quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Planeta Marte

Marte é o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatroplanetas telúricos (planeta rochoso e do mesmo tipo que a Terra) no sistema solar, situando-se entre a Terra e a cintura de asteróides a 1,5 UA do Sol (ou seja, a uma vez e meia a distância da Terra ao Sol). De noite, aparece como uma estrela vermelha (o planeta vermelho), e foi por isso que os antigos romanos lhe chamaram de Marte, o deus da guerra e da fúria. Os chineses,coreanos e japoneses chamam-lhe a "Estrela do Fogo", baseando-se nos cinco elementos.Marte é um planeta famoso por ser o mais parecido com a Terra, com um dia a durar praticamente o mesmo que na Terra e possui quatro estações. Marte tem calotas polares que contêm água e dióxido de carbono gelados, a maior montanha do sistema solar - oOlympus Mons, um desfiladeiro imenso, planícies, antigos leitos de rios secos e foi recentemente descoberto um lago gelado. Os primeiros observadores modernos observaram várias ilusões deóptica que tornaram o planeta num mito: primeiro foram os canais, depois as pirâmides, o rosto humano esculpido, e a região de Hellas no sul de Marte que parecia que, sazonalmente, se enchia de vegetação, o que levou a que o homem imaginasse marcianos com uma civilização desenvolvida. Hoje sabemos que poderá ter existido água abundante em Marte e que formas de vida primitiva poderão, de facto, ter surgido.


Mitologia

Marte é um planeta conhecido desde a antiguidade e na mitologia helénica representa Ares, o deus da fúria e da guerra, devido à sua coloração avermelhada e caminhar nos céus independentemente das estrelas. O povo romano que procurou a essência da sua cultura na Grécia
 chamou-lhe de Marte, o nome que hoje conhecemos quer o deus quer o planeta, já que ambos estavam relacionados.Outras civilizações já olhavam para Marte no céu nocturno: osegípcios conheciam-no como "Her Deschel" ou "O Vermelho". Já para os babilónios, Marte era "Nirgal" ou "A Estrela da Morte".

História de observação e exploração

Marte é conhecido desde a antiguidade, e destaca-se no céu pelo seu aspecto avermelhado; devido a isso tem a alcunha de "O Planeta Vermelho". Os babilónios já faziam observações cuidadosas do que eles chamavam de Nirgal (A Estrela da Morte), mas tudo o que viam tinham propósitos exclusivamente religiosos. Os gregos são os primeiros a fazer observações mais racionais e identificaram Marte como sendo uma das cinco estrelas errantes (planetas
) do céu. Normalmente, os gregos viam Marte a deslocar-se de este para oeste, mas de repente, quando o planeta se aproximava do seu ponto de oposição, este invertia o seu caminho no céu durante um certo tempo para depois voltar a deslocar-se normalmente; o que tornava a procura do planeta muito difícil.

Em 1655Christiaan Huygens faz experiências com novas lentes e nesse mesmo ano constrói um bom telescópio com uma ampliação de 50x. Em 1659
, quando Marte se encontrava em oposição, Huygens decide ver Marte com o seu telescópio e distingue manchas no disco do planeta e no seu esboço faz uma marca em forma de V, o que é hoje identificado como Syrtis Major. Huygens notou que a marca se movia, e assim calculou a rotação do planeta, anotando no seu diário: «A rotação de Marte, como a da Terra, parece ter um período de 24 horas.»O ano de 1877 foi um ano-chave para os estudos do planeta, já que Marte se encontrava numa oposição muito mais próxima da Terra. E assim, o astrónomo norte-americano Asaph Hall descobre os satélites naturais de Marte: Fobos e Deimos; e o italianoGiovanni Schiaparelli dedicou-se a cartografar cuidadosamente o planeta. Com efeito, ainda hoje se usa a nomenclatura criada por ele para os nomes das regiões marcianas: Syrtis Major, Noachis, Solis Lacus, entre outros nomes. Já a nomenclatura das observações de Marte na Madeira em Agosto e Setembro de 1877 por Nathaniel Green não prevaleceram. Essa nomenclatura tinha nomes mais antigos e honrava personalidades da astronomia.

Schiaparelli também acreditou que observava umas linhas finas em Marte, a que baptizou de canali (canais). Em inglês a palavra foi traduzida como canals em vez de channels, o que implicava algo de artificial, e que despertou a mente de aristocrata norte-americano Percival Lowell que se dedicou a especular sobre vida inteligente em Marte. Lowell estava tão entusiasmado que montou o seu próprio observatório. As suas observações convenceram-no que Marte era um planeta que estava a secar e que existia uma antiga civilização
 marciana que construiu esses canais para drenar as calotas polares e enviar água para as cidades sedentas.Essa ideia de uma civilização marciana passou para a imaginação popular. H.G. Wells escreve «A Guerra dos Mundos» em 1898 em que a Terra seria invadida por marcianos que usavam armas poderosas. Em 1938Orson Welles fez uma adaptação do conto para a rádio o que causou o pânico generalizado que levou a que algumas pessoas fugissem e outras afirmarem que sentiam o cheiro do gás venenoso lançado pelos marcianos ou que viam luzes ao longe da luta dos marcianos para se apoderarem da Terra.

Mais tarde, provou-se que a grande maioria dos canais eram apenas uma ilusão de óptica. Já na década de 1950, já quase ninguém acreditava em vida inteligente em Marte, mas muitos estavam convencidos da existência de musgos e líquenes primitivos.Em plena Guerra Fria em que as potências da época se envolveram numa corrida espacial, os soviéticos são os primeiros a tentar enviar sondas a Marte para descobrir o que se passava no planeta, mas nenhuma delas teve sucesso. O Americanos foram logo e o sucesso chegou com a segunda tentativa através da sondaMariner-4  que, em 1965, orbita Marte e consegue tirar a primeira fotografia próxima do planeta, mas de muito fraca qualidade. Os soviéticos só conseguiram fazer pousar uma sonda em Marte em1974.20 de Julho de 1976, a sonda norte-americana Viking I pousa em Chryse Planitia, uma planície circular na região equatorial norte de Marte perto de Tharsis, e tira a primeira fotografia da superfície. A sonda gémea, a Viking II pousa a 3 de Setembro do mesmo ano em Utopia Planitia. Estas duas sondas operaram durante anos, até que as suas baterias falhassem. Com esta missão, as ideias de uma civilização marciana e de vida primitiva ao nível de musgos foram postas de lado, mas dúvidas quanto a existência de bactérias continuaram a persistir.A sonda Mars Pathfinder chega a Marte a 4 de Julho de 1997 e pousa em Chryse Planitia, na região de Ares Vallis, libertando um pequeno veículo robô que explorou e investigou diferentes rochas, verificando a origem vulcânica de uma ou a erosão causada pelo vento ou pela água de outras. Entretanto, a sonda de pouso enviou mais de 16.500 imagens e fez 8,5 milhões de medições à pressão atmosférica, temperatura e velocidade do vento. A 11 de Setembrodo mesmo ano, a sonda Mars Global Surveyor chega a Marte, e a sua missão consistiu em fotografar o planeta com uma resolução muito maior que as missões anteriores conseguiram fazer.Agência Espacial Europeia (ESA) entra na corrida enviando a sonda orbital Mars Express ao planeta vermelho. Esta chega a Marte no final de 2003, e lança um robô para explorar a superfície de Marte, mas o dispositivo não deu sinais de funcionamento após a chegada ao planeta vermelho. Já a sonda orbital tem sido marcada pelo sucesso, especialmente no que toca às descobertas envolvendo a água. De destacar a descoberta, em meados de 2005, do primeiro lago gelado encontrado no planeta.Outras missões mais recentes bem sucedidas são as dos robôs de exploração "Spirit" (Espírito) e seu irmão gémeo "Opportunity" (Oportunidade) que exploram Marte desde Janeiro de 2004.O robô Spirit pousou na grande e intrigante cratera Gusev. O robô Opportunity pousou em Meridiani Planum, no pólo norte. Apesar de Meridiani Planum ser uma planície, sem campos de rochas, o robô Opportunity rolou para a pequena cratera Eagle com apenas 20 metros de diâmetro. A parede da cratera tinha uma formação rochosa intrigante com rochas colocadas em camadas, que podem ter várias origens desde depósitos de cinza vulcânica a sedimentos causados pelo vento ou água. Depois de pesquisas feitas pelo robô a sedimentos, a NASA chega à conclusão que a Opportunity pousou numa antiga costa de um antigo mar salgado em Marte.Todas estas missões foram feitas por máquinas e não pelo homem. Várias pessoas já partiram em defesa das missões tripuladas a Marte como o próximo passo lógico. Por causa da distância entre Marte e a Terra, a missão traria mais riscos e seria mais cara que as viagens à Lua, apesar de muitos acreditarem serem bem mais proveitosas que o envio de robôs. Seriam necessários mantimentos e combustível para uma viagem de ida e volta de 3 anos. Uma proposta chamada «Mars Direct» é tida como o plano mais prático e menos dispendioso para uma missão a Marte com seres humanos.

A Agência Espacial Europeia tem como objectivo o envio de uma missão humana a Marte no ano 2030, como parte do seuPrograma Aurora
. Já os Norte-Americanos pretendem voltar à Lua em 2015, abrindo caminho para missões a Marte no futuro.Nos últimos séculos, alguns cientistas acreditavam e acreditam que Marte é um forte candidato para a terra-formação e colonização humana. A criação de uma colónia em Marte faria reduzir os custos da viagem e dificuldades técnicas da exploração humanas no planeta. Para terra-formar Marte ter-se-ia que construir a atmosfera e aquecê-la. Uma atmosfera mais grossa de dióxido de carbono e outros gases de efeito-estufa iria aprisionar a radiação solar e ambos os processos construir-se-iam um ao outro. As fábricas que na Terra produzem gazes nocivos ao planeta, em Marte teriam um efeito de terra-formação, caso fossem construídas grandes fábricas. Além disso seriam necessárias plantas e outros organismos geneticamente alterados de forma a diversificar os gases da atmosfera.

Geologia planetária

ciência que estuda Marte é a areologia (de Ares, o deus grego da guerra). Em comparação com o globo terrestre, Marte tem 53% do diâmetro, 28% da superfície e 11% da massa; é assim um mundo mais pequeno que a Terra. Como os oceanos
 cobrem cerca de 71% da superfície terrestre e Marte carece de mares, as terras de ambos os mundos têm aproximadamente a mesma superfície.A composição da superfície é fundamentalmente de basalto vulcânico com um alto conteúdo em óxidos de ferro que proporcionam o vermelho característico da superfície. Pela sua natureza, assemelha-se com a limonite, óxido de ferro muito hidratado. Assim como na crosta da Terra e da Lua predominam os silicatos e os aluminatos, no solo de Marte são preponderantes os ferrosilicatos. Os seus três principais constituintes são, por ordem de abundância, o oxigénio, o silício e o ferro.

Observações feitas ao campo magnético de Marte pela sonda Mars Global Surveyor relevaram que partes da crosta do planeta tem sido magnetizada em bandas alternativas, tipicamente medindo 160 km por 1.000 km, num padrão semelhante ao encontrado no fundo dos oceanos da Terra. Uma teoria publicada em 1999 refere que estas bandas podem ser a evidência de uma operação passada de placas tectónicas em Marte, contudo isto ainda não foi comprovado. A ser verdade, os processos envolvidos podem ter ajudado a manter uma atmosfera semelhante à da Terra através do transporte de rochas ricas em carbono para a superfície, enquanto que a presença de um campo magnético protegeria o planeta de radiação cósmica
. Outras explicações foram também propostas.

Marte é formado por rocha sólida, embora o núcleo seja constituído por rocha e ferro fundido. Assim deverá ter um grande núcleo de ferro. Marte tem um campo magnético mais pequeno que o da luaGanímedes de Júpiter
 e é, apenas, 2% do campo magnético da Terra.

Topografia geral

A topografia marciana é notável: as planícies do norte, que foram alisadas por torrentes de lava, contrastam com o terreno montanhoso do sul, sulcado por antigas crateras. A superfície marciana vista da Terra é consequentemente dividida em dois tipos de terreno, com albedo
 diferente (Albedo é uma medida da reflectividade de um corpo ou de uma superfície).O Sul de Marte é velho, alto e escarpado com crateras semelhantes às da Lua; contrasta bastante com o Norte que é jovem, baixo e plano. Vastitas Borealis é a mais vasta planície do Norte e circunda o planalto gelado chamado Planum Boreum e as dunas extensas de Olympia Undae no pólo Norte. As planícies dão lugar aos planaltos e às terras extensas da zona do equador e do hemisfério Sul. Dos poucos planaltos do Norte, destaca-se Syrtis Major que é das marcas mais visíveis a partir da Terra. Lunae Planum a norte do desfiladeiro Valles Marineris, e Daedalia Planum a sul dos Montes de Tharsis são os mais extensos planaltos de Marte.

Em 1858Angelo Secchi
, um dos primeiros observadores acreditou que existiam continentes e mares. As "Terrae" (singular: "Terra")  são terrenos variados e extensos e muitas eram chamados de continentes nos primeiros mapas e outras até de mares, a maior das quais é Terra Cimmeria no hemisfério Sul. No total, Marte possuiu onze "terrae" (terras) - organizados por longitude: Margaritifer, Xanthe, Tempe, Aonia, Sirenum, Cimmeria, Promethei, Tyrrhena, Sabaea, Noachis e Arabia.

Através das fotografias tiradas de órbita vêem-se muitas crateras, mas não estão uniformemente repartidas pelo planeta; existindo poucas áreas onde há um grande número de crateras colossais (maiores que 300 km em diâmetro), nomeadamente no sul; outras áreas na mesma região possuem algumas pequenas crateras e toda a região norte tem muito poucas crateras. Assim se pôde fazer ummapa
 da idade das superfície de Marte, dividido em três períodos: Noachiano, Hesperiano e Amazoniano. Estes nomes são retirados de regiões marcianas identificadas como sendo originadas de uma dessas épocas.

Durante o Período Noachiano, a superfície de Marte estava coberta com crateras de várias dimensões (grandes e pequenas). No período seguinte, a superfície foi coberta por crateras de menor dimensão. Durante o Período Amazoniano parte da superfície (essencialmente o Norte) foi coberta por lava, quer através devulcões visíveis, quer através de fendas. No entanto, desconhece-se como era a superfície do Norte no final do Período Hesperiano. Os meteoritos
 que causaram as crateras Hellas, Isidis e Argyre eram tão grandes que era pouco provável que existissem muitas mais destas crateras durante o Período Noachiano.A diferença entre o ponto mais alto e o ponto mais baixo de Marte é de 31 km (do topo de Olympus Mons a uma altitude de 27 km ao fundo da cratera de Hellas que se encontra a 4 km de profundidade. Em comparação, a diferença entre os pontos mais alto e mais baixo da Terra (o monte Evereste e o Fosso das Marianas) é de apenas 19,7 km.

Os vulcões gigantescos

Os vulcões em Marte são divididos em três tipos: "Montes", "Tholis" e "Paterae". Os "Montes" (singular "mons") são muito grandes, provavelmente basálticos e de leves inclinações. Os "Tholis" (singular "Tholus") ou abóbadas, são mais pequenos e mais íngremes que os montes, com um aspecto abobadado. Os vulcões "Paterae" (singular "patera") são muito variados; com inclinações muito rasas e caldeiras complexas; muitos têm ainda canais radiais nos flancos.Olympus Mons (Monte Olímpo) é um vulcão extinto com 27 km de altura, 600 quilómetros de diâmetro na base e uma caldeira de 60 quilómetros de largura. Assim, é a maior montanha do sistema solar e é mais de três vezes maior que o monte Evereste (8.848 m); tem mais de 13 vezes a altura da Serra da Estrela (2.000 m). O vulcão extinguiu-se há um milhão de anos atrás e encontra-se numa vasta região alta chamada Tharsis que com Elysium Planitia contém vários vulcões gigantescos, que são cerca de 100 vezes maiores que aqueles encontrados na Terra.

Um dos maiores vulcões, Arsia Mons, tem os lados ligeiramente inclinados, construídos sucessivamente por fluidos de lava de uma única abertura. Arsia Mons é o vulcão mais a sul em Tharsis e tem cerca de 9 km de altura e a sua caldeira tem 110 km, a maior cadeira entre os vulcões marcianos. A norte deste vulcão, situa-se o vulcão Pavoris Mons (7 km de altura), e a norte desse encontra-se Ascraeus Mons que tem mais de 11 km de altura. Ascraeus, Pavonis e Arsia formam um grupo de vulcões conhecidos como Tharsis Montes que se encontram a sudeste de Olympus Mons.

Conforme os resultados da Mars Express, o vulcão Hecates Tholus terá tido uma grande erupção há cerca de 350 milhões de anos atrás. Este vulcão localiza-se em Elysium Planitia e tem um diâmetro de 183 km; a erupção criou uma caldeira e duas depressões aparentemente cheias de depósitos glaciais, incluindo gelo. Hecates Tholus é o vulcão mais a norte de Elysium; os outros são Elysium Mons e Albor Tholus.

Alba Patera é um vulcão único em Marte e no sistema solar, localiza-se a norte de Tharsis, numa região de falhas que surge em Tharsis e se estende para norte. Alba Patera é muito grande com mais de 1.600 km de diâmetro, tem uma caldeira central, mas tem uma altura de apenas 3 km, no seu ponto mais alto. Possui canais nos flancos e a maioria deles têm 100 km de comprimento, alguns chegam a ter 300 km, sugerindo que a lava fluiu por longos períodos de tempo.

No entanto, os vulcões marcianos são pouco numerosos, e encontram-se na ordem de uma dezena, mas são testemunhas do passado violento e vulcânico daquela zona. No entanto, são largamente maiores que a maior montanha de origem vulcânica na Terra: o Kilimanjaro (5.895 m) em África
. As áreas vulcânicas ocupam cerca de 10 % da superfície do planeta. Algumas crateras mostram sinais de erupção recente e têm lava petrificada nos cantos.

Os abismos

Os vulcões encontram-se a leste e oeste do maior sistema de desfiladeiros do sistema solar, Valles Marineris (que significa "Os vales da Mariner", conhecida como Agathadaemon nos antigos mapas de canais), com 4.000 km de comprimento e 7 km de profundidade. A extensão de Valles Marineris equivale à extensão da Europa e estende-se por um quinto da superfície do planeta Marte, desde a região de Noctis Labyrinthus a oeste até ao terreno caótico a este. O Grand Canyon nos EUA
 não passaria de um pequeno arranhão quando comparado com este abismo. Valles Marineris formou-se pelo colapso do terreno causado pelo inchamento da área vulcânica de Tharsis, no outro lado do planeta.

Ma'adim Vallis (Ma'adim significa Marte em Hebreu
) é um grande desfiladeiro com cerca de 700 km e, também, claramente maior que o Grand Canyon. Tem 20 km de largura e 2 km de profundidade em alguns locais. Pensa-se que Ma'adim Vallis terá sido inundado por água líquida no passado.

Crateras

No hemisfério Sul existe um velho planalto de lava basáltica semelhante aos «mares» da Lua, e coberta por crateras do tipo lunar. No entanto, a paisagem marciana difere da nossa Lua, devido à existência de uma atmosfera. Em particular, o vento carregado de poeira foi produzindo um efeito de erosão ao longo do tempo, que arrasou muitas crateras, apesar de ainda conter um número considerável. Assim, por conseguinte, existem muito menos crateras que na Lua, apesar de se situar mais perto dacintura de asteróides
.

A maior parte das crateras que resistiram estão mais ou menos devastadas pela erosão. Muitas das crateras mais recentes têm uma morfologia que sugere que a superfície estava húmida quando ocorreu o impacto.Grande parte destas crateras localizam-se no hemisfério sul. A maior é Hellas Planitia nesse hemisfério, tem 6 km de profundidade e 2.000 km de diâmetro. Está coberta por areia alaranjada e é tratada como uma planície tal como outras enormes crateras antigas e planas.Algumas crateras menores têm nomes de cidades e vilas da Terra, como por exemplo: as crateras Aveiro e Lisboa com nomes de cidades portuguesas, a cratera Mafra, Caxias e Viana com nomes de cidades brasileiras, e as crateras Longa e Santaca em honra de localidades em Angola e Moçambique, respectivamente. Em Marte, as crateras de maior dimensão são dedicadas a personalidades. Assim a cratera Schiaparelli é a maior cratera (se desconceituarmos as crateras grandes e antigas) com 471 km de diâmetro. No hemisfério sul, a cratera Magalhães é uma cratera de dimensão considerável com 105 km de diâmetro e dedicada aonavegador português Fernão de Magalhães.

A atmosfera e o clima


A atmosfera marciana é uma atmosfera rarefeita de dióxido de carbono, mas que no passado terá sido abundante. Apesar disto, Marte apresenta muitas particularidades curiosas, como neve carbónica, calotas polares de gelo seco, tempestades de poeira e redemoinhos.Ao contrário do céu azul da Terra, Marte tem um céu amarelo-acastanhado, excepto durante o nascer e o pôr-do-sol que toma uma cor rosa e vermelha. Se a atmosfera fosse limpa de poeira, o céu de Marte seria tão azul como o da Terra. Em alturas que há menos poeira, a cor do céu é então mais próxima ao azul da Terra.

Auroras acontecem em Marte, mas não acontecem nos pólos como na Terra, isto é devido à inexistência em Marte de um campo magnético global. Assim, estas acontecem onde existem anomalias magnéticas na crosta marciana, que são restos dos dias nos quais Marte tinha um campo magnético. Assim, estas auroras são diferentes das observadas no resto do sistema solar.

Composiçãopressão atmosférica na superfície é de cerca 750 pascais, cerca de 0,75% da média da Terra. Contudo, a pressão atmosférica varia ao longo do ano devido à dissipação durante o Verão do dióxido de carbono congelado nos pólos, tornando a atmosfera mais densa. Além disso, a atmosfera tem 11 km de altura, maior que os 6 km da Terra. A atmosfera marciana é composta por 95% dióxido de carbono, 3% azotonitrogénio, 1,6% Árgon, e possui vestígios deoxigénio e vapor de água.

Em 2003, descobriu-se metano na atmosfera, com uma concentração de cerca 11±4 ppb por volume. A presença do metano em Marte é muito intrigante, já que é um gás instável e indica que há (ou existiu nos últimos cem anos) uma fonte do gás no planeta. A actividade vulcânica, impacto de cometas e a existência de vida na forma de microrganismos estão entre as possibilidades ainda não comprovadas. O metano aparece em certos pontos da atmosfera, o que sugere que é rapidamente quebrado, logo poderá estar a ser constantemente libertado para a atmosfera, antes que se distribua uniformemente pela atmosfera. Foram feitos planos recentemente para procurar gases "companheiros" que podem sugerir as fontes mais prováveis; a produção biológica de metano na Terra tende a ser acompanhada por etano, enquanto que a produção vulcânica tende a ser acompanhada por dióxido de enxofre
.

As estações do ano

Marte tem estações do ano, mas estas duram o dobro das estações na Terra; o ano marciano é também o dobro do terrestre (cerca de 1 ano e 11 meses terrestres). Mas a duração do dia em Marte é pouco diferente do da Terra e é de 24 horas, 39 minutos e 35 segundos.A fina atmosfera não consegue segurar o calor e é a causa das baixas temperaturas em Marte, sendo 20 graus positivos a temperatura mais alta que atinge. Contudo, não existem dados suficientes que permitam conhecer a evolução ao longo do ano marciano nas diferentes latitudes e, muito menos, as particularidades regionais. Além de se encontrar mais afastado do Sol que a Terra e da sua atmosfera ser ténue, há a notar a baixa condutividade térmica do solo marciano e uma diferença mais pronunciada que a Terra no que toca à variação das temperaturas diurna e nocturna.

A temperatura à superfície depende da latitude e apresenta variações entre as diferentes estações do ano. A temperatura média à superfície é de cerca de -55º C. A variação da temperatura durante o dia é muito elevada já que se trata de uma atmosfera bastante ténue.No Verão em Marte, a temperatura média atinge os -36 graus antes do nascer do dia. Pela tarde, atinge os -31 graus, por vezes a média pode chegar aos -4,5 graus e são raras as temperaturas superiores a zero graus, mas que podem alcançar os 20ºC ou mais no equador. No entanto, a temperatura mínima pode descer até aos 80 graus negativos. No Inverno, as temperaturas descem até aos -130 graus nos pólos e chega mesmo a nevar. Mas trata-se de neve carbónica, já que o carbono é o principal constituinte da atmosfera. A temperatura mais baixa registada em Marte foi de -187 graus e a mais alta, em pleno Verão e quando o planeta se encontrava mais próximo do Sol, foi de 27ºC.

As calotas polares

Os pólos estão cobertos por calotas polares formadas por gelo seco (dióxido de carbono congelado) e gelo de água. Estas calotas tornam-se mais pequenas na Primavera e chegam a desaparecer durante o Verão, devido ao aumento da temperatura. As calotas polares mostram uma estrutura estratificada com capas alternantes de gelo e diferentes quantidades de poeira escura. Não se tem a certeza sobre o que causa a estratificação, mas pode ser devido a mudanças climáticas relacionadas com variações a longo prazo da inclinação do equador marciano em relação ao plano da órbita. As diferentes estações do ano nas calotas produzem mudanças, alterações na pressão atmosférica global que se calcula em cerca de 25%.O vapor de água move-se de um pólo para o outro com a mudança climática entre o Verão e o Inverno, ajudando a desenvolver, não só na criação de calotas semelhantes às da Terra, mas também nuvens de cirros, compostas por gelo (de água) e que foram fotografados pelo Rover Opportunity em 2004.

Quando chega o Inverno e com a chegada de temperaturas inferiores a 120ºC, o depósito de gelo é coberto por um manto de neve carbónica que se produz com a congelação da atmosfera de dióxido de carbono.No Verão austral, o dióxido de carbono congelado evapora por completo, deixando uma capa residual de gelo de água. Em cem anos de observação, a calota polar austral já desapareceu duas vezes por completo, enquanto a do Norte nunca desapareceu por completo. Mesmo que o clima do hemisfério Sul seja mais rigoroso, a Primavera e o Verão do hemisfério Sul ocorrem quando o planeta está no perélio (ponto mais próximo ao sol), assim as temperaturas máximas acontecem no hemisfério sul, o que leva a que a calota sofra bastante. O Inverno no sul é também mais frio, devido ao planeta se encontrar no afélio (máxima distância do Sol).A Mars Global Surveyor determinou em 1998 que a massa total de gelo da calota polar Norte equivale à metade do gelo que existe naGronelândia. O gelo do pólo Norte assenta-se sobre uma grande depressão de terreno, estando coberto por gelo seco. A calota gelada parece elevar-se abruptamente desde o terreno adjacente, emparedado e acabando por ser uma grande meseta de gelo. Nos cantos da calota, o gelo apresenta bandas claras e escuras que podem indicar processos de sedimentação.

Tempestades de areia

Apesar da atmosfera ténue, formam-se manchas de nuvens e nevoeiro e ventos intensos varrem poeiras, tornando o céu rosado. Essa poeira residual na atmosfera tornava grandes partes escuras, que se pensava serem vegetação e intrigou os astrónomos durante mais de um século. Ocasionalmente e de forma repentina, todo o planeta é submergido por uma tempestade maciça de poeira que pode persistir durante semanas ou até meses. Estas tempestades são mais frequentes durante o perélio da órbita do planeta e no hemisfério sul, quando ali é final da Primavera, estas tempestades são causadas por ventos na ordem dos 150 km/h. As tempestades têm origem na diferença de energia que o planeta recebe do Sol noafélio e no perélio. Quando Marte se encontra perto do perélio da sua órbita, a temperatura eleva-se no hemisfério Sul no final da Primavera e, porque se encontra mais perto do Sol, o solo perde humidade.

Em certas regiões, especialmente entre Noachis e Hellas, desencadeia-se uma tempestade local violenta que arranca do solo seco imponentes massas de poeira. Esta poeira, por ser muito fina, eleva-se a grandes altitudes e, em semanas, cobre o solo todo do hemisfério, ou até mesmo a totalidade do planeta.A poeira em suspensão na atmosfera causa uma neblina amarela que escurece os aspectos mais marcantes do planeta. Ao tapar o sol, as temperaturas máximas diminuem, mas como é criada uma manta que impede a dissipação do calor, as temperaturas mínimas aumentam. Em consequência, a oscilação térmica diurna diminui de forma drástica. Assim aconteceu em 1971, as tempestades impossibilitaram durante um certo tempo as observações que deveriam efectuar as duas sondas norte-americanas Mariner e as duas sondas soviéticas Mars que tinham acabado de chegar a Marte.

Redemoinhos de poeira foram primeiramente fotografados pelas sondas Viking na década de 70 do século XX. Em 1997, a Pathfinder detectou um redemoinho. Estes redemoinhos podem ser até cinquenta vezes mais largos e até dez vezes mais altos que os terrestres. O veículo robô Spirit captou várias imagens a partir do chão de redemoinhos de poeira.

Hidrografia

O ciclo da água em Marte é diferente do da Terra devido à pressão atmosférica ser tão baixa: a água encontra-se no solo, em forma de gelo, à temperatura de -80ºC, mas quando a temperatura se eleva, o gelo converte-se em vapor sem passar ao estado líquido.Marte à primeira vista parece um imenso deserto, e que sempre foi assim. No entanto, imagens de sondas que observaram o planeta detectaram vários leitos de rios secos. Mais recentemente descobriu-se um lago gelado à superfície e sugeriu-se a existência de gelo subterrâneo, e que, pelo menos num local, a existência de um mar de gelo. Com a confirmação da existência de água congelada no subsolo do planeta, alguns supõem que esta água poderá sustentar micróbios marcianos.

Antigos canais e lagos

Existem dois tipos de canais (não confundir com os canais de Schiaparelli)  em Marte: os que são produzidos correntes e os que são originados por água que emerge debaixo da superfície. Estes canais antigos ainda são visíveis nas imagens obtidas pelas sondas que exploraram o planeta.Os canais produzidos por correntes são pequenos com menos de 20 km de comprimento, e encontram-se nas terras altas e nas beiras das crateras. Pensa-se que terão sido formados quando a água subterrânea ocasionalmente chegava à superfície.Os canais de correntes estão associados com cheias catastróficas numa escala maior, bem maiores que as cheias já registadas na história geológica da Terra. Estas cheias podem ter sido originadas a partir de gelo derretido.

Antigos canais de rios desaguavam em Valles Marineris, indicando que este imenso desfiladeiro esteve outrora inundado, causando a sedimentação em camadas que se encontra no interior do desfiladeiro. Nesta região e em outras regiões como na cratera Schiaparelli (de 450 km de diâmetro), a presença de canais que desaguavam dentro das crateras leva a se supor que se formavam pequenos lagos de água dentro destas.
Ma'adim Vallis é um outro grande desfiladeiro e pensa-se que terá sido esculpido por água líquida no passado com pequenos canais ao longo das paredes do desfiladeiro. Nestes canais, a água subterrânea  dissolvia-se parcialmente e levava a que a rocha caísse em depósitos e fosse levada por outros processos de erosão. Ma'adim localiza-se numa região baixa no sul e que se pensa que, no passado, contivesse um grande número de lagos a norte da cratera Gusev perto do equador.

A cratera Gusev que tem cerca de 170 km de diâmetro e foi formada há cerca de 3 a 4 mil milhões de anos atrás; parece ter sido um antigo lago, já que se encontra coberto por sedimentos até quase um quilómetro de profundidade. Certas formações do terreno na boca de Ma'adim Vallis, na entrada da cratera Gusev, assemelham-se aos deltas de rios terrestres. Estas formações na Terra levam centenas de milhares de anos a serem formadas, sugerindo que a água corria em Marte por longos períodos de tempo. Imagens tiradas da órbita indicam que terá existido umlago de dimensões bastante significativas perto da fonte de Ma'adim Vallies que seria a origem dessa água. Não se sabe se a água corria lenta e continuamente, com grandes enchentes esporádicas, ou se seria uma combinação destes padrões.

Os mares perdidos

Entre as descobertas pelo Rover Opportunity está a presença dehematite (um óxido de ferro)  em Marte na forma de pequenas esferas em Meridiani Planum. As esferas têm apenas alguns milímetros de diâmetro e acredita-se terem sido formadas como depósitos rochosos sob água há milhares de milhões de anos atrás. Outros minerais encontrados constituem formas de enxofre, ferro e bromo, tais como jarosite (sulfato de ferro hidratado). Esta e outras evidências levaram a que cientistas concluíssem que "a água líquida foi outrora presente de forma intermitente na superfície marciana em Meridiani, e por vezes saturava a sub-superfície. Por que a água líquida é um pré-requisito chave para a vida, Meridiani pode ter sido habitável por algum período de tempo na História marciana". No lado oposto do planeta, o mineral goetite forma-sesomente em presença de água, ao contrário da hematite. Outras evidências de água, foram encontradas pelo Rover Spirit nas "Colinas Columbia".

A NASA avançou com uma hipotética história da água em Marte; onde que demonstrou que a água poderá ter sido abundante em Marte até há cerca de 3.800 mil milhões de anos atrás, antes de ter começado a desaparecer. Há 2.000 milhões de anos já só restava um pequeno mar perto do pólo Norte até desaparecer, quase por completo, 1.000 milhões de anos depois.O planeta teria cursos abundantes de água, e uma atmosfera muito mais densa que proporcionava temperaturas mais elevadas, permitindo a existência de água líquida. Presume-se que Marte tenha perdido muita da sua atmosfera devido ao vento solar que penetra pela ionosfera e de forma muito profunda na atmosfera marciana até uma altitude de 270 km. Ao perder a maior parte dessa atmosfera para o espaço, a pressão diminuiu e as temperaturas baixaram, a água desapareceu da superfície. Alguma subsiste na atmosfera, como vapor de água, mas em pequenas proporções (0,01%), assim como nas calotas polares, formando grandes massas de gelos perpétuos.

O lago gelado

29 de Julho de 2005, é anunciada a existência de um lago de gelo em Marte. Fotografias ao lago foram tiradas pela Mars Express da Agência Espacial Europeia, uma sonda que tem explorado o planeta.O disco de gelo está localizado em Vastitas Borealis, uma planície vasta que cobre as latitudes mais a norte de Marte. O gelo, que é bem visível, está deitado sobre uma cratera que tem 35 km de diâmetro, com uma profundidade máxima de cerca de 2 km.Os cientistas que estudaram as imagens dizem ter a certeza que não é gelo seco (dióxido de carbono gelado), isto porque o gelo seco já tinha desaparecido da capa polar do Norte na altura em que a imagem foi tirada. O que pode ser mais um ponto a defender que terá existido vida em Marte, ou que ainda possa existir e que também é um forte incentivo a que sejam enviadas missões tripuladas por seres humanos.

O mar oculto

Os europeus também descobriram que um imenso mar gelado pode estar abaixo da superfície de Marte na região sul de Elysium, perto do equador, compreendendo uma área chapeada e coberta por sedimentos de 800 por 900 km. Estes sedimentos cobrem o gelo, preservando-o no sítio. A água que terá formado este mar em Elysium, parece ter tido origem debaixo da superfície do planeta, ermegindo numa série de fracturas conhecidas como Cerberus Fossae.Vida em Marte

Marte tem um lugar especial na imaginação popular devido à crença de que o planeta é ou foi habitado no passado. Esta ideia surgiu devido a observações realizadas no fim do século XIX porPercival Lowell. Percival Lowell observava canais e áreas que mudavam de tonalidade com as estações do ano e imaginou Marte habitado por uma civilização antiga que lutava para não morrer de sede. De facto, o que Lowell observou ou não existia ou eram leitos secos ou mudanças naturais na coloração do planeta devido a tempestades de areia.

Existem evidências que o planeta terá sido significativamente mais habitável no passado que nos dias de hoje, mas a existência de que tenha albergado vida permanece em debate. O meteoritoALH84001  é um meteorito de origem marciana com 15 mil milhões de anos. Crê-se que terá sido projectado quando Marte foi atingido por um meteorito. Microorganismos marcianos ter-se-ão agarrado ao meteorito que vagueou durante 5 milhões de anos pelo cosmos até cair na Antártida, na Terra, onde foi descoberto. Em1996, pesquisadores estudaram o meteorito ALH84001 e reportaram características que atribuíram a micro-fósseis deixados pela vida em Marte. O meteorito foi tido como a prova para alguns cientistas que Marte tinha actividade biológica no passado já que contem o que parecem ser fósseis de microrganismos. Em 2005, esta interpretação permanece controversa sem que um consenso tenha sido atingido.

As sondas Viking continham dispositivos capazes de detectar microrganismos no solo marciano, e tiveram alguns resultados positivos, mais tarde negados por vários cientistas, resultando numa controvérsia que permanece. Contudo, a actividade biológica no presente é uma das explicações que têm sido sugeridas para a presença de vestígios de metano na atmosfera marciana, mas outras explicações que não envolvem necessariamente seres vivos são consideradas mais prováveis.

A descoberta de vida, ou simplesmente de fósseis de uma vida desaparecida no planeta seria um dos maiores acontecimentos de todos os tempos. A exploração de Marte pelo Homem deverá acontecer perto do ano 2020, levados por uma viagem de 3 a 9 meses. Caso a colonização espacial venha a acontecer, Marte é a escolha ideal pelas suas condições mais próximas às da Terra que outros planetas e deverá ser um destino ideal para o aventureiro do futuro devido aos seus enormes vulcões, desfiladeiros imensos e mistérios por resolver.

Canais

Marte tem um lugar importante na imaginação humana devido à crença de que vida existiu em Marte. Este mito originou-se com as observações feitas por Giovanni Schiaparelli com a oposição de Marte em 1877. Enquanto mapeava a superfície de Marte, Schiaparelli encontrou umas características semelhantes a estreitos a que chamou de canali, que significa canais em Italiano. Pensou que os canais que observara eram naturais, tanto que usava a palavra fiume (rio em italiano) como sinónimo.

Em 1879, Schiaparelli, nota que os canais aparecem mais finos e regulares e verificou que Syrtis Major invadiu parte da vizinha Lybia. O que confirmaria a ideia da existência de mares, uma teoria que suportava.Schiaparelli desenhou mapas cada vez mais elaborados em que os canais se tornaram cada vez mais proeminentes. Um dos canais, o Nilus entre Lunae Lacus e Ceraunius aparecia como um par de canais exactamente paralelos, o que chocou o italiano. E logo verifica ainda mais canais geminados.

Outros observadores confirmaram a existência dos canais, enquanto outros astrónomos não conseguiam vê-los, tornando-se sépticos. E outros ainda confirmaram a existência de inundações. No final do século XIX, já estavam recenseados 400 canais que percorriam todo o planeta.Os canais aparentavam serem linhas artificiais na superfície, e devido às mudanças sazonais no brilho de algumas áreas pensava-se que eram causados pelo crescimento de vegetação. O astrónomo Camille Flammarion e o aristocrata Percival Lowell debateram sobre vida em Marte. Lowell imaginava uma civilização marciana que procurava distribuir a água dos locais onde ainda existia para as cidades marcianas. As suas ideias causaram grande sensação entre o público, originando muitas histórias com marcianos.

As ideias de canais são hoje tidas como, essencialmente, ilusões de óptica, ou em certos casos, antigos leitos de rios secos. As mudanças de cor foram atribuídas as tempestades de areia, muito comuns em Marte.

face e as pirâmides

Face em Marte é uma grande característica da superfície do planeta Marte localizada na região de Cydonia, 10 graus a norte do equador marciano. Mede aproximadamente 3 km de comprimento e 1,5 km de largura. Foi fotografada a 25 de Julho de 1976 pelasonda Viking-1 que orbitava o planeta na altura.A maioria das interpretações da fotografia sugeria que seria uma formação natural, uma das muitas "mesas" da região de Cydonia. Nesta visão, a aparência da face tem origem numa combinação do ângulo de luz (com o sol baixo no horizonte marciano na altura em que a fotografia foi tirada), a baixa resolução da fotografia que suavizou as irregularidades da superfície e a tendência do cérebro humano em reconhecer padrões familiares, especialmente caras (paraedolia). Finalmente, um buraco nos dados enviados pela Viking-1 criaram um ponto negro no local exacto onde se localizaria uma narina na face humana, muitos outros destes pontos negros são visíveis na imagem.

Outra interpretação da foto é que representaria um monumento artificial criado por antigos marcianos ou outros extraterrestres visitantes do sistema solar num passado muito antigo. O livro "Message of Cydonia" (Mensagem de Cydonia) de Richard Hoagland vai mais longe e interpreta o local como sendo uma cidade arruinada com pirâmides construídas artificialmente. Uma destas pirâmides perto da Face é trilateral, lisa e com uma cratera perto da base que a maioria dos cientistas crêem que são de origem natural e produzidas por milhões de anos de erosão causada pelas tempestades de areia. O local seria uma cidade e um forte em ruínas, e que a Face estava alinhada apontando para o local em que o Sol se levantava há meio milhão de anos atrás, época em que se acreditava que a Face tinha sido construída.

A interpretação cientifica ganhou fôlego com as imagens da Mars Global Surveyor em 1998 e a Mars Odyssey em 2002, que mostraram a região com uma luminosidade diferente e com uma melhor resolução e o aspecto de face quase que desaparece, o que levou a que os que suportam teorias da conspiração afirmassem que as imagens foram propositadamente alteradas.

O mistério de Hellas

Em 1969, as fotos obtidas pela Mariner revelaram algo de diferente no sul de Marte, em Hellas, região marciana circular de aproximadamente 2,5 milhões de quilómetros quadrados. Ao contrário de todas as outras regiões anteriormente fotografadas, Hellas apresentava-se desprovida de crateras.Noachis está crivada de crateras em número normal; a seguir a Noachis situa-se Hellespontus, no interior de Hellas e não apresenta qualquer cratera. Sabendo-se que toda a superfície marciana foi fortemente bombardeada por meteoritos, a ausência de crateras nesta área resultaria de uma força niveladora, força essa que poderia estar relacionada com uma invulgar concentração de calor e humidade, condições propícias à evolução da vida.

Outro dado curioso caracteriza a região de Hellas: as mudanças de cor conforme as estações, escurecendo na Primavera e tornando-se de novo mais clara no Outono. Isto levou a que se sugerisse que, durante a Primavera, na região havia um surto periódico de vegetação.Uma imagem tirada no ano 2000 procurava desvendar o antigo mistério. A imagem mostrava evidências de água submersa (que emerge à superfície), tempestades de areia e congelação que indicam uma mudança sazonal. Desconhece-se que materiais terão produzido o brilho uniforme no terreno de Hellas.

Luas

Marte tem duas pequenas luas Fobos e Deimos, ambas deformadas, possivelmente asteróides carbonácios capturados pelo planeta. Foram descobertas por Asaph Hall em Agosto de 1877, com o impulso da sua esposa. Os nomes provêm dos dois cavalos mitológicos que puxavam Ares (Marte na mitologia romana): Fobos (medo em grego) e Deimos (do grego Pânico ou Terror).Ambos os satélites estão ligados pela força gravítica, apontando sempre a mesma face. Já que Fobos é mais veloz a orbitar Marte que o próprio planeta, a força da gravidade irá diminuir o seu raio orbital que já é o mais curto conhecido no sistema solar, o que poderá levar à fragmentação de Fobos.

Vistos de Marte, Fobos tem um diâmetro angular de 12', enquanto que Deimos tem um diâmetro angular de 2'. O sol, por contraste, tem cerca de 21'. Nas noites marcianas, Fobos não mostraria nenhuma eficácia na iluminação, apareceria apenas tão brilhante como Vénus se mostra à Terra, devido à superfície bastante escura do pequeno satélite. Mas num dia normal em Marte, ver-se-ia Fobos a passear pelo céu três vezes por dia, surgindo a Oeste e pondo-se a Este.Já Marte visto a partir de Fobos constituiria uma imagem impressionante, Marte sustentaria um ângulo de 43 graus e preencheria quase metade do céu desde o horizonte ao zénite.


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Timor-Leste


Timor-Leste, é o mais jovem país do mundo, e ocupa o lado oriental da ilha de Timor, além do enclave de Ocussi, na costa norte do lado ocidental de Timor, da ilha de Ataúro, a norte, e de algumas ilhotas ao largo da ponta leste da ilha. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia, a oeste da porção principal do território, e a leste, sul e oeste de Ocussi, mas tem também fronteira marítima com a Austrália, no Mar de Timor, a sul. Capital: Díli.

Foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que foi invadido pela Indonésia. Permaneceu oficialmente como território português por descolonizar até 1999. Foi considerado pela Indonésia como a sua 27ª província. 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela ONU.

A língua mais falada em Timor-Leste é o Tétum.

História
A ilha foi descoberta pelos portugueses quando estes lá chegaram em 1512 em busca do sândalo, madeira nobre utilizada na fabricação de móveis de luxo e na perfumaria, que cobria praticamente toda a ilha. Durante quatro séculos, os portugueses apenas utilizaram o território timorense para fins comerciais, explorando os recursos naturais da ilha. Apenas nos anos 60 do século XX a capital Díli começou a dispor de luz eléctrica, e na década seguinte, água, esgotos, escolas e hospitais. O resto do país, principalmente em zonas rurais, continuava atrasado.

Após a Revolução dos Cravos, o governo português decidiu abandonar a ilha em Agosto de 1975, passando o poder à FRETILIN (Frente Revolucionária de Timor-Leste) que proclamou a república em 28 de Novembro do mesmo ano. Porém, a independência durou pouco tempo. O general Suharto, governante da Indonésia, mandou tropas do exército invadirem a ilha. Em 7 de Dezembro, os militares indonésios desembarcavam em Díli, ocupando brevemente toda a parte oriental de Timor, apesar do repúdio da Assembleia-Geral da ONU.

A ocupação militar da Indonésia em Timor-Leste fez com que o território se tornasse a 27ª província indonésia. Uma política de genocídio resultou num longo massacre de timorenses. Centenas de aldeias foram destruídas pelos bombardeios do exército da Indonésia, tendo sido utilizadas toneladas de napalm contra a resistência timorense. O uso do produto queimou boa parte das florestas do país, limitando o refúgio dos guerrilheiros na densa vegetação local.

Napalm é um inflamável, uma arma com base em gasolina, inventada em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial pelos Estados Unidos.
Em 1980, o seu uso contra as populações civis foi proibido por uma convenção da Organização das Nações Unidas.

Sob pressão internacional, foi somente em 1999 que a Indonésia aceitou a execução de um referendo sobre a independência do território. No mesmo período, o governo indonésio iniciou programas de desenvolvimento social, como a construção e recuperação de escolas, hospitais e estradas, para promover uma boa imagem junto aos timorenses.

Entretanto, a visita do Papa João Paulo II a Timor-Leste, em Outubro de 1989, foi marcada por manifestações pró-independência que foram duramente reprimidas. No dia 12 de Novembro de 1991, o exército indonésio disparou sobre manifestantes que homenageavam um estudante morto pela repressão no cemitério de Santa Cruz, em Díli. Cerca de 200 pessoas foram mortas no local. Outros manifestantes foram mortos nos dias seguintes, "caçados" pelo exército da Indonésia.

A causa de Timor-Leste pela independência ganhou maior repercussão e reconhecimento mundial com a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao bispo Carlos Ximenes Belo e José Ramos Horta em Outubro de 1996. Em Julho de 1997, o presidente sul-africano Nelson Mandela visitou o líder da FRETILIN, Xanana Gusmão, que estava na prisão. A visita fez com que aumentasse a pressão para que a independência fosse feita através de uma solução negociada. A crise na economia da Ásia no mesmo ano afectou duramente a Indonésia. O regime militar de Suharto começou a sofrer diversas pressões com manifestações cada vez mais violentas nas ruas. Tais actos levam à demissão do general em Maio de 1998.

Os governos de Portugal e da Indonésia começaram, então, a negociar a realização de uma consulta popular, sob a supervisão de uma missão da Organização das Nações Unidas. Percebendo que Timor-Leste estava prestes a conquistar a independência, a ala radical do exército indonésio recrutou e treinou milícias armadas locais para espalharem o terror entre a população.
Apesar das ameaças, mais de 98% da população timorense foi às urnas no dia 30 de Agosto de 1999 para votar na consulta popular, e o resultado apontou que 78,5% dos timorenses queriam a independência.

As milícias, protegidas pelo exército indonésio, desencadearam uma violência incrível antes da proclamação dos resultados. Homens armados mataram nas ruas todos as pessoas suspeitas de terem votado pela independência. Milhares de pessoas foram separadas das famílias e colocadas à força em camiões, cujo destino ainda hoje é desconhecido. A população começou a fugir para as montanhas e buscar refúgio em prédios de organizações internacionais e nas igrejas. Os estrangeiros foram evacuados, deixando Timor entregue à violência dos militares e das milícias indonésios.

A ONU decide criar uma força internacional para intervir na região. Em 22 de Setembro de 1999, soldados da ONU entraram em Díli e encontraram um país totalmente incendiado e devastado. Grande parte da infra-estrutura de Timor Leste havia sido destruída e o país estava quase totalmente devastado. Xanana Gusmão, líder da resistência timorense, foi libertado logo em seguida.

Em Abril de 2001, os timorenses foram novamente às urnas para a escolha do novo líder do país. As eleições consagraram Xanana Gusmão como o novo presidente timorense, e em 20 de Maio de 2001, Timor-Leste tornou-se totalmente independente.

                                                             ***

Desde o século XIII, a ilha de Timor atraiu comerciantes chineses e malaios, devido à abundância de sândalo, mel e cera. A formação do comércio local esteve na origem de casamentos com famílias reais locais, contribuindo para a diversidade étnico-cultural.

Os portugueses foram atraídos pelos recursos naturais em 1512, trazendo os missionários e a religião católica que actualmente é predominante. O primeiro governador, vindo de Portugal no início do século XVIII, que influenciou na colonização da Ilha, particularmente Timor-Leste, por mais 400 anos. Em 1914, a Sentença Arbitral assinada entre Portugal e a Holanda pôs termo aos conflitos entre os dois países, fixando as fronteiras que hoje dividem a ilha.

Durante a Segunda Guerra Mundial, os Aliados (australianos e holandeses) envolveram-se numa dura guerra contra as forças japonesas em Timor. Algumas dezenas de milhar de timorenses deram a vida lutando ao lado dos Aliados. Em 1945, a Administração Portuguesa foi restaurada em Timor-Leste. A 28 de Novembro de 1975, após uma breve guerra civil, a República Democrática de Timor-Leste foi proclamada. Apenas uns dias depois, a 7 de Dezembro de 1975, a nova nação foi invadida pela Indonésia que a ocupou durante os 24 anos seguintes. Em 30 de Agosto de 1999, os timorenses votaram por esmagadora maioria pela independência, pondo fim a 24 anos de ocupação indonésia, na sequência de um referendo promovido pelas Nações Unidas. Em 20 de Maio de 2002 a independência de Timor-Leste foi restaurada e as Nações Unidas entregaram o poder ao primeiro Governo Constitucional de Timor-Leste.

Hoje, uma rica e diversa comunidade de Timor-Leste mostra as suas mais variadas e diferentes influências históricas proporcionando calorosas e amigas boas-vindas a todos, agora que, finalmente, o País encontrou a paz. Timor-Leste está rapidamente a ganhar a reputação de ser um dos mais seguros, senão o mais seguro, destinos do Sudoeste Asiático.

Timor-Leste possui um território de 18 mil km², ocupando a parte oriental da ilha de Timor. O país é muito montanhoso e tem um clima tropical. Com chuvas dos regimes das monções, enfrenta avalanches de terra e frequentes cheias. Os país possui 800 mil habitantes.

O tétum e o português são as línguas co-oficiais. O tétum é a língua nacional, mas há outras línguas indígenas como o fataluco, na região oriental do país.
O inglês e o indonésio têm o estatuto de línguas de trabalho nas provisões transaccionais da Constituição.

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As Sete Maravilhas do Mundo


As Sete Maravilhas do Mundo,   ou
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo,
são as mais belas e majestosas obras artísticas e arquitectónicas erguidas pelo homem antigo.

A origem da lista é duvidosa, normalmente dada ao poeta e escritor grego Antípatro de Sídon, que escreveu sobre as estruturas num poema.  Outro documento que contêm essa lista é o livro De Septem Orbis Miraculis, do engenheiro grego Philon de Bizâncio.

A lista também é conhecida como Ta hepta Thaemata  (As Sete Coisas Dignas de Serem Vistas).


Os Gregos foram provavelmente os primeiros povos a relacionar As Sete Maravilhas do Mundo. Isto aconteceu entre os anos 150 e 120 aC.  Extraordinários monumentos e esculturas que foram erguidos pelas mãos dos homens.

Construídos na antiguidade fascinam por sua majestade, riqueza de detalhes e magnitude, até os dias de hoje.



Podemos imaginar o aspecto que outros monumentos e esculturas tinham, a partir de descrições e reproduções estilizadas em moedas.


De todas As Sete Maravilhas do Mundo, a única que resiste até os dias actuais, quase intactas, são as Pirâmides de Gizé que foram construídas há mais de 4.000 anos.

Interessante dizer que na própria Grécia apenas uma das Sete Maravilhas lá se encontrava, que era a Estátua de Zeus em Olímpia e foi construída em ouro e marfim com 40 pés de altura.  A ideia que se tem é nas moedas de Elis.  Supõe-se que foi cunhada a figura da Estátua de Zeus.



Lista das  7  Maravilhas do Mundo

1  -  As Pirâmides de Gizé

2  -  Os Jardins Suspensos da Babilónia
3  -  A Estátua de Zeus
 -  O Templo de Ártemis em Éfeso
5  -  O Mausoléu de Halicarnasso
6  -  O Colosso de Rodes
7  -  O Farol de Alexandria



Todos esses monumentos, com excepção das Pirâmides de Gizé, não resistiram ao tempo, tendo sido, progressivamente, reduzidos a ruínas.



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As Pirâmides de Gizé


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As grandes Pirâmides de Gizé.


As Pirâmides de Gizé ocupam a primeira posição na lista das Sete Maravilhas do Mundo antigo.

A diferença entre as outras maravilhas do mundo, é que as Pirâmides de Gizé ainda resistem ao tempo e às intempéries da natureza, encontrando-se relativamente intactas e por este motivo não necessitam de historiadores ou poetas para conhecê-las, já que podemos vê-las.


Existe um provérbio árabe que faz a seguinte referência às Pirâmides:

“Homem teme Tempo, ainda tempo teme as Pirâmides”.

O significado da palavra Pirâmide não vem da língua egípcia. Ela forma-se da palavra grega "pyra" que quer dizer fogo, luz, símbolo e "midos" que quer dizer medidas.

Finalidade


Foram construídas para abrigar o corpo de um faraó.

Esse hábito de construir pirâmides iniciou-se no Egipto Antigo.


A maior das três pirâmides foi erguida há 4.600 anos para ser a tumba do Faraó Quéops. Tem 146,6 metros de altura e aparentemente teria sido a primeira a ser construída.

Depois, foi construída a pirâmide do Faraó Quéfren;  a sua altura corresponde a 143 metros.

E a terceira pirâmide, do Faraó Miquerinos, com 66 metros de altura.



Esses monumentos tinham a finalidade de mostrar a grandeza dos faraós, e dos seus tesouros que levavam para a vida após a morte.

As pirâmides, situadas nas terras do deserto, tinham forma geométrica de tetraedro e foram erguidas com fileiras de pedras.  Isso tinha um significado especial para os egípcios:  era a demonstração e representação de um pacto com os deuses.

Cada uma das Pirâmides de Gizé são partes de uma abrangente e engenhosa construção de elementos que consistem num templo no vale, uma rampa, um templo funerário, e as pirâmides menores que eram das rainhas. Tudo cercado de túmulos de sacerdotes e de pessoas do governo. Era verdadeiramente uma cidade desenhada para os mortos.

As escavações aos pés das pirâmides serviam para receber água do rio Nilo.  Continham botes desmontados, já que os egípcios acreditavam que o rei após a morte navegaria pelo céu junto ao venerado rei Sol.

Localização


As pirâmides de Gizé estão localizadas na cidade de Gizé, e integra o Grande Cairo, no Egipto.


Construção


Começando por seu interior ela foi construída com blocos de pedra calcária, sendo que a camada externa das pirâmides foi revestida com uma camada protectora de pedras polidas e com um brilho distinto.

Era composta de mais de 2,3 milhões de enormes blocos de calcário  -  estima-se que cada um pesa três toneladas.


Observa-se que o ângulo de inclinação de seus lados fizeram com que cada lado fosse orientado cuidadosamente pelos pontos cardeais.

Em todos os níveis da pirâmide a secção transversal horizontal é quadrada.

As teorias inventadas nos últimos séculos para explicar a construção das pirâmides sofrem todas de um problema comum.  O desconhecimento da ciência egípcia do Alto Império.  Conhecimento este que foi recuperado apenas no final do século XX.

A teoria que melhor explica as construções das pirâmides sem encontrar contradições logísticas e sem invocar coisas extra-terrenas é a Química, mais exactamente um ramo dela, a geopolimerização:
Os blocos foram produzidos a partir de calcário dolomítico, facilmente agregado no local usando-se compostos muito comuns na época, como cal, salitre e areia. Toda a massa dos blocos foi transportada por homens carregando cestos desta massa, colocada a secar em moldes de madeira. O esforço humano neste caso seria muito menor e o assentamento do blocos perfeito.

Curiosidades


Acredita-se que foram empregados 100.000 mil homens durante 30 anos.
Outro dado curioso é que uma pista de auto-estrada, com 2,50 metros de largura aproximadamente e de espessura de 10 cm,  partindo de Nova Iorque a São Francisco poderia ser facilmente acomodada no seu interior.

Para se ter uma ideia, apenas uma montanha sólida de pedra poderia suportar o peso magnífico dessas pirâmides.



Magnitude de sua construção


Existe uma formação de granito plana e compacta na parte baixa da superfície onde é sustentada.  A sua construção deu-se exactamente no ponto que corresponde ao centro da massa terrestre, o eixo Leste-Oeste corresponde ao paralelo mais longo que atravessa a Terra, isto quer dizer que passa pela África, Ásia e América.

O meridiano mais longo que atravessa a Ásia, África, Europa e a Antárctica também passa através da Pirâmide.

Existe na Terra uma área suficiente de terrenos para oferecer 3 biliões de possíveis locais para a construção das Pirâmides. Acredita-se que as hipóteses de uma escolha intencional são de 1 para 3 biliões.

As quatro faces da Pirâmide são ligeiramente encurvadas ou côncavas. Não se pode perceber este detalhe quando se olha para cima.  Verificou-se isto por volta de 1940, por um piloto que fazia aero-fotografias para conferir medições.


Todos aqueles blocos de pedra foram deliberadamente inclinados e entalhados com exactidão a curvatura da Terra.

O raio dessa inclinação é igual ao raio da Terra.

As bases das paredes submersas da Pirâmide contêm esferas e cavidades construídas em seu interior igual às pontes do século XX.

Do tamanho de vários campos de futebol, as pirâmides foram construídas para se adaptarem aos movimentos de expansão e contracção sob a acção do calor ou do frio ou mesmo terramotos e outros fenómenos da natureza e após 4.600 anos, se não fosse todo esse cuidado, a sua estrutura seria danificada seriamente sem esse tipo de construção.

Essas pedras de revestimento tão admirável, já não existem mais, pois foram roubadas há cerca de 600 anos atrás.  Actualmente a sua aparência é muito desgastada, sofre com a acção dos ventos, das chuvas e das tempestades de areia.

O revestimento externo também foi concebido com blocos de pedra calcária compacta, de cor branca bem semelhante ao mármore. A pedra calcária é superior ao mármore em durabilidade e resistência aos elementos externos.


Outro factor que causa grande admiração é o espaço de 5 mm dado para permitir a colocação de uma cola para selar e manter as pedras unidas.  Essa cola era uma espécie de cimento branco que não permitia a entrada de água.  E nos dias actuais encontra-se intacto, e é tão ou mais resistente que as pedras que as une.

O brilho dessas pedras era distinto e podia ser visto a centenas de quilómetros de distância;  das montanhas de Israel era possível ver o seu brilho magnífico.


Quem construiu as Pirâmides de Gizé com certeza era alguém com profundos conhecimentos sobre o planeta Terra e com uma tecnologia muito mais avançada do que essa que dispomos nos dias actuais.



Os milagres do Vinagre


O  vinagre  provém da fermentação de uma bebida alcoólica e, quase sempre, o vinagre mais indicado é feito da cidra (maçã)  ou do vinho. Nela, o álcool mistura-se ao oxigénio contido no ar para desaparecer e se transformar em ácido acético e água. Muito simples de ser preparado, o vinagre é, entre outras coisas, dotado de uma vasta gama de vitaminas, minerais, aminoácidos essenciais e várias enzimas.

Mesmo depois de 10.000 anos, há ainda quem pense que no vinagre tem toda a sorte de virtudes que podem lutar contra a artrite, osteoporose, cancro, azia, diarreia e outras tantas doenças, além do combate ao envelhecimento. Os poderes curativos e profiláticos provenientes do uso do vinagre vêm desde os tempos mais remotos até ao reconhecimento científicos dos nossos dias.

Os benefícios atribuídos ao vinagre são quase miraculosos, para a saúde, quando provém do vinagre de cidra. Ele contém mais de trinta elementos nutritivos importantes, uma dúzia de minerais, de vitaminas, de ácidos essenciais e várias enzimas como a pectina, boa para o coração. Igualmente encontra-se ferro, vitamina B12, ácido fólico ( bom no combate à anemia)  e cálcio.

Cientistas têm mostrado que se for adicionado vinagre à água onde está mergulhado um osso, o cálcio do osso será extraído e ficará depositado no fundo do recipiente. Hipócrates, o pai da medicina costumava tratar seus pacientes com esta bebida. Utilizada como desinfectante e, inclusive, ainda hoje, alguns hospitais fazem uso do vinagre que tem assegurado sua eficácia não apenas em matéria de saúde e suas qualidades nutrientes, mas também pela sua composição competente para fins anticépticos.

Essas qualidades anticépticas  (ele mata os micróbios)  e antibióticas.
Contém bactérias que são "inimigos" de micro-organismos infecciosos e que estão provadas.  Os cientistas não conseguem ainda explicar todos os seus efeitos e aplicações.  Os tipos de vinagre são tão variados quanto as espécies de maçãs;  mas uma coisa é certa:  quanto mais natural for o produto, mais essas qualidades serão reforçadas.  Um teste muito simples para isso: se não houver nenhum depósito no fundo da garrafa é sinal de que ele foi muito filtrado; senão, com o depósito quieto do fundo da garrafa você pode preparar o melhor dos vinagretes  (tipo de molho).

Propriedades curativas

O vinagre de cidra (maçã) que se encontra facilmente à venda, tem propriedades muito parecidas com a química dos sucos gástricos segredados pelo estômago e por isso, capaz de matar bactérias nocivas à saúde. Talvez seja essa a razão pela qual deduz-se que ele facilite à digestão. Curiosamente, encontra-se, ainda, médicos que recomendam que se faça uso de duas colheres de vinagre após as refeições, regularmente, para evitar intoxicações alimentares, tal como antigamente.

O envelhecimento, problemas cardíacos, câncer e catarata são sintomas do mal causado pelos radicais livres sobre o organismo. Os antioxidantes absorvem os radicais livres. O betacaroteno que há no vinagre é um antioxidante poderoso. Enfim, o vinagre trata de certas afecções da pele porque o pH é o mesmo de uma pele saudável.

Picadas de abelhas, vespas ou efeitos da água-viva podem ser aliviadas, se sobre o local atingido for posto uma mistura de água com vinagre e em seguida deixar o local atingido exposto ao sol por alguns minutos; um banho de água morna com um copo de vinagre adicionado à água, por exemplo, podem amenizar a sensação de ardência e queimadura; o alívio da coceira provocada pelas picadas de mosquitos também pode ser propiciado, passando um algodão com vinagre.

Como fazer um vinagre natural
Vinagre de cidra  -  utiliza-se a maçã :

Corte as maçãs em pedaços, mas atente para que elas não estejam maduras demais ou amassadas. Recolha o suco numa jarra de vidro ( nunca use o suco de maçã comprado pronto, pois ele contém conservantes).  Vede a boca da jarra com um balão desses de aniversários, mas de tamanho grande (na falta, serve uma luva cirúrgica).  Abra bem a boca do balão e ponha-o sobre a boca da jarra.
Com o tempo o balão irá encher em volta da jarra e à medida que o gás carbónico for sendo desprendido, ele será retido pelo balão. Ao fim de algumas semanas, seis, no máximo, retire o balão e transfira o líquido, já transformado em cidra, para outro recipiente de vidro de boca bem mais larga e cubra com um pano branco bem limpo e deixe-o em repouso.
Depois de alguns meses você terá um excelente vinagre natural.

Se você está com pressa pode fabricar o vinagre a partir do vinho em alguns minutos. O segredo está em você colocar o vinho para ferver em fogo bem forte e reduzi-lo a ¼ da medida que você pôs para ferver.  Já estará pronto para ser usado.
Ocorre que a qualidade desse vinagre "instantâneo" será ditada pela qualidade do vinho que você usou. Se você sentir que o vinagre está excessivamente ácido, adicione uma pitada de açúcar, para cortar a acidez demasiada.
O vinagre obtido após a evaporação deverá ser mantido à temperatura ambiente.
Se você desejar, pode personalizar:  perfume-o com uma mistura de ervas aromáticas e deixe por alguns dias dentro do vinagre; após isso, coe e mantenha o vinagre num recipiente de vidro bem vedado não se esquecendo de mantê-lo em temperatura ambiente.

Receita para aromatização

Os gregos costumavam fazer um vinho aromático e digestivo com ramos de orégãos. Esta receita pode ser adaptada para o preparo de um delicioso vinagre, ideal para temperar saladas, carnes e outros alimentos:

Limpe e lave bem um ou dois ramos de orégãos frescos. Enxugue com um pano e deixe secar completamente, até desaparecer toda a humidade.

Esterilize uma garrafa e, depois de bem seca, coloque os ramos frescos de orégãos. Encha com duas chávenas  (cerca de 480 ml)  de vinagre de vinho branco ou de maçã.  Atenção: o vinagre deve cobrir a erva completamente.

Feche bem com uma rolha e deixe descansar por 15 dias, agitando a garrafa diariamente.

Outros aromas:  usando o mesmo procedimento você poderá personalizar o vinagre com outros aromas.

Dicas  +  Dicas :

Usos do Vinagre na saúde, na química doméstica e higiene pessoal

Vinagre, poderoso anticéptico para a higiene e bem-estar. Poderoso anticéptico, o vinagre evita formação de mofo e refresca o ambiente, matando as bactérias.  No seu dia-a-dia, faça uso do vinagre.
Alguns exemplos:

Na casa: ( principalmente se você reside em local com muita humidade.)

Mantenha um vaporizador  ( do tipo usado para plantas )  cheio, com mistura de água e vinagre ( aproveite embalagens de outros produtos que não sejam tóxicos ).
Aliás, mantenha vários vaporizadores com misturas mais fortes e outras mais fracas, para usos que requeiram mais ou menos vinagre.

Ambientes recém-pintados:  molhe panos de chão com água e vinagre e deixe no local para cortar os odores da tinta.

Os seus pincéis: lave-os como de costume e depois enxagúe com mistura e água com vinagre.

Onde houver madeira e você notar que está apresentando "bolor", limpe com água e vinagre roda-pés e piso de madeira e banheiros: use um pano húmido misturado com vinagre após retirar a poeira.

Material metálico com verdete ( banheiros, principalmente ).

Sanita:  para que o fique sempre impecavelmente esterilizado ponha dentro da sanita meio copo de bicarbonato de sódio e meio de vinagre; 10 minutos mais tarde ponha água a ferver e deixe ficar.

Ferro de passar a vapor:  limpe com água misturada com um pouco de vinagre e em seguida proceda à limpeza fazendo evaporar a água conforme as instruções do fabricante.

Aquecedor para mamadeiras: o mesmo procedimento.

Tapetes:  com escova, água e vinagre  ( as cores ficam mais vivas além da protecção bactericida ).

Na cozinha:

Micro-ondas:  faça ferver durante cinco minutos um copo de vidro com água misturada a ¼ de vinagre. Os odores serão eliminados e os resíduos dos alimentos podem ser facilmente removidos.

Panelas:  retira as manchas deixadas pela fervura e feijão ( principalmente nas panelas de pressão).

Frigorífico:  retira os odores; você pode deixar um chumaço de algodão embebido em vinagre dentro do frigorífico.

Máquina de lavar louça:  o mesmo procedimento para máquina de lavar roupa (indicado em baixo).

Caixote do lixo: mantenha o saco plástico vaporizado com vinagre.

Roupas:

Máquina de lavar roupa:  na última água de enxaguar ponha vinagre dentro da água ( o vinagre corta o efeito do sabão e desinfecta a roupa ).

Travesseiros e colchões: vaporize com mistura de água e vinagre. Se houver possibilidade, leve ao sol.

Cortando o efeito ( de ureia ) urina no colchão:  para o colchão use o mesmo procedimento acima. Depois deixar um jornal ou toalhas absorventes sobre o local molhado; após isso, aplicar a mistura de vinagre. Aguardar umas horas e secar com ferro quente.

Urina nas roupas: retirar a urina numa primeira água e em seguida deixar de molho com água e vinagre; depois lavar normalmente, mas enxaguando com vinagre e água.

Urina de animais domésticos:  secar o local com um jornal, passar um pano húmido e depois vaporizar mistura de vinagre com água em proporção mais forte para o vinagre. Mais vinagre para urina de gatos.

O seu bebé:

Roupas:  o mesmo procedimento para as roupinhas molhadas de urina.

Brinquedos:  lavar com água e sabão e depois enxaguar com água e vinagre:  enxagúe por mais vezes com água pura.

Assaduras provocadas por urina:  lavar o local afectado e depois aplicar uma mistura bem fraca de água com vinagre. Lembre-se de deverá ser fraca para não agredir e provocar dor.

Outros:

Doentes e idosos no leito:  higiene de pessoas acamadas por longo tempo também devem seguir os mesmos procedimentos.

Os seus filhos, mesmo que já sejam relativamente crescidos mas que sejam sintomáticos:  ao urinar na cama tome as mesmas providências e nunca os repreenda por isso. Use vinagre. Consulte um psicólogo.

Beleza:

Pele:  se você sofre de afecções, brotoejas, espinhas ou acne:  diariamente, após a higiene da manhã, enxagúe o rosto com mistura de vinagre com água morna. Antes de se deitar faça a mesma coisa.

Cabelos:  se não forem secos, enxagúe com a mesma mistura usada para o rosto na medida de meio copo de vinagre de cidra misturado com dois copos de água morna. Eles ficarão brilhantes e saudáveis.

Cabelos:  se você fez permanente e seu cabelo ficou espigado ou baço mais do que você desejava, faça uso da mesma receita anterior.

Cabelos:  no fim de lavar o cabelo esfregue-o com um pouco de vinagre. Passe por água. Ele fica macio, sem cheirar a vinagre.

Higiene bucal:

Dentes e mucosa bucal: um copo de água morna misturado com três colheres de sopa de vinagre de maçã. Após escovar os dentes, faça um bochecho com a mistura.

Se você é do tipo super-limpeza, ainda pode misturar à água com vinagre, um pouco de fungicida líquido nas seguintes operações:

Na máquina de lavar roupa,
Limpeza dos banheiros e da casa,
Lixeiras,
Urina de animais,
Cabelos  ( se não houver ferimentos no couro cabeludo e muito cuidado com os olhos ),
Piso e balcão da cozinha.
- Ou ainda misturar lisoforme (fungicida) ao álcool e vaporizar as cortinas, tapetes, colchões, travesseiros.
Atenção:  não usar em locais com ferimentos nem na pele de crianças nem nos bebés.

Benefícios apregoados:

1  -  Quanto mais velho, melhor:  como um bom vinho.
2  -  Melhorar a saúde dos cabelos.
3  -  Saúde dental e bucal.
4  -  Saúde da pele do rosto, combate as espinhas e acne.
5  -  Aliviar as cãibras nocturnas das pernas.
6  -  Acalmar músculos cansados.
7  -  Combater a osteoporose pelo cálcio.
8  -  Ajudar dores de cabeça a desaparecer.
9  -  Acalmar as erupções cutâneas e as micoses.
10 - Aliviar as picadas de insectos ( vespa, abelha e água-viva ).
11 - Remediar certos problemas urinários.
12 - Ajuda no tratamento da tosse.
13 - Destruir os micróbios dos alimentos.
14 - Melhorar os problemas do coração e da circulação.
15 - Reduzir a hipertensão.
16 - Combate às bactérias.
17 - Tratamento da caspa ( esfoliação do couro cabeludo ).
18 - Aliviar as dores dos calos.
19 - Remediar certas infecções dos olhos.
20 - Combate aos fungos.

O vinagre possui mil utilidades, além de ser utilizado na preparação dos alimentos.
Algumas delas:

1)  Para o arroz ficar bem soltinho, coloque uma colher de vinagre na água do arroz na hora do cozimento;

2)  Para tirar a gosma, lave o frango, corte em pedaços e cubra-os com água fria e duas colheres de sopa de vinagre. Depois é só lavá-las com água corrente;

3)  Batatas murchas, com cascas escuras e enrugadas ficarão como novas misturando um pouco de vinagre à água em que forem cozidas;

4)  O bolo de chocolate ficará húmido se acrescentarmos uma colher de chá de vinagre de vinho ao bicarbonato estipulado na receita;

5)  Na falta de um frigorífico, pode-se conservar carnes cruas por período curto embrulhando-as num pano embebido em vinagre;

6)  Se quiser guardar salsichas frescas até cinco ou seis dias, deixe-as mergulhadas dentro de uma tigela contendo água com uma colher de sopa de vinagre (ou mais, dependendo da quantidade de salsicha), e um pouquinho de sal. Guarde no frigorífico e na hora de usar é só lavar em água pura;

7)  Muitas cozinheiras colocam um recipiente contendo vinagre perto do lugar onde se está fritando cebolas; assim, não exalam o seu cheiro característico, que muitas pessoas não suportam;

8)  A polpa do abacate, depois de aberta, escurece logo, isto pode ser evitado passando um pouco de vinagre na superfície;

9)  Para que o diospiro amadureça mais depressa, faça um furinho junto ao cabinho e coloque ali uma gota de vinagre;

10)  Se as mãos ficarem manchadas de frutas, uma mistura de limão e vinagre bem esfregada as eliminará;

11)  O limão partido também se conservará fresquinho se colocar a parte cortada num pires contendo vinagre;

12)  As massas fritas não ficam gordurosas se for acrescentada a elas (durante o preparo) uma colher (sopa) de vinagre.

Mais limpezas:

O vinagre é um óptimo produto de limpeza, além de barato, eficiente e não poluente.
Veja alguns exemplos de como limpar a casa com o vinagre:

*  Incrustações de cal:  solução de água e vinagre limpa manchas e dissolve placas de cal.

*  Máquina de Lavar:  use quatro litros de solução de vinagre no ciclo principal para remover cal e restos de sabão da máquina de lavar, dando-lhe mais vida útil.

*  Vidraças:  solução de vinagre e água morna limpa e não deixa riscos, nem marcas; vidros leitosos devem ser limpos com papa de vinagre e sal grosso.

*  Latão e cobre:  solução de vinagre e sal grosso dá novo brilho aos produtos.

*  Madeira:  duas chávenas de amoníaco, uma chávena de vinagre e meia chávena de soda em oito litros de água limpam estantes pintadas, revestimentos de madeira e persianas, sem alterar a cor dos móveis.

*  Lustra móveis:  solução de vinagre, terebintina e óleo de linhaça em partes iguais eliminam riscos na madeira, servindo como lustra-móveis.

*  Manchas de vela:  cera de vela na madeira deve ser amolecida com secador de cabelo e removida com papel absorvente. Em seguida, lave o local com vinagre.

*  Manchas em tapetes:  a cor do tapete volta a ser viva quando aplicada água morna com vinagre no local da mancha.

*  Manchas em tecidos:  solução diluída remove as manchas eficientemente. Manchas de chicletes ou desodorizantes desaparecem se a peça for molhada com vinagre antes da lavagem. Colarinhos encardidos devem receber pasta preparada com soda e vinagre, ficando assim completamente limpos após a lavagem.

*  Bordados que podem desbotar:  passando a peça pelo avesso, com pano humedecido em vinagre por baixo, as cores voltam a brilhar.

*  Amaciador:  o vinagre substitui o amaciador, e as roupas ficam frescas, macias e cheirosas; peças de lã não ficam felpudas quando enxaguadas em água com vinagre.

*  Cobertores:  para evitar que eles não fiquem duros e ásperos, passe-os rapidamente em água com vinagre após a lavagem.

*  Fixação de cores:  tecidos coloridos não desbotam se mergulhados em vinagre antes da lavagem.

*  Gesso:  preparar gesso com vinagre em lugar da água, torna o produto maleável por mais tempo.

*  Cheiro de pintura:  um pequeno recipiente com vinagre retira o cheiro desagradável de tinta fresca do ambiente.

*  Tapetes persas:  uma solução forte de vinagre protege o tapete persa das traças.

*  Sujidade na carpete:  coloque vinagre no local atingido pela sujidade e limpe depois de algum tempo.

*  Insectos:  uma esponja embebida em solução de vinagre diluído afasta insectos de espelhos e vidraças.

*  Plantas:  escove os seus vasos com solução fraca de vinagre e enxagúe: os poros dos vasos ficarão limpos e irão garantir a passagem do ar.

*  Flores:  as flores permanecem frescas por mais tempo se a água do vaso contiver duas colheres de sopa de vinagre e outras duas de açúcar.

O vinagre é o melhor anti-bacteriano que existe ! Além de tudo é barato !!!
Limpe o frigorífico com vinagre, o lava loiça, o tanque, enfim tudo o que não tiver mármore.
Mas lembre-se que o ácido corrói as pedras.


Fernão de Magalhães


                                                                      

Fernão de Magalhães (1480-1521) foi um navegador português que, ao serviço do rei de Espanha, foi o primeiro a passar o Estreito de Magalhães  (a)  e o primeiro europeu a navegar no Oceano Pacífico. Fernão de Magalhães morreu nas Filipinas. A sua expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano, completou em 1522 a primeira viagem de circum-navegação.


Com 25 anos alistou-se na armada que foi à Índia comandada por Francisco de Almeida, mas o seu nome não figura nas crónicas; sabe-se no entanto que ali permaneceu oito anos, que esteve em Goa, Cochim, Quíloa, que acompanhou Diogo Lopes de Sequeira a Malaca, viagem que acabou em naufrágio.



Neste período de tempo que viveu no Oriente, Magalhães estabeleceu estreitas relações de amizade com Francisco Serrão, que veio a ser feitor nas Molucas; dele teria tido informações quanto à situação dos lugares produtores de especiarias.



Tendo-se distinguido na defesa de Azamor, pediu a D. Manuel uma recompensa para os seus feitos; mas os boatos que corriam sobre a maneira pouco escrupulosa como dividira as presas de uma incursão mais rica tinham chegado aos ouvidos do Rei, levou-o a justificar perante o Rei que apesar de o considerar sem culpa não lhe concedeu as mercês pedidas. Em 1517, amadurecido com o projecto, vai a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da Casa de la Contratación daquela cidade um adepto do seu projecto; ela podia oferecer ao Rei de Espanha a possibilidade de atingir as Molucas por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar-se-ia que aquelas ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano. Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; depois da ruptura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram em Setembro de 1519.






A expedição

A armada fez escala nas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, continuando para sul atingiram o porto de S. Julião à entrada do Estreito de Magalhães, onde o capitão decidiu hibernar; rebentou então uma revolta contra a sua autoridade que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de paragem, Magalhães encontrou a saída do estreito, iniciando a travessia do Oceano Pacífico, que demorou cerca de quatro meses, começando a fome e a doença a dizimar a tripulação. Ancorados nas Filipinas em 1521, imediatamente começaram com os indígenas as trocas comerciais; as grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas, mas foi em Cebu que, atraído a uma emboscada, Fernão de Magalhães é morto. Sob o comando de Juan Sebastián Elcano, decidiram queimar a nau Concepción e contornar o Índico pelo sul, a fim de não encontrarem navios portugueses. A nau Victoria dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1522, fez escala em Cabo Verde, alcançando finalmente o porto de S. Lucar de Barrameda, apenas com dezoito homens na tripulação.

O regresso

A 6 de Setembro de 1522, Juan Sebastián Elcano e a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota, Victoria, regressaram a Espanha, praticamente decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros. A tripulação não recebeu o seu ordenado completo.



(a)  Estreito de Magalhães é uma passagem navegável de aproximadamente 600 km imediatamente ao sul da América do Sul. Situa-se entre o continente e a Terra do Fogo e o cabo Horn ao sul. O estreito é a maior e mais importante passagem natural entre os oceanos Atlântico e Pacífico.
Fernão de Magalhães foi o primeiro europeu a navegar pelo estreito em 1520, durante sua viagem de circum-navegação. Como Magalhães entrou no estreito dia 1 de Novembro, ele foi chamado inicialmente de Estreito de Todos os Santos.
O Chile tomou posse do estreito em 23 de Março de 1843 e mantém a soberania sobre ele até hoje.
Antes da criação do Canal do Panamá, o estreito de Magalhães era a segunda passagem mais utilizada para atravessar do Atlântico ao Pacífico, depois do cabo Horn.
O estreito é conhecido pela dificuldade de navegação, devida ao clima inospitaleiro e à sua pequena largura.
Fonte: 
wikipedia


Dia da Sogra - 28 de Abril


A Sogra nos Para-Choques dos CamiõesOs pára-choques dos camiões - verdadeiros compêndios da filosofia popular - também trazem legendas tendo a sogra como tema, legendas escritas nas noites mal dormidas, quando a comida é mal comida e a sabedoria popular resulta de tantos sonhos que se agasalham nos corações dos camionistas que moram nas estradas e passeiam em casa. Tais legendas procuram, na maioria das vezes, traduzir o que cada um camionista pensa de sua sogra. Há os que detestam suas sogras e não perdem a oportunidade de feri-las impiedosamente:


Sogra não é parente. É castigo.

Sogra boa é a que já morreu.
Feliz foi Adão, que não teve sogra, nem camião.
Deus fez a mãe, mas o Diabo inventou a sogra.
Não mando minha sogra para o inferno porque fico com pena do Diabo.
Quando sogra for dinheiro, pobre só casa com órfã.
Sogra por sogra, boa mesmo é a da minha mulher.
Sogra e arado só prestam debaixo do chão.
Duas coisas matam de repente: vento pelas costas e sogra pela frente.
Pior do que coice de burro só praga de sogra.
Sogra, milho e feijão, só debaixo do chão.
Corro, porque minha sogra vem aí.
Sogra é a segunda mãe, depois que morre.
Bígamo é o pecador que paga os seus pecados porque tem duas sogras.
Sogra? Nem de barro à porta.
Morar com sogra é fazer vestibular para o céu.
Se sogra fosse coisa boa, Cristo não teria morrido solteiro.
Sogra boa é maravilha, uma nora nunca é filha.
Sogra e madrasta, só o nome basta.
A pior formiga do jardim de minha vida é a minha sogra.
Casei-me com a cunhada para economizar sogra.
Do livro Sogras: Prós & Contras e Outras Conversas

Brincadeiras à parte, Grande Abraço às nossas Segundas Mães !...

Arco do Triunfo (Paris) França


Caminhar pelas ruas de Paris é uma aula de História e cultura a céu aberto. Suas praças, monumentos e arquiteturas  encantam e apaixonam. Em Paris, o importante é priorizar o que gostaria de ver, pois são muitos os lugares para visitar.

Visite a Capital Francesa, se não der ir pessoalmente, vá virtualmente através do site PARIS 26 GIPAPIXELS. Neste site você pode fazer uma visita virtual interativa aos mais belos monumentos da Capital Francesa.



Vista do Arco do Triunfo

Arco do Triunfo

Arco do Triunfo


Marco das conquistas do exército de Napoleão Bonaparte, o Arco do Triunfo é uma das preciosidades arquitetônicas e históricas mais visitadas do mundo. No coração de Paris, ele é ponto de partida das cerimônias mais importantes que ocorrem na França.
Empolgado após uma esmagadora vitória, o imperador francês Napoleão Bonaparte (1769-1821) prometeu: “vocês voltarão sob arcos triunfais”. Essa frase, dita por Napoleão aos seus soldados em 1805, foi a chave para a construção de um dos cartões-postais de Paris.
Napoleão proferiu essas palavras logo depois da vitória do exército da França sobre as tropas aliadas de Rússia e Áustria na Batalha de Austerlitz – na época uma cidade da Moravia e que hoje s chama Slavkov, no sul da República Tcheca.
Ainda que motivada por razões não muito nobres, e com um ligeiro atraso, a promessa foi cumprida: a primeira pedra do Arco do Triunfo foi colocada em 15 de agosto de 1806, mas problemas com o projeto do arquiteto encarregado, Jean Chalgrin, fizeram com que a obra terminasse apenas em 1836, depois de 15 anos da morte do imperador.

Charme e glamour

O Arco do Triunfo, cujo projeto foi inspirado em arcos da Roma Antiga, localiza-se no topo da Champs-Elysées, uma das avenidas mais bonitas e glamourosas do mundo.
Em seu interior, maquetes, documentos e desenhos de sua construção estão guardados em um museu. No topo do arco há um terraço, de onde se obtém uma vista mais do que privilegiada de Paris.

Homenagem

Abaixo do Arco encontra-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, um símbolo para homenagear as pessoas que são mortas em uma guerra.

Ufanismo

Os relevos espalhados pelo Arco são de incrível habilidade artística e captam fatos das vitórias francesas em guerras.
Localização: Paris, França
Altura: 50 metros
Fonte: www.soarquitetura.com.br

Torre Eiffel

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31 de MARÇO
Inauguração da Torre Eiffel, em Paris-França, no ano de 1889
.

O séc. XIX foi palco de um espectacular progresso da técnica construtiva, ligado às necessidades da população industrial, ao crescimento da urbanização, etc. A interacção entre o cimento e aço, o vidro e o cristal, teve aí as suas origens. Um facto histórico é a Torre Eiffel, erguida no ano de 1889 para comemorar o centenário da revolução francesa.


A Torre foi construída por Gustave Eiffel para ser exposta temporariamente na Feira Mundial, realizada naquele ano em Paris. Foi quase destruída em 1909, e só foi salva por ter sido descoberto que era útil para a transmissão de sinais de rádio. Tornou-se assim um dos monumentos mais famosos do mundo.

A sua estrutura não é apenas um ponto de referência reconhecido no mundo inteiro. É também uma das mais populares obras arquitectónicas do mundo ocidental, um emblema da modernidade francesa.

A Torre Eiffel serve actualmente como ponto turístico da cidade de Paris.
Anualmente, recebe cerca de seis milhões de turistas de todo o mundo. A iluminação interna faz com que a Torre, durante a noite, se pareça com uma gigantesca vela dourada. De qualquer forma, seja durante o dia ou durante a noite, é o cartão postal mais representativo do país e a imagem que mais faz recordar a França. 


Império Asteca

Império Asteca

Império Asteca

Escultura mexicana mostrando o momento em que os astecas acham o sinal para a fundação de Tenochtitlan

Escultura mexicana mostrando o momento em que os astecas
acham o sinal para a fundação de Tenochtitlan
"seguindo instruções dos seus deuses
para se fixarem onde vissem uma águia pousada num cacto, devorando uma cobra"


Os Astecas (1325 até 1521) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao actual México. Os astecas foram derrotados e a sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis, comandados por Hernán Cortez. Entre outras coisas, inventaram o chocolate. O idioma asteca era o Náuatle.

O controle político do populoso e fértil vale do México ficou confuso após 1100. Gradualmente, os astecas, uma tribo do norte, assumiram o poder depois de 1200. Eram um povo indígena da América do Norte, antigamente conhecido como méxica (daí México) ou tenochea (daí Tenochtitlán, a sua capital). Como os seus predecessores toltecas, são originários de alguma parte do norte do México. Era uma sociedade que valorizava as habilidades dos guerreiros acima de todas as outras, e essa ênfase deu-lhes uma vantagem em relação às tribos rivais da região. Migraram para o vale do México (ou Anahuac) no princípio do século XIII e assentaram-se posteriormente numa ilha no lago Texcoco (depois todo drenado pelos espanhóis), seguindo instruções dos seus deuses para se fixarem onde vissem uma águia pousada num cacto, devorando uma cobra (ver imagem em cima). A partir dessa base formaram uma aliança com duas outras cidades -- Texcoco e Tlacopán -- contra Atzcapotzalco, derrotaram-no, e continuaram a conquistar outras cidades do vale durante o século XV, quando controlavam todo o centro do México como um império militarista que colectava tributos dos rivais. No princípio do século XVI, eram um império que se estendia de costa a costa, tendo ao norte os desertos e ao sul o reino dos maias de Yucatán.

Os astecas, que atingiram alto grau de civilização, cultura e organização política, eram governados por uma monarquia electiva, dividiam-se em clãs e classes (nobres, sacerdotes, povo, comerciantes e escravos), possuíam uma escrita ideográfica e dispunham de dois calendários (astronómico e litúrgico).

A sua cultura caracterizava-se por três aspectos: a religião, que pedia sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli; a utilização eficiente das chinampas (ilhas de jardins artificiais construídas em redes pelo lagos, com canais divisórios) para alimentar a sua população e a vasta rede de comércio e sistema de administração tributária.

Os astecas absorveram a experiência dos que vieram antes deles e inventaram pouca coisa que fosse nova. Eles tinham uma agricultura avançada que sustentava uma população muito grande. Construíram edificações enormes de traços maravilhosos e floresceram em muitas artes. Eram adeptos do trabalho com metal, mas não tinham ferro. A roda não tinha função de locomoção pois os astecas careciam de animais de carga apropriados.

Uma das características únicas da cultura asteca era a sua predilecção por sacrifícios. Mitos astecas mandavam que sangue humano fosse dado ao Sol como alimento para dar força para que o astro pudesse nascer cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não eram incomuns. As vítimas eram frequentemente decapitadas ou esfoladas, e corações eram arrancados de vítimas vivas. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto do Sol e o sangue escorria pelos degraus. Apesar da economia asteca estar baseada primordialmente no milho, as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.

O crescente pedido por vítimas para serem sacrificadas significa que os astecas mantinham um controle frouxo sobre cidades-satélites pois frequentes revoltas ofereciam a oportunidade para capturar vítimas para os sacrifícios. Durante os tempos de paz, "guerras" eram realizadas como campeonatos de coragem e de habilidades de guerreiros, e com o intuito de capturar mais vítimas. Eles lutavam com clavas de madeira (pau pesado, mais grosso em uma das extremidades, que se usava como arma) para mutilar e atordoar, e não matar. Quando lutavam para matar, colocava-se nas clavas uma lâmina de obsidiana (um tipo de vidro natural, produzido por vulcões quando a lava esfria rapidamente).

Apesar da sua grande agricultura e artes, os astecas aparecem nas retrospectivas como uma sociedade sem brilho. Eles não passaram adiante nenhuma tecnologia significativa ou ideias de teorias políticas ou religiosas.

A sua civilização teve um fim abrupto com a chegada dos espanhóis no começo do século XVI. Tornaram-se aliados de Cortez em 1519. O governante asteca Moctezuma II considerava os espanhóis descendentes do deus-rei Quetzalcóatl, e não soube avaliar o perigo que o seu reino corria. Ele recebeu Cortez, que posteriormente o tomou como refém. Em 1520 houve uma revolta asteca e Moctezuma II foi assassinado. O seu sucessor, Cuauhtémoc, o último governante asteca, resistiu aos invasores, mas em 1521 Cortez capturou Tenochtitlán e subjugou o império.
A crueldade dos astecas contribuiu para a sua queda, pois tornou mais fácil para os espanhóis aliarem-se com os povos não-astecas do México.

Fonte: Wikipédia.