Idade Moderna
O Filme 1492, A conquista do Paraíso é um longa
metragem de aventura épico que foi produzido em 1992, com direção de
Ridley Scott, que estudou fotografia no “Royal Colleg of Art” colégio
este onde ajudou a estabelecer um departamento cinematográfico na década
de 60. Após de terminado a graduação, conseguiu um curso na BBC, onde o
levou a trabalhar com seriados televisivos mais tarde, criou uma
empresa de publicidade onde ficou por um tempo, até partir para
Hollywood onde produziu e realizou alguns filmes de grande êxito, como
Alien, o oitavo Passageiro; Blade Rummer, o caçador de Andróides; Thelma
e Loise; Até o Limite da Honra; Gladiador; Hannibal; Falcão Negro em
Perigo; Rede de Mentiras e por último, Robin Hood.
Scott recebeu três vezes indicações ao Oscar de
melhor diretor, e outras muitas indicações por suas obras; ganhou
prêmios em Cannes, por seu trabalho em Os Duelistas e ganhou também o
premio Michael Balcon, no BAFTA. É reconhecido por ter seu estilo visual
e por sua versatilidade em dirigir diversos temas, o que acabou
influenciando muitos posteriores a ele. Seu último trabalho foi Robin
Hood.
O objetivo deste trabalho é abordar de que forma
foi feita a ocupação, da América pelos espanhóis e como se deu o
processo de colonização do índio.
Cristóvão Colombo, que queria provar que poderia
chegar a Índia pelo ocidente, e assim buscar uma nova rota para o
comércio de especiarias na Índia, procurava então ter uma audiência com a
rainha para conseguir dinheiro e assim poder explorar as novas terras.
Tal viagem tinha como objetivo chegar a Catai, na China.
Antes disso ele vai a Universidade de Salamanca
comprovar aos estudiosos que poderia se chegar à Índia por uma nova rota
pelo ocidente, onde ficou aguardando uma resposta da universidade, para
saber se apoiaria Colombo em sua tese de ir para a china pelo oeste.
Nesse momento, a Europa passa por uma forte
inquisição aos hereges A igreja tinha influência sobre os estados, e
queimava os hereges em praça pública Colombo, de volta ao mosteiro o
qual se abrigava recebe a notícia da Universidade dizendo que não será
possível,
Ajuda-lo sobre a confirmação da nova rota.
Colombo se descontrola, e por causa disso, vai pagar penitência, durante
sua pena ele recebe a visita de Martin Afonso Pinzon, o qual leva a
Colombo um banqueiro e diz que conseguirá uma audiência com a rainha.
Eles chegam a Granada no dia em que os cristãos
tomam a cidade dos Mouros. A audiência com a rainha ocorre com
influência do nobre Sanchez que faz com que ela conceda o apoio
junto com o banqueiro a fazer a viagem rumo a China pelo ocidente.
Antes de partir, Colombo assina um documento com
os chamados reis católicos (Fernando de Aragão e Izabel de Costela) que
concedia a Colombo os títulos e cargos de almirante, vice rei,
governador e capitão geral de todas as terras e ilhas que descobrisse.
Esses títulos eram vitalícios e hereditários, tudo isso foi dado ao
genovês Cristóvão Colombo no caso de descoberta de novas terras.
No dia 3 de agosto de 1492 parte do porto de
Palos três naus, Santa Maria, Pinta e Ninã cuja missão era chegar a
Catai, na China. Antes de partir, Colombo confessa a um padre que não
tinha certeza se iria chegar no tempo que previa. Como o padre estava
sobre juramento, ele não poderia contar a ninguém o que Colombo o tinha
confessado.
Assim, Colombo inicia a viagem junto com seu
colega Pizon. Num certo momento os marujos acreditam que não iam chegar
em terras tão cedo, começa então, uma espécie de insatisfação entre os
marujos revoltados, mas para conter a revolta, Colombo promete
recompensas para quem avistar as terras primeiro, encorajando-os e
detendo um começo de motim.
No dia 21 de outubro de 1492, dois meses após a
partida de Palos, a expedição atinge a ilha que os indígenas davam o
nome de Guaanami, Colombo a batiza com o nome de São Salvador, Ao achar
as terras tão procuradas ele é nomeado “Dom Cristóvão”.
Chegamos ao principal ponto desse trabalho: o
contanto com o índio, ou melhor, nativo. O filme aborda, de inicio, um
contato amistoso e mostra Colombo fazendo uma aproximação não violenta e
cordial com os nativos, de modo que os índios os recebe com certa
alegria, Colombo diz em suas cartas que os nativos andavam nus e
descobertos, ele escreve que descobriu um paraíso na terra.
Sua viagem continua e começa a descobrir novas
ilhas, que as batizou Santa Maria de La Concepcion, Fernandina,
Isabela, e Joana. Nesta última é a atual Cuba, e nela se constatou a
existência de ouro.
Antes de voltar a Europa, a frota atingiu o
norte do Haiti, que recebeu, de inicio, o nome de La Espanõla, onde
fundou o forte de Navidad. O colega de Colombo, capitão Pizon, fica
doente com uma forte febre, voltando para a Europa e dizendo para os
índios que voltaria com mais deles, deixando na ilha 39 homens. Nesse
momento, Colombo conversa com o chefe de uma tribo falando que iria
trazer mais pessoas. O chefe contesta a esse respeito e colombo reafirma
dizendo que tais homens trariam a palavra de Deus.
É fácil perceber duas forças que motivaram à
colonização do novo mundo, a força da igreja católica que influenciava
os reis católicos da Espanha a introduzir o catolicismo, com a ajuda dos
jesuítas, que vinham junto com os colonos, para catequizar os índios, a
igreja que vinha converter o índio, a cultura e aos costumes dos
Europeus, para melhor domesticá-los, e usá-los como força de trabalho.
O outro motivo para a exploração das novas
terras era ainda maior, era de força econômica, pois a Espanha precisava
de ouro e prata, e com o achado do novo mundo a Espanha ficou seduzida,
a fazer a exploração das novas terras descobertas por Colombo,
lembrando que e neste período em que o sistema econômico era o
mercantilismo, que tinha como base a reservas de metais preciosos ouro e
prata.
Com o achado do novo mundo por Colombo a Espanha
mais tarde tornar-se-ia uma potencia econômica com grande quantidade de
ouro e prata, vindos do novo mundo, essa colonização de exploração
ficou conhecida como a colonização da “espada e da cruz”, pois foi feita
pela espada, ou seja, pela violência, e pela cruz, que e a religião.
Cristovão Colombo é recebido com grande alegria e
euforia na Espanha por ter achado as supostas ilhas perto da China
Pizon morre de febre.
Ocorre um jantar com a realeza e Cristóvão
mostra o que conseguiu e fala como é o ambiente e mostra os índios que
vieram com ele e o ouro doado por eles.
Cumprindo o que prometera, Colombo prepara uma
segunda expedição; esta, bem maior, com 1500 homens, 17 navios. Nomeia
seus irmãos como governadores das ilhas.
Preocupado com as inimizades da corte, Colombo
se preocupa com sua família deixando seus filhos aos cuidados da rainha.
De volta à ilha onde tinha deixado seus marujos, encontrou todos,
mortos, mas Colombo mantém um contato amistoso, pois precisava dos
índios para continuar fazer o que deveria: a construção do forte e de
uma vila. A primeira construção a se levantar foi a igreja. Aos poucos
ia se formando, com certo progresso, o novo mundo. Os índios
foram usados como escravos para os europeus explorando o ouro para
eles.
Aos poucos o europeu vai impondo ao índio sua cultura, língua, religião e tecnologia de forma agressiva e violenta.
Sem cairmos nos radicalismos da Leyenda
Negra, que atribuía aos espanhóis as maiores atrocidades na América, não
se pode negar que o comportamento dos conquistadores foi sempre
violento: matou milhares de indígenas, saqueou suas riquezas, explorou
sua força de trabalho, desestruturou o mundo nativo mediante uma
conquista que não foi unicamente militar, mas também religiosa,
econômica, cultural e política. (OSCAR, 2000, P.105).
Tais atrocidades foram retratadas quando Dom
Adrian corta a mão do índio por não ter achado ouro, causando uma
revolta entre eles começando a matar os colonos, causando mais e mais
desavenças Dom Adrian é preso e condenado, mas consegue fugir e coloca
fogo em algumas casas, causando divisão e conflitos entre Dom Colombo e
Dom Adrien nesse conflito, com a vitória de Dom Colombo, ele pune os
traidores e revoltosos com a morte.
Apesar de Colombo ser uma pessoa diplomática com
os índios, os espanhóis em geral não eram e se julgavam superiores aos
nativos. Talvez por isso a colonização do Europeu foi sempre feita por
meio de muitos confrontos..
A conquista espanhola não se concretizou de maneira igual na região onde Colombo desembarcou.
Nas regiões onde viviam sociedades indígenas
portadoras de culturas primitivas, as populações nativas foram expulsas
ou massacradas por que seu fraco potencial de trabalho e a ausência de
excedentes de produção tornavam esses grupos inadequados aos interesses
dos conquistadores. Essa modalidade de conquista ocorreu nas Antilhas,
Argentina e Uruguai, além de outras áreas de colonização européia na
América.
(OSCAR, 2000, P. 104).
Percebemos a falta de sucesso de Colombo no
inicio da colonização. Isso porque criou uma colônia na região de
cultura primitiva. Ao longo da história, nas regiões onde os espanhóis
encontraram os indígenas de médias e altas culturas, como os incas,
astecas e maias, nesses povos foram utilizados outros meios para
explorar o indígena, baseado na servidão coletiva, onde os índios eram
obrigados a trabalhar para manter o sistema de exploração de ouro e
prata para mandar essas riquezas a Espanha, a conquista se fez pela
subjugação dos ameríndios.
Aos poucos Colombo vê que é cada vez mais
difícil construir um novo mundo. Chega uma forte tempestade à ilha,
Utapan, seu tradutor indígena, vendo que o homem branco não quer ser
amigo e sim explorá-lo, o deixa, A grande tempestade cai. Depois da
forte chuva chega a ilha Dom Francisco de Bobadilha, e se torna o novo
vice-rei das Índias Ocidentais Colombo se sente livre para procurar o
outro continente. Porém, outro já o havia feito, o italiano Américo
Vespúcio, Colombo volta à Espanha, permanece preso temporariamente em
costela, 1501 ele ficou preso por sua falta de sucesso, como
administrador colonial, nunca mais foi devolvida a autoridade política e
ficou apenas com o titulo de almirante, e foi gradualmente despojado do
monopólio da exploração ocidental, e depois ficou livre por ordem da
rainha, durante o período que permanece na prisão ele revê seus filhos
Diego e Fernando.
Colombo se reencontra com a rainha Isabel de
costela e diz que tem vontade de voltar para o continente para
explorá-lo. A rainha permite que ele volte, mas sem os irmãos, e que não
podia ir às outras colônias, ele volta a sua casa e reencontra sua
esposa e não acredita, que nenhum outro homem a tenha tirado.
Novamente Colombo vai à Universidade de
Salamanca para uma reunião, no qual estudiosos falam, que sempre
defenderam a teoria da existência de territórios desconhecidos no
ocidente, e que a nova rota para as novas terras estava estabelecida,
pelo reino da Espanha, e que o continente foi descoberto por um marujo
cujo nome era “Américo Vespúcio”.
Assim, a Espanha reconhecia apenas Vespúcio como
o descobridor que, influenciado por Sanchez, nobre da corte, não
queria ver Colombo como o descobridor, mas que reconhece que se alguém
lembrar dele na história será por causa de Colombo.
Por fim, em 1502, Colombo zarpou com Fernando,
seu filho, em sua última viagem ao novo mundo; aportaram no Panamá, e
ainda revelou à existência de um novo mar, o Oceano Pacífico. A
biografia que Fernando escreveu sobre seu pai restaura o nome de Colombo
ao seu lugar na história.
REFERÊNCIAS
OSCAR, Aquino Jesus. História das Sociedades Americana. 7. Ed. Rio de Janeiro: Record, 2000.