sábado, 15 de setembro de 2012

DEUSA DO AMOR DA BELEZA!



     Deusa - Afrodite

Afrodite é uma das figuras mais importantes da mitologia Grega, conhecida como a deusa do amor e da beleza. Muitos mitos rodam a história de Afrodite, vários cultos costumavam ser realizados na Antiguidade em homenagem a essa divindade.

Também conhecida pelo nome de Vênus, Afrodite tinha forte, ligação com os prazeres sexuais dos seres humanos e foi eleita a protetora das Prostitutas, Acredita-se que a deusa teve casos amorosos com mortais, paralelo ao seu casamento com Hefest, deus do fogo, são filhos de Afrodite. Eros, Hermafrodito, Priapo e Himeneu.

Muitos pedidos são feitos a Afrodite, principalmente aqueles relacionados ao amor, ao desejo sexual e fertilidade. A divindade também exerce forte influência na arte, sendo a musa inspiradora de pintores como Botticelli, o que marcou o período do Renascimento. As festas em culto a deusa eram conhecidas como Afrodisíacas, onde a prática do sexo era forma de expressar a devoção.

Na rebelião dos deuses pelo poder, Cronos (Saturno), destronou o pai Urano (Céu), amputando-lhe os testículos. Lançados ao mar, os órgãos de Urano fecundaram mais uma vez formando uma grande espuma. Dessa espuma, surgiu amparada uma grande concha de madrepérola. Afrodite, a mais bela de todas as deusas.

Afrodite, a deusa do amor, é uma das mais poderosas divindades do olimpo. Deuses e mortais estão a ela submetidos, pois todos são suscetíveis à paixão, e às armadilhas do desejo. Afrodite.    ( Vênus em latim), é a deusa da paixão, que pode amenizar o coração dos homens ou fazê-los enlouquecer. É a sexualidade latente, deusa do sêmen que reproduz a vida, do prazer que envolve o ato, do torpor que une os corpos.

Sendo a deusa mais bela do Olimpo, atraiu para si o desejo e a paixão de todos os deuses, mas foi obrigada por Zeus ( Júpiter), a desposar Hefestos (Vulcano), o deus feio e coxo da forja e do ferro. Inconformada com o casamento, a deusa não deixou de viver a voluptuosidade impetuosa do seu ser. Traiu Hefesto com os mais belos deuses, sendo a sua paixão com Ares (Marte), o deus da guerra, a mais famosa das suas lendas.


Afrodite é voluntariosa, amiga dos amantes, mas inimiga da sensatez. Representa a doçura dos apaixonados, a languidez dos desejos, o idílio da entrega dos corpos. Foi ela quem prometeu o amor da bela Helena ao príncipe Paris, sem se importar com uma sangrenta guerra que devastou Troia para que os amantes vivessem a paixão prometida. O amor passional e a loucura estão muitas vezes unidos no mesmo cântico de louvor à deusa.Podem juntos, destruir ou construir o mundo.

Sendo a mais bela de todas as deusas, Afrodite foi representada em diversas obras de arte grega. Ela era considerada o ideal da beleza feminina na Grécia Antiga. Apoio representava o ideal da beleza masculino . Os artistas esculpiam a deusa com traços humanos perfeitos, distanciando-na cada vez mais de uma representação divina. Em Roma foi assimilada Vênus, mantendo as suas principais características: deusa do amor, do sexo e da paixão, sendo a mais bela de todas as divindades. Afrodite ou Vênus, a deusa teve o mito a inspirar artistas de todas as épocas, que na poesia, na pintura ou na escultura. Ainda hoje. Afrodite desperta o fascínio das pessoas, suas lendas são as mais difundidas da mitologia Greco- Romana, seu mito um dos mais explorados na artes.

Afrodite fecha os arquétipos e representa uma deusa alquímica. Por estar sujeita, a transmutações, tanto  é a inspiradora dos amores carnais (Afrodite Urânia) como Também o é do amor etéreo, superior.
( Afrodite Celeste).
                                                                                    
Eros  


EROS -  PEÇA EXPOSTA NO MUSEU DO LOUVRE

                                                                   Hermafrodito
                                                                         
                                                                           
Priapo
                                                                                 
   
Himeneu.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A boneca na Antiguidade


As crianças de hoje herdaram de Atenas a prática de brincar com bonecas
As Crianças de Hoje herdaram de Atenas a prática de brincar com bonecas


A grande maioria das civilizações da antiguidade mantinha um costume em comum:  o fascínio e hábito por bonecas. Atualmente, as crianças, em sua grande maioria as meninas, têm o costume de ter e brincar, Mas podemos dizer que esse gosto por bonecas das crianças atuais é uma herança da antiguidade ? 

A história das bonecas teve início no Egito Antigo por volta de 2000 a.C . Muitos arqueólogos encontraram bonecas em escavações egípcios: algumas eram feitas de madeira, outras de barro.

Os arqueólogos que encontraram e pesquisaram os vestígios deixados pelos povos do Egito antigo afirmavam que as bonecas feitas com barro eram utilizadas para acompanhar os faraós até o mundo dos mortos, ou seja, eram colocadas nos túmulos juntamente com o corpo do faraó. Essa prática foi adotada para substituir pessoas próximas, parentes e escravos que antes eram enterrados com o faraó. Portanto, tal prática evitou o sacrifício de pessoas.

A boneca na Grécia Antiga, mais especificamente em Atenas, tinha quase o mesmo uso atual. As crianças atenienses utilizavam as bonecas como brinquedos. Outra função que as bonecas tinham em Atenas, que diverge dos usos atuais pelas crianças, era a prática simbólica que a boneca exercia durante o casamento. As mulheres atenienses costumavam consagrar suas bonecas à Deusa Afrodite, que representava o amor e a beleza ( tal pratica representava uma espécie de pedido de sorte no amor).




Retornando ao início do texto, podemos dizer que o gosto pelas bonecas por parte das crianças na atualidade pode ser considerado herança da Antiguidade, ou seja, herança Grega Ateniense - Um saber que não se perdeu durante o processo histórico e que chegou até os dias de hoje com sua devida força.

Wolfgang Amadeus MOZART




MOZART ... nasceu faz hoje 250 anos !

Wolfgang Amadeus Mozart 
 (
27 de Janeiro de 1756  -  5 de Dezembrode 1791) é um compositor austríaco de música clássica que goza de grande prestígio e é um dos mais populares entre as audiências modernas. 


Nascimento, baptismo e nome


Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756, em Salzburgo, e foi baptizado um dia depois de nascer, na catedral de São Rupert, em Salzburgo como Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart. Se o baptismo costuma ser definitivo para a maior parte dos casos, Mozart passou a vida a mudar a forma como se chamava e a forma como era chamado pelos outros.

Os dois primeiros nomes de baptismo recordam que o seu dia de nascimento,27 de Janeiro, era o dia de São João Crisóstomo. "Wolfgangus" era o nome do seu avô materno. "Theophilus" era o nome do seu padrinho, o mercador Joannes Theophilus Pergmayr. Mais tarde, o seu pai reduziu "Wolfgangus" para "Wolfgang" e retirou o "Johannes Chrysostomus."

Mozart continuou, mais tarde, a fazer modificações no seu nome, em especial o nome do meio, "Theophilus" que significa, em grego, "Amigo de Deus". Só em raras ocasiões usou a versão latina deste nome, "Amadeus", que hoje tornou-se a mais vulgar. Preferia a versão francesa Amadé ou Amadè. Usou também as formas italiana "Amadeo" e alemã "Gottlieb".

O uso de versões múltiplas do nome era, talvez, frequente na época. Joseph Haydn utilizou, além de Joseph (inglês e francês), "Josef" (alemão) e "Giuseppe" (italiano); Ludwig van Beethoven usou, por seu lado, "Luigi" (em italiano) e "Louis" (em francês).

No registo de casamento, na catedral de Santo Estêvão, em Viena, Mozart usou, ainda, o nome "Adam" ou "Adão". Era também frequente que soletrasse o seu nome de trás para a frente.


Biografia


Nasceu em Salzburgo, actualmente pertencente à Áustria. Foi uma criança prodígio de uma família musical, que começou a compor minuetos para cravocom a idade de cinco anos. O seu pai foi Leopold Mozart, também compositor. Algumas das primeiras obras que Mozart escreveu enquanto criança foram duetos e pequenas composições para dois pianos, destinadas a serem interpretadas conjuntamente com a sua irmã.

Em 1763 o seu pai levou-o, junto com a sua irmã Nannerl, então com 12 anos, por uma tournée pela França e Inglaterra. Em Londres, Mozart conheceuJohann Christian Bach, último filho de Johann Sebastian Bach, que exerceria grande influência nas suas primeiras obras.

Entre 1770 e 1773 visitou a Itália por três vezes. Lá, compôs a ópera Mitridateque obteve um êxito apreciável. A eleição, em 1772, do conde Hieronymus Colloredo como arcebispo de Salzburgo mudaria esta situação. Colloredo não via com bons olhos que um de seus músicos, considerado por ele um mero serviçal, passasse tanto tempo em viagens fora da corte. A maior parte do restante dessa década foi passada em Salzburgo, onde cumpriu com os seus deveres de Konzertmeister  (mestre de concerto), compondo missas, sonatas de igreja, serenatas e outras obras. Mas o ambiente de Salzburgo, cada vez mais sem perspectivas, levava a uma constante insatisfação de Mozart com a sua situação.

Em 1781, Colloredo ordena a Mozart que se junte a ele e à sua comitiva emViena. Insatisfeito por ser colocado entre os criados, pediu a demissão. A partir daí passa a viver da renda de concertos, da publicação de suas obras e de aulas particulares. Inicialmente tem sucesso, e o período entre 1781 e 1786 é um dos mais prolíficos da sua carreira, com óperas (Idomeneo - 1781O Rapto do Serralho - 1782), sonatas para piano, música de câmara (especialmente os seis quartetos de cordas dedicados a Haydn) e principalmente com uma deslumbrante sequência de concertos para piano. Em 1782 casa, contra a vontade do pai, com Constanze Weber.

Em 1786, compõe a primeira ópera em que contou com a colaboração deLorenzo da PonteAs Bodas de Fígaro. A ópera fracassa em Viena, mas faz um sucesso tão grande em Praga que Mozart recebe a encomenda de uma nova ópera. Esta seria Don Giovanni, considerada por muitos a sua obra-prima. Mais uma vez, a obra não foi bem recebida em Viena. Mozart ainda escreveria Così fan tutte, com libreto de Da Ponte, em 1789.

A partir de 1786 a sua popularidade começou a diminuir junto do público vienense, o que agravaria a sua condição financeira. Isso não o impediu de continuar compondo obras-primas como quintetos de cordas (K.515 em Dó maior, K.516 em Sol menor em 1787), sinfonias (K.543 em Mi bemol maior, K.550 em Sol menor, K.551 em Dó maior em 1788) e um divertimento para trio de cordas (K.563 em 1788), mas nos seus últimos anos a sua produção declinou devido a problemas financeiros e à precariedade da sua saúde e da sua esposa Constanze.

Em 1791 compõe suas duas últimas óperas: A clemência de Tito e A flauta mágica, seu último concerto para piano (K.595 em si bemol maior) e o belo Concerto para clarinete em lá maior (K.622). Na primavera desse ano, recebe a encomenda de um Requiem (K.626). Contudo, trabalhando em outros projectos e com a saúde cada vez mais enfraquecida, morre a 5 de Dezembro, deixando a obra inacabada (há uma lenda que diz que o requiem estaria sendo composto para tocar na sua própria missa de sétimo dia). Será completada por Franz Süssmayr, seu discípulo. É enterrado numa vala comum de Viena.


Obras


O catálogo geral das obras de Mozart foi realizado pelo botânico, miralogista e biógrafo musical alemão Ludwig Köchel (1800 - 1877); daí a letra K que aparece frequentemente junto ao título das suas obras (ou KV, que significa Köchel Verzeichnis, catálogo Köchel). Köchel catalogou as obras de Mozart em ordem cronológica, da mais antiga para a mais recente, sendo K1 um minueto para cravo, a primeira obra catalogada, e K626 o Requiem, obra inacabada.


Sinfonias


Image:Ltspkr.png - Sinfonia no. 40, 1o. movimento, K550

Köchel numerou as sinfonias de Mozart de 1 a 41. Mais tarde, outras sinfonias foram descobertas, elevando o número total de sinfonias de Mozart para 50. Quando pensamos, porém, nas sinfonias de BeethovenSchubertSchumann,Brahms, e Mahler, as primeiras 30 dessas peças não merecem verdadeiramente ser chamadas de sinfonias. São peças curtas, cuja duração às vezes não ultrapassa cinco minutos, e escritas para uma orquestra pequena, que em geral inclui apenas as cordas, dois oboés ou duas trompas. Segundo o conceito actual de Sinfonia, Mozart compôs apenas as 10 que estão numeradas de 31 a 41. Note-se que a Sinfonia No. 37 de Mozart (assim numerada por Köchel), foi composta, de facto, por Michael Haydn (irmão deFranz Joseph Haydn), como se veio a demonstrar mais tarde, ainda que Mozart tenha composto um dos movimentos da obra. As Sinfonias numeradas de 25 a 30 também costumam despertar algum interesse, mas não são, geralmente, consideradas de qualidade comparável à das dez últimas.

A primeira grande sinfonia de Mozart é a Sinfonia No. 31 em Ré Maior, K297, chamada Sinfonia Paris, composta em 1778 durante uma viagem de Mozart a Paris. É também a mais ricamente orquestrada de todas as sinfonias de Mozart: a sua orquestração inclui duas flautas, dois oboés, duas clarinetas(é a primeira vez que Mozart as emprega numa sinfonia), 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, 2 tímpanos (ré, lá) e cordas. Mozart nunca usou trombone em nenhuma das suas sinfonias. Aliás, o uso de trombones era raro na época, mesmo em orquestra de ópera, em geral mais rica do que a usada nas sinfonias. Apenas se regista o seu uso nas óperas IdomeneoDon GiovanniA Flauta Mágica, e no Requiem. Em Idomeneo, por exemplo, três trombones aparecem numa única cena, em que a voz de Neptuno anuncia aos habitantes de Creta as condições para que o tsunami pare de assolar a ilha. Em Don Giovanni, três trombones aparecem na cena do cemitério, em que a estátua do comendador fala com Don Giovanni, e novamente na cena final, em que o fantasma do comendador comparece ao banquete convidado por Don Giovanni. Em A Flauta Mágica, Mozart chegou a usar 5 trombones! No Requiem, um solo de trombone anuncia o Tuba Mirum, de modo que se pode dizer que, em Mozart, o trombone anuncia sempre algum tipo de comunicação com o sobrenatural.

Mozart queria impressionar os parisienses, e a Sinfonia "Paris" começa de maneira bombástica, com quatro acordes em forte na orquestra inteira seguidos de semi-colcheias rapidamente ascendentes nas cordas, flautas e fagotes, dando uma sensação de fogo-de-artifício. O primeiro movimento da sinfonia transcorre num clima festivo, com os "fogos de artifício" explodindo aqui e ali. O segundo movimento, Andante 6/8, é uma dança francesa, delicada e elegante, lembrando um quadro de Fragonard. O terceiro e último movimento, Allegro, começa com uma tremedeira cheia de expectativa só nos violinos, que explode num tutti  (acorde de ré), como o estourar de uma rolha de champanhe, e a festa começa.

Outra obra marcante é a Sinfonia No. 36 em Dó Maior, K425 ("Linz"). Mozart e sua mulher deixaram Salzburgo às 9:30 da manhã a 27 de Outubro de1783 com destino a Linz, na Áustria. Assim que lá chegaram, Mozart escreveu uma carta a seu pai, datada de 31 de Outubro, na qual dizia: Preciso dar um concerto aqui e, como não trouxe comigo nenhuma sinfonia, estou compondo uma nova o mais rápido que posso. O concerto estava marcado para 4 de Novembro, o que significa que Mozart teria 4 dias para compor! E, de facto, a 4 de Novembro, a nova sinfonia de Mozart foi apresentada ao público. Nem mesmo um génio como Mozart poderia compor uma sinfonia como a Linz em apenas quatro dias. Essa carta de Mozart parece só fazer sentido se ele já tinha concebido mentalmente a totalidade da sinfonia quando entrou na carruagem em Salzburgo, já que se calcula que levaria uns três ou quatro dias só para passar a sinfonia para o papel (trabalhando muito rapidamente) mais, talvez, uns dois dias para mandar copiar as partes de cada instrumento e distribuí-las aos músicos (desde que ele tivesse um excelente grupo de copistas à sua disposição), ensaiar e reger a Linz. O facto é que, mesmo tendo sido composta às pressas, a Sinfonia Linz é um exemplo de arte clássica, bela e bem proporcionada em todas as suas partes, expressando os mais inefáveis e ardentes desejos, num monumento sinfónico digno de figurar ao lado das sinfonias de Mahler e de Beethoven. Podemos ouvir as rodas da carruagem no primeiro movimento da Linz.

O próprio Mozart esclareceu numa carta o seu processo de composição:

Quer saber como eu componho? Posso dizer-lhe apenas isto: quando me sinto bem disposto, seja na carruagem quando viajo, seja de noite quando durmo, ocorrem-me ideias aos jorros, soberbamente. Como e donde, não sei. As que me agradam, guardo-as como se tivessem sido trazidas por outras pessoas, retenho-as bem na memória e, uma após a outra, delas tomo a parte necessária, para fazer um pastel segundo as regras do contraponto, da harmonia, dos instrumentos, etc. Então, em profundo sossego, sinto aquilo crescer, crescer para a claridade de tal forma que a obra mesmo extensa se completa na minha cabeça e posso abrangê-la de um só relance, como um belo retrato ou uma bela mulher... Quando chego neste ponto, nada mais esqueço, porque boa memória é o maior dom que Deus me deu.

Sinfonia No. 38 em Ré Maior, K504 ("Praga") foi composta em Vienaem 1786. Em Janeiro de 1787, Mozart fez uma viagem a Praga, onde ele estreou a sua sinfonia no dia 19 daquele mês. Assim como a Linz, esta sinfonia também tem uma introdução lenta. Haydn quase sempre punha uma introdução lenta nas suas sinfonias; Mozart raras vezes o fazia. Este é um monumento sinfónico comparável à Linz, com um segundo tema extremamente comovente no primeiro movimento.

Sinfonia No. 40 em Sol Menor, K550 é a única dessas dez em tonalidade menor. O seu tom de angústia é, ao mesmo tempo, tão comovente que levou Schubert a exclamar: Na sinfonia em sol menor de Mozart, pode-se ouvir o canto dos anjos.

As sinfonias nos. 39 e 40 foram inicialmente escritas sem clarinetas. Clarinetas eram raras no tempo de Mozart; o instrumento havia sido recentemente inventado, e Mozart foi um dos primeiros a compor para ele. Mozart não esperava contar com uma orquestra que possuísse clarinetas para poder executar as suas sinfonias. Mais tarde, porém, ele mudou de ideia e resolveu refazer a orquestração das sinfonias no. 39 e 40 para incluir duas clarinetas (para isto, ele só precisou realmente alterar as partes de oboé). A versão que nós ouvimos dessas duas sinfonias hoje em dia é quase sempre a versão com as clarinetas.

Por fim temos a Sinfonia No. 41 em Dó Maior, K551 ("Sinfonia Júpiter"). Quem lhe deu este título foi o editor musical inglês que publicou a partitura após a morte de Mozart, pela "alta elevação de ideias e nobreza de tratamento." É o deus grego passeando por entre as nuvens, exibindo sua beleza e majestade. Está orquestrada para flauta, dois oboés, 2 fagotes, 2 trompas, 2 trompetes, tímpanos (do, sol) e cordas. É interessante notar que, sempre que aparecem tímpanos em Mozart, aparecem também trompetes. Só existe um exemplo de tímpanos sem trompetes na música de Mozart: naSerenata Notturna, K239. Os tímpanos, quando aparecem, são sempre dois: um na tónica, outro na dominante.


Concertos
para piano


Mozart era um exímio pianista, podendo ser considerado o primeiro virtuose da história deste instrumento. Ele adorava apresentar-se em público exibindo os seus dotes de pianista e, nos seus últimos anos em Viena, esta era uma das suas principais fontes de renda. Ao contrário, por exemplo, dos seus concertos para instrumentos de sopro, escritos para um amigo clarinetista (Anton Stadler), ou para um amigo trompetista (Ignaz Leutgeb), ou um ou outro instrumentista que se aproximava de Mozart pedindo a ele que compusesse música para seu instrumento, os concertos para piano e orquestra de Mozart foram escritos - com algumas excepções - para serem tocados em público pelo próprio Mozart. Não é de surpreender, portanto, que haja tantas obras primas entre os concertos para piano de Mozart. Alguns pensam que a melhor música de Mozart está nos concertos para piano. Outros pensam que está nas óperas. Esta disputa não termina nunca, mas uma coisa é certa: nenhum outro compositor compôs tantos concertos para piano quanto Mozart, e ninguém o superou neste género. Os concertos para piano de Beethoven (mormente o No. 5, "Imperador") são mais poderosos que os de Mozart, mas não têm a mesma graça nem a subtileza, nem superam em profundidade os de Mozart. O que Beethoven faz no Concerto "Imperador" é nos esmagar com seu poder, com sua artilharia pesada, enquanto Mozart nos conquista com sua graça.

Embora tenha composto obras primas em todos os géneros musicais existentes, Mozart parecia manifestar o melhor do seu génio naquelas situações em que um solista tem que se defrontar com uma orquestra, como nas árias de ópera e nos concertos. Seria isto uma metáfora da contraposição indivíduo/sociedade, ou do génio que se destaca dos seus contemporâneos? Pode ser, mas nos concertos para piano nós temos a vantagem adicional de que ele próprio era virtuose do instrumento para o qual estava escrevendo, e isto explica por que encontramos mais obras primas de Mozart entre os concertos para piano que entre as sinfonias, por exemplo, ou os quartetos de cordas.

Köchel numerou os concertos para piano de Mozart de 1 a 27. Só que Köchel não sabia que os que ele numerou de 1 a 4 não são obras originais de Mozart, são só arranjos que Mozart fez para piano e orquestra de sonatas para cravo de outros compositores. Esses arranjos são pièces d'occasion, meros pastiches que Mozart fez aos 11 anos de idade, que ele provavelmente nem sequer pensava em guardar para a posteridade. Além disso, Köchel incluiu entre os "concertos para piano" um que é na realidade para três pianos (no. 7, K242) e outro para dois pianos (no. 10, K365). Subtraindo então estes 6 dos 27 que Köchel numerou, ficamos com 21 concertos para piano e orquestra de Mozart.

O primeiro concerto para piano de Mozart que é universalmente aclamado como uma obra prima por todos aqueles que conhecem e amam a música de Mozart é o Concerto No. 9 em Mi Bemol Maior, K271, também chamadoConcerto Jeunehomme devido à pessoa a quem ele foi dedicado, a pianista francesa Mademoiselle Jeunehomme, que visitou Salzburgo no Inverno de 1776-1777 e que, segundo alguns, teria despertado uma paixão em Mozart. Não se sabe quase nada a respeito dessa mulher, e depois dessa visita a Salzburgo ela desaparece da história sem deixar rasto. Em todo caso, ela parece mesmo ter sido uma exímia pianista, se é verdade que Mozart pretendia que este concerto fosse tocado por ela.

Outra peça interessante deste período inicial em Salzburgo é o Concerto No. 12 em Lá Maior, K414, uma peça leve, graciosa e despreocupada, capaz de dar grande prazer ao ouvinte. Do número 16 em diante, os concertos para piano de Mozart são todos obras primas.

De todos os concertos para piano de Mozart, apenas dois são em tonalidade menor: o No. 20 em Ré Menor, K466 e o No. 24 em Dó Menor, K491. As tonalidades menores são, como nós sabemos, mais sombrias e mais tristes que as tonalidades maiores, mais claras, mais luminosas, mais alegres. O estado mental transmitido por esses dois concertos se assemelha a umapsicose no No. 20, e a uma neurose no No. 24. Sentimos fantasmas na introdução orquestral do Concerto em Ré Menor (podemos chamá-lo assim sem perigo de confusão, porque Mozart só compôs um nessa tonalidade), lembrando a cena no último acto de Don Giovanni, em que o fantasma do comendador entra na casa de Don Giovanni. Esta cena, bem como a ária da Rainha da Noite no segundo acto de A Flauta Mágica estão entre as poucas ocasiões em que Mozart utilizou essa tonalidade tétrica, fantasmagórica, ameaçadora de ré menor. Já o Concerto em Dó Menor é muito triste, dando a impressão de que Mozart estava deprimido quando o compôs. Dó menor é a tonalidade trágica por excelência (a mesma tonalidade da Quinta Sinfonia de Beethoven). Um outro ponto a ser marcado neste concerto é a subtileza e o refinamento da escritura para instrumentos de sopro, mormente no segundo movimento, onde há uma secção praticamente só para eles, que se põem a dialogar com o piano. Sviatoslav Richter deixou excelentes gravações tanto do Concerto em Ré Menor como do Concerto em Dó Menor.

Concerto No. 21 em Dó Maior, K467 é outro favorito, tanto dos pianistas quanto do público. Ele é tão sublime, que qualquer palavra usada em relação a ele seria um despropósito, já que a música começa onde termina o poder das palavras. Tema de um filme famoso (Elvira Madigan1967).

Concerto No. 22 em Mi Bemol Maior, K482, tem um primeiro movimento eufórico e festivo, cheio de fanfarras de tímpanos e trompetes. O segundo movimento, escrito na relativa (dó menor) é triste e sombrio, mas no último a luz e a alegria surgem de novo, com passagens celestiais nos instrumentos de sopro. Este era o concerto predilecto da grande pianista brasileira Guiomar Novaes.

Concerto No. 23 em Lá Maior, K488 tem um carácter angélico e sobrenatural, elevando a mente do ouvinte acima das coisas deste mundo. Mozart excluiu da sua orquestração todos os instrumentos de sonoridade rude ou agressiva; não há tímpanos nem trompetes; apenas uma flauta, duas clarinetas, dois fagotes e duas trompas, além das cordas. Não há contrastes dinâmicos violentos nem explosões orquestrais. O segundo movimento é em fá sustenido menor (a relativa de lá maior), acentuando ainda mais o carácter contemplativo desta música sublime. Maurizio Pollini é um dos melhores e mais refinados intérpretes deste concerto.

Encyclopaedia Britannica  chama o Concerto No. 26 em Ré Maior, K537(chamado Concerto da Coroação) de "brilhante mas superficial". Isto pode ser verdade, mas esta é uma obra adequada para a finalidade para a qual foi criada: as festividades da coroação de Leopoldo II, imperador da Áustria, em1790, ocasião na qual não cabem grandes dramas nem muita profundidade. Ao mesmo tempo majestoso e festivo, esta é uma obra capaz de dar grande prazer ao ouvinte.

Géza Anda gravou todos os concertos para piano de Mozart para a Deutsche Grammophon. Altamente recomendável.


para instrumentos de sopro


Os 4 concertos para trompa de Mozart, K412, K417, K447 e K495, bem como o Rondò K371, foram todos escritos para a mesma pessoa, o trompetista Ignaz Leutgeb, um dos amigos mais íntimos de Mozart. A primeira dessas peças é em ré maior, as outras todas em mi bemol maior.

Image:Ltspkr.png - Concerto em Lá Maior para Clarineta, K622, 3o. movimento Rondo (Allegro)

O Concerto em Lá Maior para Clarineta, K622, é a última obra instrumental do mestre de Salzburgo, escrita em Outubro de 1791 - dois meses, portanto, antes da morte de Mozart - para o seu amigo, o clarinetista Anton Stadler. Osobbligati  para clarineta na ópera La Clemenza di Tito também foram escritos para ele.

Os dois concertos para flauta, em sol maior, K313, e em ré maior, K314 foram escritos por encomenda. No último movimento do K314 Mozart utiliza a mesma melodia da ária Welche Wonne, welche Lust  da ópera O Rapto do Serralho. Há também o Andante em Dó Maior para Flauta e Orquestra, K315, e o sublime Concerto para Harpa, Flauta e Orquestra, K299 (a única coisa que Mozart escreveu para harpa).


Música de câmara
Trios



  • 6 trios para piano, violino e violoncelo, K254, K496, K502, K542, K548, K564

O trio K254 é cheio daquela graça mozartiana tão deliciosa, mas o violoncelolimita-se ao papel de reforço nos baixos, quase sempre dobrando a mão esquerda do pianista, o que torna esta obra um pouco superficial. Já no K548 e no K564 o violoncelo finalmente tem a oportunidade de cantar, ainda que por uns breves instantes, o que torna essas obras mais interessantes que as anteriores.


  • Trio para clarineta, viola e piano em mi bemol maior, K498

Obra interessantíssima, para uma combinação de instrumentos inusitada. Dedicada ao clarinetista Anton Stadler.



Quartetos



  • Quartetos de cordas dedicados a Haydn, K387, K421, K428, K458 "A Caça", K464, K465 "As Dissonâncias"

O Quarteto K458, A Caça, recebe este nome devido ao tema que abre o primeiro movimento, que lembra o chamado de uma trompa de caça. O Quarteto em Ré Menor, K421 (o único em tonalidade menor da colecção) é uma das peças mais tristes que saíram da pena de Mozart. Mas o Quarteto K465, As Dissonâncias, merece menção especial.

Ninguém é mais apegado ao sistema tonal do que Mozart. Por isso, o abandono da tonalidade nos 22 compassos da introdução lenta deste quarteto causa estupefacção. A sensação causada por essa música, é como se penetrássemos numa caverna escura, cheia de mistérios e de perigos. Nunca mais a música ocidental conheceria uma tal excursão para fora do sistema tonal até que Wagner compôs Tristão e Isolda. Em três horas e meia de música, Wagner provou de uma vez por todas que era possível compor música expressiva, e até mesmo de grande impacto emocional, fora do sistema tonal. Teriam Wagner e os compositores atonalistas como Debussy,Schoenberg e outros se inspirado neste quarteto de Mozart? No entanto, após a introdução lenta, voltamos ao território familiaríssimo do dó maior. Tudo soa como uma pilhéria que Mozart estava fazendo com seu amigo Haydn.


  • Quarteto de cordas em Ré Maior, K499 "Hoffmeister" 
  • 3 Quartetos de cordas dedicados ao Rei da Prússia, K575, K589, K590 
  • Adagio e Fuga em Dó Menor para quarteto de cordas, K546 
  • 2 Quartetos para piano, violino, viola e violoncelo, K478 e K493 
  • 4 quartetos para flauta, violino, viola e violoncelo, K285, K285a, K285b, K298



Quintetos



  • Quinteto em Mi Bemol Maior, para oboéclarinetatrompafagote epiano, K452

Obra de experimentação sonora, para uma combinação de instrumentos fora do comum. Mozart não só faz soar cada instrumento clara e distintamente, mas também combina os instrumentos de diversas maneiras possíveis, criando efeitos sonoros estupendos. Uma delícia para os ouvidos. Parece que só existe uma outra obra, em toda a história da música, para esta mesma combinação instrumental: o Quinteto opus 16 de Beethoven, na mesma tonalidade que o de Mozart.



Missas


Mozart compôs muitas missas. Entre as que mais se destacam, podemos citar:


  • Missa Brevis em Ré Maior, K194 
  • Missa em Dó Maior, K220, "dos Pardais" 
  • Missa Brevis em Si Bemol Maior, K275 
  • Missa em Dó Maior, K317, "da Coroação" 
  • Missa em Dó Menor, K427 (inacabada)

Missa dos Pardais  recebe este nome devido a uma deliciosa figura nos violinos, que sugere o gorjeio de pardais, e que reaparece constantemente no decorrer da missa. A Missa da Coroação  não foi composta, como se pensava, para a coroação do imperador José II em 1780, mas sim para a cerimónia religiosa da coroação de uma imagem da Virgem numa igreja de Salzburgo. É uma missa de curta duração, rápida pulsação e radiante alegria, extremamente comovente.

Basta ouvirmos uma só dessas peças para nos convencermos de que o sentimento religioso de Mozart era sincero e profundo. Mozart era católicoconvicto, apesar do seu envolvimento com a maçonaria, algo não exactamente aprovado pela Igreja Católica. Por fim temos a


  • Missa de Requiem em Ré Menor, K626

Já doente no seu leito de morte, Mozart trabalhava no Requiem. A etérea melodia do Lacrimosa  foi a última coisa que saiu daquela pena divina. Ao terminar de escrever esta melodia, as lágrimas vieram-lhe aos olhos, e as suas mãos deixaram cair a partitura. Pouco mais tarde, à uma hora da manhã do dia 5 de Dezembro de 1791, o mestre estava morto. Alguém escreveu: Um profundo sentimento religioso se evola daquelas notas, que parecem saídas de uma alma em directa comunicação com a Divindade. Houve muita disputa depois da morte de Mozart para saber quem terminaria o Requiem, mas no final a tarefa acabou recaindo sobre o seu aluno Franz Xaver Süssmayer. Ele completou a orquestração que Mozart havia deixado incompleta, e escreveu o resto da música, baseando-se em parte em anotações deixadas pelo próprio Mozart.


Motetos e outras peças



  • Exsultate, Jubilate K165 
  • Ave Verum Corpus, K618

Ao ouvir esta última peça, Tchaikovsky exclamou:
sua beleza sobrenatural é indefinível por palavras.



Óperas
Image:Ltspkr.png - Abertura da ópera Don Giovanni



  • La Finta Semplice, K.51 (1769) 
  • Bastien und Bastienne, K.50 (1768) 
  • Mitridate, Rè di Ponto, K.87 (1770) 
  • Lucio Silla, K.135 (1772) 
  • La Finta Giardiniera, K.196 (1775) 
  • Idomeneo, K.366 (1781) 
  • O Rapto do Serralho (Die Entführung aus dem Serail), K.384 (1782) 
  • O Empresário Teatral (Der Schauspieldirektor) K.486 (1786) 
  • As Bodas de Fígaro (Le Nozze di Figaro), K.492 (1786) 
  • Don Giovanni, K.527 (1787) 
  • Così Fan Tutte, K.588 (1790) 
  • La Clemenza di Tito, K.621 (1791) 
  • A Flauta Mágica (Die Zauberflöte), K.620 (1791)


Canções


Oiseaux, si tous les ans K307, Dans un bois solitaire K308, Warnung K433, Der Zauberer K472, Das Veilchen K476, Als Luise die Briefe ihres untreuen Liebhabers verbrannte K520, Abendempfindung K523, Sehnsucht nach dem Frühlinge K596, Im Frühlingsanfang K597, Das Kinderspiel K598.

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O Mar Mediterrâneo

Mar Mediterrâneo visto do Espaço

O mar Mediterrâneo visto do Espaço (cortesia NASA) 
Atinge a sua maior profundidade, 5.121 metros, no Mar Jónico, a sul da Grécia.

Países banhados pelo Mediterrâneo:

Mar Mediterrâneo é um mar do Atlântico oriental, compreendido entre a Europa meridional, a Ásia ocidental e a África do norte; com aproximadamente 2,5 milhões de km², é o maior mar interior do mundo. As águas do Mar Mediterrâneo banham as três penínsulas do sul da Europa (Ibérica, Itálica e a dos Balcãs) e uma da Ásia, que são as que ligam com o Atlântico através do Estreito de Gibraltar, com o Mar Negro (pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos), e com o Mar vermelho (no canal de Suez).

  • Europa  (de oeste para este): Espanha, França, Mónaco, Itália, Eslovénia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro, Albânia, Grécia e Turquia
  • Ásia  (de norte para sul): Turquia, Síria, Líbano, Israel e Palestina
  • África  (de este para oeste): Egipto, Líbia, Tunísia, Argélia e Marrocos
  • Estados insulares:  Malta e Chipre
Embora não sejam banhados pelo Mar Mediterrâneo, Portugal, na Europa, e aJordânia, na Ásia, são considerados países mediterrânicos devido à proximidade geográfica e à sua semelhança com os países do Mediterrâneo
.Fonte: Wikipédia
 

O Médio Oriente

Médio Oriente



Médio Oriente ou Oriente Médio (em árabe, Mashrek) é um termo que se refere a uma área geográfica à volta das partes leste e sul do Oceano Mediterrânico, um território que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao Golfo Pérsico. O Médio Oriente é uma sub-região da África-Eurásia, sobretudo da Ásia e uma pequena parte da África.FronteirasO termo médio-oriente define uma área de forma pouco específica. Não define fronteiras precisas. Geralmente considera-se incluir: BahrainEgiptoIrãoTurquiaIraquePalestinaFaixa de Gaza e CisjordâniaIsraelJordâniaKuwaitLíbanoOmanQatar,Arábia SauditaSíriaEmirados Árabes Unidos e Yemen.Os países do Magrebe (ArgéliaLíbiaMarrocos e Tunísia) são frequentemente associados ao Médio Oriente devido às ligações históricas, culturais e religiosas (são países islâmicos), tal como oSudão. Os países africanos Mauritânia e Somália também têm este tipo de ligações. A Turquia e Chipre, apesar de geograficamente próximos, são normalmente considerados mais próximos da Europa.

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William Shakespeare

William Shakespeare




William Shakespeare (Stratford-Avon, 23 de Abril de 1564 - Stratford-Avon, 23 de Abril de 1616), dramaturgo e poeta inglês. É considerado por muitos, o mais importante autor da língua inglesa e um dos mais influentes do mundo ocidental. Os seus textos e temas permaneceram vivos até aos nossos dias, sendo revisitados com frequência pelo teatro, televisão, cinema e literatura. 
 
Biografia
Embora a sua data de nascimento seja desconhecida, admite-se a de 23 de Abril de 1564 com base no registo do seu baptizado, a 26 do mesmo mês, devido ao costume, à época, de se baptizarem as crianças três dias após o nascimento.

Terceiro filho de oito, havidos por John Sakespeare, um comerciante de lãs, e Mary Arden, filha de um rico proprietário de terras, foi o filho mais velho, de sexo masculino, do casal.

Desde o início dos seus estudos demonstrou grande interesse pela literatura e pela escrita.

Em 1582, aos 18 anos de idade, casou-se com Anne Hathaway, uma mulher de 26 anos, que se encontrava grávida. O casal teve uma filha, Susanna e, dois anos após, os gémeos Hamnet e Judith.

Por volta de 1588 mudou-se para Londres, onde, em 1592 já fazia sucesso como actor e dramaturgo. Entretanto, as suas poesias, e não as suas peças, é que eram aclamadas pelo público. Isso se deveu ao facto de que, entre 1592 e 1594, por 21 meses, os teatros londrinos foram obrigados a fechar em virtude da peste que então grassava na cidade. Nesse período, foram publicados Vénus e Adónis (1593) e O Rapto de Lucrécia (1594), que juntamente com os seus Sonetos (cerca de cento e cinquenta), tornaram-no famoso por explorar os aspectos do amor.

Começou a escrever a sua primeira peça, a Comédia dos Erros, em 1590, terminando-a quatro anos depois, época em que ingressou na Companhia de Teatro de Lord Chamberlain, que possuía um excelente teatro em Londres. Desde então escreveu mais de trinta e oito peças, divididas entre comédias, tragédias e peças históricas. Além de fama, esses escritos trouxeram-lhe riqueza, uma vez que era sócio da companhia teatral. Jamais publicou as suas peças, uma vez que, como a dramaturgia, não era bem paga, Shakespeare preferia que as mesmas fossem representadas. Com os recursos percebidos, adquiriu uma casa em Stratford, propriedades e uma casa em Londres.

Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elisabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância.

No ano de 1610, retornou para Stratford, sua cidade natal, onde escreveu a sua última peça, A Tempestade, terminada somente em 1613. O maior dramaturgo de todos os tempos faleceu, em 23 de Abril de 1616, de causa ainda não identificada pelos historiadores.


Principais obras
 
Comédias

-  O Mercador de Veneza
-  Sonho de uma noite de verão
-  A Comédia dos Erros
-  Os dois fidalgos de Verona
-  Muito barulho por coisa nenhuma
-  Noite de reis
-  Medida por medida
-  Conto do Inverno
-  Cimbelino
-  Megera Domada
-  A Tempestade


Tragédias

-  Tito Andrónico
-  Romeu e Julieta
-  Júlio César
-  Macbeth
-  António e Cleópatra
-  Coriolano
-  Timon de Atenas
-  O Rei Lear
-  Otelo
-  Hamlet
 

Dramas Históricos

-  Henrique IV
-  Ricardo III
-  Henrique V
-  Henrique VIII


Visão geral da obra
Como dramaturgo, escreveu não só algumas das mais marcantes tragédias da cultura ocidental, mas também algumas comédias. Escreveu, além disso, 154 sonetos e vários poemas de maior dimensão. A habilidade de Shakespeare em ultrapassar as fronteiras puramente narrativas das suas obras, penetrando de uma forma incisiva nos aspectos mais íntimos da natureza humana, granjeou-lhe uma fama e um prestígio que o tornam um dos mais brilhantes génios universais; a sua obra influenciou artistas de praticamente todas as regiões do planeta, pelo seu carácter intrinsecamente universal: as suas tragédias são facilmente transponíveis para qualquer outra cultura. Pensa-se que terá escrito a maior parte das suas obras de 1585 a 1610, ainda que as datas exactas não sejam conhecidas com precisão.

Os textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico. Amor, relacionamentos afectivos, sentimentos, questões sociais, temas políticos e outros assuntos, relacionados a condição humana, são constantes nas obras deste escritor.


Especulações quanto à sua identidade
Alguns pesquisadores e curiosos acreditam que não foi William Shakespeare o autor das obras a ele atribuídas. Tal crença, porém, não faz parte da cultura oficial, sendo por muitas vezes discutidas no contexto de fóruns alternativos sem nenhum apoio científico ou racional.

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A Ozonosfera


ozono 


ozonosfera localiza-se na estratosfera, entre 16 a 30 quilómetros de altitude, cerca de 20 km de espessura. Cerca de 90% de ozono atmosférico está nesta camada. Os gases na ozonosfera são tão rarefeitos que, se os comprimíssemos à pressão atmosférica ao nível do mar, a sua espessura não ultrapassaria três milímetros.

As radiações electromagnéticas emitidas pelo Sol trazem energia para a Terra, entre as quais a radiação infravermelha, a luz visível e um misto de radiações e partículas, muitas destas nocivas.

Grande parte da energia solar é absorvida e/ou reflectida pela atmosfera. Se chegasse a sua totalidade à superfície do planeta o esterilizaria.

A ozonosfera é uma das principais barreiras que nos protegem dos raios ultravioleta. O ozono deixa passar apenas uma pequena parte dos raios U.V., esta benéfica.

Quando o oxigénio molecular da alta-atmosfera sofre interacções devido à energia ultravioleta provinda do Sol, acaba dividindo-se em oxigénio atómico; o átomo de oxigénio e a molécula do mesmo elemento unem-se devido à reionização, e acabam formando a molécula de ozono cuja composição é (O3).

A ozonosfera saturada de ozono funciona como um filtro onde as moléculas absorvem a radiação ultravioleta do Sol e, devido a reacções fotoquímicas, é atenuado o seu efeito. É nesta região que estão as nuvens-de-madrepérola, que são formadas pela capa de ozono.

O buraco na camada de ozono 
O buraco na camada de ozono é um fenómeno que ocorre somente durante uma determinada época do ano, entre Agosto e início de Novembro (primavera no hemisfério sul).

Quando a temperatura se eleva na Antártida, em meados de Novembro, a região ainda apresenta um nível abaixo do que seria considerado normal de ozono.

No decorrer do mês, em função do gradual aumento de temperatura, o ar circundante à região onde se encontra o buraco, inicia um movimento em direcção ao centro da região de baixo nível do gás.

Desta forma, o deslocamento da massa de ar rica em ozono (externa ao buraco) propicia o retorno aos níveis normais de ozonificação da alta atmosfera fechando assim o buraco.


Os fluidos de refrigeração

Até aos anos 1920 o fluído utilizado para aquecimento e resfriamento era a amónia ou dióxido de enxofre; esses gases são venenosos e causam um cheiro desagradável. No caso de vazamento podem ocasionar envenenamento naqueles que se encontram próximos aos equipamentos de refrigeração. Iniciou-se então a pesquisa para encontrar um gás substituto que fosse líquido em condições ideais, circulasse no sistema de refrigeração e, em caso de vazamento, não causasse danos nos seres vivos.


A indústria química

As pesquisas da indústria química voltada à refrigeração concentraram-se num gás que não deveria ser venenoso, inflamável, oxidante, não causasse irritações nem queimaduras, não atraísse insectos. Em suma, deveria ser um gás estável e perfeito.
Nas pesquisas foram testados diversos gases e fluidos, sendo escolhida uma substância que se chamaria de Clorofluorcarboneto, ou CFC.

Os CFC's, ou Clorofluorcarbonetos Os CFC's podem ser compostos de um ou alguns átomos de carbono ligados a átomos de cloro e/ou flúor.
Os Cfc's passaram a constituir os equipamentos de refrigeração, condicionadores de ar, como propelentes de sprays, solventes industriais, espumas isolantes, produtos de utilização na microelectrónica e na Electrónica, etc.


O Freon da DuPont

O mais conhecido CFC é fabricado pela empresa DuPont, cuja marca registrada é Freon. Durante anos os CFCs foram usados e libertados livremente na atmosfera do planeta Terra. Não se conheciam os danos que poderiam estar causando na alta atmosfera, pois eram gases considerados extremamente seguros e estáveis.


Como se forma o Ozono

O ar que nos rodeia contém aproximadamente 20% de Oxigénio. A molécula de oxigénio pode ser representada como O2, ou seja, dois átomos de Oxigénio quimicamente ligados. De forma simplista, é o Oxigénio molecular que respiramos e unido aos alimentos que nos dá energia. A molécula de ozono é uma combinação molecular mais rara dos átomos de oxigénio, sendo representada como O3. Para a sua criação é necessária uma certa quantidade de energia. Portanto, esta é uma das formas mais comuns de se produzir ozono. Outras seriam fornos industriais, motores automotivos entre outros que produzem o gás. Na baixa atmosfera o ozono é reactivo e contribui para a poluição atmosférica industrial, sendo considerado um veneno.

O despejo atmosférico dos CFCs 
No final da década de 1960 eram libertadas em torno de um milhão de toneladas de CFCs por ano. As formas de libertação do gás são diversas, a mais conhecida é pelos aerossóis que utilizam o CFC como propelente. Uma vez libertado na atmosfera, o propulsor começa a se espalhar pela atmosfera livre e, levado por convecção, sobe até à alta atmosfera sendo espalhado por todo o planeta. Os Cfcs são gases considerados inertes cuja reacção depende de condições muito peculiares.

O encontro dos CFCs com o Ozono 
Na alta atmosfera existem correntes de ar em alta velocidade, as Jet streams, muito poderosas, cuja direcção é horizontal. Estas espalham os gases da região em todas as direcções.

A camada de Ozono encontra-se em torno de 25/26 quilómetros de altitude aproximadamente. A energia solar em comprimento de onda ultravioleta forma as moléculas de Ozono. O processo dá-se quando se dividem algumas moléculas de Oxigénio em átomos Oxigénio livre, recombinando-as às moléculas de Oxigénio através da radiação ultravioleta.

Aquelas moléculas de Ozono flutuando na alta atmosfera acabam por encontrar as moléculas de CFC. O Clorofluorcarboneto é uma molécula estável em condições normais de temperatura e pressão atmosférica, porém, excitado pela radiação UV, acaba desestabilizando-se e liberta o átomo de Cloro.


O Cloro e o Ozono

O átomo de Cloro é um catalisador poderoso que destrói as moléculas de Ozono, permanecendo intacto durante todo o processo. Uma vez na alta atmosfera, o cloro leva muitos anos para descer à baixa atmosfera. Neste período, cada átomo de Cloro destruirá milhões de moléculas de ozono. A reacção de destruição do Ozono é bastante simples, uma vez que esta molécula é extremamente reactiva na presença de radiação UV e Cloro.

Isto significa que se tivermos três moléculas de Oxigénio geradas, os átomos de Cloro foram regenerados para destruir mais duas moléculas de Ozono de cada vez, e assim por diante, infinitamente, até o Cloro cair.


O buraco na Ozonosfera

O Ozono, sem a presença do Cloro, age como um escudo contra as radiações UV. É um gás tão raro e tão precioso na alta atmosfera que se a ozonosfera fosse trazida para o nível do mar nas condições normais de temperatura e pressão, esta camada chegaria à espessura de apenas três milímetros. É este gás que nos protege de ter a nossa pele cauterizada pelas radiações Ultra-Violetas do Sol.

A consequência imediata da exposição prolongada à radiação UV é a degeneração celular que ocasionará um cancro da pele nos seres humanos de pele clara. As pessoas de pele escura não estão livres desse cancro, a diferença é somente o tempo de exposição. Até o final da década de 1990, os casos de cancro da pele registados devido ao buraco na camada de Ozono tiveram um incremento de 1.000% em relação à década de 1950. Alguns desinformados e principalmente aqueles defensores das indústrias fabricantes de CFCs, dizem que este aumento foi devido à melhoria da tecnologia de recolha de dados, e que os danos são muito menores do que os alarmados e alardeados pelos cientistas atmosféricos.

buraco da camada de ozono tem implicações muito maiores do que o cancro da pele nos humanos. As moléculas orgânicas expostas à radiação UV têm alterações significativas e formam ligações químicas nocivas aos seres vivos. A radiação UV atinge em especial os Fitoplanctos (diatomáceas e outras algas) que habitam a superfície dos oceanos e morrem pela sua acção.


Medidas

O padrão de medição do ozono é feito de acordo com a sua concentração por unidade de volume que por sua vez recebe a nomenclatura de Unidade Dobson (UD).

No ano de 2005, no dia sete de Outubro, uma medição realizada pelo INPE na Antártida constatou que a concentração de ozono estava em torno de 160 UD, quando em época de normal seria 340 UD (esta medida é considerada referencial).

Abaixo da medida de 220 UD já se pode considerar baixa densidade de ozono, ou a formação do buraco que já causa danos ao meio-ambiente.


Os Fitoplanctos e a cadeia Alimentar

As medições das populações desses organismos microscópicos (fitoplanctos) sob o raio de acção do buraco da camada de Ozono demonstraram uma redução de 25% desde o começo do século XXI até ao ano de 2003, nas águas marinhas antárcticas. A morte destes microorganismos causa uma redução da capacidade dos oceanos em extrair o dióxido de carbono da atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. Com a morte dos fitoplanctos, os zooplanctos não sobrevivem. Sem zooplanctos, o krill (alimento) deixa de existir, diminuindo a população dos peixes dos oceanos e assim por diante. Logo, a ozonosfera é primordial para que haja vida no planeta Terra. Cabe aos seres humanos pensar a respeito e tomar acções para a sua protecção.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.