quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Era Vargas


A REVOLUÇÃO DE 1930

Até o ano de 1930, no Brasil, vigorava a República Velha, como é conhecida hoje, caracterizada por uma forte centralização do poder entre os partidos políticos e a conhecida aliança politica "café - com - leite" ( entre São Paulo e Minas gerais ). O problema teve inicio em 1929, quando chegou ao fim o governo do presidente paulistano Washington luís Pereira de Souza. O partido Republicano Mineiro indicou para Washington Luís o nome de Antônio Carlos, então governante de Minas Gerais. Luís todavia, defendeu a candidatura de Júlio Prestes, paulista. O partido mineiro então anunciou que iria apoiar o nome da oposição e, aliando-se a Rio Grande do Sul e Paraíba, lançou o nome de Getúlio Vargas, formando a Aliança Liberal.

                                                                              
Presidente  Washington Luís



Washington Luís Pereira de Souza nasceu em Macaé (RJ), em 1869, pertencente a uma família de grande prestígio político no período imperial. Advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1891. Iniciou sua carreira política em 1897 como vereador e, posteriormente, prefeito de Batatais (SP). Em 1900, disputou uma cadeira na Câmara Federal por São Paulo, apresentando-se com um perfil oposicionista em relação aos governos federal e estadual. Apesar de vitorioso, não pôde assumir seu mandato por ter tido sua eleição rejeitada pela Comissão de Verificação de Poderes da Câmara dos Deputados.


Nesse mesmo ano transferiu-se para a capital paulista. Nos anos seguintes iniciou uma bem sucedida carreira política no Partido Republicano Paulista (PRP). Exerceu os cargos de deputado estadual (1904-1906), secretário estadual de Justiça (1906-1912), prefeito da capital (1914-1919) e presidente do estado (1920-1924). À frente do governo estadual, ampliou os efetivos militares paulistas com o objetivo de aumentar o poder de pressão do estado na federação, construiu mais de 1.300 quilômetros de estradas de rodagem - seu lema era "Governar é abrir estradas" -, e dedicou um tratamento duro ao movimento operário, cujos problemas dizia "interessar mais à ordem pública do que à ordem social".



Após deixar o governo de São Paulo, ocupou uma cadeira no Senado. Em março de 1926, concorrendo como candidato único, elegeu-se presidente da República. Sua gestão à frente do governo federal foi marcada por uma política de câmbio elevado, que visava favorecer as exportações, resultando também na proteção da indústria nacional, ao mesmo tempo que afetava negativamente o comércio de importação pela alta nos preços dos artigos estrangeiros. 



No início de 1929, indicou, para sucedê-lo, o presidente de São Paulo Júlio Prestes. Essa escolha desagradou os políticos de Minas Gerais, que esperavam que a alternância entre paulistas e mineiros na presidência - estabelecida pela "política do café com leite"- fosse mantida. Contrariados, os grupos dirigentes de Minas aliaram-se aos do Rio Grande do Sul e formaram a Aliança Liberal, que lançou os nomes do gaúcho Getúlio Vargas e do paraibano João Pessoa à presidência e vice-presidência da República, respectivamente. A Aliança Liberal receberia ainda o apoio dos grupos de oposição dos demais estados e dos militares oriundos do movimento tenentista. A campanha eleitoral foi bastante acirrada, com a oposição realizando grandes comícios nos principais centros urbanos do país. Realizado o pleito no mês de março de 1930, porém, saiu vitoriosa a chapa situacionista. 



O resultado eleitoral foi logo contestado por setores da Aliança Liberal, que alegavam a ocorrência de fraudes no pleito e começaram a articular um movimento político-militar que depusesse Washington Luís. Deflagrado no dia 3 de outubro, o movimento logo se estendeu por todo o país. No dia 24 de outubro oficiais graduados das Forças Armadas no Distrito Federal depuseram o presidente, que foi levado preso para o forte de Copacabana. O governo ficou a cargo, durante alguns dias, de uma junta governativa composta pelos generais Mena Barreto e Tasso Fragoso e pelo contra-almirante Isaías de Noronha. Em 3 de novembro, o poder foi entregue, após certa relutância por parte dos membros da junta, a Getúlio Vargas, comandante das forças revolucionárias. Enquanto isso, Washington Luís rumava para o exílio.



Viveu, então, por 17 anos na Europa e nos Estados Unidos. Voltou ao Brasil em 1947 e fixou-se em São Paulo, sem retomar, contudo, a atividade política. 



Morreu na capital paulista, em 1957.




Júlio Prestes


Luís Carlos Prestes (Porto Alegre, 3/1/1898 - Rio de Janeiro, 7/3/1990) foi um militar, líder político e revolucionário brasileiro. Filho de Antonio Pereira Prestes, capitão do exército, e de Leocádia Felizardo Prestes, professora primária. Com o pai morto durante sua infância, Prestes recebeu influência marcante da educação da mãe na composição de sua personalidade. Levou vida pobre, sendo educado em casa pela mãe, depois entrando para o Colégio Militar em 1909. Concluídos os estudo neste, segue na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, atual Academia Militar das Agulhas Negras, contribuindo com o sustento da família com o seu soldo. Aluno brilhante, chegaria à patente de segundo-tenente.

Ao tomar conhecimento das "cartas falsas" atribuídas a Artur Bernardes, começa a envolver-se em questões políticas, dedicando-se ao combate ao futuro presidente que estava sendo programado pelos militares. Já como capitão, lidera o foco da primeira revolta tenentista na região das Missões, em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul. Suas metas eram o combate à oligarquia, estabelecimento do voto secreto, e convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.

Ao unir-se a um contingente paulista de militares revoltosos em Foz do Iguaçu, rompendo as linhas de defesa do governo, Prestes passa a liderar tal grupo que como outros de militares revoltosos, entre eles Miguel Costa, resolvem fazer  oposição armada ao governo. O grupo formado no Paraná logo seria batizado de Coluna Miguel Costa-Prestes (popularmente Coluna Prestes), que ao longo de dois anos e cinco meses percorreu, com 1500 homens cerca de 25000 km no interior do país, passando por (na época) 13 estados brasileiros. Desgastados, os remanescentes da Coluna Prestes iriam buscar asilo na vizinha Bolívia. Deslocando-se à Argentina, é neste país, ao dedicar-se a leituras das mais diversas, é que surgirá no militar Prestes a convicção da eficácia das ideias marxista-leninistas.

Em 1931 já é comunista convicto, viajando para a União Soviética, retornando ao Brasil em 1934 com a esposa, Olga Benário, judia alemã, membro do partido comunista alemão. Os dois, sob o comando da facção Aliança Nacional Libertadora, ligada ao Partido Comunista Brasileiro, comandaria o fracassado golpe de 1935 conhecido como "Intentona Comunista", que visava derrubar o governo de Getúlio Vargas. Prestes foi preso, sendo que sua mulher, grávida, foi deportada e entregue à Guestapo (a polícia política da Alemanha nazista), morrendo em 1942 em um campo de concentração.

Solto em meio ao processo de redemocratização, o "Cavaleiro da Esperança" elege-se senador pelo PCB em 1945, para logo ver a cassação do registro de seu partido sob a administração Dutra, em 1947. Além disso, decretou-se sua prisão preventiva, o que o forçou a entrar para a clandestinidade. Sua prisão seria revogada em 1958 pelo presidente Kubitschek, mas, com o Golpe Militar de 1964, novamente torna-se um clandestino. Deixa o Brasil novamente rumo à União Soviética em 1971, voltando com a anistia decretada em 1979, sendo que a partir daí, passa a se distanciar do PCB, deixando a secretaria-geral do partido em 1983, cargo que ocupou por décadas. Crendo que o PCB desviara-se do ideal marxista, seu novo partido será o PDT, legenda sob a qual pedirá votos a Brizola e a Lula nas eleições de 1989.

Bibliografia:

CHAVES, Lázaro . Luis Carlos Prestes . Disponível em: http://www.culturabrasil.org/prestes.htm Acesso em: 12 jul. 2011.

Luís Carlos Prestes. Disponível em:

http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_899.html Acesso em: 12 jul. 2011.
Luís Carlos Prestes. Disponível em: http://educacao.uol.com.br/biografias/luis-carlos-prestes.jhtm Acesso em: 12 jul. 2011.


          João Pessoa    
       (politico brasileiro)

1878, Umbuzeiro (PB)
1930  Recife (PE)

João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque era sobrinho do ex-presidente da República Epitácio Pessoa e sobrinho-neto do Barão de Lucena, presidente da província de Pernambuco durante o Império e  ministro da Fazenda do governo de Deodoro da Fonseca.

Em 1895, João ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, mas não concluiu seu curso. Em 1899, matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife, por onde se formou em 1904. Em  1909, transferiu-se para o Rio de Janeiro, trabalhando como advogado no Ministério da Fazenda e na Marinha. Em julho de 1919, três meses após a posse de Epitácio Pessoa na Presidência, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM).

Na década de 1920, atuou como juiz nos processos movidos contra os envolvidos nos levantes tenentistas então deflagrados, destacando-se sempre pelo rigor contra os acusados.

Em 1928, elegeu-se presidente do Estado da Paraíba. Nesse cargo, promoveu uma reforma na estrutura político-administrativa do estado e, para enfrentar as dificuldades financeiras, instituiu a tributação sobre o comércio realizado entre o interior paraibano e o porto de Recife, até então livre de impostos. Essa medida contribuiu para o saneamento financeiro do estado, mas gerou grande descontentamento entre os fazendeiros do interior, como o coronel José Pereira Lima, chefe político do município de Princesa e com forte influência sobre a política estadual.

Em 1929, João Pessoa negou-se a apoiar a candidatura situacionista de Júlio Prestes à Presidência da República e aceitou convite para ser o candidato a vice-presidente na chapa oposicionista da Aliança Liberal, articulada pelos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul e encabeçada pelo gaúcho Getúlio Vargas.

Realizado o pleito, a chapa oposicionista foi derrotada e o coronel José Pereira, que apoiava Júlio Prestes, iniciou uma revolta em Princesa contra o governo estadual, sendo apoiado pelo governo federal. Ao mesmo tempo, ganhava força no interior da Aliança Liberal a proposta de deposição de Washington Luís através de um movimento armado. João Pessoa rejeitou essa solução. Sua preocupação concentrava-se, nesse momento, no combate à Revolta de Princesa. Nesse sentido, ordenou que a política paraibana invadisse escritórios e residências de pessoas suspeitas de receptar armamentos destinados aos rebeldes.

Numa dessas invasões - na residência de João Dantas, aliado de José Pereira -, foram encontradas cartas íntimas trocadas entre Dantas e sua amante. As cartas foram publicadas pela imprensa alinhada ao governo estadual, provocando grande escândalo na sociedade paraibana. Dias depois, em viagem a Recife, João Pessoa foi assassinado com dois tiros desferidos por João Dantas em uma confeitaria da capital pernambucana. O assassinato provocou forte comoção no País.

Os líderes da Aliança Liberal trasladaram o corpo para o Rio de Janeiro, onde foi enterrado em meio a grande manifestação popular. Nas cidades por onde passou, o cortejo fúnebre foi alvo de manifestações semelhantes. Tal clima contribuiu para que os preparativos revolucionários se acelerassem, resultando na deposição de Washington Luís, em outubro, e na ascensão de Vargas ao poder, no mês seguinte. Em setembro de 1930, a capital paraibana, até então denominada cidade da Paraíba, foi rebatizada com seu nome.

Membros da Aliança Liberal no Rio de Janeiro, agosto de 1929, FGV, CPDOC.
                                                     

A Ação Integralista Brasileira - AIB - ainda é um episódio histórico pouco conhecido e explorado pelos historiadores brasileiros. Sabe-se que este partido politico, criado pelo escritor e explorado Modernista e jornalista Plínio Salgado, em 7 de outubro de 1932, através da divulgação de seu Manifesto de Outubro. Crê-se que ela foi fruto da SEP - Sociedade de Estudos Paulista. Este partido teve uma vida ativa durante apenas cinco anos, quando então foi extinto, junto com outro grupos políticos, pelo Estado novo, comandado por Getúlio Vargas

Talvez esta obscuridade a que o Integralismo brasileiro foi relegado se deva a seu envolvimento com o nazismo alemão e o fascismo italiano, realmente, sua doutrina foi largamente influenciada pelos ideais fascistas, e justamente por alimentar estas crenças, a AIB entrou logo em confronto com associações adversárias, como a Aliança Nacional Libertadora - ANL - dirigida pelo PCB, partido comunista Brasileiro, reproduzindo um contexto mundial de luta entre o fascismo e o socialismo.

Este movimento se restringia basicamente à classe média, como tantos outros grupos nacionalistas. Eles entraram para a história como os "camisas verdes" ou "galinhas verdes", uma referência aos uniformes que eles adotaram. Este movimento integralista surgiu em um cenário de falência politica da oligarquia, com a consequente desativação das ardentes polèmicas politicos - ideológicas que se alastravam pela zona rural, assim estas discussões em torno de grandes ideais foram transferida para o àmbito urbano.
                     

Ao mesmo tempo, a   Europa fervilhava com novas doutrinas e ideologias, produtos das dificuldades vividas no período entre as duas Guerras Mundiais - 1919-1938 - e da crise do Capitalismo, que atingiu seu ápice em 1929, com a queda abrupta da Bolsa de Nova Iorque. Neste cenário surgiram o fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha, nascidos desse clima de instabilidade. Em nosso país a Revolução de 1930 criou uma atmosfera propicia para o nascimento do Integralismo, única opção diante do governo de Getúlio Vargas e dos avanços do movimento comunista. Talvez por isso os integralistas tenham conquistado a adesão tanto de empresários quanto de operários insatisfeitos com a esquerda.

A Ação Integralista Brasileira contou com nomes de vulto, como os de Gustavo Barroso; Miguel Reale e Santiago Dantas, nomes conceituados e respeitáveis. Este partido também teve a participação ativa das mulheres. Elas não podiam integrar o Comando Nacional, mas tinham espaço nas decisões regionais.
O Integralismo aparecia como um caminho alternativo para a massa desorganizada, não conquistada ainda pelo Partido Comunista. Além do mais, ofereceu às mulheres e aos negros a oportunidade de participar da política brasileira; estabeleceu um código rigoroso de ética e moralidade, regulando o comportamento e os rituais cotidianos, como o batismo e o enterro. Chamava a atenção também por sua política assistencialista, incluindo a edificação de escolas e ambulatórios, sem falar na tradicional distribuição de cestas básicas.
Na iminência das eleições para Presidente, em 1937, Plínio Salgado, então considerado o candidato preferido da população, publicou o Manifesto Programa de 1937, um dos documentos mais importantes deste partido. Embora muitos nem imaginem, esta publicação influenciou várias práticas do Estado Novo, bem como vários estadistas importantes, como Juscelino Kubitschek, e até mesmo projetos como a ‘Casa Própria’ e a ‘Alfabetização de Adultos’.
Embora Getúlio Vargas apoiasse desde o princípio os integralistas, ao articular seu golpe – em grande parte com a cumplicidade desse movimento, inclusive com a negociação de Plínio Salgado para nesta nova gestão ocupar o Ministério da Educação -, ele flagrou a AIB com a proibição de qualquer grupo político a partir de novembro de 1937.

       
Figura do chefe integralista - Distribuído entre 1935 e 1937, nas ruas das cidades Brasileiras.



Sessão de encerramento do Congresso integralista - Plínio Salgado encontra-se ao centro (sentado) - em Blumenau, Santa Catarina, 1935.


Sede da Aliança Nacional Libertadora, ANL, no centro do Rio de Janeiro, 1935.



Trabalhadores homenageiam Vargas na Esplanada do Castelo, 1940, Rio de Janeiro



Exaltação de Getúlio em Cartaz produzido pela DIP  convocando trabalhadores para comemorar o 1ª de Maio


Biografia

Getúlio Dornelles Vargas nasceu em 19/4/1882, na cidade de São Borja (RS) e faleceu em 24/8/1954, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Foi o presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.

Revolução de 1930 e entrada no poder 

Getúlio Vargas assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes, caracterizaram-se pelo nacionalismo e populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em 1937, instala o Estado Novo e passa a governar com   poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a ser centralizadora e controladora. Criou o DIP ( Departamento de Imprensa e Propaganda ) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga Benário , esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações

Vargas criou a  Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo: carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
GV investiu muito na área de infraestrutura, criando a Companhia Siderúrgica Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em 1938, criou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Saiu do governo em 1945, após um golpe militar.

O Segundo Mandato

Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou com uma política nacionalista. Criou a campanha do "Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da Petrobrás. 

O suicídio de Vargas

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou uma carta testamento com uma frase que entrou para a história : "Deixo a vida para entrar na História."  Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

Conclusão

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

Carreira Política de Getúlio Vargas:

- 1909 - eleito deputado estadual no Rio Grande do Sul
- 1913 - reeleito deputado estadual (renunciou no mesmo ano)
- 1917 - retornou à Assembléia Legislativa
- 1919 e 1921 - reeleito deputado estadual
- 1924 a 1926 - deputado federal
- 1926 a 1927 - Ministro da Fazenda
- 1928 a 1930 - Governador do Rio Grande do Sul
- 1930 a 1945 - Presidente do Brasil
- 1951 a 1954 - Presidente do Brasil



Cartaz. O anúncio da CLT foi mostrado de forma propagandística, dando a conotação de uma lei fruto da iniciativa e generosidade de uma só pessoa 1943. 


A carteira Profissional

Manifestação cívica no Dia do trabalho, em homenagem a Vargas no estádio do Vasco da Gama, 1941, Rio de Janeiro.




Desfile escolar comemorativo do dia da Pátria, na Qunta da Boa Vista, Rio de Janeiro, 1943.
Arquivo Nacional.



Queremismo no Rio de Janeiro, 1945.




Livros sobre Getúlio Vargas

 Getúlio Vargas - O Poder e o Sorriso - Coleção Perfis Brasileiros   Autor: Fausto, Boris
   Editora: Companhia das Letras
 De Getúlio a Getúlio - O Brasil de Dutra a Vargas - Coleção História em Documentos   Autor: Dantas F, José; Doratioto, Francisco Fernando
   Editora: Atual
 Getúlio Vargas - Mito e Realidade - Audiolivro   Autor: Guzzo, Maria A. Dias
   Editora: Universidade Falada
 Brasil : De Getúlio Vargas a Castelo Branco   Autor: Skidmore, Thomas E.
   Editora: Paz e Terra
 Getúlio Vargas e o Triunfo do Nacionalismo Brasileiro   Autor: Ludwig Lauerhass Jr.
   Editora: Itatiaia
 Vitória na Derrota - A Morte de Getúlio Vargas   Autor: Aguiar, Ronaldo Conde
   Editora: Casa da Palavra
 A Construção Discursiva do Povo Brasileiro - Os Discursos de 1º de Maio de Getúlio Vargas   Autor: Lima, Maria Emília Amarante Torres
   Editora: UNICAMP
 Getúlio Vargas - Depoimento de um Filho   Autor: Canton, Olides
   Editora: Leitura XXI
 Getúlio Vargas e a Economia Contemporânea   Autor: Szmrecsanyi, Tamas
   Editora: UNICAMP
 Getulio Vargas e o seu Tempo - volumes I e II   Autor: Jorge, Fernando
   Editora: T. A. Queiroz
 Getúlio Vargas e Outros Ensaios - Síntese Rio-Grandense   Autor: Franco, Sergio da Costa
   Editora: UFRGS
 Getúlio Vargas e Sua Época - Coleção História Popular   Autor: Faria, Antonio A. Da Costa
   Editora: Global

O que é Dengue?


Aprender sobre a dengue é essencial para combatê-la. Para isso, é fundamental saber algumas informações sobre essa doença que todo ano preocupa os brasileiros. Pra combater a dengue é necessário que toda comunidade participe. É importante que o tema seja abordado em sala de aula, para que os alunos divulguem as informações em casa e no bairro.

O QUE É DENGUE? Dengue é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus que possui quatro sorotipo (DENV -1, DENV-2, DENV-3 e DNV-4). É transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado. Ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após período chuvosos.
O quadro clínico é amplo, apresentando desde uma síndrome febril inespecífica até quadro graves, como hemorragia, e às vezes, óbito.
É uma doença de notificação compulsória, mas sua forma grave é de notificação IMEDIATA.
A forma clinica clásica caracteriza-se pelos seguintes sintomas:
febre alta com duração de 2 a 7 dias;
dor de cabeça;
dor no corpo e nas juntas;
dor atrás dos olhos

DESENHO ANIMADO ONDE UM AGENTE DE SAÚDE BUSCA AJUDA DAS CRIANÇAS PARA COMBATER O MOSQUITO DA DENGUE.

     
                                                                     





Coincidências: Lincoln e Kennedy


De vez em quando, ler algo que não represente um conhecimento científico ou que não agregue valor do ponto de vista cultural, não é algo nocivo, principalmente nos tempos de hoje, onde simplesmente o fato de um indivíduo estar lendo já é relevante. Lembramos dos antigos almanaques dos séculos XIX e XX, que traziam curiosidades, muitas vezes inúteis, mas que em determinadas ocasiões podiam servir de ponto de partida para um aprofundamento em um determinado assunto ou até mesmo um "convite" para realizar a introdução em uma disciplina específica. Por exemplo, muitas pessoas passaram a ter certo interesse pela história por meio de pequenas curiosidades daqueles almanaques, do tipo, quem inventou o quê ou como surgiu tal coisa. Não é por outra razão que livros como "O Guia dos Curiosos" de Marcelo Duarte, fazem sucesso entre os leitores, que ainda na época da internet têm interesse nessas informações relacionadas com a chamada cultura geral ou ainda "cultura inútil". Mas, na verdade, nenhum conhecimento é inútil, ao contrário do que crê o senso comum. 
Por isso, a postagem de hoje não têm por finalidade fazer com que o leitor vá correndo se aprofundar em um tema ou que a informação venha a ter a finalidade de transformar o mundo. Trata-se apenas de uma deliciosa bobagem e um festival de coincidências que envolvem dois grandes personagens da história norte-americana: Abraham Lincoln e John Kennedy.
Há cinco ou seis anos, um aluno me mostrou essas coincidências, dizendo tê-las tirado da internet. Esta semana, uma amiga "virtual" de Facebook enviou-me a mesma lista. Portanto, não tenho como identificar o autor das mesmas, que praticamente se tornaram de domínio público, com ocorrem com as piadas. A única coisa que posso afirmar é que o raciocínio e os dados são quase todos corretos. Quase...


Como sabemos, o presidente Abraham Lincoln (imagem acima da Biblioteca Digital Mundial) foi assassinado em 1865, logo após a Guerra Civil Americana, onde os Estados do Norte derrotaram os rebeldes confederados do Sul. Lincoln foi assassinado por um ator de teatro, inconformado com a derrota sulista no conflito.


Já John Kennedy (imagem acima da Wikipédia) foi assassinado em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas. Não há certeza sequer se foi um assassino ou mais. Sua morte, em 1963, ocorreu em meio às lutas pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos e no período da Guerra Fria com a antiga União Soviética. Nos dois casos há uma raiz histórica, os pontos de vistas diferenciados a respeito da política e da sociedade norte-americana entre os Estados do Norte e os do Sul da federação.

Portanto, vamos às coincidências entre os dois presidentes, as quais cito como me foram entregues da internet:

  • Abraham Lincoln foi eleito para o Congresso em 1846;
  • John Kennedy foi eleito para o Congresso em 1946;
  • Abraham Lincoln foi eleito presidente em 1860;
  • os nomes Lincoln e Kennedy têm sete letras;
  • ambos estavam comprometidos na defesa dos direitos civis;
  • as esposas de ambos perderam filhos enquanto viviam na Casa Branca;
  • ambos os presidentes foram baleados numa sexta-feira;
  • a secretária de Lincoln chamava-se Kennedy;
  • a secretaria de Kennedy chamava-se Lincoln;
  • ambos os presidentes foram assassinados por sulistas;
  • ambos os presidentes foram sucedidos por sulistas;
  • ambos os sucessores chamavam-se Johnson;
  • Andrew Johnson, que sucedeu a Lincoln, nasceu em 1808;
  • Lyndon Johnson, que sucedeu a Kennedy, nasceu em 1908;
  • Andrew e Lyndon tem seis letras;
  • John Wilkes Booth, que assassinou Lincoln, nasceu em 1838;
  • Lee Harvey Oswald, que assassinou Kennedy, nasceu em 1938;
  • ambos os assassinos eram conhecidos pelos seus três nomes;
  • os nomes de ambos os assassinos têm quinze letras;
  • Booth saiu correndo de um teatro e foi apanhado em um depósito;
  • Oswald saiu correndo de um depósito e foi apanhado num teatro;
  • Booth e Oswald foram assassinados antes de seu julgamento;
  • uma semana antes de Lincoln ser morto ele estava em Monroe, Maryland;
  • uma semana antes de Kennedy ser morto ele estava com Monroe, Marilyn;
  • Lincoln foi morto na sala Ford, do teatro Kennedy;
  • Kennedy foi morto num carro Ford, modelo Lincoln;
  • ambos jogavam golfe tendo, inclusive, o mesmo handicap.
Identifiquei alguns erros nas coincidências. Uma semana antes de morrer, Kennedy não esteve com Marilyn Monroe, pois ela faleceu em 1962  e ele em 1963, quase um ano depois. A possibilidade de Abraham Lincoln jogar golfe era remota, uma vez que nos tempos da Guerra Civil Americana (1861-1865), o golfe estava restrito à Escócia e Inglaterra, sendo levado pelo colonialismo britânico para a Índia e depois aos Estado Unidos, no final do século XIX. Pelas origens de Lincoln seria improvável ele praticar tal esporte, que era de caráter aristocrático. O assassino de Kennedy foi encontrado em um cinema, não exatamente num teatro, mas esta dá para perdoar, uma vez que ele se encontrava na platéia. Os demais dados parecem corretos.
Haja coincidências e paciências de quem as encontrou...

Túnel do tempo: um pouquinho de história!!!


                                                                               

Deodoro da Fonseca

Neste dia 15 de novembro de 2012, o Museu da República no Rio de Janeiro completou 52 anos (antes serviu como "Palácio Nova Friburgo" no Império e depois como "Palácio do Catete" na República, tudo isto, antes da transferência da capital para Brasília).

Já se vão 123 anos desde que deixamos a monarquia para ser um país republicano, com mais de 35 presidentes militares e civis.
Por isso, estamos postando 30 ilustrações dos presidentes brasileiros mais influentes que já governaram o país.

Percebam que todas são "ilustrações" imitando óleos e não "pinturas" de verdade... até porque os presidentes mais modernos foram retratados oficialmente por fotografias e não por pinturas como já foi costume nos retratos oficiais.

Só para concluir: estas ilustrações não têm nenhum caráter oficial, porém, não deixam de representar com certa fidelidade nossos retratos  com suas fisionomias características e seus trajes oficiais.

                                                                         
Floriano Peixoto


Prudente de Morais


Campos Sales


Rodrigues Alves


Afonso Pena


Nilo Peçanha


Hermes da Fonseca


Venceslau Brás


Delfim Moreira


Epitácio Pessoa


Artur Bernardes


Washington Luís


Getúlio Vargas


Eurico Dutra


Getúlio Vargas


Café Filho


Juscelino Kubitschek


Jânio Quadros


João Goulart


Castello Branco


Costa e Silva


Emílio Médici


Ernesto Geisel


João Figueiredo


José Sarney


Fernando Collor de Mello


Fernando Henrique Cardoso 


Luís Inácio Lula da Silva

Dilma Rousseff


Antecedentes a Revolução de 30




Para se entender o que ocorre entre os anos de 1929 ate os primeiros anos da década de 30, a revolução de 30, é preciso retornar, historicamente, ao período da republica velha. Por que retornar? Porque os fatores que provocam a revolução se encontram nesse período. Vamos a eles:

  • Na republica velha é onde predominava os interesses do setor agro-exportador de café, que era representado pela burguesia paulista e mineira (a política do café-com-leite). A mercadoria tinha o seu preço variado de acordo com as oscilações do mercado internacional, havia uma dependência do capital externo. Durante os primeiros anos da republica houve a política do encilhamento - onde produzia-se papel-moeda e distribuirá-se entre a população (de boa fé) esperando que estas investissem em industria, mas acabaram elas aplicando em outras pessoas para terem lucro e essas outras e mais outras e assim por diante; resultado foi a alta da inflação - esta economia provocou o desgaste econômico.
  • Quando chegou-se ao limite dessa política, ou seja, quando houve a depreciação cambial no período da Campos Sales, o Governo fez, junto ao cafeicultores e credores estrangeiros, o funding-loan, onde  o governo se comprometeu a queimar o excesso de papel-moeda em troca de credito internacional a juros altos.
  • Depois disso, já na crise de 29, houve o convenio de Taubaté. Onde os cafeicultores preocupados com as baixas do preço do café, mais a alta produtividade e baixa de mercado consumidor, assinaram um acordo com o governo onde este deveria comprar o café, estocá-lo e quando os preços estivesse bom, então vendia-se o café. Política da privação dos lucros e socialização das perdas.
  • Essa política teve alta rentabilidade no período entre 1906 a 1930. Neste meio tempo houve a Primeira Guerra Mundial onde, obviamente, ninguém queria comprar café. Houve então uma necessidade de se ter uma industria, foi onde começou a engatinhar a industria de bens de consumo e produção. O que favoreceu o surgimento dessa industria? O retrai-mento do fluxo de bens vindo da Europa, mais a necessidade de bens de consumo e de produção. Não se pode falar de uma burguesia industrial, devido aos altos e baixos da industria aqui. Houve mesmo uma burguesia cafeeira.
  • Essa burguesia cafeeira provocou:
  • O desequilíbrio regional. Devido a política do café-com-leite, onde em um período o governador geral era de São Paulo e no outro período de Minas Gerais, assim sucessivamente;
  • A integração regional era frágil no Império e continuou frágil na Republica;
  • O Estado era praticamente o único representante de integração nacional, embora ele representa-se diretamente o interesse dos cafeicultores, como uma espécie de guardiã deles;
  • Havia a regionalização dos Estados, mas não representou uma grande ameaça para o poder central.
  • Em síntese, a vida política, cultural e econômica girava no eixo São Paulo e Minas Gerais. E para aqueles que não sabem o que é a política do café-com-leite eu explico a minha moda. A política do café-com-leite consiste na troca de governo entre SP e MG, em um período governa um representante desses Estados e no outro período o outro.
No próximo Post escreverei o que foi o estopim para a revolução de 30 e quem estava envolvido, e também sobre Aliança Liberal. 








quarta-feira, 22 de agosto de 2012

O Último Duelo, de Eric Jager


"sexo, selvageria e manobra politica de alto nível em uma esplêndida história"
A  opinião acima da renomada revista de resenha literárias Kirkus Reviews, sintetiza bem o teor desse livro

Em plena Idade Média francesa sob pena de ser condenada à fogueira por injúria e falso testemunho, uma mulher acusa o melhor amigo de seu marido de estuprá-la.

A mulher é Marguerite, filha única de uma rica e tradicional família normanda, Seu marido, o cavaleiro Jean de Carrouges é descendente de uma antiga linhagem de nobre. O acusado por sua vez, é Jacques Le Gris, de origem humilde, mas que fez grande fortuna e se tornou membro dileto da corte de um dos mais influentes condes da França.
Confiando na versão de sua esposa, carrouges apela ao rei levando a acusação ao parlamento de paris, que determina que o caso seja decidido em um "duelo judiciário" um combatente armado do qual um homem sairia vencedor apanas quando matasse seu oponente.

Essa história real e dramática acontece durante a devastadora Guerra dos Cem Anos, entre a França e a Inglaterra, enquanto tropas inimigas pilhavam terras,a loucura assombrava o trono Francês e o Grande Cisma dividia a Igreja ao mesmo tempo que exércitos muçulmanos ameaçavam o cristianismo e as rebeliões traições e pragas eram temores contantes


 No facebook você tem acesso à fanpage do livro com várias imagens e textos sobre a história

fonte:

http://www.historiarecord.com.br/

Barão de Mauá


                                                      
                                                                        Barão de Mauá
                                                                               
                                                                                

Em 1840 Irineu Evangelista visitou a Inglaterra e ao retornar casou-se com Maria Joaquina de Souza Machado ( sua sobrinha que tinha apenas 16 anos, vista na imagem de cima), O casal teve 18 filhos, dos quais 11 nasceram com vida.

Até a primeira metade do século XIX, o Brasil tinha grandes dificuldades para assentar o franco desenvolvimento de seu parque industrial. A carência de fontes de energia abundantes, a dispersão dos mercados consumidores, a inexistência de uma indústria de base e a falta de vontade política compunham uma gama de obstáculos que transformava os produtos brasileiros caros e de baixa qualidade. Contudo, a partir de 1840, essa realidade vigente ganhou outros contornos.


No ano de 1844, a criação da Tarifa Alves Branco elevou os impostos alfandegários sobre os produtos provenientes do mercado externo. Apesar de não ter esse objetivo, o imposto se transformou em uma eficiente barreira protecionista que abriu portas para o primeiro surto industrial experimentado na história do Brasil. Paralelamente a esta ação, devemos salientar que a proibição do tráfico negreiro e os lucros obtidos pelo café tiveram grande importância neste processo.



Nessa mesma década, um jovem chamado Irineu Evangelista de Sousa viajava a trabalho para a Inglaterra, berço da Revolução Industrial. Ao observar o acentuado desenvolvimento das indústrias daquele país e a pujança das teorias liberais, Irineu voltou ao Brasil determinado a buscar oportunidades de negócio que orbitavam fora da ordem agroexportadora. Para a época, as suas pretensões estavam bem distantes do pensamento de uma parcela considerável de nossas elites.



De origem humilde, este arrojado empreendedor saiu cedo da cidade de Arroio Grande para, com apenas doze anos de idade, trabalhar em uma loja de tecidos na capital federal. Apresentando grande tino para os negócios, ele logo arranjou outra colocação em uma empresa de importação. Foi nesse momento que Irineu entrou em contato com os valores e a lógica do capitalismo industrial que fervilhava nos centros urbanos ingleses.



Quando chegou ao Brasil, ele decidiu juntar seus recursos financeiros para adquirir uma pequena fundição localizada na região de Ponta da Areia, no Rio de Janeiro. Com o apoio financeiro de seu antigo patrão, Irineu Evangelista conseguiu meios para organizar o maior estaleiro de construção naval de todo o Império Brasileiro. Aproveitando dos bons ventos trazidos pelo surto industrial, seus empreendimentos deram boa resposta e abriram caminho para outras iniciativas. 



Em pouco tempo, o próspero empresário criou a Companhia de Rebocadores da Barra do Rio Grande e obteve uma concessão sob o tráfico no rio Amazonas. Paralelamente, sua empresa de siderurgia fabricava lampiões e tubos para a canalização de rios e pontes. No ano de 1851, conseguiu autorização para instalar um serviço de iluminação a gás que se estenderia pelas principais ruas da cidade do Rio de Janeiro. No ano seguinte, iniciou as obras de construção de uma ferrovia que ligava a capital ao Vale do Paraíba.  

                                                     

Em 1854 veio a já citada inauguração do primeiro trecho da ferrovia Rio-Petrópolis e o título pelo qual ficou conhecido, Barão. A locomotiva (foto acima),chamada de "baronesa" em homenagem à sua esposa, percorreu 15 quilômetros de trilhos em 23 minutos. Era a terceira ferrovia da América do Sul.
conseguido em 1882, quando a ferrovia já não pertencia mais a Mauá.
                 
Por meio da construção dessas e outras obras ferroviárias, o visionário Irineu conquistou o título de Barão de Mauá. Trabalhador incessante, ele também investiu em uma empresa de bondes puxados por tração animal e na construção de um telégrafo submarino que ligava o Brasil à Europa. Além disso, ele também atuou como financiador com a criação do Banco Mauá & Cia., que chegou a abrir dezenas de filiais no exterior.



Toda euforia experimentada nestas décadas chegaria até certo limite, quando a vigência da ordem agroexportadora entrou em conflito com seus interesses. Em 1857, a sua empresa Ponta da Areia foi alvo de um terrível incêndio. Pouco tempo depois, a vantajosas taxas alfandegárias da Tarifa Alves Branco foram abandonadas. Com o passar do tempo, Barão de Mauá não resistiu à concorrência imposta pelas mercadorias estrangeiras.

Em 1872, Mauá ainda realizou outro importante empreendimento, o cabo telegráfico submarino ligando o Brasil com a Europa e o imperador enviou mensagens ao papa e à rainha da Inglaterra, com esse feito, veio o título de Visconde de Mauá.


A partir de 1875, Mauá abandonou a condição de investidor ao decretar falência e vender as suas propriedades para quitar seu grande volume de dívidas. Em 1877, a Ponta da Areia fechou as suas portas e, no ano seguinte, o governo imperial se negou a prestar auxílio financeiro ao seu banco. Na década de 1880, Mauá abandonou seus empreendimentos e passou o resto de seus dias sobrevivendo como corretor de sacas de café.


                                                                                  

                                                           

                  Resumo do filme Barão de Mauá


Barão de Mauá foi o Primeiro empresário brasileiro, começou do zero, literalmente, se dedicou, arriscou e conquistou. Um verdadeiro exemplo para todos nós, com dedicação e força de vontade podemos ir muito além de onde imaginamos ser impossível chegar.

Barão de Mauá nasceu no Rio Grande do Sul, estudou em um internato até seus nove anos de idade, e logo depois teve seu primeiro emprego como caixeiro, onde se deu início ao seucrescimento rumo ao sucesso.

Uma das suas grandes virtudes era sua persistência, no mesmo dia em que seu primeiro filho foi enterrado, chegando em sua casa, já estava tendo outro filho com sua mulher, o que nos mostra sua vontade de nunca perder.

Mauá foi o primeiro maior empreendedor industrial do país, produzindo navios e caldeiras, entretanto sua prosperidade foi breve por causa da proibição da entrada de navios fora do país, com isso a empresa faliu.

Além de ser o dono do Banco do Brasil, onde também faliu devido aos concorrentes que viam o grande desenvolvimento de Mauá, e queriam de alguma forma impedi-lo, Barão de Mauá sempre demontrou ousadia e foi dono das oito maiores empresas do Brasil, sendo um homem de idéias inovadoras, brilhante, que trouxe a Revolução industrial para o Brasil e ajudou nosso país a chegar onde estamos hoje.
É de homens assim que o Brasil precisa, persistentes, inteligentes, espertos e ambiciosos. Infelizmente hoje em dia a maior parte da população brasileira quer ganhar a vida do jeito fácil e errado, são poucos os que se dedicam para garantir um futuro melhor e contribuir para o crescimento do país, assim como o Barão de Mauá contribuiu.
O filme nos inspira a ser mais ousado e arriscar mais. Se temos alguma idéia, algo que pode dar certo, temos que ir adiante e colocar nossas idéias em prática. Ficar apenas na teoria não dá. É por isso que poucos tem muito e muitos tem poucos. Esses poucos são persistentes e ousados, alguns errados e fora da lei, mas todos determinados naquilo que fazem. O que resulta num resultado satisfatório

                                                                Livro: Mauá - Empresário do império      
Descrição do livro:   
Pioneirismo, guerras, intrigas, reis e escroques: a carreira do visconde de Mauá (1813-1889) teve de tudo.Para montar a primeira industria - um grande estaleiro e uma fundição em Niterói -, a primeira estrada de ferro e o primeiro banco a operar em grande escala no Brasil, ele teve de brigar contra uma sociedade provinciana  que considerava o feitor de escravos como o melhor gerente de recursos humanos 

Quando expandiu seus negócios em escala planetária, com dezessete empresas em seis países, ai sim vieram os grandes adversários. Banqueiros internacionais, ditadores latinos políticos de alto coturno e figuras da sociedade passaram a fazer parte da luta diária do visconde, numa história que se confunde com a do próprio    nascimento de um país chamado Brasil.
formato 16,00 x 23,00 cm 

SOBRE O AUTOR:
Jorge Caldeira
Nasceu em 1955, é de São Paulo.Jornalista, é doutor em ciência politica e mestre em sociologia.
publicou a biografia de Noel Rosa, de costa para o mar, pela editora Brasiliense.

A Praça Mauá



                                                                 







A praça Mauá era de inicio um grande alagadiço a praia de Nossa Senhora, que depois ficou sendo conhecida como "Prainha" - o principal ancoradouro das embarcações que do fundo da Baía traziam alimentos para a cidade.
 A área circundante da Praça Mauá, ainda que muito descaracterizada devido ás inúmeras interferência até em sua topografia, ainda assim guarda alguns poucos sítios históricos do século XVI. Atualmente apresenta uma curiosa mistura: de um bairro de boates e inferninhos existentes graças à proximidade do porto do Rio de Janeiro e do outro, oferece o maravilhoso Mosteiro de São Bento, símbolo do Barroco e marco da ocupação da cidade.

                                                                                     
Barão de Mauá

O nome da praça decorre de homenagem ao Barão de Mauá, ou seja Irineu Evangelista de Souza, o maior empresário brasileiro no tempo do império. Aliás, no centro da praça, existe uma estátua do barão, que ali era proprietário de um trapiche (armazém) e de vários negócios ligados à área portuária. 
Um importante edificio da Praça Mauá, é o chamado edificio do jornal " A noite", com vinte e dois andares e constrúido no final da década de 30, possuindo um estilo art Déco com formas classicistas e simétricas, insperado nos prédios de Nova York.
 Este edifício era um dos pontos mais badalados da cidade, tornando-se o centro das atrações na época áurea do rádio quando lá passou a funcionar a Rádio Nacional a partir de 1936, com o atual processo de revitalização, redefinição urbanística e reaproveitamento da antiga área portuária do Rio de Janeiro, a Praça Mauá entrará em evidência novamente pois, como parte desses esforços, será construído no pier da Praça Mauá um Museu do amanhã, ou Museu do futuro, projeto do arquiteto e engenheiro espanhol, Santiago Calatravia.