe na Grécia.

Período Arcaico (século VIII ao VI a. C.) - PARTE I


ACROPÓLIS



PATERNON

Acrópole no presente


O surgimento da pólis:

Com a desagregação dos genos, começaram a se formar as cidades-estados (as pólis). Os genos uniram-se, formando as frátrias, que se agruparam dando origem às tribos. Em geral, as cidades-estados eram construídas nos lugares mais altos da região, tendo em seu centro a Acrópole, refúgio e santuário rodeado de muralhas.
Sua economia era auto-suficiente e cada cidade-estado era governada por um rei, o basileus, auxiliado por um conselho formado por representantes da aristocracia e uma assembléia popular composta pelos cidadãos, aqueles que tinham direitos políticos.
As principais cidades-estados foram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto, Argos, Olímpia, Megara e Mileto.



A ÁGORA

Apesar da autonomia das pólis, as cidades gregas mantinham certa unidade, baseada na língua, na religião e nas festas esportivas. Dentre as festas esportivas, destacam-se as Olimpíadas, realizadas a cada quatro anos, sendo proibidas as guerras entre as pólis durante sua realização, como homenagem ao deus Zeus.

Colonização Grega

A concentração do poder territorial nas mãos de poucos e a desigualdade social fez com que milhares de gregos, durante os séculos VII e VI a. C., fundassem colônias nas costas dos mares Mediterrâneo, Egeu e Negro.
Embora, as colônias gregas fossem independentes de suas cidades-estados de origem, mantinham com elas ligações comerciais e religiosas.
As principais colônias eram Bizâncio, Tarento, Sibaris, Crotona, Nápoles, Cuma, Siracusa, Agrigento, Nice, Marselha e Málaga.

MAPA DA COLONIZAÇÃO GREGA EXPANÇÃO



Atenas Introdução 

Localização de Atenas na Península Ática e Esparta na península do Peloponeso na região da Lacônia.



Visão de Atenas





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