domingo, 8 de julho de 2012

A Escola dos Annales e o marxismo





A Escola dos Annales e o marxismo: uma simples oposição entre formas de ver o passado?



 Quando fazemos uma menção rasa sobre a relação existente entre a Escola dos Annales e o marxismo, logo tendemos a construir um panorama cercado por duas perspectivas históricas de natureza antagônica.

 Talvez pela abordagem dos diferentes contextos, leituras, temas e intenções que marcaram a relação para com o passado dessas duas linhas de pensamento e escrita do passado, podemos sim semear uma infinita gama de contrastes.

 Contudo, seria suficiente pensar que a busca por um parâmetro divergente delimita a existência (ou a coexistência) desses “tipos de História”?

No interior do marxismo, pensando o materialismo histórico como sua principal ferramenta para se olhar o passado, a questão dos problemas e ações de ordem política e econômica são peças fundamentais para que as experiências históricas sejam interpretadas.

 Em certo modo, conforme aponta os críticos do marxismo, existe uma relação de subordinação entre o eixo político e econômico sob as demais nuances e fatos que se integram a uma determinada experiência histórica. Sendo assim, tudo que escapa dessa baliza fundamental, na verdade, se mostra de algum modo contaminado por ela.

Longe de ser uma simples espécie de equívoco que visita todas as obras de perspectiva marxista, o forte interesse pelo âmbito político-econômico prestigia não só uma postura coerente com relação ao aparato teórico marxista, bem como dialoga com várias noções de história que se mostraram vivas, principalmente no século XIX.

 Nesse período, em suma, notamos uma forte presença da razão iluminista pautando a busca por um conhecimento comprometido com a noção de progresso.

 Sob tal aspecto, o marxismo singulariza-se por apresentar uma espécie de progresso comprometido com a possibilidade de transformação profunda de seu tempo

 Para muitos, a noção de progresso e a força do eixo político-econômico atestaria a pesada acusação que o marxismo propunha uma compreensão do passado através de matizes bastante conservadoras e comprometidas com seu tempo.

 Afinal, mesmo não tendo as mesmas convicções e expectativas que os positivistas para com o passado, utilizavam-se de formas de compreensão do processo histórico tão ou mais rígidas.

 Em outras palavras, os marxistas aspiravam a uma revolução que era contraditoriamente negada ao modo de se investigar os fatos contidos no passado.

Com isso, ao encararmos o modo inovador com que os Annales pretendiam mergulhar em antigos e novos temas do passado, temos a impressão de que eles dão um passo à frente do marxismo ao não optarem pela “segurança interpretativa” dada pela hierarquia, onde o econômico e o político predominam os desdobramentos de todas as outras instâncias da vida humana.

 Prova disso seria a ousadia que os Annales tiveram ao se aventurar com o aparato de outras disciplinas e a construção de perspectivas que, há bem pouco tempo, estariam completamente marginalizadas daquilo que se entendia como sendo algo importante para o entendimento da história.

Mesmo sendo inegável a força e o fôlego que os Annales deram ao modo de se pensar a história, não podemos incorrer no engano de que eles alcançaram um patamar inimaginável para a perspectiva marxista.

 No ato de se ampliar as fronteiras históricas, percebemos que os Annales – ao longo de seus autores e gerações – se depararam com os dilemas construídos por tantas outras possibilidades de escrita da história.

 Por tal razão, vemos que o nascimento do método quantitativo opera como uma manifestação viva de que as mentalidades e os imaginários não fundaram um modo radicalmente apartado de alguns antigos atos comuns à história observada no século XIX.

 Por outro lado, vemos que importantes obras marxistas (entre as quais incluímos os escritos do próprio Karl Marx!) se preocupam em investigar com maiores cuidados o modo de se pensar as relações ente o econômico, o político, o social e as outras manifestações oriundas da ação humana.

 Desse modo, vemos que os marxistas como Gramsci, Lukács e Castoriadis também encararam os seus dilemas ligados à interpretação do passado, observando criticamente as limitações das perspectivas geradas no interior do pensamento histórico marxista e oferecendo outras possibilidades.

De tal modo, vemos que a noção de progresso que se mostra falha ao tentarmos abarcar o desenrolar das experiências guardadas no passado, não deve também contaminar erroneamente as contribuições e problemas gerados pelos Annales e pelo marxismo.

 Ao contrário, como podemos notar em textos produzidos recentemente, a preocupação em conservar a autonomia dos objetos históricos, incentiva cada vez mais o diálogo entre as formas de conhecimento equivocadamente restringidas à tensão gerada entre a inovação e o conservadorismo.


                   

POSITIVISMO, MARXISMO E ESCOLA DOS ANNALES: Qual é a diferença?

 

 Atualmente, uma das maiores dificuldades dos professores de História é selecionar os conteúdos históricos apropriados para as diferentes situações escolares. 

Trata-se de optar por manter os denominados conteúdos tradicionais ou selecionar conteúdos significativos para um publico escolar proveniente de diferentes condições sociais e culturais e adequa-los a situações de trabalho com métodos e recursos diversos.

Há propostas que oferecem uma seleção considerada de “conteúdo tradicional”, baseada nos circulos concêntricos. Outras propostas curriculares apresentam conteúdos organizados por eixos temáticos ou temas geradores, e exigem que se estabeleçam critérios de seleção mais complexos.  

A escolha de conteúdos apresenta-se como tarefa complexa, permeada de contradições tanto por parte dos elaboradores das propostas curriculares quanto pela atuação dos professores, desejosos de mudanças e ao mesmo tempo resistentes a esse processo. 

Ponto básico para o estabelecimento de um critério para a seleção de conteúdos é a concepção de história. Dela depende a produção dos historiadores, e o conhecimento histórico é produzido de maneira que torne os acontecimentos inteligíveis de acordo com determinados princípios e conceitos. Situar os referenciais teóricos no processo de seleção de conteúdos é uma necessidade para o trabalho docente que se realiza na escola.

 Definição da expressão Historiografia

 Segundo a historiadora francesa Marie-Caire Jabinet, este vocábulo possui diversas acepções. Tendo surgido no século XIX, em imitação aos historiadores poloneses e alemães, ela significa, conforme os casos: a arte de escrever a história, a literatura histórica ou, ainda, a história literária dos livros de História. Pode também, conforme o contexto, referir-se às obras históricas de uma época, às obras dos séculos posteriores sobre essa época ou ainda à reflexão dos historiadores sobre essa escrita da história. (JABINET, 2003, p. 16)

HISTÓRIA POSITIVISTA

 A história pode ser concebida como uma narrativa de fatos passados. Conhecer o passado dos homens é, por princípio, uma definição de história, e aos historiadores cabe recolher, por intermédio de uma variedade de documentos, os fatos mais importantes, ordená-los cronologicamente e narrá-los.

 Essa tendência passou a ser dominada de historicismo, cuja metodologia foi conhecida como positivista, por basear-se nos princípios da objetividade e da neutralidade no trabalho do historiador. Conhecer o passado da humanidade tal como ocorreu constitui uma definição de história característica da ciência positivista do século XIX.

Os historiadores dessa corrente de pensamento baseavam suas análises em perspectivas deterministas, isto é, ressaltavam, por intermédio de uma variedade de documentos oficiais escritos, os fatos mais importantes; ordenavam-nos seguindo uma ordem cronológica e linear de apreensão do tempo e descreviam-nos com a perspectiva de reviver o passado real da humanidade.

 Por isso, receberam o estigma de “metódicos” ou “historiadores narrativos”, pelos historiadores do século XX. A intenção dos historiadores positivistas era ressaltar a importância dos grandes heróis nacionais, assim como, evidenciar no Estado Nacional em consolidação, o verdadeiro sujeito das transformações em curso. Além disso, enaltecer o auge da civilização européia em ritmo acelerado de desenvolvimento após as novas tecnologias advindas da Segunda Revolução Industrial.

Nota-se uma preocupação com assuntos de ordem política e social, porém resgatando uma sociedade “abstrata”, pois se centralizava na figura dos grandes líderes nacionais, estes sim, responsáveis pelas transformações estruturais de sua Nação. Os diversos grupos sociais estavam esquecidos, ou “à margem” do desenrolar histórico.

 Leopold Von Ranke (1795-1886)

 Esse historiador alemão, “pode ser considerado um dos fundadores da história científica na Alemanha e um dos fundadores do cientificismo” (BURGUIÉRE, 1993, p. 645). Ranke exerceu um papel importante na configuração dos aportes teóricos que possibilitaram fornecer um caráter científico à História. O historicismo ou História Narrativa é o nome dado à Teoria que pretende apresentar “os fatos históricos tal qual realmente se passaram” (wie es eigentlich gewesen) (RANKE apud LÖWY, 2007, p. 68). Sua metodologia (o positivismo) tem como princípio a objetividade e neutralidade por parte dos historiadores ao “reviver” a História. 

 De uma história econômica a uma história social

No decorrer do século XX, a produção historiográfica passou a disputar espaço com as novas ciências sociais que se constituíam na busca da compreensão da sociedade, especialmente a Sociologia, a Antropologia e a Economia. Como conseqüência dessa disputa houve uma renovação na produção historiográfica com paradigmas que visavam ultrapassar o historicismo. 

A História marxista 

  A Filosofia marxista configurou, de fato, um novo enfoque teórico de análise da História. Enquanto os historiadores positivistas baseavam seus estudos na “genealogia da Nação Moderna”, por intermédio dos documentos oficiais escritos, compondo uma história das elites políticas, “reacionária” do ponto de vista teórico, Marx afirmava ser a Luta de classes o verdadeiro fundamento de uma História em movimento.

 Para Marx, o “trabalho” (categoria fundante de sua filosofia), entendido como as múltiplas relações entre os homens e a natureza, relação esta que ocorre como condição material da vida em sociedade, representa o estágio ou modelo de produção de organização social e econômica de um determinado espaço e período histórico. 

O “acontecimento” e “as ações individuais” (fundamentais para os historiadores positivistas) provocadores de transformações e mudanças, são para os historiadores marxistas, conseqüências naturais do estágio do modo-de-produção em curso.

Entra em cena à École des Annales. 

Essa corrente do pensamento historiográfico surgiu com a inauguração da revista: “Analles de História Econômica e Social”, fundada em 1929 pelos historiadores Marc Bloch (1886-1944) e Lucién Febvre (1878-1956) (ambos professores da Universidade de Estrasburgo). 

A intenção era promover estudos relativos às estruturas econômicas e sociais, favorecendo possíveis contatos interdisciplinares no seio das Ciências Sociais. Os horizontes de ação do historiador ampliavam-se e possibilitavam recuperar o passado por intermédio de questões colocadas pelo tempo presente, assim como a ampliação da noção de fonte.

 A História deixa de ser “narrativa” para ser “problema”: Na história-problema, o historiador escolhe seus objetos no passado e os interroga a partir do presente. Ele explicita a sua elaboração conceitual, pois reconhece a sua presença na pesquisa: escolhe, seleciona, interroga, conceitua.  

 A noção de tempo é encarada da seguinte forma: A divisão entre “tempo do acontecimento, da conjuntura e da longa duração ou estrutura” (BITTENCOURT, 2004, p. 146) possibilitou uma ampliação da noção de tempo à História e definiu novos aportes metodológicos para apreensão da memória histórica.

extraído da dissertação de mestrado de ANDRÉ WAGNER RODRIGUES intitulada: "Um olhar complexo sobre o passado: história, historiografia e ensino de História no pensamento de Edgar Morin.                             


Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola
fontes: 
http://www.brasilescola.com/historia/a-escola-dos-annales-marxismo.htm
http://historiaeluz.blogspot.com.br/2011/08/positivismo-marxismo-e-escola-dos.html

   http://ensinodehistoriaemperspectiva.blogspot.com:






 

quinta-feira, 5 de julho de 2012

DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA

O artigo 215 da Constituição Federal de 1998 assegura que o “Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”.

 


 O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo brasileiro.

Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país) organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade. Outros temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e beleza negra, etc.

O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura comemoração que tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a “generosidade” da princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca. A semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de Semana da Consciência Negra. Segundo o IBGE, no Brasil os negros são correspondentes a 5% da população. Os chamados “pardos”, no entanto, que são mestiços de negros com europeus ou índios, chegam a um número próximo da metade da população.

 “Dia da Consciência Negra” retrata disputa pela memória histórica

Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos se comemora no dia 20 de novembro, o “Dia Nacional da Consciência Negra”. Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. Para o historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de maio: “os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse”.

ACOMPANHE AGORA o poderoso discurso de Marthin Luther King em Memphis, no ano de 1963, em prol dos direitos civis e da igualdade racial. “Eu tenho um sonho de que o homem seja considerado não pela cor da sua pele mas pelo conteúdo do seu caráter” foi uma das tantas frases marcantes desse grande líder.  E REFLITA SOBRE SUAS AÇÕES COMO CIDADÃO…

                                                                     

O Último Cavaleiro (adaptação de Dom Quixote) 7º ANO



O Último Cavaleiro Andante – Will Eisner (adaptação de Dom Quixote)


Olha aí pessoal (especialmente os alunos do 7º ano), quadrinhos pra eternidade: a história do louco quixote, cavaleiro andante. A história desse cavaleiro é uma bem humorada critica aos valores medievais de cavalaria (ou será uma sátira??); serve pra entender um pouco o mundo medieval.
                                                                           

                                                                               
Will Eisner usa a linguagem da história em quadrinhos para apresentar aos leitores jovens um dos maiores clássicos da literatura mundial: Dom Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes (1547-1616). Em ritmo movimentado, ele conta as aventuras do sonhador que era visto como um velho maluco e mostra de que maneira os sonhos de Dom Quixote acabaram sendo eternizados.
Cervantes publicou a primeira parte de El ingenioso hidalgo don Quijote de la Mancha em 1605 e teve uma acolhida entusiástica. A segunda parte surgiu somente em 1615. O conjunto contém uma crítica aos ideais da cavalaria, instituição feudal que já desaparecera havia muito tempo e que entretanto continuava a ser cultuada na Espanha.

Serve para todos os gostos e séries!!! leiam, aproveitem que é de graça…..

sábado, 30 de junho de 2012

História de João Pessoa

                                                  VÍDEO 01 João Pessoa duas cidades               

                                                           História de João Pessoa vídeo 02

                                               vídeo 02 fotos ineditas de João Pessoa

                                                                        Paisagens de João Pessoa

                                                    No reinado do Sol e história da Paraíba

                                                                     Hino do estado da Paraíba
                                                                                

                                                                  Paraíba meu sublime torrão


                                                                        Paraíba joia rara
                                                                                   
                                                          Algumas imagens de João Pessoa

No início do século XVI os franceses ocupam a região nordestina e conquistam a confiança dos índios potiguares. Essa aproximação dificulta a colonização portuguesa. Em 1585 o português João Tavares constrói, na foz do rio Paraíba, o Forte de São Felipe, para defender a área dos ataques dos franceses. Nasce, então, ali, a cidade de Filipéia.

 A paz com os indígenas, porém, só se consolida em 1599, após a destruição de aldeias inteiras e de uma epidemia de varíola que exterminou dois terços da população nativa.

Em 1634, a região foi invadida pelos holandeses, quando a cidade recebeu novo nome: Friederstadt. Assim permaneceu durante 20 anos.

 Em 1654, os invasores foram expulsos por André Vidal de Negreiros e Fernandes Vieira tomou posse do cargo de governador da cidade, que passou a chamar-se Parahyba.

 Em 1684 tornou-se a capital da província, perdendo essa posição quando a Parahyba foi incorporada a Pernambuco, em 1753.

Os paraibanos participaram ativamente da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador, em 1824.

 Em 1930 o governador João Pessoa de Albuquerque é indicado como candidato a vice-presidente da República na chapa de Getúlio Vargas, pela Aliança Liberal. Seu assassinato, em julho daquele ano foi um dos pretextos para a Revolução de 1930.

 Em meio à comoção que atingiu os paraibanos com o assassinato de seu governador, no Recife, a cidade ganhou seu nome definitivo, JOÃO PESSOA, através de Lei Estadual.

Relato de Frei Vicente do Salvador sobre a conquista da Paraíba:

"... Havia no continente um fortim, ou cerca com artilharia, que a da esquadra dominou em pouco tempo. Durou o combate um dia só.

 Fugiram os franceses em três lanchas, e Valdés, para não renovar o erro de Frutuoso Barbosa, fez construir na boca do rio um arraial, cujo comando entregou ao Capitão de infantaria Francisco de Castejon, guarnecendo-o com 110 arcabuzeiros espanhóis e cinquenta portugueses.

 Restava nomear o Governador da povoação que ia ser fundada. Como os portugueses eram na maioria vianenses, indicaram Frutuoso Barbosa, natural de Viana, a mais disto com direito ao lugar, pelas cartas de concessão que não tinham caducado.

 Valdés denominou-o de S.Filipe e Santiago, pois no dia destes santos zarpou para a Espanha. Barbosa chamou-lhe, por lisonja ao rei, Filipéia.

 ... Em janeiro de 1585, acharam-se Barbosa e Castejon rodeados por três cercas de troncos de palmeiras, que os selvagens, protegidos por eles, iam rolando em direção ao forte.

 Livravam-se assim das balas e estreitavam o sítio, na esperança de, um belo dia, ganharem de surpresa a posição... Outras novidades vinham dos arraiais inimigos: Acabava de reforçá-los o terrível Braço de Peixe, com os índios que retiravam do S. Francisco.


O Ouvidor Martim Leitão acudiu de Pernambuco com outro grupo expedicionário que se arrojou sobre o terreno da luta, rechaçando, em dois encontros, os índios. 

Resultou disso a separação de Braço de Peixe, a quem os portugueses lançaram em rosto a cobardia, por ter se deixado vencer.


O sucesso era aparentemente completo, mas cedo se frustou, porém com a retirada do pequeno exército.. Os do forte ainda uma vez se sentiram abandonados. E, antes que os caboclos voltassem, lançaram fogo à povoação, atiraram ao mar a artilharia e se refugiaram em Itamaracá. A Paraíba tornava aos potiguares.


Dois índios do rancoroso chefe Braço de Peixe foram a Olinda solicitar a paz ao Ouvidor, que despachou o escrivão da Câmara, João Tavares, numa caravela, a celebrar pazes e tratar a ação contra o inimigo comum.

 Sem maior aparato e com poucos soldados, Tavares fez melhor que os anteriores capitães. Chegando à Paraíba em 3 de agosto de 1585, firmou a concórdia com Braço de Peixe no dia 5."

Referencias;

 Acervo publico da prefeitura municipal  

http://www.achetudoeregiao.com.br/pb/joao_pessoa/historia.htm   

FOTOS INEDITAS DE JOÃO PESSOA 
CLICKE NO LICK

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=507393 









Historia de Santa Rita PB








A colonização de Santa Rita teve origem logo após a fundação de João Pessoa em 1585, pelos portugueses de Martim Leitão.  Na ocasião eram freqüentes os combates entre portugueses, potiguares e tabajaras, estes auxiliados pelos franceses.



Foi construído no local conhecido como Tibiri, o forte de São Sebastião (1771) e próximo a ele foi edificada a capela que juntamente com o primeiro engenho de açúcar de tornaram o marco para a formação do povoado de Santa Rita.



Existe outra versão sobre suas verdadeiras origens: o povoado teve início em um "pouso" de viajantes que ali pernoitavam. Eram nativos, colonos, exploradores, comerciantes, criadores e até tropas militares.

A pousada neste local era uma necessidade pois para alcançar a capital da Província se fazia um grande rodeio, contornando um vasto alagadiço existente entre Santa Rita e Tibiri.

Segundo esta versão, surgiram ali as primeiras casas e em pouco tempo formou-se o povoado. Sua Emancipação Política se deu em 9 de março de 1890.

Sua Padroeira é Santa Rita de Cássia. Localiza-se na Mesorregião da Mata Paraibana e na Microrregião de João Pessoa. Limita-se com os municípios de Cabedelo (23km), Lucena (27km), Rio Tinto (36km), Capim (28km), Sapé (27km), Cruz do Espírito Santo (12km), Conde (18km), Pedras de Fogo (34km), Alhandra (45km), Bayeux (7km) e João Pessoa (11km).

A temperatura média anual desse município oscila em torno de 26,5°C. Sua vegetação é a Vegetação Pioneira, Campos e Mata de Restingas, Manguezais e Mata Úmida.

É o terceiro município do Estado em população e em número de eleitores, o segundo em extensão territorial e o maior produtor de abacaxi da Paraíba. Santa Rita é também conhecida como a cidade dos canaviais, pela grande produção de cana-de-açúcar.



sexta-feira, 29 de junho de 2012

Atualidades Ensino Médio para o Vestibular


Tragédia na Antártida
Base tem importância científica e política para o Brasil

Dois militares brasileiros morreram em um incêndio ocorrido na madrugada de 25 de fevereiro que destruiu 70% da Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica administrada pela Marinha. A estação funcionava há 28 anos como polo de pesquisa e posto avançado que marca a presença do país no continente gelado

Direto ao ponto: Ficha-resumo

Era como uma pequena cidade, construída numa área de 2,6 mil metros quadrados e com capacidade para abrigar até 100 pessoas. Atualmente, 59 cientistas, militares e civis, trabalhavam no local, onde são realizadas pesquisas importantes sobre biodiversidade marinha e mudanças climáticas.

Havia laboratórios, dormitórios, cozinha, biblioteca, enfermaria, sala de lazer e esportes, oficinas e instalações técnicas. O incêndio começou na praça de máquinas, onde ficam os geradores de energia, e se espalhou rapidamente pela estação.

O sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo morreram enquanto tentavam combater o incêndio. Outro militar ficou ferido sem gravidade. Os demais ocupantes foram transferidos para a base chilena Eduardo Frei.

A pesquisa científica na Antártida é necessária, mas sempre envolve riscos. O que poucas pessoas sabem é que um dos maiores perigos nas estações é o de incêndios.

O continente antártico possui a maior reserva de água doce do mundo, mas em estado sólido (neve e gelo), dificultando o combate ao fogo. Além disso, o clima no local é seco e com ventos de até 100 km/h, o que favorece a propagação das chamas.

Com a destruição das instalações, boa parte do material e equipamentos de pesquisas foi perdida. "O grau exato do que aconteceu ainda precisa ser objeto de perícia, mas a avaliação é de que realmente perdeu-se praticamente tudo", disse o ministro da Defesa, Celso Amorim. Segundo ele, a reconstrução deve levar dois anos.

Deserto de gelo
A Antártida (ou Antártica) é um dos menores continentes do mundo, com 14 milhões de quilômetros quadrados de superfície. A despeito disso, possui extensão superior a países como Brasil, China e Estados Unidos.

Localizado no Pólo Sul, o continente antártico é um imenso deserto de gelo, com exceção de algumas regiões montanhosas. É também o continente mais frio, seco e com as maiores altitudes e maior incidência de ventos no planeta.

Na Antártida foi registrada a temperatura mais baixa do mundo: -89,2 °C. Em média, a temperatura anual na costa é de -10 °C, e no interior, -40 °C. Os dias e as noites duram meses no verão e no inverno.

Em razão dessas condições adversas, não há habitantes. Apenas grupos de pesquisadores e militares ocupam bases polares, cuja população oscila entre mil no inverno a quatro mil no verão.

Tratado internacional
O incidente na estação Comandante Ferraz tem consequências científicas e políticas para o Brasil.

Os trabalhos dos cientistas na Antártida ajudam a entender os impactos ambientais da poluição provocada pelo homem no clima da Terra e na fauna marinha. Tudo o que acontece na Antártida tem reflexos no resto do planeta, e vice-versa. Foi naquele continente que surgiram descobertas importantes como o efeito estufa, o aumento da temperatura global e a elevação do nível dos oceanos.

Se, por um lado, a realização de pesquisas não depende da base que foi destruída – pois também são feitas em navios oceanográficos de apoio e acampamentos –, a estação, contudo, é vital para abrigar os cientistas durante o inverno antártico.

A presença brasileira na Antártida, garantida pela estação, é ainda essencial por questões políticas. O continente não tem dono e nenhum governo. Como não possui nativos e há divergências sobre quem o descobriu, vários países reivindicavam a posse, entre eles a
 Argentina, o Chile, a França e o Reino Unido.

Para resolver isso foi criado o Tratado da Antártida. O documento foi assinado em 1o de dezembro de 1959 por 12 países, incluindo as duas superpotências da época, os Estados Unidos e a ex-URSS. Por meio dele, as nações se comprometeram a suspender as reivindicações de posse para permitir a exploração científica e proibir qualquer tipo de operação militar no território.

Atualmente, cerca de 20 países possuem bases na Antártida, entre elas a brasileira, instalada em fevereiro de 1984. A manutenção do posto, desse modo, atende aos interesses do Brasil no continente e as diretrizes da comunidade internacional de conservação da neutralidade política, preservação ambiental e estímulo à cooperação científica.

                            Direto ao Ponto
Um incêndio ocorrido na madrugada de 25 de fevereiro destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica administrada pela Marinha. A estação funcionava há 28 anos


Dois militares brasileiros morreram tentando apagar o fogo: o sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo. Atualmente, 59 pessoas, entre cientistas, militares e civis, trabalhavam no local


Na estação eram realizadas pesquisas importantes sobre biodiversidade marinha e mudanças climáticas


A Antártida (ou Antártica) é o continente mais frio, seco e com as maiores altitudes e mais ventos do planeta. Um tratado internacional impede que países reivindiquem a posse do continente e realizem operações militares no local. As bases mantidas por 20 países, entre eles o Brasil, fazem pesquisas em clima de cooperação









quinta-feira, 28 de junho de 2012

curiosidades

Mar do Caribe esconde 450 esculturas de concreto

                              Obras viram corais artísticos debaixo d'água

             

Uma multidão de figuras humanas de pedra, cada uma com expressões e roupas únicas, habita sem alarde um pedaço do fundo do mar no litoral do México.

 A cerca de 8 metros de profundidade, nas águas cristalinas do Caribe, esconde-se o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo, que tem até um museu a céu aberto – ou melhor, em alto-mar.

 O Musa (museu subaquático de arte, na sigla em espanhol) conta com um acervo de 450 esculturas submersas ao redor dailha Mujeres de Cancun, no México, que se apoia na interação do homem com o objeto
 
As obras são feitas com um material poroso, uma espécie de concreto ecológico de pH neutro, que é perfeito para resistir algumas centenas de anos debaixo d’água, e que facilita o crescimento de corais e o abrigo de várias espécies, como peixes pequenos,

crustáceos, ouriços e estrelas do mar. As criaturas marítimas, aliás, são peças fundamentais para o trabalho. São elas que colorem, distorcem e transformam as dramáticas figuras submersas, construindo uma ambiciosa, mutante e frágil representação da evolução da vida.
Giro Casa Vogue: as dicas de lojas de Dado Castello Branco em SP, e Roberrta Zimmermann em Florianópolis
O conjunto é obra do inglês Jason deCaires Taylor. Criado na Malásia, Taylor é um exímio mergulhador, instrutor e premiado fotógrafo subaquático.

 Nem mesmo um diploma no Instituto de Artes de Londres o fez esquecer da vida marinha. Ele tirou o certificado de escultor da gaveta e o levou para o fundo do mar, onde cuida - junto da fauna que vive ali - deste dinâmico museu
Uma multidão de figuras humanas de pedra, cada uma com expressões e roupas únicas, habita sem alarde um pedaço do fundo do mar no litoral do México.

 A cerca de 8 metros de profundidade, nas águas cristalinas do Caribe, esconde-se o primeiro parque de esculturas subaquáticas do mundo, que tem até um museu a céu aberto – ou melhor, em alto-mar.

 O Musa (museu subaquático de arte, na sigla em espanhol) conta com um acervo de 450 esculturas submersas ao redor dailha Mujeres de Cancun, no México, que se apoia na interação do homem com o objeto.
As obras são feitas com um material poroso, uma espécie de concreto ecológico de pH neutro, que é perfeito para resistir algumas centenas de anos debaixo d’água, e que facilita o crescimento de corais e o abrigo de várias espécies, como peixes pequenos, crustáceos, ouriços e estrelas do mar. As criaturas marítimas, aliás, são peças fundamentais para o trabalho.

 São elas que colorem, distorcem e transformam as dramáticas figuras submersas, construindo uma ambiciosa, mutante e frágil representação da evolução da vida.
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O conjunto é obra do inglês Jason deCaires Taylor. 

Criado na Malásia, Taylor é um exímio mergulhador, instrutor e premiado fotógrafo subaquático. Nem mesmo um diploma no Instituto de Artes de Londres o fez esquecer da vida marinha.

 Ele tirou o certificado de escultor da gaveta e o levou para o fundo do mar, onde cuida - junto da fauna que vive ali - deste dinâmico museu.

 


Pompéia

                                                                                    
Pompéia foi uma próspera cidade romana localizada na região da baía de Nápoles,próxima ao vulcão Vesúvio.Era uma cidade com aproximadamente 20 mil habitantes,produtora de famosos vinhos e centro turístico devido ao clima tropical da região, que atraía diversos nobres do império romano que possuíam propriedades nas redondezas da cidade.

                                                                                   

                                                               Mapa da Baía de Nápoles

                                                         
     No entanto toda essa prosperidade foi interrompida por uma violenta erupção no vulcão Vesúvio,que soterrou toda a cidade,de seus prédios e teatros até seus habitantes.Aproximadamente no ano de 79 d.C. toda a Pompéia foi coberta por uma nuvem de cinzas e destroços causados pela erupção do vulcão Vesúvio,que alem da cidade soterrou tambem o vilarejo vizinho de Herculano, em menos de 18 horas.

Habitantes de Pompéia carbonizados após erupção
                                                                             
                                                                                   

Apesar do desastre ,Pompéia foi redescoberta  em 1735,o que deu início a uma incansável escavação para a descoberta dos hábitos e da cultura da época.Os arqueólogos se surpreenderam ao ver que a cidade estava muito bem conservada,e além de preservar os prédios e casas da época tambem preservou a população e seu estilo de vida.Congelada no tempo,Pompéia se tornou um museu a céu aberto,proporcionando diversas descobertas sobre a época.

                                                                    Ruínas de Pompéia