segunda-feira, 18 de junho de 2012

A HISTÓRIA DA HOMOSSEXUALIDADE


Recolha de Alguns Factos Históricos Sobre Homossexualidade Masculina & A Sua Omissão nas Aulas de História.


                                              


                                     A aquarela de cores: típico símbolo dos grupos homossexuais contemporâneos.



Atualmente, a questão homossexual vem ganhando bastante espaço. Na TV, nas alas de decisão judicial, nas grandes paradas ao ar livre e nas conversas do dia-a-dia a figura do homossexual deixa de ser uma especulação para bater a porta de todo e qualquer individuo de nossa sociedade. Muitos chegam a questionar se eles realmente compõem um “grupo minoritário” da sociedade contemporânea. 

Hoje em dia, somos acostumados a estabelecer culturalmente um conjunto de idéias sobre os homossexuais que, muitas vezes, tendem para o campo dos preconceitos. Controvérsias à parte será que esse tipo de comportamento sexual sempre foi motivo de tanta polêmica? Muitas vezes, nosso imaginário nos impede de tentar admitir outros tipos de perspectiva em relação a esse tema. 

Recuando para os tempos antigos poderíamos nos deparar com uma visão bastante peculiar ao notarmos que afeto e prática sexual não se distinguiam naquele período. As relações sexuais não eram hierarquizadas por meio de uma distinção daqueles que praticam optavam pelos hábitos homo ou heterossexuais. Na Grécia, por exemplo, o envolvimento entre pessoas do mesmo sexo chegava, em certos casos, a ter uma função pedagógica. 

Na cidade-Estado de Atenas, os filósofos colocavam o envolvimento sexual com seus aprendizes como um importante instrumento pelo qual se estreitavam as afinidades afetivas e intelectuais de ambos. Entre os 12 e os 18 anos de idade o aprendiz tinha relações com seu tutor, desde que ele e os pais do menino consentissem com tal ato. Já em Roma, havia distinções onde a pederastia era encarada com bons olhos, enquanto a passividade de um parceiro mais velho era motivo de reprovação. 

Com a assimilação do valor estritamente procriador do sexo, disseminado pela cultura judaica, a concepção sobre o ato homossexual foi ganhando novas feições. A popularização do cristianismo trouxe consigo a idéia de que o sexo entre iguais seria pecado. Dessa forma, desde o final do Império Romano, várias ações de reis e clérigos tentaram suprimir o homossexualismo. Ainda assim – ao longo da Idade Moderna – tivemos vários relatos de representantes da nobreza tiveram casos com parceiros e parceiras do mesmo sexo. 

No século XIX, com a efervescência das teorias biológicas e o auge da razão como verdade absoluta, teorias queriam dar uma explicação científica para o homossexualismo. No século XX, a lobotomia cerebral foi declarada como uma solução cirúrgica para que quisesse se “livrar” do hábito. Nesse mesmo período, diversos grupos lutaram pelo fim da discriminação e a abolição da classificação científica que designa o homossexualismo como doença. 

Mesmo que ainda o tema cause muito preconceito e levante tabu entre as pessoas, devemos perceber que a identidade sexual não pode ser vista como um dado a ser controlado por alguém ou por alguma instituição. Antes de qualquer justificativa, seja contra ou a favor dos homossexuais, devemos colocar o respeito ao outro como princípio máximo dessa questão.

Fonte:

A situação da mulher na Idade Média





A mulher assumiu diferentes lugares e significados ao longo de toda a Idade Média.






PODCAST - Mulheres na Idade Média


Ao falar sobre a situação da mulher no passado, muitos empreendem um discurso linear em que muitos fatos, experiências e valores históricos são simplesmente deixados para trás. Não raro, as mulheres têm o signo da submissão reservado a uma leitura equivocada, em que a suposta e recente libertação feminina tem seu valor fortalecido por essa interpretação negativa. No caso da Idade Média, ainda tida como o tempo das “trevas”, temos a impressão de que a religiosidade aparecia para reforçar ainda mais esse tipo de leitura superficial.

Nos fins da Antiguidade, a figura da mulher era colocada em muitas situações de superioridade em relação à população masculina. Em muitas culturas, a mulher era vista como um ser especialmente capaz de realizar certos encantamentos e receber favor das divindades. Sob o olhar do próprio Cristianismo primitivo, vemos que os relatos sobre Jesus Cristo reforçam a ideia de que o Messias valorizava imensamente a participação feminina em importantes eventos e que seu lugar não poderia ser desconsiderado.

Durante a propagação do Cristianismo, essa aura mágica e poderosa do feminino foi combatida por diversos clérigos que reafirmavam a igualdade entre homens e mulheres. Em termos gerais, tomando os gêneros como criaturas provenientes de uma mesma divindade, a suposta superioridade feminina era vista como uma falsidade que ia contra a ação divina. Com isso, o antigo discurso o qual a Igreja apenas detraiu a mulher, não correspondia às primeiras formulações que pensavam o lugar do feminino.

Na medida em que o celibato se tornou uma das exigências mais importantes da organização hierárquica da Igreja, notamos que a desvalorização feminina se põe como estratégia de manutenção da organização eclesiástica.

 Eva, vista como a grande responsável pelo pecado original, é uma das justificativas que aproximavam a mulher do pecado. Do mesmo modo, era a mulher que pedira a cabeça de São João Batista e que descobriu o segredo de Sansãoe o entregou para a sua humilhante morte.

Contudo, já na Baixa Idade Média, vemos que esse processo de desvalorização, sedimentado pela Primeira Mulher, se transformava com a visão da Virgem Maria como um meio de renovação. Encarando diversos desafios em prol do jovem salvador, essa mulher determinava a constituição de outro olhar sobre o feminino. Não por acaso, vemos que o culto mariano, a canonização de mulheres e a reclusão nos conventos se elevam significativamente com esse tipo de reinterpretação.

Tendo em vista a condição demasiadamente sagrada da Virgem Santa, a figura de Maria Madalena também era colocada como uma possibilidade mais acessível aos cristãos daquela época. A mulher poderia se arrepender dos seus pecados e, desse modo, se firmar como uma figura positiva. De fato, vemos que a suposta reclusão feminina não correspondia à existência de algumas mulheres intelectualizadas e independentes que circularam durante a Idade Média.

Sendo um período histórico tão extenso, não teríamos condições próprias de abarcar todas as possibilidades de constituição da imagem feminina nesse tempo. Contudo, por meio dessa breve consideração, notamos que as mulheres assumiram papéis que extrapolaram os antigos preconceitos ainda reservados ao medievo. Sem dúvida, as mulheres medievais são muitas, variadas e dinâmicas, como as manifestações do tempo em que viveram.

Fonte:

sábado, 16 de junho de 2012

Curiosidade História do café

                                           

             14 de Abril – Dia Mundial do Café.

                  

Há cerca de trezentos anos, o café tem sido uma bebida popular em todo o mundo civilizado, mas pouco se sabe sobre a maneira exata como foi descoberto.


Talvez você tenha ouvido algumas lendas antigas sobre cabras pastando nas montanhas, comendo os frutos do cafeeiro, e em seguida dando cabriolas devido às propriedades estimulantes do café. 



Existem outras narrativas que falam sobre um fanático religioso expulso de Moca que se refugiou nas montanhas da Arábia. Ele provou alguns frutos estranhos que cresciam num arbusto. Como eram amargos, ele tentou melhorar o sabor tostando-os sobre o fogo. Isso os tornou quebradiços, e ele tentou amolecê-los na água, e quando a água na qual os grãos estavam imersos se tornou marrom, este Sr. Omar (pois este era o seu nome) bebeu e descobriu como aquilo era bom e revigorante. Isso foi lá pelos idos do século treze. Muito antes disso o café crescia à vontade na Abissínia.



O café, até o final do século dezessete, vinha totalmente da Arábia e era conhecido como Moca, o nome da cidade de sua origem. Mais ou menos naquela época, espertos mercadores holandeses, percebendo a crescente demanda e as perspectivas de um novo comércio, induziram seu governo a experimentar a plantação de café nas possessões das Índias Orientais Holandesas. O governador da Ilha de Java distribuiu sementes em várias partes da Ilha e devido à fertilidade do solo e as condições climáticas favoráveis, logo as plantas se desenvolveram. De Java, o café espalhou-se para as Índias Ocidentais e finalmente para a América do Sul e Central, onde o clima era particularmente propício ao rápido desenvolvimento do cafeeiro. Ali o seu cultivo foi feito de maneira extensiva, até agora, e provavelmente 90% de todo o café cultivado vem do Hemisfério Ocidental.



Assim o centro da produção se mudou do antigo mundo para o novo e, com um começo promissor, o café atualmente é uma das produções mais rentáveis do comércio mundial. O consumo chega a 2 bilhões de quilos, dos quais cerca de 57% são fornecidos pelo Brasil. Os Estados Unidos lideram como país consumidor de café, com cerca de metade de toda a quantidade consumida mundialmente. O consumo per capita excede 7 quilos por ano.



O cafeeiro é plantado com as sementes totalmente amadurecidas, selecionadas com esta finalidade. Quando as mudas atingem trinta centímetros de altura, são levadas para a plantação e dispostas em fileiras, com três metros de distância entre elas. Quando estão totalmente crescidas, atingem a altura de 3 metros ou pouco mais.



Cada arbusto produz anualmente até um quilo e meio de café, depois do quarto ou quinto ano. Os cafeeiros podem produzir até os 100 anos de idade, mas seu período mais produtivo vai do 5º ao 50º ano. A folhagem é de um verde escuro brilhante. As flores são pequenas em formato de estrelas, perfumadas, e crescem em cachos.


O desenvolvimento do fruto exige cerca de seis meses e, quando maduro, tem uma cor vermelho profundo e é conhecido como "cereja". Durante a estação da colheita, os serviços de todos os trabalhadores da fazenda e suas famílias são necessários para que o fruto possa ser colhido rapidamente e encaminhado para os preparativos finais.






                                                           
O café é preparado de duas maneiras:


1 – O processo natural. 2 – O processo de lavagem.



"O café natural" é obtido permitindo-se que os frutos permaneçam na planta após terem amadurecido. O sol tropical em pouco tempo faz com que a umidade da polpa se evapore, e o fruto se torne enrugado e preto. Neste estágio os trabalhadores fazem os frutos caírem ao chão, onde as mulheres e crianças os varrem e ensacam. São em seguida enviados para o "benefício", ou fábrica, para tratamento. Este consiste de uma rápida lavagem para remoção dos gravetos e outras substâncias estranhas.



As sementes são então espalhadas num pátio de cimento para secar, e permanecem expostas ao sol durante cerca de sete dias. Todas as noites, porém, são juntadas e cobertas com lonas para protegê-las do orvalho, pois a umidade neste estágio seria prejudicial.



Quando o café está totalmente seco, a película externa torna-se quebradiça e pode ser removida facilmente por uma máquina debulhadora. 



Os frutos são então separados de acordo com o tamanho e qualidade, após o qual são empacotados para exportação. O processo natural de seleção é usado quase que inteiramente no Brasil.



"O café lavado" exige um manuseio totalmente diferente, como o nome sugere, uma verdadeira lavagem ocorre durante a secagem.



Em vez de tirar os frutos secos dos galhos, como é feito com o "café natural", cada fruto maduro é apanhado individualmente, transportado para uma máquina de polpa, bastante similar à que processa as cerejas. Esta máquina remove a polpa. Deixando o grão de café envolvido numa casca dura como o couro. Os grão são colocados em grandes tanques de cimento ou barris cheios de água. Os frutos permanecem nestes tanques por cerca de vinte a trinta horas. Durante a imersão, ocorre uma fermentação que muda o sabor, produzindo aquilo que se conhece como "acidez".



Depois que o processo de lavagem é completado, o método de secar e debulhar é parecido com o do "café natural". Na aparência, porém, o grão lavado mudou por completo. Está muito mais limpo e com melhor aparência, e quando devidamente lavado e curado, fica de um verde escuro e tem mais valor que o grau correspondente de "café natural". Seu valor aumenta ainda mais quando os grãos imperfeitos ou danificados que não puderam ser removidos pela máquina são retirados à mão. Isso é conhecido como "catar à mão".



O cafeeiro exige clima quente e pode ser cultivado com lucro num cinturão de vinte graus ao norte ou ao sul da linha do Equador. A condição do solo, local da plantação e altitude, todos são vitais para o cultivo do café, e todos têm maior ou menor influência na qualidade do café produzido. Os cafés mais finos vêm das plantações situadas a mil ou mil e quinhentos metros acima do nível do mar, onde os dias são quentes e as noites frescas, e onde os cafeeiros são plantados num solo gradualmente inclinado para melhor drenagem.



A colheita em cada país é similar em aparência e sabor de ano para ano, embora o excesso de chuvas ou a sua falta possa modificar de alguma forma a aparência, e o excesso de umidade durante a estação seca possa provocar um efeito prejudicial na qualidade da bebida.



Há uma grande diferença, especialmente na xícara, do produto de cada país. Cada qual tem suas características peculiares e sabor individual. A mistura do café é realmente uma arte em si. Ao juntar sabores distintos e individuais, em proporções exatas, os especialistas produzem um café delicioso.



Suave estimulante



Os estimulantes são substâncias que excitam os nervos e alguns órgãos do corpo. Os nervos estimulados enviam mensagens ao cérebro e dele para outras partes, com muita rapidez. Isso faz a pessoa agir e pensar de maneira mais alerta e animada.



O café (como o chá) contém cafeína que eleva a pressão sanguínea e age como um leve estimulante. Uma ou duas xícaras diárias de café provavelmente é algo inofensivo para a maioria das pessoas. Porém algumas pessoas acham que beber café antes de ir para a cama pode causar insônia.



Os médicos às vezes aconselham determinados pacientes a se absterem completamente de café, ou a beberem um café descafeinado. Em muitas fábricas e escritórios, portanto, "a pausa para o café" é fornecida aos empregados às custas da empresa. Isso é considerado boa política – e bom investimento, pois a pausa para o café recobra as energias e estimula os trabalhadores a trabalharem com maior eficiência. Para muitas pessoas, o café é simplesmente uma bebida deliciosa, mas para nós ele possui também uma mensagem especial, relacionada à nossa vida espiritual.



Na vida espiritual e religiosa também é possível ficar cansado e desgastado por realizar sempre os mesmos deveres. Durante as preces diárias e o cumprimento de nossas mitsvot podemos nos tornar mecânicos, sem vitalidade e entusiasmo.



Uma "pausa para o café" espiritual, portanto, é necessária. Quais são os estimulantes espirituais que podem renovar a alma como o café renova o corpo?



A própria Torá, com toda a certeza, é o maior estimulante da vida religiosa e espiritual, mas algumas partes da Torá são ainda mais estimulantes para determinadas pessoas. Estas partes são Mussar (ética religiosa) e especialmente a Chassidut, que despertam as qualidade que fornecem vitalidade e entusiasmo no cumprimento de todas as mitvsot.



Existem também alguns dias do ano que agem como estimulantes em nossa vida judaica. 
Shabat e Yom Tov, o mês de Tishrei, e ocasiões similares são nossas doses, nossas "xícaras de café" no sentido espiritual. Seu objetivo não é fornecer estimulantes espirituais temporários, mas inspiração para o ano inteiro. No entanto, é provável que o efeito desapareça sob o estresse da rotina diária, que lida principalmente com coisas materiais. Portanto uma "pausa para o café" espiritual, reavaliando nossa atuação no estudo e na prática é uma necessidade vital e permanentemente estimulante.

Emília Viotti da Costa Da Senzala à Colônia


EMÍLIA VIOTTI DA COSTA
DA SENZALA À COLÔNIA

 edição: 1966)
Resumo precário da obra, focado em:
O PROCESSO DE TRANSIÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO
AO TRABALHO LIVRE NO BRASIL
A escravidão marcou os destinos da nossa sociedade.

 O trabalho que se dignifica à medida que se resume no esforço do homem 
para dominar a natureza na luta pela sobrevivência  corrompe-se com o regime da 
escravidão, quando se torna resultado de opressão, de exploração.

 Nesse caso, ele se degrada aos olhos dos homens. O trabalho que deveria ser o elemento de distinção e 
diferenciação na sociedade, embora unindo os homens na colaboração, na ação 
comum, torna-se, no sistema escravista, dissociador e aviltante.

A sociedade não seorganiza em termos de cooperação, mas de espoliação. Por isso, para o branco, o 
trabalho, principalmente o trabalho manual, era visto como obrigação de negro, de 
escravo. “Trabalho é pra negro.” A idéia de trabalho trazia consigo uma sugestão de 
degradação.

 Também para o negro, o trabalho, fruto da escravidão, aparecia como 
obrigação penosa, confundia-se com o cativeiro, associava-se às torturas do eito 
(roça onde trabalhavam escravos). A liberdade deveria, necessariamente, aparecerlhe como promessa de ausência de obrigações e de trabalho. Dessa forma, a escravidão ultrajava a idéia de trabalho e, o que é ainda mais grave, degradava as relações entre os homens. Num regime escravista, o respeito mútuo necessário à verdadeira coesão social não existe. 
 O surto cafeeiro trouxe um recrudescimento da escravidão. A demanda de 
negros aumentou.

 Em Da senzala à colônia, a abolição aparece como resultado de um processo 
de longa duração que envolve mudanças estruturais, situações conjunturais e uma 
sucessão de episódios que culminaram na Lei Áurea. Neste tipo de abordagem, o 
episódio (por exemplo, a aprovação da lei que proíbe o tráfico de escravos) é visto 
como ponto de convergência de movimentos de longa e média duração (estruturais 
e conjunturais).

 Tais movimentos ocorrem simultaneamente no plano nacional e 
internacional. Condições internacionais explicam a decadência da escravidão e seu 
desaparecimento mais ou menos simultâneo nas várias regiões do Novo Mundo, 
depois de a instituição ter funcionado por três séculos sem ser fundamentalmente 
questionada.

 As determinações internas (nacionais ou regionais) explicam o ritmo e 
a forma pela qual a escravidão foi abolida nas várias áreas. Deste modo, a história 
do Brasil é vista a partir de uma perspectiva que transcende as fronteiras nacionais, 
embora não considere os processos internos mero reflexo do que se passa na cena


internacional, pois que as condições internas e internacionais são relacionadas
dialeticamente e não de forma mecânica.
 Existe implícito na obra, o pressuposto de que a escravidão foi uma
instituição integrante do sistema colonial característico da fase de acumulação
primitiva e mercantil do capital e da formação do Estado moderno na Europa
ocidental (séculos XV e XIX). A escravidão teria entrado em crise, quando, com o
desenvolvimento do capitalismo, o Estado absolutista e a política mercantilista
foram repudiados.

 A acumulação capitalista, a revolução nos meios de transporte e
no sistema de produção, assim como o crescimento da população na Europa e a
crescente divisão do trabalho acarretaram a expansão do mercado internacional,
tornando impossível a manutenção dos quadros rígidos do sistema colonial
tradicional.

 A partir das novas condições, a escravidão tornou-se um sistema de
trabalho cada vez mais inoperante, passando a ser alvo da crítica dos novos grupos
sociais menos comprometidos com ela. É preciso notar, no entanto, que as
transformações econômicas e sociais não explicam, por si sós, o desaparecimento da
escravidão como sistema de trabalho. Igualmente importantes foram as mudanças
ideológicas e as lutas políticas do período, as quais, por sua vez – sempre é bom
lembrar -, só podem ser entendidas à luz das transformações econômicas e sociais.

Os instrumentos teóricos forjados na luta contra o Antigo Regime – a filosofia da
Ilustração, afirmando os direitos do homem, a economia liberal clássica,
condenando as práticas mercantilistas e afirmando a superioridade do trabalho livre
– trouxeram consigo os argumentos que levaram à condenação da escravidão. A
crítica solapou as bases teóricas, morais e religiosas que haviam sustentado a
escravidão por mais de três séculos. Passou-se a questionar não só a legitimidade,
mas também a produtividade do trabalho escravo.

 Dentro desse contexto, não tardou muito para que a cessação do tráfico e a abolição da escravatura nas colônias se tornassem temas políticos na luta pelo poder que se travava tanto nas metrópoles
quanto nas colônias. A partir desse momento, a escravidão teria os seus dias
contados. Primeiro viria a interdição do tráfico, depois a abolição. É, pois, dentro
desse amplo quadro de referências, com suas potencialidades e seus limites, que se
movimentam os personagens históricos que se definem a favor ou contra a abolição
da escravatura no Brasil ou em outros países da América.

 O processo de transição do trabalho escravo ao trabalho livre foi, no entanto,
lento e difícil. Tanto mais que as condições que levaram gradativamente ao
desaparecimento do trabalho servil e sua substituição pelo trabalho livre nas áreas
capitalistas mais desenvolvidas reforçaram, inicialmente, a escravidão nas áreas
coloniais, menos desenvolvidas, onde a demanda crescente de produtos coloniais,
motivada pela expansão do mercado internacional, intensificou a importação de
escravos, exatamente quando, nas metrópoles do capitalismo, a escravidão era posta
em questão. A contradição entre desenvolvimento capitalista e escravidão acabou,
no entanto, por se repetir, se bem que de maneira específica, nos vários países da
América. A luta pela cessação do tráfico e pela abolição da escravatura se daria em
ritmos diversos em cada região, dependendo das condições econômicas, sociais,
políticas e ideológicas internas.

 Nos Estados Unidos, esse processo só se resolveria
com uma guerra civil entre o norte e o sul. No Brasil, a escravidão seria extinta por
um ato do parlamento, diante dos aplausos das galerias apinhadas de gente.
 Partindo do pressuposto de que são os homens (e não as estruturas) que
fazem a história, se bem que a façam dentro de condições determinadas [pelas
estruturas], procurei analisar o processo nos vários níveis: o econômico, o social, o
político e o ideológico, reconhecendo que, embora esses níveis tenham uma relativa
autonomia e uma dinâmica que lhes é própria (não sendo possível, por exemplo,
reduzir o ideológico ou o político ao econômico), todos eles estão profundamente
inter-relacionados.

 Transformações na economia implicam transformações sociais
que eventualmente se traduzem em posições ideológicas e gestos políticos; por
outro lado, as lutas pelo poder que resultam do confronto de diferentes grupos ou
classes sociais podem dar origem a uma legislação que afeta o funcionamento da
economia e interfere, em última instância, nas relações sociais etc. Portanto, essa
perspectiva pareceu-me a melhor maneira de compreender o processo histórico e
apanhá-lo em suas múltiplas dimensões, isto é, apresentá-lo na sua dialética.
 Em Da senzala à colônia, procurei mostrar que a crescente demanda de café
no mercado internacional teve como efeito imediato  a intensificação do tráfico de
escravos e sua progressiva concentração nas áreas cafeeiras.

 Pressões diplomáticas inglesas (que só podem ser entendidas dentro do contexto da história da Inglaterra)
levaram o governo brasileiro a proibir a importação de escravos em 1831, numa
fase anterior à grande expansão cafeeira. Mas, a partir de então, a necessidade de
abastecer de mão-de-obra as áreas produtoras em expansão acarretou a continuação
do tráfico, sob a forma de contrabando, até 1850, quando nova legislação veio
interrompê-lo definitivamente.

 A cessação efetiva do tráfico só foi possível em virtude de uma convergência de fatores internos e internacionais. A temporária saturação do mercado comprador de escravos, a centralização do aparato estatal (permitindo maior eficiência na repressão) e o aumento da pressão inglesa sobre o
governo brasileiro fizeram que a lei aprovada em 1850 se tornasse realidade.

 A interrupção do tráfico determinou também a alta no preço dos escravos. De
1850 a 1880, o preço dos escravos subiu constantemente, chegando em certos casos
a seis vezes o seu valor inicial; a partir de então os preços de venda de escravos
declinaram.

 Na segunda metade do século XIX, no entanto, uma série de transformações
ocorreu no país, facilitando a transição do trabalho escravo para o trabalho livre;
tais transformações criaram condições para que essa transição se desse, o que não é
o mesmo que dizer que elas  determinaram  essa transição. Primeiramente, a
acumulação de capitais resultante da expansão do setor exportador permitiu aos
fazendeiros de café introduzir melhoramentos no processo de beneficiamento do
produto (o mesmo é verdade a respeito de alguns fazendeiros de açúcar),
incrementando assim a produtividade do trabalho e reduzindo a mão-de-obra
necessária e permitindo maior especialização do trabalhador.

 A máquina realizava em menos tempo e com mais eficiência o trabalho anteriormente realizado por um
grande número de escravos. O sistema de transportes passou por verdadeira
revolução. Navios a vapor, mais rápidos e de maior  tonelagem, substituíram
gradativamente os navios a vela até então utilizados. Simultaneamente, a
disponibilidade de capitais resultante da acumulação capitalista nos dois lados do
Atlântico permitiu a construção de ferrovias, ampliando dessa forma a capacidade e
reduzindo os custos do transporte. Essa transformação no sistema de transportes e a
melhoria no processo de beneficiamento do café (ou do açúcar) não só aumentaram
a capacidade produtiva como possibilitaram um uso mais eficiente da mão-de-obra.
A partir de então puderam os fazendeiros usar um menor número de trabalhadores
permanentes, recorrendo a trabalhadores extras em tempos de colheita.

 Dentro dessas novas condições, o trabalho livre, desde que fosse possível garantir seu
suprimento e manter baixo o seu custo, se revelaria tão ou mais adequado do que o
escravo. Evidentemente, a maior ou menor produtividade do trabalho livre em
relação ao escravo variava de região para região, dependendo das condições do
solo, proximidade a ferrovias, disponibilidade de mão-de-obra etc.

 Outro fator que contribuiu para tornar o trabalho  livre mais atraente foi o
interesse crescente na circulação do capital. No decorrer do século XIX, a
ampliação do mercado interno e a acumulação de capitais dinamizaram a economia,
multiplicando as oportunidades de investimento nos  setores os mais variados,
mercantis, industriais e financeiros.

  A abertura de novas áreas de investimento não
determinou, obviamente, um deslocamento automático de capitais do setor agrário
para os novos setores, mesmo porque o café continuava a ser remunerador. Em
geral, a tendência do investidor é continuar a investir em áreas com as quais ele está
familiarizado, em vez de assumir riscos desnecessários investindo em setores nos
quais não tem nenhuma experiência. Mas, para muitos fazendeiros, a aplicação de
capitais em vias férreas, bancos, indústrias e empresas comerciais ou companhias de
seguro apareceu não como solução alternativa, mas como oportunidade
complementar atraente, mesmo quando não mais lucrativa.

 Isso porque a diversificação de investimentos diminuía a margem de risco que recaía sobre o
capital investido na agricultura, cujo rendimento estava sujeito às oscilações do
mercado internacional e aos caprichos da natureza.

 Em face das novas oportunidades de investimento, a imobilização de capitais
na compra de escravos passou a significar um entrave à desejada diversificação de
capital, principalmente a partir do momento em que os fazendeiros puderam divisar
alternativas para o problema da mão-de-obra, alternativas estas que não envolviam
imobilização inicial de capital. Isso foi sentido particularmente pelos fazendeiros
das áreas pioneiras, que tinham que adquirir seus escravos por altos preços, sendo
obrigados a um grande investimento inicial. Para estes, a perspectiva de contratar
trabalhadores livres e pagar salários ou outras formas de remuneração equivalentes
ao que despendiam com o sustento dos escravos parecia solução ideal, porque
eliminaria a necessidade de desembolsar uma soma inicial na aquisição dos
escravos.

 Para que pudessem abrir mão do trabalhador escravo, no entanto, seria
necessário primeiro garantir o suprimento de trabalhadores livres.
 No decorrer do século, dois fenômenos concorreram  para criar uma
abundante reserva de mão-de-obra: o crescimento da população livre nacional e a
entrada de imigrantes europeus. Em virtude das transformações ocorridas na
Europa, sob o impacto do desenvolvimento capitalista, um número cada vez maior
de pessoas expropriadas se dispôs a emigrar para o Novo Mundo.

 A partir de 1870, os fazendeiros encontraram na Itália a mão-de-obra necessária às suas plantações.
Mas, apesar das condições para a imigração se terem tornado mais favoráveis, a
substituição do escravo pelo trabalhador livre não existia igualmente para todos. Os
fazendeiros das regiões menos produtivas não tinham condições de atrair
trabalhadores livres – imigrantes ou nacionais, pois estes preferiam as zonas de
maior produtividade. Tal fato foi assinalado tanto nas regiões cafeeiras quanto nas
açucareiras, ou nas charqueadas do sul do país.

Augusto Millet, um senhor de engenho do Nordeste, observou, na década de 1870, que só os senhores de engenho que tinham conseguido modernizar seu equipamento e  cujas fazendas se achavam
localizadas junto a ferrovias, gozando portanto de condições de alta produtividade,
achavam-se em condições de adotar, com sucesso, o trabalho livre.

 Esses eram poucos; para a grande maioria dos fazendeiros do Nordeste, o escravo continuava,
na sua opinião, a ser a mão-de-obra preferida. Idêntica era a situação em São Paulo,
onde o imigrante só substituía com vantagem o escravo em fazendas de alta
produtividade, em que a margem de lucro era ampla e os colonos podiam ser mais
bem remunerados pelo seu trabalho. Essas fazendas eram, em geral, localizadas nas
áreas de ocupação recente, em terras particularmente férteis, junto a ferrovias e a
núcleos urbanos onde os colonos, além do que ganhavam com o café, podiam
vender o excedente dos produtos que cultivavam para sua subsistência, obtendo
assim uma renda adicional.

 Foram os fazendeiros que abriram fazendas nas zonas pioneiras e que não
dispunham de um plantel de escravos os maiores interessados no desenvolvimento
da imigração e do trabalho livre. Para estes, a escravidão aparecia como um
obstáculo à promoção da imigração. Mas enquanto os  fazendeiros das zonas
pioneiras podiam encarar com simpatia o projeto de introduzir imigrantes em suas
fazendas, a maioria dos fazendeiros das zonas cafeeiras mais antigas do Vale do
Paraíba ou do oeste paulista, onerados por dívidas  e às voltas com a queda de
produtividade dos seus cafezais e que, por isso mesmo, tinha dificuldades em atrair
trabalhadores livres, continuava apegada ao trabalho escravo. A contrastante atitude
dos fazendeiros das zonas pioneiras e das zonas decadentes não pode ser explicada
em termos meramente psicológicos ou ideológicos, como sugeriram alguns autores.
Não se trata de opor pura e simplesmente uma mentalidade senhorial a uma
empresarial, mas de contrastar duas condições  objetivamente diversas que
permitiram a uns assistir com relativa indiferença aos progressos do abolicionismo e
levaram outros a defender até o último instante a ordem tradicional.

 A despeito da grande dificuldade de circunstâncias enfrentadas pelos
proprietários de escravos – o que explica em parte a diversidade de comportamento
-, a verdade é que as transformações na economia e  na sociedade tornaram
gradativamente o trabalho livre uma alternativa mais viável, quando não mais
vantajosa, do que jamais fora. As mudanças econômicas, no entanto, não são
suficientes para explicar a abolição. Outros fatores, igualmente importantes,
contribuíram para desqualificar o trabalho escravo. Não tivessem as leis do Ventre
Livre e dos Sexagenários – por mais modestos que tenham sido seus resultados
práticos imediatos – questionado a legitimidade da  propriedade escrava e
condenado a instituição a desaparecer a longo prazo; não fosse a agitação
abolicionista levantar suspeitas sobre a legitimidade da propriedade escrava e a
produtividade do escravo; não fosse, finalmente, a  rebelião das senzalas e a
conseqüente desorganização do trabalho nas fazendas – a instituição provavelmente
teria sobrevivido até o século XX. Todas essas circunstâncias, que não podem ser
medidas em termos de  imput  e  output, investimento e taxas de lucro, afetaram a
maneira pela qual os fazendeiros avaliaram as vantagens e desvantagens do trabalho
escravo e determinaram as atitudes que assumiram em face dos projetos de abolição
apresentados ao parlamento.

 Os abolicionistas pertenciam, na sua maioria, ao que se convencionou
chamar de “classes médias” urbanas. Muitos dos que se filiaram à Confederação
Abolicionista eram médicos, engenheiros, industriais, professores, advogados,
jornalistas, escritores, artistas ou políticos profissionais. Alguns descendiam de
tradicionais famílias de fazendeiros, outros vinham da burguesia urbana emergente.
Havia ainda, entre eles, homens de origem modesta, mulatos que tiveram acesso às
camadas superiores da sociedade mediante o sistema  de clientela e patronagem.
Muitos estavam comprometidos por laços familiares, profissionais ou políticos com
as oligarquias rurais, mas, apesar dessas conexões, eram menos dependentes da
ordem escravista do que os fazendeiros e revelavam-se, em geral, mais acessíveis à
propaganda abolicionista. Quem esperar, no entanto, encontrar unanimidade entre
esses grupos está fadado ao desapontamento, pois é  possível encontrar entre eles
muitos indivíduos que continuaram fiéis às oligarquias, defendendo com ardor os
interesses escravistas.

 (...) Mas se houve pretos e mulatos que se distinguiram nas fileiras do
abolicionismo, foram também numerosos os que defenderam a escravidão ou
permaneceram indiferentes à causa da abolição. O abolicionismo não se definiu em
termos puramente raciais. Houve muito preto que não foi abolicionista e,
paradoxalmente, fervorosos líderes abolicionistas brancos, como Nabuco, não eram
isentos de preconceito racial.

 Se o abolicionismo ganhou adeptos entre categorias urbanas, esbarrou na
indiferença, se não na oposição organizada das camadas rurais. Pequenos
proprietários e trabalhadores livres das zonas rurais não raro ficaram imunes ao
apelo dos abolicionistas e deram seus votos aos candidatos dos proprietários de
escravos, de cuja clientela faziam parte.

 (...) Nem as mudanças estruturais na economia, nem a diminuição relativa da
população escrava e o crescimento da população livre, nem as tentativas de
substituir o escravo pelo imigrante, nem a retórica dos abolicionistas, nem a
legislação emancipadora que pairava como ameaça sobre os senhores de escravos
desde 1871, nem todas essas condições somadas são suficientes para explicar a
aprovação final da lei que aboliu a escravidão em 13 de maio de 1888. É verdade
que, de uma maneira ou de outra, todas aquelas condições solaparam
gradativamente as bases de sustentação do regime escravista, tornando o
investimento em escravos cada vez mais arriscado e o trabalho livre cada vez mais
viável. Mas, como foi visto, os representantes das  áreas cafeeiras no parlamento
continuaram a resistir à pressão abolicionista até o início da década de 1880. O fator
decisivo na mudança de atitude dos fazendeiros das  regiões cafeeiras, principal
reduto do escravismo, foi a rebelião das senzalas. Fazer dela, no entanto, a causa
fundamental da abolição é interpretar esse fato exclusivamente no âmbito dos
fenômenos de curta duração (situações conjunturais), minimizando as
transformações estruturais de longa duração que tornaram possível o sucesso da
insurreição dos escravos.

 Contando com a simpatia e o apoio de setores da população que se tinham
convertido ao abolicionismo, os escravos passaram a fugir em massa das fazendas,
desorganizando o trabalho e forçando os fazendeiros a aceitarem a abolição como
fato inevitável e até mesmo desejável, por ser a única maneira de pôr um paradeiro
à fuga dos escravos e de restabelecer a ordem nas fazendas. Com o objetivo de reter
mão-de-obra, muitos senhores de escravos concederam-lhes alforria, em troca de
prestação de serviços por um determinado número de  anos. As manumissões em
massa eram a resposta dos senhores à fuga dos escravos. Mas esse expediente não
foi suficiente para deter os escravos que continuaram a fugir das fazendas. Foi então
que os fazendeiros reconheceram a necessidade da abolição.

 Por mais importante, no entanto, que tenha sido a agitação dos escravos no
período imediatamente anterior à abolição, não seria ela capaz de destruir o sistema
escravista, não estivesse este já desmoralizado e relativamente inoperante em várias
regiões do país, onde outras alternativas para o problema da mão-de-obra haviam
surgido. Não fossem, portanto, as mudanças na estrutura econômica e social que
tornaram possível a utilização do trabalho livre, não tivessem os fazendeiros de café
e de açúcar encontrado alternativas para o trabalho escravo, não tivesse o
parlamento passado uma legislação emancipadora que  condenava a escravidão a
desaparecer gradualmente, não tivesse a campanha abolicionista convencido amplos
setores da população da injustiça do cativeiro e da legitimidade do protesto do
escravizado e a revolta dos escravos teria, de modo provável, sido violentamente
reprimida, como sucedera tantas vezes durante o período colonial. E provavelmente
nem mesmo os escravos teriam ousado tanto.

 A ação abolicionista foi vital para a criação de uma opinião pública favorável
à abolição. Faltasse a pressão que os abolicionistas exerceram no parlamento,
forçando a passagem de leis emancipadoras (ainda que elas fossem, de imediato,
relativamente inócuas); faltasse seu trabalho de educação da opinião pública, ora
apelando para o sentimentalismo do povo, ora falando aos interesses dos
fazendeiros ao argumentar em favor da superioridade do trabalho livre; faltasse o
trabalho dos grupos mais radicais que instigaram escravos a fugirem e lhes deram
cobertura, a abolição não teria ocorrido em maio de 1888. Por isso, têm razão os
que valorizam a ação abolicionista. Mas seria ingênuo pensar que os abolicionistas
poderiam ter se organizado e ser bem-sucedidos não  tivessem as condições
econômicas internas e internacionais se alterado de modo a tornar mais viável a
adoção do trabalho livre.

 Na falta de alternativas, os interesses escravistas mobilizados teriam tornado muito mais difícil, se não impossível, o trabalho dos abolicionistas. Essa foi a situação em que se encontraram José Bonifácio,
Burlamaque e outros, à época da Independência, quando falharam ao usar dos
mesmos argumentos utilizados cinqüenta anos mais tarde com sucesso por Joaquim
Nabuco em favor da abolição. Faltavam, na época da  Independência, condições
objetivas para a efetivação desse ideal. Não fossem, pois, as transformações
ocorridas na sociedade no decorrer do século XIX, o trabalho dos abolicionistas
teria sido muito difícil, se não impossível.

CONCLUSÕES
A abolição representa uma etapa no processo de liquidação do sistema
colonial no país, envolvendo ampla revisão nos estilos de vida e dos valores de
nossa sociedade. A Lei Áurea é o ponto culminante de um processo que se liga, de
um lado, à desagregação do sistema escravista no mundo e, de outro, às
modificações ocorridas na estrutura econômica e social do Brasil, na segunda
metade do século XIX.
 Durante mais de três séculos, a escravidão foi uma das peças fundamentais
do sistema colonial. No Brasil, e em outras regiões da América onde havia terra em
abundância e a mão-de-obra era escassa e pouco adaptada aos serviços da lavoura, o
desenvolvimento da economia de exportação determinou a concentração da
propriedade e acarretou intenso tráfico de escravos.

 As fazendas funcionavam como uma unidade produtora semi-autônoma.
Produziam, além do açúcar, quase tudo o que era necessário ao consumo, desde
alimentos e vestuário até o mobiliário e os materiais de construção. Para atender a
todas as necessidades, era preciso manter em atividade incessante um grande
número de escravos que se ocupavam dos mais variados misteres. Dedicavam uns à
produção de víveres, outros às lides da lavoura da cana e fabrico do açúcar. Havia
ainda os empregados na construção e conservação dos caminhos e os encarregados
que tinham por incumbência o acondicionamento e transporte dos produtos, sem
falar num sem-número de tarefas menores.

 Formou-se na sociedade colonial uma poderosa oligarquia rural: uma
minoria que se defrontava com o grupo de mercadores e funcionários da Coroa e
que se alçava sobre um pequeno número de trabalhadores livres: artesãos e
agregados e uma grande população de escravos. Fazia parte do quadro um regime
de autoritarismo e arbitrariedades que começava na senzala, onde se consagrava o
princípio da submissão do escravo ao senhor e se estendia a toda a sociedade, com a
sujeição da mulher ao marido, do filho ao pai, do agregado ao patrão. A lei, os
costumes, as instituições e as ideologias refletiam essa realidade. A ação da justiça
detinha-se nos limites das fazendas onde a vontade  do senhor era soberana. Os
fazendeiros tinham os seus capangas que compunham sua guarda pessoal. A
religião era cultuada nas capelas dos engenhos e em igrejas das vilas e povoados
que dependiam em grande parte das doações senhoriais. Essa situação favorecia a
criação de fortes vínculos entre o clero e a camada senhorial. Comprar terras e
escravos constituíam os valores básicos dessa sociedade.

 Com a vinda de D. João VI para o Brasil, rompeu-se o regime de monopólio
comercial em que a colônia vivera até então. O país ligava-se diretamente aos
mercados europeus e às correntes capitalistas internacionais. A abertura dos portos
veio, no entanto, de uma certa maneira, reafirmar o caráter colonial da economia,
pois, ao mesmo tempo que os artigos manufaturados europeus invadiram os nossos
mercados, cresceu a demanda de produtos tropicais,  o que reforçou a tendência
agrária e o escravismo.

 Ao iniciar-se o século XIX, o ritmo de trabalho nas áreas açucareiras não era
muito diverso do que vigorava há quase trezentos anos. Os aperfeiçoamentos
técnicos introduzidos durante os séculos anteriores não tinham alterado
substancialmente o sistema de produção. O açúcar continuava a ser obtido por
processos manuais e rotineiros. O lombo do burro, o carro de boi e a barcaça
constituíam os meios usuais de transporte. Os portos eram mal aparelhados e a
comunicação com a Europa fazia-se em navios a vela.

 Depois da Independência, os grupos ligados à grande lavoura que tinham em
grande parte o controle do poder, realizaram uma política favorável à exportação de
produtos agrícolas e se opuseram, em geral, a medidas que visassem estimular a
industrialização do país. A indústria não se desenvolveu, quer por falta de condições
locais, quer pela impossibilidade de enfrentar a concorrência européia,
principalmente a da indústria inglesa, amplamente favorecida por tratados
comerciais. Continuamos a importar a maior parte das manufaturas. Os produtos
básicos da nossa economia: açúcar, algodão, cacau ou fumo dependiam quase
exclusivamente do mercado internacional. Faltavam,  nessa época, condições para
criação de um mercado interno. A precariedade das vias de comunicação e a
deficiência dos meios de transporte limitavam a produção. Os fretes eram elevados,
a circulação lenta e a distribuição difícil. A rede de transportes, criada em razão da
economia exportadora, estava voltada para o exterior: as melhores estradas ligavam
o interior com o litoral. A comunicação por via terrestre entre as províncias
continuava tão má que se preferia a via marítima. A população livre era diminuta e,
com exceção de uma minoria, vivia à margem da economia exportadora. Vegetava
em choças miseráveis, vestia-se pobremente, alimentava-se mal. Sem recursos,
ignorante e atrasada, tinha poucas ambições e escassas possibilidades.
 As primeiras fazendas de café organizaram-se em moldes tradicionais e o
desenvolvimento da economia cafeeira provocou a intensificação do tráfico de
escravos. Repetia-se o quadro da ordem escravista: os métodos de aproveitamento
da terra, o sistema de transporte, o modo de utilização da mão-de-obra, as relações
entre os componentes da sociedade eram aproximadamente os mesmos. O
fazendeiro de café do Vale do Paraíba tinha muito em comum com o senhor de
engenho do Nordeste. Cedo se improvisaria na Corte  uma nova aristocracia: os
barões do café, que, ao lado dos senhores de engenho, ocupariam cargos no
conselho de Estado, no senado, na câmara e na administração das províncias e que
iriam defender, no parlamento, a continuidade do tráfico e a permanência da
escravidão.

 O monopólio das melhores terras pela grande lavoura, fenômeno observado
de norte a sul do país, a debilidade do mercado interno e finalmente a
impossibilidade de participar da economia de exportação que demandava grandes
investimentos em terras e escravos impediam o desenvolvimento da pequena
propriedade. Ao imigrante, ofereciam-se duas opções igualmente desencorajantes:
ou dedicar-se à cultura de subsistência ou trabalhar nas fazendas de café como
agregado ou colono, em situação não muito diversa da do escravo. Nos núcleos
urbanos as possibilidades de ascensão eram muito limitadas. O escravo continuava a
representar, no campo e na cidade, a principal força de trabalho. Não é pois de
estranhar que a grande maioria das experiências colonizadoras patrocinadas pelo
governo, nessa época, tenha fracassado.

 A sociedade organizava-se em razão do sistema escravista e as instituições
adequavam-se a essa realidade. Nas zonas rurais o senhor exercia livremente seu
domínio. A polícia e a justiça não constituíam impedimento às suas arbitrariedades,
seus membros recrutados entre as categorias dominantes ou pertencentes à sua
clientela colaboravam para a manutenção do regime. O poder legislativo, onde os
fazendeiros tinham larga representação, defendia interesses senhoriais.
Multiplicavam-se as posturas municipais e as leis destinadas a restringir os riscos de
insurreição e punir os crimes cometidos por escravos. A Igreja, por seu lado,
aceitava sem protestos a permanência da escravidão. O clero, comprometido com a
ordem social existente, esforçava-se por conciliar os ditames da moral religiosa com
os interesses econômicos e financeiros, limitando-se a recomendar aos senhores
brandura e benevolência e aos escravos obediência e resignação.
 Entre a casa grande e a senzala houve sempre uma tensão permanente que os
mecanismos de acomodação e controle social mal conseguiram disfarçar. Nem a
“benevolência patriarcal” com que às vezes se tratava os escravos, nem a dureza dos
castigos físicos aplicados com o objetivo de intimidá-los conseguiram evitar a
indisciplina e a revolta. Insurreições, fugas e crimes expressavam, por toda parte, o
protesto do escravizado. O sistema escravista assentava-se na exploração e na
violência e recorria à violência para se manter.

 Na primeira metade do século XIX, enquanto o sistema escravista parecia
consolidar-se no Brasil, a Revolução Industrial e o desenvolvimento do capitalismo
criavam, na Inglaterra, condições para o advento de uma política contrária à
escravidão. Formavam-se grupos sociais ligados à indústria, e interessados na
ampliação de mercados. Desenvolvia-se uma ideologia antiescravista. Os líderes
abolicionistas promoviam intensa campanha contra o  tráfico, conseguindo, em
1807, a sua proibição. Daí por diante o governo britânico passou a exigir que as
demais nações interrompessem definitivamente o comércio de escravos. Gerava-se
assim uma profunda contradição entre a política britânica e os interesses das
camadas senhoriais no Brasil, o que se agravava pelo fato de boa parte da produção
nacional ser exportada para a Inglaterra de onde vinham capitais e produtos
manufaturados.

 A crise do sistema escravista na escala internacional repercutirá de duas
maneiras no Brasil: primeiramente através de uma pressão direta da diplomacia
britânica junto ao governo brasileiro, forçando a decretação de medidas contra o
tráfico e, em segundo lugar, pela divulgação de idéias contrárias à escravidão. Mas
tanto os esforços do governo inglês como as razões  argüidas contra a escravidão
esbarrariam na resistência tenaz dos representantes da grande lavoura que
continuavam a considerar o escravo um instrumento indispensável.
 O progresso da Revolução Industrial acentuou as contradições que minavam
o sistema escravista. Os navios britânicos perseguiam os [navios] negreiros em
águas brasileiras, provocando numerosos conflitos.  A situação tornou-se
insustentável. Atuando no campo dessas contradições e utilizando pontos de vista
defendidos pela ideologia antiescravista, alguns políticos conseguiram, em 1850, a
aprovação da lei que fez cessar definitivamente o tráfico.

 Essa medida, embora de grande significado a longo prazo, não foi suficiente
para alterar de imediato o regime de trabalho. Os fazendeiros de café,
impossibilitados de importar escravos diretamente da África, como vinham fazendo
até então, mandaram buscá-los no Nordeste e em outras regiões do país. Um tráfico
intenso se estabeleceu entre as zonas decadentes e  as áreas novas. As províncias
cafeeiras reuniram, em pouco tempo, dois terços da população escrava do país. Por
toda parte, verificou-se a concentração da mão-de-obra escrava na grande lavoura, o
que veio, indiretamente, favorecer a transição para o trabalho livre nas zonas
urbanas [escravos das cidades sendo recrutados para o campo abriam “vácuos” para
o trabalho livre].

 A redistribuição da mão-de-obra permitiu adiar por alguns anos o problema,
mas criou novas contradições que se iriam agravar com o passar do tempo: entre a
cidade e o campo, entre as províncias onde o “trabalho servil” perdia importância e
as regiões em que representava a principal força de trabalho.
 O aumento da população livre, o processo de urbanização, a melhoria dos
sistemas de transportes e vias de comunicação favoreceram a ampliação do mercado
interno. Igualmente importante foi a substituição dos barcos a vela pelos navios a
vapor, mais rápidos e de maior tonelagem. A economia se tornou mais diversificada
e complexa. Esboçava-se um processo de industrialização que, embora pouco
expressivo no total do complexo econômico do país, significou a criação de novas
perspectivas e a formação de uma mentalidade nova.  Surgiram grupos sociais
menos comprometidos com a escravidão. Os indivíduos ligados às profissões
liberais, ao comércio de retalho, ao sistema de transporte, às indústrias, ao
artesanato e outras atividades urbanas seriam mais  acessíveis às idéias
abolicionistas do que os elementos pertencentes às camadas senhoriais, dependentes
do trabalho escravo.

 A dificuldade crescente de obter mão-de-obra constituía um entrave à
expansão das lavouras. Os altos preços a que os escravos tinham chegado, o elevado
custo de sua manutenção tornavam pouco conveniente o seu emprego, tanto mais
que se pagavam ao trabalhador livre salários extremamente baixos. A aquisição de
escravos passou a significar uma imobilização de capital pouco vantajosa. Os
fazendeiros começaram a interessar-se por outras iniciativas: associaram-se à
construção de vias férreas, incorporaram-se na criação de bancos, promoveram a
vinda de colonos, inverteram capitais na compra de  máquinas para melhorar o
sistema de produção. Surgiram na década de 1870 condições mais favoráveis à
imigração. As transformações ocorridas na Itália depois da unificação levaram à
miséria milhares de camponeses que se dispuseram a  emigrar. Os fazendeiros do
oeste paulista resolveriam o problema do trabalho substituindo o escravo, que se
revelava cada vez menos adequado à nova realidade,  pelo colono italiano. O
movimento imigratório entretanto só se intensificou realmente, a partir de 1886,
com o agravamento da crise do sistema escravista.

 A adesão de alguns setores da lavoura à idéia de emancipação foi decisiva
para a vitória parlamentar do movimento e explica, em parte, o seu caráter pacífico.
Mas é preciso reconhecer que o apoio final dos fazendeiros à Abolição resultou
principalmente da pressão exercida pelos próprios escravos que, instigados pelos
abolicionistas, abandonaram as fazendas, desorganizando o trabalho e criando em
certas áreas um ambiente insustentável. A revolta das senzalas deu o golpe
definitivo no sistema escravista.

 Condenada pelas mudanças ocorridas na estrutura econômica brasileira, a
escravidão perdera gradativamente seu suporte ideológico. As instituições que
outrora funcionavam coerentes com a ordem escravista revelaram-se permeáveis à
propaganda abolicionista. As causas pleiteadas em nome de escravos encontravam
maior acolhida na justiça. O parlamento aprovava leis emancipadoras que, embora
na prática resultassem pouco eficazes, significavam uma concessão à pressão
abolicionista, e exerciam grande efeito psicológico sobre a coletividade. Em 1887, o
exército recusava-se a perseguir escravos fugidos e a Igreja manifestava-se
oficialmente em defesa do cativo. No ano seguinte, um simples ato legal extinguia a
escravidão, sem que houvesse convulsão social ou abalos profundos na economia.
 Realizada no plano político-parlamentar pelas categorias dominantes, mais
interessadas em libertar a sociedade do ônus da escravidão, do que em resolver o
problema do negro, a Abolição significou apenas uma etapa jurídica na
emancipação do escravo que, a partir de então, foi abandonado à sua própria sorte e
se viu obrigado a conquistar por si sua emancipação real.
 Nas regiões mais dinâmicas e progressistas, a lei veio apenas consolidar uma
situação de fato; nas outras, ela representou um golpe de morte numa economia
decadente, e a maioria dos fazendeiros onerados por dívidas não mais conseguiram
recuperar-se.

 A Abolição não significou a destruição imediata da ordem tradicional. O país
continuou predominantemente agrário, apoiando-se na exportação de produtos
tropicais. Manteve-se intacto o sistema de propriedade. As condições de vida dos
colonos continuaram precárias na maioria das fazendas, e só melhoraram quando o
progresso da industrialização e da urbanização abriram novas perspectivas. O negro,
marcado pela herança da escravidão, não estando preparado para concorrer no
mercado de trabalho e tendo de enfrentar toda sorte de preconceitos, permaneceu
marginalizado. Alguns estereótipos e preconceitos elaborados durante o período
escravista mantêm-se até hoje, e só recentemente [estamos em 1966] se cogitou, no
parlamento, de melhorar as condições de vida do trabalhador rural. O processo de
modernização da economia atingiu apenas algumas áreas e segmentos limitados da
sociedade brasileira. As estruturas arcaicas não foram totalmente eliminadas e em
muitas regiões persistem quase inalteradas, criando uma sucessão de quadros
humanos e de paisagens tão diversas que permitem definir o Brasil como uma terra
de contrastes.

 A Abolição representou uma etapa apenas na liquidação da estrutura
colonial. A classe senhorial diretamente relacionada com o modo tradicional de
produção e que constituía o alicerce da monarquia foi profundamente atingida. A
Coroa perdeu suas últimas bases. Uma nova classe dirigente formava-se nas zonas
pioneiras e dinâmicas. A nova oligarquia, ainda predominantemente agrária,
assumiu a liderança com a proclamação da República Federativa que veio atender
aos anseios de autonomia, que o sistema monárquico unitário e centralizado não era
capaz de satisfazer. A história da Primeira República estará desde suas origens até
1930 marcada pela sua atuação.
 Abolição e República significam, de uma certa forma, a repercussão, no nível
institucional, das mudanças que ocorreram na estrutura econômica e social do país 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

SIMULADÃO DE HISTÓRIA


História Antiga

Grécia Antiga


1 – (FGV-SP) Em 594 a.C., Sólon foi indicado como magistrado de Atenas e iniciou reformas, que incluíam:

a) A abolição da escravidão e da propriedade privada.
b) O ostracismo e abolição da escravidão em Atenas.
c) Instituição da escravidão por dívidas e supressão das hipotecas que oneravam os agricultores pobres.
d) Supresão das hipotecas que oneravam os agricultores pobres, a abolição da escravidão por dívidas e dividiu a sociedade censitariamente.


2 – (SIMULADÃO) “o governo civil (...) pertence a todos os que são livres e iguais.”(Aristóteles, Política, 1255b.)

Sobre a Democracia ateniense podemos afirmar:

a) A Democracia foi inaugurada por Drákon.
b) A Democracia ateniense, apesar da isonomia (igualdade de todos), excluía as mulheres atenienses, metecos (estrangeiros) e os escravos.
c) A Democracia ateniense era aristocrática.
d) A Democracia ateniense era representativa, onde os cidadãos votavam em políticos que seriam seus representantes na Eclésia, a assembléia popular.


3 – (SIMULADÃO) Observe as imagens abaixo e marque a alternativa correta:
                                                                        
Lápide Funerária de um pedagogo. (100 a. C.).
  


A agricultura em Atenas. Ânfora do Séc. II.

Em relação ao trabalho realizado em Atenas podemos afirmar que:

a) Os servos trabalhavam em atividades diversas, mas principalmente na agricultura.
b) Os assalariados realizavam trabalhos como de pedagogos, educando as crianças de Atenas.
c) Os escravos trabalhavam somente em atividades agrícolas, já os metecos (estrangeiros) podiam trabalhar na educação das crianças em Atenas.
d) Os escravos eram utilizados em trabalhos dos mais diversos como, por exemplo, nas atividades rurais agrícolas e nas urbanas como as de pedagogo, na educação das crianças atenienses.

4 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
“Não dará boas provas de si na luta se não for capaz de encarar a morte sangrenta na peleja e de lutar corpo-a-corpo com o adversário. Isso é arete (virtude), este é o título mais alto que um jovem pode alcançar. É bom para a comunidade, que o homem se mantenha com o pé firme frente aos combatentes.”(Poema de Tirteu, poeta Espartano, século V a.C.)

Sobre a sociedade espartana podemos afirmar:

a) Esparta era uma sociedade democrática, sendo governada por políticos ilustres como Licurgo.
b) Esparta era uma sociedade aristocrática e militarizada, sendo governada pelos Esparciatas.
c) Esparta era uma sociedade democrática e militarizada, sendo governada pelos eupátridas.
d) Esparta era uma sociedade com um governo republicano, sendo liderada por seus senadores

5 - (SIMULADÃO) Em relação ao trabalho realizado em Esparta, podemos afirmar que:

a) Os Espartanos trabalhavam em atividades diversas, principalmente no artesanato.
b) Os escravos eram predominantes, trabalhavam nas atividades agrícolas e urbanas.
c) Os assalariados eram utilizados em trabalhos dos mais diversos como, por exemplo, nas atividades rurais agrícolas e nas urbanas como as de artesãos.
d) Os Espartanos não realizavam trabalhos manuais, rurais ou urbanos; estes eram realizados pela população servil relativamente numerosa, conhecida como hilotas, que pertenciam ao Estado.

6 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“Homero e Hesíodo atribuíram aos deuses tudo o que para os homens é vergonha: roubo, adultério e fraudes recíprocas. Mas os mortais imaginaram que os deuses são engendrados, têm vestimentas, voz e forma semelhantes a eles.” (Filósofo grego Xenófones de Cólofon, 580-460 a.C)

A partir do texto acima, podemos afirmar sobre a religião da Grécia antiga que:

a) Era Monoteista, pois havia a crença em um Deus.
b) Era Teocêntrica, Deus era o cêntro do universo para os gregos antigos.
c) Era Politeista, pois havia a crença em um Deus.
d) Era Politeista, havia a crença em diversos deuses, e Antropomórfica, pois os deuses, pela forma, se assemelhavam aos homens.


Roma Antiga

7 - (SIMULADÃO) “Conta o historiador romano Tito Lívio que o orgulhoso rei Tarqüinio sob um despotismo indisfarçável, perdeu o trono derrubado por uma conjuração patrícia”

Sobre o fim da monarquia e o início da República romana é correto:

a) Tarqüinio, o Soberbo, foi derrubado do trono por um levante popular plebeu.
b) Os patrícios derrubaram o rei e estabeleceram uma ditadura de seis meses.
c) O fim da monarquia deccoreu de um golpe aristocrático que instalou em Roma a supremacia do poder senatorial.
d) Tarqüinio foi derrubado e foi estabelecida uma República democrática plebéia em Roma.

8 - (UFPA-2001) As conseqüências do expansionismo romano levaram a República ceder lugar ao Império na Roma antiga. Em relação à ordem imperial, afirma-se que:

a) Houve a concentração dos poderes de Roma nas mãos do imperador Otávio Augusto.
b) A organização do Império contou com a participação popular plebéia.
c) O Império nasceu das derrotas da República nas Guerras Púnicas no século II a.C.
d) As bases do Império foram, politicamente, sustentadas pelo senado e pelos plebeus romanos.

9 - (SIMULADÃO) “não há felicidade sem uma boa constituição política; não há paz, não há felicidade possível, sem uma sábia e bem organizada República.” (Do senador e cônsul romano Marco Túlio Cícero, 43 a.C., Da República, livro V.)

Sobre a República da Roma antiga é correto afirmar:

a) O poder político estava concentrado nas mãos dos reis etruscos, como Tarqüinio, o Soberbo.
b) O poder político era exercido pelos tribunos da plebe, como os irmãos Tibério e Caio Graco.
c) O poder do Senado sobrepunha-se aos demais, tornando-se órgão máximo da República.
d) O poder político estava concentrado nas mãos do Imperador, assim como o militar e econômico.

10 - (Fuvest-2000) Roma expandiu-se consideravelmente pelo Mediterrâneo no período republicano. No século II a.C., foram conseqüências dessa expansão:
a) O aparecimento da classe média e o desaparecimento dos latifúndios.
b) O afluxo de riquezas e o crescimento do número de escravos.
c) O aumento da população rural na Itália e a diminuição da população urbana.
d) A formação de pequenas propriedades e o fortalecimento do sistema assalariado.


Respostas1-d, 2-b, 3-d, 4-b, 5-d, 6-d, 7-c, 8-a, 9-c, 10-b.


História Medieval


1 - (SIMULADÃO) Observe a imagem abaixo:
                                                                 
A partir da imagem acima, marque a alternativa correta sobre a Europa medieval e o feudalismo:

a) havia o trabalho assalariado de homens livres no comércio das cidades.
b) havia o trabalho escravo de negros africanos nas atividades agrárias auto-suficientes dos feudos.
c) predominava o trabalho servil dos camponeses nas atividades agrárias auto-suficientes dos feudos.
d) predominava o trabalho escravo dos camponeses nas atividades agrárias dos feudos.


2 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“Eu, Luís, rei da França, torno público (...) que em Nantes, o conde Henrique de Champagne concedeu o feudo de Savigny a Bartolomeu, bispo de Beauvais. E por esse feudo o mencionado bispo empenhou a palavra e assumiu o compromisso de cavaleiro de servir com justiça ao conde Henrique.”(Concessão de um feudo ao bispo de Beauvais.)

A partir do texto acima, a política e as relações de poder medieval eram:

a) Baseadas no Liberalismo político.
b) Atribuidas à Igreja Católica, já que o clero exercia o poder excutivo medieval.
c) Atribuídas aos servos camponeses pela relação de recebimento de terras e tributos pelos nobres, como a talha e corvéia.
d) Baseadas nas relações de suserania e vassalagem, onde os nobres suseranos cediam terras a outros nobres que as recebiam e tornavam-se vassalos fiéis, a partir daí, aos suseranos.


3 - (SIMULADÃO) “A designação deriva de Jacques Bonhomme, que designava genericamente um camponês e era usada pejorativamente”.

No mundo medieval, o que foi a Jacquerie:

a) O trabalho servil forçado dos camponeses.
b) O trabalho dos camponses escravos nos feudos.
c) Uma revolta camponesa que ocorreu na França em 1358, contra a opressão sofrida pelos servos.
d) Uma guerra entre nobres e camponeses na França, em 1700.


4 - (SIMULADÃO) “Há Um só senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.” (Epístola de S. Paulo Apóstolo aos Efésios 4, 5, 6.)

O Cristianismo, religião hegemônica na Europa medieval tem como fundamentos:
a) O Politeismo, pois era uma religião com diversos deuses, e o Antropocentrismo.
b) O Culto a Alá, cujo profeta fora o árabe Maomé.
c) O Monoteismo, a crença em um único Deus, e o Teocentrismo, Deus como centro do Universo.
d) O Culto a deuses vinculados à natureza, cujo principal deus era Tupã.

Respostas: 1-c, 2-d, 3-c, 4-c.


História da América Pré-Colombiana

1 - (SIMULADÃO) “Inspecionamos em Chinchao [no atual Peru] 33 índios que estavam encarregados das folhas de coca; eles chegam aqui vindos de todas as colônias...” (Ortiz de Zuñiga. Visita de La Província de Huánaco, Peru, 1562.)

A partir do texto acima, é correto afirmar sobre as civilizações americanas pré-colombianas, no aspecto sócio-econômico:

a) Incas, Maias e Astecas tinham sua base sócio-econômica baseada na escravidão de tribos rivais.
b) Incas, Maias e Astecas tinham sua base sócio-econômica baseada na servidão coletiva de aldeões.
c) Os índios Tupinambá escravizavam outras tribos para trabalharem nas aldeias.
d) Os Incas escravizaram os Astecas que passaram a serem explorados para trabalhos forçados.


2 - (SIMULADÃO) Observe a imagem abaixo:

                                                   

A Antropofagia Tupinambá consistia em:

a) Uma forma de diminuir a densidade demográfica nas aldeias Tupinambá.
b) Um hábito alimentar Tupinambá.
c) Um ritual de guerra e vingança Tupinambá.
d) Pura selvageria e barbárie dos Tupinambá.

3 - (FGV-1995). Com relação às populações indígenas brasileiras, não é correto afirmar:

a) para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam queimadas.
b) quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea e única em termos culturais e lingüísticos.
c) ao longo do período colonial, grupos de tupis uniram-se para enfrentar os invasores europeus.
d) feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantadas pelas nações indígenas no Brasil.

4 - (SIMULADÃO) Observe a imagem abaixo:
                                                                         

A partir da imagem acima, é correto afirmar sobre as civilizações pré-colombianas:

a) Incas e Astecas matavam seres humanos, pois faziam parte de sua dieta alimentar.
b) Seres humanos eram sacrificados a fim de diminuir e controlar a densidade demográfica das civilizações pré-colombianas
c) Para os Incas e Astecas o sacrifício humano cerimonial e a guerra para capturar vítimas para os sacrificios eram suas atividades religiosas e sócio-políticas centrais.
d) Incas e Astecas não realizavam o sacrifício humano, pois consideravam um ato de guerra.

Respostas: 1-b, 2-c, 3-b, 4-c.


História Moderna

1 - (SIMULADÃO) “O Estado sou Eu” (“L’Etat c’est moi”). Está frase foi dita no século XVII pelo rei conhecido como rei Sol, cujo governo marcaria:

a) a implantação do regime Republicano francês com a supremacia política da burguesia.
b) a instalação do Socialismo na França.
c) o apogeu da centralização política na França durante o governo de Luís XIV.
d) a democratização política francesa com forte participação popular através do voto direto.

                                                                                     
2 - (UFPA - 2010) Hyacinthe Rigaud foi um artista francês que pintou a mais conhecida tela com a imagem do rei Luís XIV, da França.


Entre os inúmeros símbolos mostrados no quadro está a flor-de-lis, uma figura heráldica muito associada à monarquia e aos reis franceses. Com base na leitura da imagem acima e nos conhecimentos sobre o absolutismo europeu, é correto afirmar:

a) Luís XIV foi um rei perdulário apenas interessado na moda, na vida fútil da corte e na riqueza de seus palácios, avesso que era aos negócios de Estado ou à vida política.
b) A palavra lis é uma contração de “Louis”, nome de Luís XIV, o primeiro a utilizar o símbolo a flor-de-lis no reino da França.
c) O trono real com dossel foi criado por Luís XIV para representar a posição máxima do poder monárquico francês.
d) Na mão direita está o cetro; no lado esquerdo, a espada; sobre a almofada, a coroa real, como símbolos de autoridade, poder e legitimidade.

3 - (SIMULADÃO) Segundo Bossuet, “Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e são seus representantes na terra”. (BOSSUET, Jacques. Política Tirada da Sagrada Escritura).

Segundo o texto acima, Bossuet afirmava que:

a) O poder em uma sociedade deveria ser exercido pelo povo diretamente.
b) O poder em uma sociedade deve ser exercido pelos monarcas soberanos, já que eram os verdadeiros representantes de Deus na Terra.
c) Como todo poder vem de Deus, é a Igreja Católica que deveria governar as sociedades da época.
d) O poder deriva de Deus, logo é o próprio Deus que deve governar a sociedade.

4 - (SIMULADÃO) O Renascimento na Europa possuiu como característica:
a) A valorização do teocentrismo medieval, dando ênfase a elementos do Cristianismo.
b) Ajudou a combater o paganismo, sendo assim apoiado diretamente pela Igreja Católica.
c) A valorização de uma cultura laica, racional e naturalista, opondo-se a uma cultura exclusivamente religiosa.
d) Houve, nas obras renascentistas, representações ligadas à vida no campo, ou seja, revelava uma valorização do mundo feudal europeu.


5 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e responda:

“Em Giotto, Cristo é realmente o filho do homem. Os acontecimentos da história sagrada tornam-se acontecimentos terrenais, situam-se bem no mundo humano, e não mais no além.”. (FICHER, Ernst. A necessidade da arte. Rio de Janeiro. Zahar, 1971.)

Qual é o elemento indicado no texto acima que confirmam o pintor Giotto como um renascentista?

a) O elemento é a valorização da cultura religiosa.
b) Em Giotto há a presença da valorização do paganismo em suas obras.
c) O elemento é o fato de Cristo ser filho de Deus.
d) É o humanismo, a valorização do homem nas obras de Giotto.


6 - (SIMULADÃO) As
 95 Teses de Martinho Lutero na Alemanha e o Ato de Supremacia de Henrique VIII na Inglaterra, contribuíram para:

a) implantar o catolicismo e fortalecer o poder da Igreja católica nos países citados acima.
b) restaurar antigos direitos feudais na Alemanha e na Inglaterra.
c) divulgar o paganismo nestes países.
d) promover a reforma protestante na Alemanha e a reforma anglicana na Inglaterra respectivamente.

7 - (SIMULADÃO) Leia abaixo uma das 95 Teses de Martinho Lutero e responda sobre o que Lutero esta falando:

"21. Erram os pregadores de indulgências quando dizem que pelas indulgências do papa o homem fica livre de todo o pecado e que está salvo."

a) Ele está elogiando a Igreja Católica e o perdão dos pecados aos seus fiéis.
b) Ele está elogiando o papa e o seu perdão.
c) Ele está criticando uma das práticas da Igreja Católica que era a venda das indulgências, ou seja, do perdão do papa dos pecados cometidos pelos fiéis.
d) Ele está criticando a Reforma religiosa na Alemanha e as novas Igrejas Protestantes.


8 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a questão correta:

Trecho de
 Os Lusíadas, obra de Luís de Camões:
“As armas e os Barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca d’antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana [ilha do Índico]
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
A Fé, o Império, e as terras viciosas [não-católicas]
De África e de Ásia andaram devastando...”

O texto faz referência:

a) Às cruzadas européias da época medieval.
b) Ao combate ao paganismo pela Igreja Católica.
c) Às Grandes Navegações e conquistas portuguesas pelos mares, no início da Idade Moderna.
d) Às Grandes Navegações e conquistas européias no Atlântico, na Idade Média.



9 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:

“Esta terra, Senhor (...) nela, até agora não podemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. (...) Porém, o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente. (...) Quanto mais disposição para nela se cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, o acrescentamento da nossa santa fé.”
(Seta-feira, 1° de maio de 1500. Carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de Portugal).

Quais os elementos que influenciaram a expansão marítima portuguesa nos séculos XV-XVI?

a) O elemento era a valorização da cultura religiosa.
b) O único elemento era o interesse mercantil.
c) Era a expansão do catolicismo, já que as grandes navegações eram realizadas pela Igreja Católica.
d) Era o interesse mercantil e a expansão e defesa do catolicismo em novas terras.



Respostas: 1 - c, 2 - d, 3 -b, 4 -c, 5 - d, 6 - d, 7 - c, 8 - c, 9 - d.




História Contemporânea



1 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:

“87.O homem nasceu, como já foi provado, com um direito à liberdade perfeita e empleno gozo de todos os direitos e privilégios da lei da natureza, assim como qualquer outro homem ou grupo de homens na terra.
95. Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza, ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio consentimento..”
(LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo Civil).

O texto acima pertence a um pensador Iluminista, quais ideais este defende e qual o ponto de vista dele em relação a estes ideais?

a) Este defendia a liberdade e a igualdade entre os homens e a manutenção de um governo absolutista e centralizador.
b) Ele defendia a liberdade, sobretudo, a libertação dos escravos nas colônias norte-americanas.
c) Este defende que os homens possuem a liberdade e a igualdade como direitos naturais e que o governo e a sociedade civil servem para preservar tais direitos.
d) Este defende que o Estado deve garantir aos cidadãos seus direitos, como de liberdade e igualdade, através de uma divisão equilibrada dos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.



2 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e responda sobre o que foi a Independência dos Estados Unidos:

“todos os homens nascem iguais; recebem do Criador certos direitos inalienáveis, entre os quais o da vida, o da liberdade e o de buscar a felicidade; sempre que qualquer forma de governo tenda a destruir esses fins, assiste ao povo o direito de mudá-lo ou aboli-lo.” (Declaração de Independência dos Estados Unidos da América, 4 de julho de 1776.)

a) Foi o processo de desenvolvimento industrial dos Estados Unidos.
b) Foi um processo econômico em que os Estados Unidos se tornaram a grande potência nas Américas.
c) Foi o rompimento da Inglaterra com os Estados Unidos da América.
d) Foi o rompimento dos norte-americanos com a metrópole (Inglaterra) grande indicador da ruína do Antigo Regime, pondo fim ao pacto colonial.


3 - (UFPA-2009) – Para o historiador Eric Hobsbawm “A Revolução Industrial assinala a mais radical transformação da vida humana já registrada em documentos escritos”. (HOBSBAWM, Eric. Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1983. p.13)

Sobre esse fenômeno, é correto afirmar que:

a) foi estabelecida uma nova forma de organização do trabalho produtivo havendo uma aceleração da produção domiciliar.
b) ocorreu uma modificação brusca na vida das sociedades humanas com o aparecimento das primeiras máquinas, que substituíram a manufatura e o trabalho artesanal dos homens.
c) expressivo comércio foi estabelecido entre as nações do continente europeu graças à utilização da mão-de-obra escrava ou servil nas fábricas com inovações tecnológicas.
d) a substituição da tecelagem pela máquina a vapor, no século XX, deu impulso ao comércio têxtil realizado entre as cidades industriais inglesas e as nações do continente americano.


4 - (SIMULADÃO) Os trabalhadores ingleses com o desenvolvimento industrial passaram a criticar duramente o processo produtivo industrial. Isto ocorreu principalmente porque:

a) Os trabalhadores foram submetidos ao trabalho escravo nas indústrias.
b) Realizavam-se longas horas de trabalho, com condições subumanas de vida e trabalho e com baixos salários.
c) O trabalho industrial absorveu somente a mão-de-obra servil dos camponeses na Inglaterra.
d) O trabalho assalariado era bem remunerado, prejudicando os lucros da burguesia proprietária.


5 - (SIMULADÃO) O texto abaixo refere-se ao movimento trabalhista chamado Luddismo:
“Nunca deporemos as armas até que a Câmara dos Comuns [Parlamento Inglês] aprove uma Lei para eliminar toda maquinaria prejudicial à Comunidade.. Nós não pedimos mais nada – assim não dá, temos que lutar.” (Assinado pelo General do exército dos Justiceiros, Ned Ludd.)

Qual era a proposta deste movimento?

a) Ele propunha o estabelecimento de leis para o desenvolvimento industrial na Inglaterra.
b) Ele propunha o início de uma guerra na Europa, pois queriam lutar.
c) Ele propunha a mecanização do setor têxtil na Inglaterra.
d) Ele propunha a destruição de todas as máquinas das fábricas na Inglaterra, pois essas geravam desemprego, exploração e baixos salários.


6 - (SIMULADÃO) Para o historiador Eric Hobsbawm “A Revolução Francesa é um marco em todos os países. Suas repercussões ocasionaram os levantes que levariam à libertação da América Latina depois de 1808”. (HOBSBAWM, Eric. Era das Revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 2005. p.85.)

Sobre esse fenômeno, é correto afirmar que:

a) Esta Revolução estabeleceu uma nova forma de organização do trabalho no mundo ocidental, pois pregava a libertação dos escravos em todo o mundo.
b) Esta Revolução defendeu os interesses e privilégios da nobreza francesa.
c) A Revolução Francesa foi promovida pelo Rei Luís XIV que devolveu ao povo francês o direito de participar das eleições na França, a partir de 1889.
d) A Revolução Francesa, que defendia o princípio de igualdade e de liberdade, se contrapunha à governos centralizadores e absolutistas.

                                                                       

7 - (SIMULADÃO) A imagem abaixo mostra ingleses em Esfinge no Egito (África), século. XIX:

Esta imagem mostra que a política imperialista européia fundamentou-se na:

a) Diplomacia amistosa, pois as nações européias buscaram uma relação amigável com as nações africanas.
b) Diplomacia do canhão, uma política colonizadora na África conseguida pela força.
c) Diplomacia pacífica, uma política de paz.
d) Diplomacia humanitária, uma política solidária aos problemas africanos.


8 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“O imperialismo europeu do século XIX encontrou na Índia e na China dois amplos mercados para exploração. Na Índia, produzia-se a droga do ópio que era vendida de forma forçada para um mercado consumidor na China, disseminando o vício entre os chineses e desagradando as autoridades desse país”.

No contexto do Imperialismo europeu na Ásia, a Guerra do Ópio (1841-42) representou:
a) O fechamento dos portos da China.
b) A eliminação da influência da Inglaterra na China.
c) A penetração e o domínio imperialista da Inglaterra na China.
d) A penetração e o domínio imperialista da Alemanha na Índia.


9 - (SIMULADÃO) A Primeira Guerra Mundial pôs em conflito:

a) A União Européia e os Estados Unidos da América.
b) As nações européias e a Rússia czarista.
c) A Inglaterra e os Estados Unidos da América.
d) Dois blocos político-militares antagônicos, a Tríplice Aliança (Alemanha, Áustria e Itália) e a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia).


10 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“Como se sabe, os jovens nacionalistas sérvios se organizavam em sociedades secretas para combater o governo do Império Austro-Húngaro. Destacou-se a Ujedinjenje ili smrt, conhecida como Mão Negra, que tramou um atentado contra o príncipe herdeiro Francisco Ferdinando, em 1914.”

A Primeira Guerra Mundial teve como causas principais:

a) As disputas entre Alemanha e Áustria, que disputavam a África.
b) Os desentendimentos entre Áustria e Itália, devido à crise Romana.
c) As disputas imperialistas das nações européias, o armamentismo e o assassinato do príncipe Francisco Ferdinando, considerado o estopim da guerra.
d) O assassinato do príncipe herdeiro Francisco Ferdinando foi a grande causa da guerra.


11 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“Parecia óbvio que o velho mundo estava condenado. A velha sociedade, a velha economia, os velhos sistemas políticos tinham, como diz o provérbio chinês “perdido o mandato do céu”. (...) A Revolução Russa pretendeu dar ao mundo esse sinal. Tornou-se portanto, tão fundamental para a história deste século quanto a Revolução Francesa de 1789 para o século XIX.”
(HOBSBAWM, Eric J. A Revolução Mundial. In: Era dos extremos... SP: C&A das letras, 1995. pp. 62-68.)


Podemos afirmar que a Revolução Russa corresponde:

a) A Revolução de 1917 que derrubara o governo democrático russo, que era dominado pela burguesia soviética, e a instalação do socialismo na Rússia.
b) A derrubada do governo monárquico russo e a instalação de um sistema político democrático.
c) As revoluções de 1917: a primeira, a Revolução de Fevereiro, derrubou a monarquia imperial czarista; a segunda, a Revolução Bolchevique ou de Outubro, organizada pelo partido bolchevique contra o governo provisório instalado na primeira fase.
d) A Revolução de 1917, liderada pelo partido bolchevique, que derrubou a monarquia imperial czarista da dinastia Romanov.



12 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

"A reorganização da Rússia sobre a base da ditadura do proletariado, sobre a base da nacionalização dos bancos e da grande indústria, da troca de gêneros e de produtos entre as cidades e as cooperativas de consumo dos pequenos camponeses, é perfeitamente possível do ponto de vista econômico. Esta reorganização tornará o socialismo invencível na Rússia e no mundo inteiro(...)". (Sobre a Conclusão de uma paz separada, de Vladimir Lênin (1918). In: MATTOSO, Kátia. Textos e documentos .... SP: Hucitec, 1997. pp. 161-163.)


Segundo as palavras de Lênin, podemos afirmar que a Revolução Russa visava estabelecer na Rússia:

a) Politicamente, um governo baseado na ditadura do proletariado e, economicamente, na grande indústria capitalista monopolista.
b) Politicamente, um governo baseado na ditadura dos camponeses e, economicamente, nas grandes cooperativas de consumo.
c) Um governo autoritário, centrado no poder de Lênin, líder do partido bolchevique.
d) A ditadura do proletariado e a nacionalização dos meios de produção.


13 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo.
“Para o Fascismo, a nação é o bem supremo. O Estado deve ser forte. (...) O Estado será policial e a Justiça estará às suas ordens. O Estado forte encarna-se num chefe, guia e salvador da nação, erguido da massa pelo impulso da sua personalidade; a sua palavra é a lei e a verdade.” (MICHEL, Henri. Os Fascismos. Lisboa: Dom Quixote, 1977. pp. 13-20.)

A partir do texto acima podemos afirmar que entre as características do Nazi-Fascismo estão:

a) O Socialismo de Estado, marcado pela valorização da nação, e a Ditadura do Proletariado, isto é, uma aliança entre os trabalhadores e seu líder político.
b) O Nacional-socialismo, baseado na valorização da nação e do povo, e a Democracia populista, baseada na autoridade do chefe de Estado, eleito pelo povo.
c) O Nacionalismo de Estado, com a nacionalização das indústrias e distribuição de terras para o povo, e o Autoritarismo, marcado pela autoridade do rei.
d) O Nacionalismo exarcebado, com a valorização nacional, e o Autoritarismo, marcado pela autoridade suprema dos líderes do Estado.


14 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
“Ficam proibidos os casamentos entre judeus e alemães ou pessoas de sangue alemão. As relações sexuais entre judeus e alemães são proibidas”. (Lei para a proteção do sangue e honra alemã, 1935).

As Leis de Nuremberg acima, publicadas em 1935, apresentam uma das características mais marcantes do nazismo alemão, esta seria:

a) O nacionalismo exarcebado, pois a nação deveria ser o bem supremo para todos os alemães.
b) O Anti-semitismo, a perseguição e exclusão dos judeus da vida pública na Alemanha.
c) O autoritarismo, um principio postulado no princípio da autoridade.
d) O anticomunismo, isto é, a oposição a idéias comunistas, já que a maioria dos comunistas eram judeus.


15 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
"Ao chegar, os prisioneiros eram despidos; todo seu cabelo era cortado. Em seguida eram agrupados e distribuídos como animais.
Em vários campos – Auschwitz foi o pior deles – testaram injeções destinadas a produzir esterilidade em mulheres, experiências tão devastadoras, tanto físicas como mentalmente, que as sobreviventes só podiam ser enviadas para os fornos de Birkenau." (FOOT, M.R.D. As atrocidades nazistas. In: Século XX. São Paulo: Abril Editora, 1968. p. 2060)

O texto acima faz referência:

a) Aos Julgamentos de Nuremberg, quando os líderes nazistas foram julgados pelos seus crimes de guerra.
b) À Blitzkrieg (guerra relâmpago) de 1940, quando a Alemanha ocupou a Holanda, Noruega e a França.
c) À perseguição exclusiva de judeus, isto é, o anti-semitismo, que levou à morte milhares de judeus em campos de concentração, como Auschwitz-Birkenau.
d) À perseguição racista e preconceituosa dos nazistas que incluía, além de judeus, ciganos, comunistas, deficientes, negros, homosexuais, enviados a campos de concentração.


16 - (SIMULADÃO) Observe a imagem abaixo.


                                                                                 

Organização das Nações Unidas (ONU)
No contexto da Guerra Fria, como o mundo estava organizado:

a) O mundo estava dominado pela Alemanha nazista e a Itália fascista.
b) O mundo era disputado por blocos econômicos, como o NAFTA (EUA, Canadá, México) e a União Européia.
c) O mundo, após 1945, ficou marcado pela oposição entre o socialismo russo-soviético e o capitalismo norte-americano, numa bipolarização política, ideológica e militar.
d) O mundo ficou sob a supremacia política, econômica e militar exclusiva dos Estados Unidos da América devido ao seu extraordinário desenvolvimento econômico capitalista.

17 - (UERJ-2008) Observe a charge abaixo.


                                                                                   
A charge acima resgata o clima na Guerra Fria. Marque a alternativa que aponte aspectos do final da década de 1940 que contribuíram para o início da Guerra e as conseqüências da ordem mundial estabelecidas pela Guerra Fria que se relacione à existência de arsenais nucleares.

a) Aspectos: o enfraquecimento da Europa como centro político e econômico mundial e disputas por áreas de influência pela mesma; conseqüências: construção de um equilíbrio mundial pelo terror.
b) Aspectos: o enfraquecimento da URSS como potência mundial e disputas por áreas de influência pelos EUA; conseqüências: um equilíbrio mundial pela paz armada e a pacificação total do mundo.
c) Aspectos: o enfraquecimento da Europa como centro político e econômico mundial e disputas por áreas de influência entre os EUA e a URSS; conseqüências: construção de um equilíbrio mundial pelo terror e a possibilidade da destruição do mundo.
d) Todas as alternativas acima estão erradas.


18 - (SIMULADÃO) Leia o texto: “A Revolução Cubana era tudo: romance, heroísmo nas montanhas, ex-líderes com a desprendida generosidade de sua juventude - os mais velhos mal tinham passado dos 30”. (HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos. SP, 1995, p. 427).

Sobre a Revolução Cubana podemos afirmar:

a) Foi o conjunto de guerras liderado por Fidel Castro que implantou em Cuba um governo Comunista após o período da Guerra Fria, desafiando a política norte-americana.
b) Foi um movimento popular que derrubou o governo ditatorial de Fulgencio Batista e estabeleu um estado comunista na América Latina, liderado por Fidel Castro, no início de 1959 durante a Guerra Fria.
c) Foi o conjunto de guerras pela independência nacional de Cuba, liderado por Ernesto Che Guevara que implantou o governo socialista cubano.
d) Todas as alternativas acima estão erradas.

Respostas: 1 - c, 2 - d, 3 - b, 4 - b, 5 - d, 6 - d, 7 - b, 8 - c, 9 - d, 10 - c, 11 - c, 12 - d, 13 - d, 14 - b, 15 - d, 16 - c, 17 - c, 18 - b.


História do Brasil

Brasil Colônia

1 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:
Relato de Jean de Léry, Viagem à terra do Brasil:

“Uma vez um velho índio perguntou-me:
- Por que vindes vós e outros, maíres e perôs [franceses e portugueses], buscar árvore de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra?
Respondi que tínhamos muita, mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele supunha, mas dela extraímos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seus cordões de algodão e suas plumas.”
Este texto está falando sobre:

a) A coleta das Drogas-do-Sertão na Amazônia pelos portugueses.
b) As conquistas de ouro e prata dos portugueses nas Américas, através das navegações pelos mares.
c) A exploração do Pau-Brasil, que era uma riqueza para os portugueses, já que extraíam tinta para tingimento desta árvore.
d) A exploração do Pau-Brasil, que era uma riqueza para os portugueses já que queimavam esta árvore para fazer carvão

2 - (SIMULADÃO) “Eu, El-Rei, recomendo aos Padres Jesuítas que penetrem tanto quanto possível nos sertões e façam neles igrejas para cultivar os índios na fé e para que vivam com a decência cristã” (Provisão Régia de 1680).

Segundo o texto acima, o objetivo das missões dos padres jesuítas no Brasil colônia era:

a) Libertar os índios que viviam nos sertões.
b) Escravizar os índios que viviam nos sertões.
c) Reunir os índios em aldeamentos e catequizá-los.
d) Reunir os índios em aldeamentos e escravizá-los.

3 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:
"As verdadeiras minas do Brasil são o açúcar e pau-brasil, de que V. Majestade tem tanto proveito sem lhe custar um só vintém". (Do governador geral Diogo de Mebeses, ao rei espanhol Felipe III, 1609).

a) Ambos os produtos citados no texto, originais das Américas, logo foram explorados comercialmente pelos portugueses.
b) Não havia interesse por parte dos portugueses em explorar comercialmente a cana-de-açúcar.
c) A exploração da cana-de-açúcar e do pau-brasil pelos portugueses só trouxe benefícios econômicos e ecológicos para o Brasil.
d) A exploração extensiva pelos portugueses da cana-de-açúcar, oriunda do oriente, e do pau-brasil, originária da América, levou à destruição da Mata Atlântica do litoral do Brasil.

4 - (UFSC-2000) A lavoura da cana-de-açúcar tornou-se no século XVII a base da economia brasileira. Sobre a lavoura canavieira e suas consequências, é verdadeiro:

a) A sociedade que se organizou, na época de apogeu da cana-de-açúcar, possuía um caráter aristocrático, mas era grande a mobilidade social.
b) A mineração foi uma atividade dependente da lavoura canavieira, uma vez que o ouro era utilizado para pagar os insumos necessários (ferramentas, mão-de-obra) ao cultivo da cana.
c) O crescimento da lavoura canavieira teve, entre outras consequências, o desenvolvimento de uma sociedade mais democrática e liberal.
d) A família que se formou nesta época era patriarcal. A mulher, os filhos e todos os que rodeavam o senhor de engenho a ele temiam e obedeciam.

5 - (MACKENZIE-1999) "O senhor de engenho é um título a que muitos aspiram; traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos". (Antonil, Cultura e opulência no Brasil.).
O texto de Antonil retrata a sociedade açucareira brasileira, cujas caracteristicas eram:
a) a notável mobilidade social e as grandes possibilidades de ascenção para trabalhadores livres, mestiços e escravos.
b) o predomínio da vida urbana e a ausência de relações patriarcais.
c) a estrutura social rígida e a autoridade quase sem limites do grande proprietário, estendendo-se aos familiares, dependentes e escravos.
d) senhor de engenho e trabalhador assalariado nas posições sociais chaves.

6 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:
Os senhores de engenho, os patriarcas, constituíam-se numa espécie de juízes supremos de todas as pessoas que viviam nos seus domínios. O senhor de engenho dominava seus filhos, parentes, escravos e os agregados de sua casa-grande. Ele era o patriarca do Brasil colonial.
(Adaptado de TERAROLLI, Rodolfo. O poder da família do senhor de engenho. 1999.)

Quem era a grande autoridade do Brasil colonial?
a) Era o rei português, grande patriarca do Brasil, pois o país era colônia de Portugal.
b) Sendo uma colônia católica, era o patriarca da Igraja Católica no Brasil, o Arcebispo.
c) Eram os patriarcas das famíliades, os grandes proprietários, os senhores de engenho.
d) Era o presidente do Brasil na época, pois ele dominava todas as pessoas que viviam ao seu redor.

7 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
"No Brasil colonial, no domicilio, a figura feminina teve destaque. Era a cargo delas que ficavam o asseio e a limpeza da casa, a preparação dos alimentos, o comando das escravas domésticas, além da indústria caseira, pois o trabalho manual doméstico cabia ás mulheres, fazendo travesseiros, redes, etc." (Adaptado de MEZAN, Leila. Famílias e vida doméstica. 1997.)

Qual era a função das mulheres no Brasil colonial?
a) Sendo filhas ou esposas dos senhores de engenho, a função das mulheres era a de comandar, ao lado do senhor, a sociedade patriarcal.
b) As mulheres ocupavam um lugar de destaque, sobretudo, na administração dos negócios das fazendas do senhor de engenho.
c) A pesar de ser excluída da organização do âmbito econômico, na sociedade do açúcar as mulheres eram autoridades políticas e sociais.
d) Em regra, as mulheres eram consideradas pessoas subalternas em relação aos homens, sendo sua função, sobretudo, os afazeres domésticos.

8 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
“A base, a agricultura; as condições, a estabilidade patriarcal da família, a regularidade do trabalho por meio da escravidão, a união do português com a mulher índia, incorporada assim à cultura econômica e social do invasor.
Formou-se na América tropical uma sociedade agrária na estrutura, escravocrata na técnica de exploração econômica, híbrida de índio – e mais tarde de negro – na composição." (FREYRE, Gilberto. Casa-grande e senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 48ª Ed. São Paulo: Global, 2003. pp. 65-79.)

Entre as características do Brasil colonial nós temos?
a) O Brasil colonial era urbano e escravista, isto é vivia-se nas cidades e havia o trabalho de escravos indígenas e africanos ao lado de assalariados.
b) O Brasil colonial era agrário e escravista, isto é vivia-se na área rural, nas fazendas e casa-grande, e havia a exploração sistemática do trabalho de escravos indígenas e africanos.
c) O Brasil colonial era agrário e industrial, isto é vivia-se na área rural, nas fazendas e casa-grande, porém trabalhava-se nas indústrias com o uso do trabalho de escravos..
d) O Brasil colonial era agrário e escravista, isto é vivia-se no campo, nas matas, de onde os trabalhadores escravos retiravam a riqueza, da extração florestal, para os seus senhores.

9 - (SIMULADÃO) Na imagem abaixo, um escravo apanha de um feitor, gravura de Debret:

                                                                         
Em relação às relações entre senhores e escravos, podemos afirmar que:

a) Era uma relação de extrema violência, mas somente por parte do escravo que frequentemente agredia seus senhores com ataques, espancamentos.
b) Os escravos, em casos raros, sofriam de alguma violência por parte de seus senhores.
c) A violência era utilizada pelo branco como meio de submeter e castigar os escravos, sendo uma das marcas do sistema escravista.
d) A violência não era utilizada pelo branco para satisfazer seu ódio contra os escravos, mas somente com uma função educadora.

10 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

“Seiscentas peças barganhei
– Que pechincha – no Senegal.
A carne é rija, os músculos de aço,
Boa liga do melhor metal.

Em troca dei só aguardente,
Contas, latão – um peso morto!
Eu ganho oitocentos por cento
Se a metade chegar ao porto.”
(Heinrich Heine, Apud Alfredo Bosi. Dialética da colonização. São Paulo: C&A das Letras, 1992).

Em relação ao texto acima, a que atividade o texto faz referência e qual a idéia central do texto?

a) Os versos do poeta fazem referência ao tráfico de índios no Brasil; a idéia central é a de que este comércio era muito lucrativo para os portugueses.
b) Os versos do poeta fazem referência ao tráfico de escravos africanos; a idéia central é a de que este comércio não era lucrativo para os portugueses.
c) Os versos do poeta fazem referência à imigração européia para o Brasil; a idéia central é a de que esta atividade não era lucrativo para os portugueses.
d) Os versos do poeta fazem referência ao tráfico de escravos africanos; a idéia central é a de que este comércio era muito lucrativo.

11 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:
“Os escravos pretos lá, Quando dão com maus senhores, Fogem, são salteadores, e Nossos contrários são. Entranham-se pelos matos, E como criam e plantam, Divertem-se, brincam e cantam, De nada têm precisão.
Vêm de noite aos arraiais, E com indústrias e tretas, Seduzem algumas pretas, Com promessas de casar. Eis que a notícia se espalha, Do crime e do desacato, Caem-lhe os capitães-do-mato, E destroem tudo enfim.”
(De Joaquim José Lisboa, 1806; In: REIS, João J; GOMES, Flavio. Liberdade por um fio – história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 164-65.)

A partir da leitura do texto acima e dos estudos que a história nos proporciona sobre a temática da escravidão, podemos afirma que:
a) a fuga foi uma das formas de resistências dos africanos utilizados como mão-de-obra compulsória no Brasil colônia, sendo que, ela significava, na maioria das vezes, a morte pelo desconhecimento que eles tinham da região e pela incompatibilidade de conviver com as nações indígenas que habitavam a floresta.
b) negros e índios foram utilizados como mão-de-obra escrava nos trabalhos no Brasil colônia e a fuga se constituiu para eles como um meio de resistência à escravidão, sendo que, a organização desta fuga, foi iniciativa dos negros, que se reuniram muitas vezes em espaços de resistência chamados de mocambos ou quilombos.
c) a escravidão era o único traço que unia populações indígenas e africanas no território brasileiro, pois tradições culturais antagônicas dificultavam o contato étnico e não permitiram um maior processo de aculturação das duas etnias.
d) a presença de negros africanos, índios e brancos pobres no Brasil colônia favoreceu as fugas e conflitos entre esses grupos e a formação de guerrilhas rurais, lutas pelo acesso a terra e riquezas no interior do Brasil.

Respostas1-c, 2 - c, 3-d, 4-d, 5-c, 6-c, 7-d, 8-b, 9-c, 10-d, 11-b.


Brasil Império

1 - (Cesgranrio-1994). A transferência do governo português para o Brasil, em 1808, teve ligação estreita com o processo de emancipação política da colônia porque:

a) introduziu idéias liberais na colônia, incentivando várias rebeliões.
b) reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial.
c) incentivou as atividades mercantis, contraindo os interesses da grande lavoura.
d) instalou no Brasil a estrutura do Estado português, reforçando a unidade e a autonomia da colônia.


2 - (Mackenzie-1999). “A Independência é fruto mais de uma classe do que da nação tomada em seu conjunto.” (Caio Prado Jr).
Identifique a alternativa que justifica e complementa o texto.
a) a Independência foi liderada pelas camadas populares e acompanhadas de profundas mudanças sociais.
b) o movimento de independência foi uma ação da elite, preservando seus interesses e privilégios.
c) os vários segmentos sociais uniram-se em função da longa guerra de independência.
d) a aristocracia rural não temia a participação da massa escrava no processo, extinguindo a escravidão logo após a independência.

3 - (SIMULADÃO) A Revolução do Porto, em 1820, pode ser considerada decisiva para a Independência do Brasil, porque:

a) garantia a economia da Colônia implementada durante a permanência do governo português no Brasil.

b) fortalecia os grupos liberais radicais, cada vez mais ativos na Colônia e articulados com os
grandes proprietários e levou as Cortes a exigir a permanência de D. Pedro no Brasil.

c) impunha à Colônia um programa de reformas liberais, com a proibição do tráfico negreiro.

d) ameaçava os interesses dos grupos brasileiros, tentando reverter várias medidas tomadas
por D. João no Brasil, e aumentou a pressão das Cortes para a recolonização do país.



4 - (SIMULADÃO) A primeira Constituição do Brasil Império (1824) estabelecia:

a) Um governo Republicano e Presidencialista, no qual o Presidente exerceria o poder executivo e o Congresso Nacional o Legislativo, a submissão da Igreja ao Estado, o voto censitário e descoberto.
b) Um governo Democrático e Parlamentar, no qual o poder executivo seria exercido pelo primeiro ministro eleito entre os representantes do povo no Congresso Nacional; o voto censitário e dois poderes: o executivo e o legislativo.
c) Um governo Monárquico Imperial, no qual o poder executivo seria exercido pelo Rei de Portugal, a submissão do Estado à Igreja e três poderes: executivo, judiciário e legislativo.
d) Um governo Monárquico-Hereditário, no qual o poder executivo seria exercido pelo imperador do Brasil, a submissão da Igreja ao Estado, o voto censitário e descoberto, as eleições indireta e quatro poderes: executivo, judiciário, legislativo e moderador.


5 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo:

O período regencial foi um dos mais agitados na história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias da organização das Forças Armadas. (FAUSTO, Boris. História do Brasil, 2ª ed. São Paulo: EDUSP, 1995. p. 161.)

Sobre as várias revoltas nas províncias durante o período de Regência, podemos afirmar corretamente que:
a) eram levantes republicanos em sua maioria, que conseguiam sempre empolgar a população pobre e os escravos.
b) a principal delas foi a Revolução Farroupilha, acontecida nas províncias do Nordeste, que pretendia o retorno do imperador D. Pedro I.
c) podem ser vistas como respostas à política centralizadora do Império, que restringia a autonomia financeira e administrativa das províncias.
d) em sua maioria, eram revoltas lideradas pelos grandes proprietários de terras e exigiam uma posição mais forte e centralizadora do governo imperial.


6 -
 (Unesp-1999). Leia os versos:

Itália bela, mostre-se gentil,
E os filhos não a abandonarão,
Senão vamos todos para o Brasil,
E não se lembrarão de retornar,
Aqui mesmo ter-se-ia no que trabalhar
Sem ser preciso para a América emigrar.
O século presente já nos deixa,
O mil e novecentos se aproxima.
A fome está estampada em nossa cara
E para curá-la remédio não há.
A todo momento se houve dizer:
Eu vou lá, onde existe a colheita do café.
Os versos fazem parte de um contexto no qual:
a) os italianos emigravam para o Brasil em decorrência de acordos entre os dois países, envolvendo contratos de trabalho sazonais para a colheita do café.
b) as condições econômicas da Itália favoreciam a emigração para as regiões cafeeiras em expansão após a abolição da escravidão no Brasil.
c) a industrialização na Itália conduzia o país a uma política internacional de acordos com o Brasil para que os italianos se tornassem cafeicultores.
d) a emigração italiana para o Brasil tendia a crescer devido às propagandas de grupos pacifistas realizadas durante as guerras de unificação da Itália.

7 - (UFPE, 1996). Durante o século XIX, a economia brasileira continuou essencialmente agroexportadora. O surgimento de uma nova cultura deslocou o centro econômico do país de uma região para outra, porque:
a) a expansão do mercado internacional do algodão deslocou para o Maranhão os capitais aplicados no tráfico negreiro, tornando essa região um grande centro econômico.
b) o café, ao se tornar o produto de exportação mais rentável, transformou a região Sudeste no centro econômico mais importante do país.
c) a cultura do cacau associada à cana-de-açúcar deslocou para a região Nordeste capitais empregados na exploração das minas.
d) o crescimento das exportações do açúcar tornaram a região Nordeste o centro econômico mais produtivo durante esse período.

Respostas: 1-d, 2-b, 3-d, 4-d, 5-c, 6-b, 7-b.


Brasil República

1 - (SIMULADÃO) O que foram 1) a Lei do Ventre Livre (7/09/1871), 2) a Lei do Sexagenário (7/09/1885) e 3) a Lei Áurea (13/05/1988), respectivamente?

a) 1) Esta libertava os escravos com mais de 60 anos, 2) Esta Lei libertava os negros nascidos desta data em diante e 3) Esta Lei aboliu a escravidão no Brasil.
b) 1) As negras escravas gravidas eram libertadas por esta lei a partir desta data., 2) Esta Lei libertava os negros nascidos desta data em diante e 3) Esta aboliu a escravidão no Brasil.
c) 1) Esta Lei libertava os negros nascidos desta data em diante, 2) Esta libertava os escravos com mais de 60 anos e 3) Esta Lei aboliu a escravidão no Brasil.
d) 1) Esta Lei aboliu a escravidão no Brasil, 2) Esta libertava os escravos com mais de 60 anos e 3) Esta Lei libertava os negros nascidos desta data em diante.

2 - (UFPA - 2010) Em 1888, Juvenal Tavares, militante no abolicionismo paraense, publicou uma série de poemas em comemoração à abolição da escravidão no Brasil.
“A ti, ó vil senhor, hoje o que resta? / O que te resta, ó pífia criatura, / Que passavas a vida, rindo, em festa? / Toma da enxada e cava a terra dura; / Come o pão com o suor da tua testa; /Infeliz, acabou-se a escravatura!” (Juvenal Tavares, A um escravocrata. In: Versos antigos e modernos, 1889, p. 27).
Com base na leitura dos versos e no conhecimento sobre o abolicionismo, é correto afirmar que:

a) os poetas formaram a classe dirigente do processo abolicionista no Brasil e no Pará.
b) a poesia abolicionista foi um canal de expressão de grupos letrados contra a continuidade da escravidão no país.
c) os artistas se utilizaram do tema da abolição da escravidão para conquistar a mídia da época e alcançar o sucesso.
d) o abolicionismo foi um movimento de caráter econômico, pois queria apenas tirar o país do atraso diante das outras nações.


3 - (SIMULADÃO) Leia o texto abaixo e marque a alternativa correta:


“No que se refere aos direitos civis, pouco foi acrescentado pela Constituição de 1891. O mesmo se pode dizer dos direitos políticos. Sendo função social antes que direito, o voto era concedido àqueles a quem a sociedade julgava poder confiar a sua preservação. No Império, como na República, foram excluídos os pobres (seja pela renda ou pela exigência da alfabetização), os mendigos, as mulheres, os praças de pré (soldados e marinheiros), os membros de ordens religiosas. Ficava fora da sociedade política a grande maioria da população.” (CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados. São Paulo: CIA das Letras, 1989. pp. 43-46.)


Segundo o autor do texto acima, em relação à Constituição de 1891, podemos afirmar que:

a) Esta Constituição foi inovadora e revolucionária, mudando radicalmente a estrutura política do país, ampliando totalmente os direitos civis e políticos.
b) Esta Constituição era inclusiva, pois ampliava o direito de voto a homens e mulheres.
c) Esta Constituição não era excludente, pois ampliou consideravelmente a cidadania política no país.
d) Esta Constituição, apesar de democrática e liberal, não contribuiu na constituição de um sistema político democrático que realmente incluísse a maioria da população do país na cidadania política.

4 - (UFRJ-2003) Observe a imagem abaixo e marque a alternativa correta.
                                                                               
Charge de Oswaldo Storni, 1927.
A dominação dos grandes proprietários rurais durante a República Velha deu origem à expressão “voto de cabresto”, mecanismo eleitoral que resulta de:

a) influência política das oligarquias regionais sobre os eleitores.
b) adaptação do campesinato à realidade do mundo urbano.
c) inconformismo do eleitor nas pequenas cidades do interior.
d) submissão dos trabalhadores rurais aos valores soberanos das cidades.


5 - (FUVEST-2000) Os movimentos sociais no Brasil de Canudos (1893-97) e do Contestado (1912-1916):

a) Atemorizaram o governo imperial e propuseram a reforma agrária no país, tomando as fazendas dos ricos agricultores.
b) Receberam o apoio da Igreja Católica, em especial de padres das localidades próximas.
c) Foram liderados por homens desvinculados das tradições locais.
d) Liderados por homens vinculados com as tradições locais, atemorizaram os governos republicanos, sendo por esta razão aniquilados.


6 - (UEPA-2009) Leia os documentos abaixo e marque a alternativa correta.

Documento 1

“Em uma série de reportagens, datadas de 1929, Guilherme de Almeida narra um passeio de automóvel real ou imaginário que ele faz em visita aos bairros étnicos de São Paulo, habitados por portugueses, espanhóis, árabes, judeus, japoneses, italianos”. (FAUSTO, Boris. Imigração...In: NOVAIS, Fernando e SCHWARCZ, Lilia Moritz. História da Vida Privada no Brasil 4.S.Paulo: C&A das Letras, 1998.p.23.)

Documento 2

“Os estrangeiros, não formavam, é bem verdade, uma frente homogênea, pois as diferentes etnias distinguiam-se umas das outras... Mas tinham em comum uma convicção especial: todos se consideravam gente devotada ao trabalho, os verdadeiros construtores de uma cidade que ia se convertendo em metrópole.” (FAUSTO, Boris. Imigração.. In: NOVAIS, Op. Cit., p.26.)

A partir da leitura dos documentos 1 e 2 e dos estudos históricos, afirma-se que:

a) várias nacionalidades imigraram para o Brasil, especialmente para o estado de São Paulo, a partir da segunda metade do século XIX e início do XX, objetivando trabalhar inicialmente como colonos nas lavouras do café e depois como operários de uma indústria nascente.
b) por ser o Brasil um país de tradição econômica agroexportadora, não possuía mão-de-obra qualificada para trabalhar nas indústrias inauguradas no final do século XIX, o que os levou a buscar o imigrante, principalmente o japonês, na época vindo de grandes centros operários.
c) os imigrantes que vieram para o Brasil no início do século XX, europeus ou asiáticos, tinham como finalidade básica trabalhar principalmente nas lavouras do café, produto que, além de gerar riquezas, conferia status social aos colonos.
d) os imigrantes, na maioria pobres, engajaram-se em vários tipos de trabalho: extrativismo na Amazônia e indústria nascente no Sudeste, pois exaltavam o trabalho, o que os contrapunha aos nacionais, conhecidos por sua aversão ao trabalho em decorrência dos anos de escravidão.


7 - (PUC-SP-1995) No Brasil, a CLT – Consolidação das Leis Trabalhistas – foi criada pelo decreto 5452, de 1943, em meio ao governo de Vargas, para reunir e sistematizar as leis trabalhistas do país. Tais leis representaram:

a) Conquista do movimento operário sindical e partidariamente organizado desde 1917, responsável pela ascenção de Vargas ao poder.
b) Inspiração fascista, que orientou o Estado Novo desde sua implantação em 1930, desviando Vargas de suas intenções nacionalistas.
c) A pressão norte-americana, que se tornou mais clara em 1945, para que Vargas controlasse os trabalhadores.
d) A participação controladora do Estado como árbitro na mediação das relações entre patrões e trabalhadores.


8 - Leia o Texto: “Em 1938, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), começou a articular uma das mais bem-sucedidas campanhas de propaganda política do país.”

Este órgão (o DIP) tinha por objetivo:

a) Organizar os meios de comunicação no país.
b) Assegurar a liberdade de imprensa e de livre expressão no Brasil durante a Era Vargas.
c) Realizar e organizar as propagandas de empresas privadas nos meios de comunicação do país.
d) Promover a doutrinação popular, controlar a opinião pública e legitimar o governo Vargas.


9 - (ENEM-2009) O autor da constituição de 1937, Francisco Campos, afirma no seu livro, O Estado Nacional, que o eleitor seria apático; a democracia de partidos conduziria à desordem; a independência do Poder Judiciário acabaria em injustiça e ineficiência; e que apenas o Poder Executivo, centralizado em Getúlio Vargas, seria capaz de dar racionalidade imparcial ao Estado, pois Vargas teria providencial intuição do bem e da verdade, além de ser um gênio político. (CAMPOS, F. O Estado nacional. Rio de Janeiro: José Olympio, 1940 (adaptado).)

Segundo as idéias de Francisco Campos,

a) os eleitores, políticos e juízes seriam malintencionados.
b) o governo Vargas seria um mal necessário, mas transitório.
c) Vargas seria o homem adequado para implantar a democracia de partidos.
d) Vargas seria o homem capaz de exercer o poder de modo inteligente e correto.



10 - (SIMULADÃO) Observe a imagem a baixo e marque a alternativa correta.

                                                                    

Trabalhadores na Esplanada, em 1940, Rio de Janeiro.
A imagem demonstra uma característica do Governo de Getúlio Vargas. Que característica é está?

a) As críiticas dos trabalhadores contra o governo Vargas.
b) A eliminação de direitos trabalhistas pelo governo Vargas que gerava descontentamento entre os trabalhadores do país.
c) A presença de sindicalistas nas esferas do poder durante o governo de Getúlio.
d) O trabalhismo foi um dos suportes principais do governo Vargas durante o Estado Novo.

11 - (SIMULADÃO) Observe as imagemns abaixo e marque a alternativa correta sobre o Governo Juscelino Kubitschek: 
                         
                                                                                   
a) O governo JK priorizava os esportes, sobretudo o automobilismo.
b) O governo JK priorizava as carências da população e não a indústria nacional.
c) O governo JK estava voltado para o desenvolvimento da produção de automóveis populares, mais econômicos.
d) O governo JK estava mais voltado para o incentivo á indústria automobilística do que para as carências populares.

12 - No contexto do governo do presidente João Goulart (1961-1964), o que foram as Reformas de Base?
a) Foi o estabelecimento do Socialismo no Brasil, em 1961.
b) Foi um plano que se voltava para o desenvlvimento da indústria automobilística, em 1961.
c) Foi um programa de governo com projetos de reforma agrária, tributária, bancária e educacional, em 1963.
d) Foi um programa através do qual se estabeleceu a ditadura Militar no Brasil, em 1964.

13 - (SIMULADÃO) Em 1964 foi instaurado no Brasil a ditadura militar. Observe a imagem a baixo:                                                                      
A imagem demonstra que a ditadura militar no Brasil foi marcada por:
a) Um governo liberal e democrático, pois apoiava os avanços da democracia política no país.
b) Um governo que procurou se apoiar na classe estudantil e trabalhadora.
c) Um governo autoritário e ditatorial, que suprimiu direitos civis da população, perseguiu opositores do regime e proibia críticas e manifestações contra o governo.

d) Um governo que, apesar de reprimir manifestações contra o governo, era democrático e liberal pois apoiava os direitos civis e a liberdade de expressão.

14 - (MACKENZIE-99) Em 1968 o movimento estudantil se espalhou por todo o país, sofrendo violenta repressão do governo. Diante das pressões populares, o governo militar reagiu, decretando:

a) A deposição do presidente João Goulart.
b) O Ato Institucional nº 5, que conferia ao presidente Costa e Silva poderes totais para reprimir as oposições.
c) A abertura Democrática, lenta e gradual, que reconduziria o país à democratização.
d) A Anistia que, embora não fosse irrestrita, permitiu o retorno de muitos exilados políticos.

15 - (FAAP-96) O Ato Institucional nº 5, editado durante o governo do general Costa e Silva, permitiu a esse presidente, entre outras medidas:

a) Convocar uma Assembleia Constituinte, a fim de estabelecer uma nova Constituição democrática.
b) Contratar maiores empréstimos no Exterior.
c) Criar novos ministérios e empresas estatais.
d) Decretar o recesso parlamentar e promover cassação de mandatos e de direitos políticos.

16 - (SIMULADÃO) Leia as letras das músicas abaixo e marque a alternativa correta:

Música 1

Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela não pode ser. Diz-lhe numa prece que ela regresse, porque eu não posso mais sofrer.

Chega de Saudade, João Gilberto, 1959.

Música 2
Caminhando e cantando E seguindo a canção Somos todos iguais Braços dados ou não Nas escolas, nas ruas Campos, construções Caminhando e cantando E seguindo a canção...
Vem, vamos embora Que esperar não é saber Quem sabe faz a hora Não espera acontecer...(2x)
Para não dizer que não falei de flores,
Geraldo Vandré, 1968.


Da leitura das letras compreende-se que:

a) Ambas as músicas apresentam uma temática romântica, típicas de seus contextos históricos.
b) A Música 1 faz uma forte crítica social e política.
c) A Música 2 aborda uma temática leve e descompromissada.
d) A Música 1 apresenta uma temática romântica e descompromissada; a Música 2, faz uma forte crítica social e política.
17 - (SIMULADÃO) Com o fim da Ditadura (1985), surge a Nova República, marcada pelo Governo Sarney, sobre este período podemos afirmar que:

a) Houve um grande desenvolvimento na área econômica e social no Brasil.
b) Houve a estagnação na economia, porém ampliaram-se os direitos da cidadania com a Constituição de 1988.
c) Houve um forte desenvolvimento na economia e a ampliação dos direitos da cidadania com a Constituição de 1988, como proteção ambiental, direitos dos concumidores e dos povos indígenas.
d) Não houve desenvolvimento econômico, social ou político, pois não foram ampliados os direitos do povo com a Constituição de 1988.

18 - (SIMULADÃO) Em relação à política econômica do Governo do presidente Collor podemos afirmar que?
a) Estabeleceu o Socialismo no Brasil, promovendo reforma agrária e a estatização de empresas e indústrias.
b) Collor procurou isolar o Brasil do mercado mundial, para isso criou o Mercosul (Mercado Comum do Sul), fechando o mercado brasileiro para os negócios com a Europa e Estados Unidos.
c) Collor procurou lançar a economia brasileira numa nova etapa de modernização para a sua “inserção competitiva” no mercado mundial. O passo mais importante foi a constituição do Mercosul (Mercado Comum do Sul), em 1991.
d) Collor procurou lançar a economia brasileira numa nova etapa de modernização, para tanto não assinou o Tratado de Assunção, em 1991, pois não concordava com criação do Mercosul (Mercado Comum do Sul).

Respostas: 1-c, 2-b, 3-d, 4-a, 5-d, 6-a, 7-d, 8-d, 9-d, 10-d, 11-d, 12-c, 13-c, 14-b, 15-d, 16-d, 17-b, 18-c.