sábado, 26 de maio de 2012

A América pré-colombiana

                                                                                 

História da América Pré-Colombiana - Período Clássico


Vídeo sobre o Período Clássico das civilizações ameríndias antes do contato com os europeus. Destaque para as culturas Maia e Moche. Realizado para a disciplina de História da América Pré-Colombiana da UFRGS.

Os habitantes da América pré-colombiana não são naturais do continente, são alóctones.
 O provável caminho percorrido por esses homens, originários da Ásia, em direção à América foi o que passa pelo estreito de Bering.

 Mas há outras possibilidades, como a travessia do Pacífico usando-se as ilhas existentes entre a Ásia e a América do Sul.



Na época da descoberta da América, existiam sociedades complexas divididas em classes sociais com um Estado estruturado e dominador, que impunha tributos. 
Na América Central, destacaram-se as civilizações Maia e Asteca e na região andina, os Incas.

A Civilização Inca

A civilização Inca surgiu no século XII, quando houve uma reunião de povos sob o comando do grupo quíchua ou inca, na região peruana de Cuzco. 

Estabeleceu-se um poder político em que o imperador investiu-se de autoridade religiosa, sendo visto como um semideus pelos seus súditos.

 A sociedade era hierárquica, tendo no topo da escala o soberano inca, depois seus parentes, os funcionários e os sacerdotes, formando a elite.
 Abaixo estavam os camponeses.

                                                              

Império Inca (Tawantinsuyu em quíchua; na realidade inca era apenas o imperador) foi um estado-nação que existiu na América do Sul de cerca de 1200 até à invasão dos conquistadores espanhóis e a execução do imperador Atahualpa em 1533.

O império incluía regiões como o Equador e o sul da Colômbia, todo o Peru e a Bolívia, até o noroeste da Argentina e o norte do Chile.

 A capital do império era a atual cidade de Cuzco (em quíchua, “Umbigo do Mundo”).

 O império abrangia diversas nações e mais de 700 idiomas diferentes, sendo o mais falado o quíchua.

A população vivia em pequenas comunidades agropastoris, localizadas em aldeias, formadas por famílias, os Ayllus, sob a chefia de um Kuraka (cacique).

                                                          
Machu Pichu, no Peru, pertenceu ao Império Inca.

A sociedade inca era uma sociedade de servidão coletiva, que se dava principalmente mediante a mita, o trabalho forçado dos aldeões na realização das obras públicas e outros serviços.

Texto e Contexto
A Mita

“Inspecionamos em Chinchao [no atual Peru] 33 índios que estavam encarregados das folhas de coca; eles chegam aqui vindos de todas as colônias...” (Ortiz de Zuñiga. Visita de La Província de Huánaco, Peru, 1562.)

Os mitaios eram também os responsáveis pelo trabalho nas terras cultiváveis, na expansão imperial, construindo terraços agrícolas e canais de irrigação. 

Também construíam os caminhos públicos, pontes, edifícios, templos, etc. As mulheres trabalhavam na tecelagem e os homens no exército, como militares.

A Religião Inca

A religião era dualista, constituída de forças do bem e do mal. 

O bem era representado por tudo aquilo que era importante para o homem como a chuva e a luz do Sol, e o mal, por forças negativas, como a seca e a guerra.
                                                              

Cena de Sacrificio da sociedade Inca. Códice de Magliabechiano. Séc. XVI.

Os incas ofereciam sacrifícios tanto humanos como de animais nas ocasiões mais importantes, maioria das vezes em rituais ao nascer do sol.

 Grandes ocasiões, como nas sucessões imperiais, exigiam grandes sacrifícios que poderiam incluir até duzentas crianças. 

Não raro as mulheres a serviço dos templos eram sacrificadas, mas a maioria das vezes os sacrifícios humanos eram impostos a grupos recentemente conquistados ou derrotados em guerra, como tributo à dominação.

Os incas acreditavam na reencarnação. Aqueles que obedeciam à regra, ama sua, ama llulla, ama chella (não roube, não minta e não seja preguiçoso), quando morressem iriam viver ao calor do sol enquanto os desobedientes passariam os dias eternamente na terra fria.

Os incas também praticavam o processo de mumificação, especialmente das pessoas falecidas mais proeminentes.

 Junto às múmias era enterrado uma grande quantidade de objetos do morto. De suas sepulturas, acreditavam, as múmias mallqui poderiam conversar com ancestrais ou outros espíritos.

A Civilização Maia
                                                                
                                                                
A civilização maia, ocupando uma vasta região da América Central, atingiu seu apogeu entre os séculos III e XI, organizando-se em cidades-estados.

                                                                  
                                                                 
Pirâmides de Comalcalco, sul do México.

A civilização maia foi uma cultura mesoamericana pré-colombiana, com uma história de 3000 anos.

Contrariando a crença popular, o povo maia nunca “desapareceu”, pois milhões ainda vivem na mesma região e falam alguns dialetos da língua original.

O predomínio social cabia a uma elite militar e sacerdotal, de caráter hereditário, comandada pelo Halach Uinic, responsável pela administração e cobrança de impostos.

 Nos arredores das cidades ficavam as aldeias de camponeses submetidos à servidão coletiva.

Os Maias construiram enormes piramides nas grandes plataformas onde se realizavam cerimônias públicas e ritos religiosos. 

Sendo grandes construtores, os Maias construíram também os palácios, geralmente muito decorados, próximos do centro das cidades e hospedavam a elite da população.

Os Maias desenvolveram um sistema de escrita (chamada hieroglífica por sua semelhança com a escrita do antigo Egito, com o qual não se relaciona) que era uma combinação de símbolos fonéticos e ideogramas.

 É o único sistema de escrita do novo mundo pré-colombiano que podia representar o idioma falado no mesmo grau de eficiência que o idioma escrito.

A Civilização Asteca
                                                                   
                                                                  

A civilização asteca (1325 até 1521) foi uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que reuniu um império que se estendia desde o México até o sul da Guatemala, com uma população de 12 milhões de pessoas.

 A capital eraMexihco-Tenochtitlán (hoje Cidade do México).

Os astecas eram um povo indígena da América do Norte, pertencente ao grupo nahua.

Os astecas também chamados de mexicas(daí México) migraram para o vale do México (ou Anahuác) no século XIII.

estrutura política era centralizada, sendo o imperador a maior autoridade asteca. O imperador dirigia a casta sacerdotal e as atividades religiosas, políticas e militares, o que se denomina de império teocrático de regadio.

                                                            
                                                              
Piramide de la Luna, Cidade asteca de Teotihuacan.

A sociedade era dividida em camadas rígidas, sem mobilidade social, tendo no topo os nobres e sacerdotes, seguidos peloscomerciantes (os pochtecas), e na base os grupos populares e escravos (prisioneiros de guerra).

Texto e Contexto

“Dois principales [caciques] em cada calpulli convocam o povo a providenciar o pagamento do tributo ou a obedecer ao que o governante tenha ordenado...” (Alonso de Zorita. Breve y Sumaria Relación, 1536.)

A posse da terra era comunal, cabendo às aldeias coletivas, chamadas de calpulli (“Grande casa”), o direito de uso da terra para o cultivo.

 Parte da produção servia para a sobrevivência das aldeias e o restante para pagar tributos ao Estado, sustentando os governantes.

 Era o predomínio da servidão coletiva.
A soma dos membros do calpulli (urbano e rural) formava o grupo social dos macehualtin. Em sua maioria, a forma de vida envolvia uma economia de auto-subsistência dentro de cada calpulli e obediência total a suas autoridades.

Além disso, os aldeões tinham que pagar os tributos, servir ao exército e executar outros serviços ao Estado.

Na agricultura, as sociedades mesoamericanas praticavam o cultivo sazonal (por estações do ano), empregavam fertilizantes em suas plantações e tinham sistemas de irrigação (rega artificial).

Os astecas também criaram os chinampas, um tipo de canteiro flutuante, que eram estruturas artificiais de junco, cobertas com terra fértil, fundeadas no leito dos lagos por meio de estacas de madeira. Nos chinampas, os mexicas cultivavam flores e legumes frescos.

Outros elementos de grande importância na economia asteca do México antigo eram as praças de mercado e o comércio praticado pelos pochtecas, ou comerciantes. 

Os pochtecas, que faziam parte do calpulli, eram organizados em associações de comerciantes que possuíam, cada uma, seu diretor, chamado de pochtecatloque (“chefe dos pochtecas”).

Os mesoamericanos produziam objetos de pedra, como martelos, machados, facas. A madeira era utilizada para fazer furadores, flechas, dardos, clavas e a coa, ou vara de cavar usada na agricultura.

O ouro, a prata, o cobre e o chumbo, além de pedras semipreciosas, eram os metais conhecidos pelos mesoamericanos.

religião era politeísta, havendo uma variedade de deuses, com práticas que envolviam toda a população, sendo comum o sacrifício humano.

 A religião demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade e religião. 

Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum.

 Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus.

Os sacrifícios humanos eram realizados principalmente com escravos capturados em guerra. Para os astecas, a guerra era sagrada, pois por meio dela se obtinham os cativos para o sacrifício humano, elemnto de ligação entre a comunidade e o Estado.

 De fato, o sacrificio humano cerimonial e a guerra para prear cativos para os ritos sacrificiais eram as atividades centrais da sociedade mexica, o próprio ponto central de sua vida social, religiosa, política e militar.

Texto Complementar

O sol e o sacrifício

Huitzilopochtli (divindade asteca) é ao mesmo tempo o deus da guerra e uma manifestação do Sol, senhor do mundo. (...) O Sol tem fome e sede. 

Só a carne dos inimigos o nutre, só o sangue dos inimigos mitiga sua sede; para saciá-lo é preciso oferecer-lhe regularmente vítimas sacrificiais escolhidas entre os prisioneiros.

 Assim se explica por que a história dos Astecas é uma longa enumeração de guerras: era-lhes necessário renovar incessantemente seu estoque de cativos.

LEHMANN, Henri. As Civilizações pré-colombianas. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1965.

O Inca

O Inca, soberano supremo, é ao mesmo tempo uma divindade e transmite poder a seus filhos.

 Na presença dele humilham-se até os mais altos e nobres dignitários. Os direitos de vida e morte sobre seus súditos são absolutos, qualquer que seja o nível social deles. Religião, mitos, lendas e história foram deliberadamente fabricados por especialistas, visando a divinizar o Inca, fazendo com que sua vontade e seus excessos aparecessem como vontades de um deus.

Fonte:



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Feudalismo na Idade Média

FEUDALISMO 1/2
                                                                         
                                                                     FEUDALISMO 2/2        


                                                      
Introdução                                      



O feudalismo tem inicio com as invasões germânicas (bárbaras), no século V, sobre o Império Romano do Ocidente (Europa).

 As características gerais do feudalismo são:


 poder descentralizado (nas mãos dos senhores feudais), economia baseada na agricultura e utilização do trabalho dos servos. 

Estrutura Política do Feudalismo 

Prevaleceram na Idade Média as relações de vassalagem e suserania.

 O suserano era quem dava um lote de terra ao vassalo, sendo que este último deveria prestar fidelidade e ajuda ao seu suserano.

O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção.


 As redes de vassalagem se estendiam por várias regiões, sendo o rei o suserano mais poderoso.

Todos os poderes, jurídico, econômico e político concentravam-se nas mãos dos senhores feudais, donos de lotes de terras (feudos).


Sociedade feudal 


A sociedade feudal era estática (com pouca mobilidade social) e hierarquizada.


 A nobreza feudal (senhores feudais, cavaleiros, condes, duques, viscondes) era detentora de terras e arrecadava impostos dos camponeses.


 O clero (membros da Igreja Católica) tinha um grande poder, pois era responsável pela proteção espiritual da sociedade.

 Era isento de impostos e arrecadava o dízimo.


 A terceira camada da sociedade era formada pelos servos (camponeses) e pequenos artesãos.

 Os servos deviam pagar várias taxas e tributos aos senhores feudais, tais como: corvéia (trabalho de 3 a 4 dias nas terras do senhor feudal), talha (metade da produção), banalidade (taxas pagas pela utilização do moinho e forno do senhor feudal).



Economia feudal


A economia feudal baseava-se principalmente na agricultura. Existiam moedas na Idade Média, porém eram pouco utilizadas.

 As trocas de produtos e mercadorias eram comuns na economia feudal.

 O feudo era a base econômica deste período, pois quem tinha a terra possuía mais poder.


 Oartesanato também era praticado na Idade Média.

A produção era baixa, pois as técnicas de trabalho agrícola eram extremamente rudimentares.


 O arado puxado por bois era muito utilizado na agricultura.

Religião 

Na Idade Média, a Igreja Católica dominava o cenário religioso. Detentora do poder espiritual, a Igreja influenciava o modo de pensar, a psicologia e as formas de comportamento na Idade Média.

A igreja também tinha grande poder econômico, pois possuía terras em grande quantidade e até mesmo servos trabalhando.

 Os monges viviam em mosteiros e eram responsáveis pela proteção espiritual da sociedade.

 Passavam grande parte do tempo rezando e copiando livros e a Bíblia.

As Guerras 

A guerra no tempo do feudalismo era uma das principais formas de obter poder.

Os senhores feudais envolviam-se em guerras para aumentar suas terras e poder.

 Os cavaleiros formavam a base dos exércitos medievais. Corajosos, leais e equipados com escudos, elmos e espadas, representavam o que havia de mais nobre no período medieval.

O residência dos nobres eram castelos fortificados, projetados para serem residências e, ao mesmo tempo, sistema de proteção.

educação era para poucos, pois só os filhos dos nobres estudavam. 


Marcada pela influência da Igreja, ensinava-se o latim, doutrinas religiosas e táticas de guerras.


 Grande parte da população medieval era analfabeta e não tinha acesso aos livros.

arte medieval também era fortemente marcada pela religiosidade da época. As pinturas retratavam passagens da Bíblia e ensinamentos religiosos.

 As pinturas medievais e os vitrais das igrejas eram formas de ensinar à população um pouco mais sobre a religião.

Podemos dizer que, em geral, a cultura e a arte medieval foram fortemente influenciadas pela religião.

 Na arquitetura destacou-se a construção de castelos, igrejas e catedrais.

O fim do feudalismo

O feudalismo não terminou de uma hora para outra, ou seja, de forma repentina.

 Ele foi aos poucos se enfraquecendo e sendo substituído pelo sistema capitalista.


 Podemos dizer o feudalismo começou a entrar em crise, em algumas regiões da Europa, já no século XII, com várias mudanças sociais, políticas e econômicas.

 O renascimento comercial, por exemplo, teve um grande papel na transição do feudalismo para o capitalismo.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

vídeos sobre abortos ( aborto definição )

lágrimas de um anjo - aborto
VÍDEO 01
                                                Criança abortada enterrada viva                                 
                                                                           
Não reclame da sua vida
                                                                Aborto sim ou não ?                
                                                                                 
Aborto
Informações, aborto espontâneo e induzido, dados estatísticos, conseqüências para a mulher grávida

Introdução 

O aborto é a interrupção da gravidez, seja ele espontâneo ou induzido. No primeiro caso, isto pode ocorrer por problemas apresentados pelo próprio feto, ou, ainda, por problemas de saúde com a gestante. Há muitas mulheres que descobrem que são portadoras de determinadas doenças somente na gravidez, pois, nesta fase, muitas doenças se manifestam pondo em risco a continuidade da gestação.  

“Mais da metade dos abortos espontâneos são causados por alterações genéticas no embrião. Um estudo da Universidade Federal de São Paulo, realizado pelo pesquisador Saul Antonio Sachetti, conclui que as desordens cromossômicas ocorreram em 51% desses casos. (...)” Fonte: Jornal da Paulista, Ano 15 - N° 164. 

No caso do aborto induzido, este ocorre por opção ao encerramento da gravidez. Este procedimento oferece risco cada vez maior a medida em que o tempo de gravidez vai aumentando. Infelizmente, muitas mulheres morrem por complicações em abortos realizados em clínicas clandestinas e também por utilizarem meios alternativos que comprometem sua saúde. 

“Mesmo no cenário de sub-informação que cerca os registros sobre aborto, de um modo geral, a mortalidade oficial é alta. Uma mulher morre a cada três dias, vítima desse agravo. No ano de 1998 (o último com dados disponíveis). foram 3,58 mortes para cada 100.000 nascidos vivos (nos Estados Unidos são 0,4 morte), ou uma para cada 25.000 crianças nascidas vivas. Foram 119 mulheres que tiveram o aborto como causa declarada de sua morte e apenas 72,3% delas receberam assistência médica. Em 23,5% dos casos não havia informação sobre o tipo de assistência recebida e 4,2% não tiveram assistência médica, segundo consta em seus atestados de óbito”. Fonte: Bemfam, 1998

As informações acima mostram-nos a seriedade deste assunto, principalmente quanto sua causa é a induzida de forma clandestina. Sabe-se que inúmeros fatores podem levar ao aborto, mas, sabe-se também que, abortos realizados clandestinamente  trazem sérias complicações, podendo, inclusive, levar a gestante ao óbito.

Fonte:

Novo Telecurso - Ensino Médio - História

A grande aventura da História
Nesta teleaula você verá que a cultura é fundamental para o conhecimento histórico e que, para entender a História, é preciso recuperar a memória dos acontecimentos e dos processos históricos. Além disso, aprenderá que a divisão da História é importante para a compreensão do passado, do presente e do futuro.


Assista a outras teleaulas no videolog do Novo Telecurso:

http://novotelecurso.blogspot.com

                                                                           vídeo 1/2

                                                                            vídeo 2/2
                                                                                 
                                                                                   

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Didática

VIDEO COM BREVE APRESENTAÇÃO SOBRE JOÃO AMÓS COMÊNIO CONHECIDO COMO O "PAI DA DIDÁTICA" MODERNA.
                                            
             Breve passeio pela Evolução Histórica da Didática, da Grécia Clássica aos nossos dias.


O PAPEL DA DIDÁTICA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

RESUMO

A didática é entendida como a ferramenta em que se acontece o processo ensino-aprendizagem, onde o professor consegue organizar de forma sistemática todo seu trabalho, buscando oferecer meios que induzam ao aluno a perceber suas necessidades e criar seus mecanismos, a fim de adquirir novos conhecimentos sem excluir os anteriores. Assim pode-se afirmar que a didática deve ser como uma peça importantíssima na aprendizagem.

Palavras chaves: Didática. Aprendizagem. Ensino. Meios Pedagógicos. Avaliação.

INTRODUÇÃO

            Este artigo está voltado para a utilização da Didática em sala de aula, uma vez que a mesma facilita o processo ensino-aprendizagem, onde o professor tem a oportunidade de planejar suas estratégias e aplicá-las de acordo com as necessidades de seus alunos.
Percebe-se que a Didática passou por um processo de adaptação até que estudiosos convenceram que a mesma é uma ferramenta essencial em sala de aula, devido a evolução no que diz respeito a percepção de conhecimentos, assim certifica-se de que ela não pode faltar em hipótese alguma na prática educacional, bem como na utilização dos meios pedagógicos, em pesquisas e por fim na avaliação.
Assim afirma-se que o principal objetivo deste trabalho é a aquisição de conhecimentos voltados para o ramo educacional, podendo contribuir de forma sensível com os parceiros deste grande bem da humanidade.

2. O PAPEL DA DIDÁTICA NA FORMÇÃO DO EDUCADOR.

Após vários estudos sobre a didática é possível compreender que a mesma é uma ferramenta imprescindível na formação do educador, desde que, ela venha desenvolver nele a capacidade de planejar, criticar, avaliar e adaptar suas ações a realidade em que se encontra inserido, pois do que adiantaria um emaranhado de informações e ações a um ambiente inadequado? A didática só poderá ser bem praticada, a partir do momento em que ela for entendida e planejada segundo a necessidade encontrada no âmbito de trabalho.
            A didática em sua amplitude deve ajudar de forma precisa na formação do educador, viabilizando ao mesmo a capacidade de formular seus objetivos a serem atingidos no decorrer de sua carreira. Segundo (Candau 1999, p.26) “O papel da didática destina-se a atingir um fim a formação do educador”. Assim percebe-se que o educador não pode deixar de trabalhar a didática em hipótese alguma, uma vez que ela faz parte da sua prática profissional.
            O educador ao assumir sua postura deve lembrar-se de que é um dos responsáveis pelo sucesso do processo ensino-aprendizagem, por isso, não pode esquecer que outros componentes fazem parte desse processo e são tão importantes quanto ele, assim é viável afirmar que a aprendizagem se constrói a partir da interação educador, educando, família e o contexto histórico, dessa forma é possível dizer que cada ser humano contribui de certa forma para a mudança do contexto social, formulando suas próprias idéias a partir de suas experiências da partilha de conhecimentos.
            O educador é aquele devido suas pesquisas e seu preparo tem a capacidade de fomentar no educando a necessidade de buscar conhecimentos de forma sistematizada, entendendo que através dele é possível conhecer o que era obscuro, além de poder fazer valer sua cidadania, contribuindo para a formação de sua história.
            Diante do exposto é viável afirmar que ao formar um educador é necessário buscar a forma mais favorável, excluindo o autoritarismo, a fim de fazê-lo um sujeito crítico o qual poderá agir de forma precisa no processo educativo, sem esquecer que suas experiências acontecem ao longo de sua carreira, Segundo (Candau, 1999, p.29) “De fato, aprendemos bem, com estria, aquilo que praticamos e teorizamos”.
            Assim pode-se afirmar que um bom profissional da educação não pode deixar de estudar e idealizar a didática durante a sua carreira, pois ela permite ao mesmo desenvolver um bom trabalho.
Durante algum tempo foi vista como uma ação prejudicial a prática pedagógica, pois não se entendia com precisão o seu ramo de trabalho, crucificando assim os professores que a utilizavam. Segundo (Antunes, 2001, p.16)
A acusação inocuidade vem geralmente da parte do professor dos graus mais elevados de ensino, onde sempre vigora a suposição de que o domínio do conteúdo seria bastante para fazer um bom professor (e talvez, na medida em que esses graus ainda se destinem a uma elite). A casação de prejudicial vem de analises mais criticas das funções de educação, em que se responsabiliza a didática pela alienação dos professores em relação ao significado de seu trabalho.
Só após varias pesquisas a didática foi vista em outra concepção, a de que ela contribui sensivelmente na aprendizagem, ela procura fomentar no professor o desejo de ensinar com qualidade, entendendo que o trabalho educacional se torna mais fácil e eficaz quando se “aprende a aprender” e se “aprende fazendo”, assim se tem a oportunidade de estudar métodos e técnicas que favorecem esse tipo de trabalho.
É viável afirmar que através dela é possível observar o comportamento dos alunos, detectando suas necessidades e em seguida elaborar projetos que valorize suas experiências e se produza novos conhecimentos.
O educador ao realizar o seu planejamento busca meios na didática a fim de analisar o método a ser aplicado e o recurso a ser utilizado em sala de aula, com o intuito de oferecer a melhor aprendizagem a seus alunos.
Percebe-se que os professores vem utilizando a didática constantemente desde o séc. XX, quando a escola elementar torna-se universal atendendo todas as classes sociais, voltando-se ainda para todas as faixas etárias  da mais tenra infância a adultez.
Assim percebe-se a grande importância da didática na formação do educador.
 Segundo ( et all Candau 2001, p.13)
Todo processo de formação de educadores especialistas e professores inclui necessariamente componentes curriculares orientados para o trabalho sistemático do ‘ que fazer’ educativo, da prática pedagógica. Entre estes, a didática ocupa um lugar de destaque.
                         Observando a afirmação de Candau é possível perceber que o professor no seu processo de formação carece trabalhar a didática em todos os momentos da sua vida profissional, pois, a mesma oferece meios que facilite o trabalho do professor e torne a sua ação precisa, proporcionando aos seus alunos a oportunidade de pesquisa, criticidade, construção e reconstrução.
Portanto conclui-se que a didática oferece a melhor maneira de trabalhar ao professor e a oportunidade de adquirir a melhor aprendizagem do aluno.
2.1 O processo de ensino-aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem passa por várias concepções a primeira é a tradicional, onde os alunos são receptores de saberes que seus professores os transmitem, nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as tarefas são padronizadas.
Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste num arranjo e planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a aprender. Nessa o professor ensina e observa o comportamento de cada um, recebendo incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são o aluno e o objetivo proposto.
Na humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o professor devera orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Nesta a aprendizagem deve ser significativa, modificando o comportamento e as atitudes.
Na cognitiva os alunos recebem estímulos do meio conseguindo organizar seus conhecimentos, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos verbais, conseguindo processar e interagir informações. Por isso o ensino é baseado no ensaio e erro, na pesquisa na investigação, na solução de problemas por parte do aluno.
Na sócio-cultural supera-se a relação opressor-oprimido através da socialização de saberes de igual valor, transformando a situação objetiva geradora de opressão, trabalhando desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade, sendo os alunos sujeitos criadores.

3.PESQUISAS MAIS RECENTES

De acordo com as pesquisas mais recentes sobre a didática no Brasil, durante o período entre 1996 a 2000 foi possível entender que ela como compreensão do trabalho docente vem direcionando as necessidades de investigação e as abordagens metodológicas na perspectiva denominada da epistemologia da prática.
Durante esse período as escolas começaram a vivenciar um momento ímpar, pois, houve o predomínio de estudos que adotam a didática, possibilitado a interlocução crítica com as teorias elaboradas, revelando um abandono da perspectiva explicativa.
Assim foi possível implantar nas escolas o método de pesquisa constante, ao qual, todo aluno tem o direito de acesso a todos os conteúdos, formulando suas novas descobertas, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos e de interagir com seus colegas e professores, uma vez, que se sabe que um dos objetivos da educação é construir e reconstruir conhecimentos, podendo evoluir para o novo.
Diante dessa premissa afirma-se que a compreensão é um dos elementos constitutivos do processo de construir conhecimento e tem sua validade na inter-relação com as explicações teórica e historicamente sustentadas, permitindo ainda que haja interação de conhecimento.
Nessa perspectiva supera-se uma tendência que individualiza o conhecimento, a qual, o professor era detentor do conhecimento e se utilizava de representações a mesma foi muito trabalhada no período anterior. Com a implantação da didática é possível desenvolver trabalhos que estão ligados a realidade social, o qual envolve a todos, ou seja, o sócio-interacionismo implantado na escola.
Quanto as temáticas e aos propósitos, o estudo de Pimenta (2001) permite verificar que, para além das preocupações com as técnicas de ensinar e da avaliação, o campo da Didática oferece inúmeras outras a docência universitária, tais como o trabalho com a interdisciplinaridade e a pesquisa.
Percebe-se que com este tipo de trabalho foi possível quebrar as barreiras que impediam aos professores de trabalharem interligados, podendo interagir saberes que outrora eram vistos como conhecimentos isolados, favorecendo ao individualismo, o qual dificultava a aprendizagem dos alunos.
É possível afirmar ainda que desenvolvendo esse tipo de trabalho os professores permitem aos seus alunos um maior envolvimento com os saberes despertando a curiosidade de conhecer cada vez mais, observando assim as suas necessidades além de poder interagir com o meio. Segundo Vygotsky, 1980, p.90.  Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, valores, atitudes, etc.. a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas”.
Segundo essa premissa é possível perceber que Vygotsky afirma justamente um dos objetivos da didática, o de envolver os alunos com o meio podendo interagir com todos a partir do seu contato com a realidade, além de poder construir seu próprio conhecimento, favorecendo a sua aprendizagem.
Assim afirma-se que os educadores precisam reunir-se para a realização de planejamentos voltados para projetos que envolvam justamente o trabalho interdisciplinar, podendo escolher a melhor maneira de trabalhar conteúdos afins e não afins, selecionando os mais viáveis de acordo com as necessidades da clientela atendida, por isso a importância da participação do alunado na hora do planejamento, a fim de saber as idéias e os propósitos dos mesmos.
O estudo da didática orienta que a comunidade escolar deve ser parceira na hora de planejar com intuito de oferecer o melhor ensino possível, favorecendo uma aprendizagem de qualidade, uma vez que ela foca sempre o melhor para o aluno e a facilidade de trabalho para o professor, tornando assim um processo prazeroso
Portanto conclui-se que a didática em seu processo de trabalho favorece a todos, uma vez, que oferece meios eficazes para a aprendizagem que qualifica e prepara para os obstáculos, nessa arte de ensinar.
                                                                                                                
 4. MEIOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

            Ao se falar de meios pedagógicos na educação, lembra-se logo de recursos educacionais, mas não é só isso, é necessário observar as necessidades da clientela atendida, a fim de atender suas expectativa, é viável afirmar, que na EAD os meios avançaram bastante, pois é uma modalidade que surgiu no Brasil desde o final da segunda guerra mundial, devido a necessidade de formar profissionais para atuarem no campo de concentração dos países envolvidos no acontecimento, porém no Brasil ela só iniciou no final do séc. XIX com os cursos profissionalizantes, os quais eram acompanhados por cartas, rádio e mais tarde por TV, hoje pode-se acompanhar pela internet, a qual facilita mais ainda o trabalho do discente, no que diz respeito  a locomoção, a comodidade e a oportunidade de fazer seu próprio horário.
            Diante dessa premissa é possível ressaltar que a tecnologia na educação ajudou bastante na evolução da educação a distância, uma vez que o primeiro meio utilizado foi a carta a qual se esperava dias para se obter uma resposta, em seguida foi a vez do rádio e da TV, mas ainda assim demorava um pouco, hoje o estudante pesquisador pode cotar com um meio que permite pesquisar em tempo real, conversar com o tutor, interagir com os colegas através de fóruns e chats fazendo acontecer uma troca de informação de uma forma bem precisa.
               Dentro dessa tecnologia pode-se observar a teleconferência e a videoconferência, a primeira é um programa televisivo transmitido o vivo, via satélite, com recepção por antena parabólica.  O seu principal objetivo é ampliar o conhecimento já disposto em outro material didático, permitindo o aprofundamento nos assuntos do curso em um todo.
            O uso desses pode servir para diversos propósitos educativos, ou seja, para se trabalhar uma aula, conferências e reuniões. Segundo Spanhol e “Rodrigues, 2005, p.105 “.É possível agregar imagens pré-produzidas em vídeo e computador como se fosse um programa de televisão".
            A videoconferência é um sistema interpessoal que possibilita a comunicação em tempo real entre grupos de pessoas, independente de sua localização geográfica, em áudio e vídeo simultaneamente. Segundo Carneiro, 2005, p.50. "uma vídeo conferência consiste numa discussão em grupo ou pessoa a pessoa, na qual os participantes estão em locais diferentes, mas podem ver e ouvir uns aos outros como se estivessem reunidos em um único local".
            Esse tipo de recuso permite que se trabalhe de forma cooperativa, compartilhando informações e materiais de trabalho sem necessidade de deslocamento.
            Apesar de toda tecnologia de comunicação não se pode deixar de falar no material impresso, pois ele é responsável pela mediação pedagógica, se referindo a relação professor-aluno na busca da aprendizagem como processo de construção de conhecimento a partir da reflexão crítica das experiências e do processo de trabalho.
            Nos sistemas de educação a distância, a mediação pedagógica se dá por meio dos textos e outros materiais colocados a disposição dos alunos. Dessa forma, a mediação pedagógica acontece quando os materiais trabalhados são vistos como fonte de pesquisa importante ao processo de aprendizagem. Como observam Gutierrez e Pietro 1994, p.80 "não interessa uma informação por si mesma, mas uma informação mediada pedagogicamente". Isto quer afirmar que o professor ao fazer a escolha desse material deve conhecê-lo de forma que o mesmo deve desafiar o aluno a: levantar questões a partir da leitura do texto, buscar leituras complementares, interagir com outros sujeitos envolvidos no curso e pesquisar questões que lhes sejam significativas.
            Assim afirma-se que em qualquer que seja a modalidade de ensino os meios educacionais são necessários para a aprendizagem de forma geral, uma vez que os mesmos oferecem as possibilidades de pesquisas e aquisição de conhecimento.

5. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO

A avaliação é um mecanismo utilizado para alcançar objetivos propostos num ato educacional, através dela é possível perceber se os mesmos foram atingidos ou se precisam ser revistos, analisando-os em todos os aspectos, dentro desse mecanismo pode-se observar as atitudes dos diretores, as ações do professor, a organização da coordenação, o aprendizado do aluno,  o acompanhamento da comunidade escolar sem esquecer que a meta maior é alcançar uma aprendizagem de qualidade.
            Assim é viável ressaltar que a avaliação do trabalho da gestão e da organização da escola, deve acontecer constantemente, pois um gestor só pode saber se o seu trabalho está sendo bem executado no momento em que ele se reúne com toda a comunidade escolar e discute sobre metas atingidas se elas foram alcançadas em sua amplitude ou  se foram mal executadas.
            A maneira mais viável de fazer essa avaliação é se utilizando de reuniões sistemáticas ou extraordinárias que envolva toda a comunidade escolar, visando sempre o bom funcionamento da instituição, ou seja, da ação da gestão, do profissionalismo do professor, dos profissionais administrativos e da aprendizagem dos alunos, além de poder avaliarem também o espaço físico da instituição, a fim de saber se está adequado para atender a clientela envolvida.
            No que diz respeito a avaliação de sala de aula, deve-se lembrar que o professor ao avaliar o seu aluno, está automaticamente se auto-avaliando, pois uma vez que não ocorrer aprendizagem de qualidade, é necessário que ele refaça o seu planejamento com o intuito de oferecer uma outra oportunidade ao seu aluno, pois o mesmo depende da atitude de compromisso do professor.
             Dessa forma pode-se dizer que o acompanhamento e o controle comprovam os resultados do trabalho, evidenciam os erros, as dificuldades, os êxitos e os fracassos relativos ao que foi planejado. A avaliação das atividades implica a análise coletiva dos resultados alcançados e a tomada de decisões e sobre as medidas necessárias para solucionar as deficiências.
            Diante de tudo isso é importante enfatizar a importância do planejamento de maneira geral, uma vez que o mesmo proporciona ao educador segurança e agilidade no momento em que irá executar suas tarefas. A escola em meio a essa segurança deve no primeiro momento pesquisar as condições em que se encontra a comunidade em que será trabalhado, em seguida traçar seus objetivos e escolher com precisão os componentes do seu currículo e só depois traçar seu planejamento, mas é interessante que todos os funcionários da instituição participem, pois é necessário que todos estejam em sintonia, a fim de ajudar no desenvolvimento dos alunos. O último estágio desse planejamento é a avaliação, a qual deve está voltada não só para  o aluno, mas também para a ação docente pois sabe-se que o mesmo é uma ferramenta indispensável nesse processo, por isso a necessidade da participação também do aluno, uma vez que a oportunidade de expressão é um direito de todos e não há ninguém melhor que ele mesmo para relatar suas necessidades. Segundo Zaballa, 1998, p.196
As definições mais habituais da avaliação remetem a um todo indiferenciado, que inclui processos individuais e grupais o aluno e os professores. Esse ponto de vista é plenamente justificável, já que os processos que têm lugar na aula são processos globais em que é difícil, e certamente desnecessário, separar claramente os diferentes elementos que os compõem. Nossa tradição avaliadora tem se centrado exclusivamente nos resultados obtidos pelos alunos. Assim é conveniente dá-se conta de que, ao falar de avaliação na aula pode-se aludir particularmente a alguns dos componentes do processo de ensino/aprendizagem, com em todo processo em sua globalidade.


            Zaballa com esta afirmação deixa bem claro que é necessário haver mudança no modo de avaliar, pois durante muito tempo o educador acreditava que era necessário apenas avaliar o aluno se o mesmo conseguisse aprender era considerado um bom aluno, senão era um aluno relapso. Todavia percebe-se que esse processo mudou, o aprendiz agora é favorecido com várias formas de avaliação denominada formativa e quantitativa, a primeira avalia a formação social e moral do aluno e  a segunda, avalia o aspecto intelectual. Assim ele tem a oportunidade de demonstrar que sua aprendizagem aconteceu de forma precisa.
6  PESQUISA E ANÁLISE DA  DEMANDA POR EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A pesquisa é o instrumento metodológico capaz de aprimorar a prática do professor.
O ponto de partida de uma pesquisa é o estudo de um problema que cause o interesse do pesquisador. O interesse gera envolvimento com a pesquisa o que transformará o esforço em resultados na elaboração de conhecimento e soluções propostas ao problema em foco. Um conhecimento que nascerá como complemento e fruto da curiosidade, da inquietação, da inteligência e da atividade investigativa. Ele, o pesquisador, é o fio condutor inteligente e ativo dessa tênue linha do conhecimento acumulado na área e das evidências que estão sendo estipuladas no momento inicial da pesquisa.
            Incentivar a pesquisa é mostrar ao aluno um leque de possibilidades de adquirir conhecimentos e ajuda na compreensão dos fenômenos políticos, econômicos e sociais que nos envolvem.
Educação Profissional
O processo de industrialização trouxe a necessidade de contar-se com trabalhadores qualificados para novas atividades ocupacionais, trazidas pela mecanização dos processos de trabalho, as escolas procuraram adaptar-se a essa nova demanda de trabalhadores que iriam contribuir com a produção através de habilidades, sobretudo manuais, de operador de maquinarias.
Essa necessidade de qualificar trabalhadores, foi para o setor educacional um desafio, a demanda foi em tal ritmo e diversificação, que a estrutura educacional não teve condição de assumi-la. Essa incapacidade da escola, fez com que surgisse um sistema paralelo de formação desses trabalhadores, diretamente ligado ao setor empresarial e industrial.
O que se viu então foi a escolar oscilar entre oferecer uma formação profissional, entendido o resumo como preparação de mão de obra qualificada que o mercado necessita, e a tentativa de , adiantando-se a demanda, propiciar, uma mais qualificada teórica, visando a formação do técnico propriamente dito.
Em outras palavras, oscilar entre a formação profissional, isto é a formação prática e pouco teórica dos trabalhadores qualificados, e ao ensino ou educação técnica, ou seja, uma formação que permita ao seu possuidor, poder exercer um julgamento técnico, apoiando-se na formação teórica e conhecimentos técnicos especializados, portanto sobre uma formação teórica e prática, orientado segundo objetivos determinados ou ainda na definição de Gimeno e Ibanêz’’ o ensino técnico prepara para o exercício de uma profissão permitindo  o prosseguimento de estudos.O ensino profissional, com conteúdo específico e restritivo, está orientando exclusivamente para o exercício de um ofício.
A impressão que fica, é que a escola técnica de ensino médio, salvo raras exceções, ofereceu( e oferece )antes uma formação profissional do que um ensino técnico, pela própria incapacidade inicial de atender o mercado e pela influência que passa, então, a receber do sistema de ensino paralelo de formação profissional, que conseguiu, em pouco tempo estruturar-se e ganhar uma respeitabilidade. Esse fato fez com que fosse alvo de teorias que apontam suas desqualificações para preparar para o trabalho.
Um sistema de educação técnica para ser autêntico, real e efetivo numa sociedade industrial, deve levar em conta três aspectos fundamentais:a política nacional de desenvolvimento econômico e social,as características do setor produtivo e as aspirações sociais  de sua clientela.

3. Conclusão

            Ao pesquisar e elaborar este trabalho foi possível entender que a Didática está ligada com o processo ensino- aprendizagem, no qual, professor e aluno, devem estabelecer uma relação muito boa para que a mesma surta um efeito esperado, podendo assim acontecer uma troca de idéias que favoreça e desenvolvimento intelectual de ambos, uma vez, que na educação há uma interação de conhecimentos entre todos, se utilizando dos meios educacionais de acordo com as necessidades da clientela atendida e de uma avaliação de qualidade.
            Portanto espera-se com este trabalho contribuir de forma sensível com o trabalho de educares que se preocupam com a evolução da aprendizagem, pois se sabe o quanto ela contribui para o avanço da humanidade.
Ao se pesquisar sobre avaliação, foi possível entender melhor o papel dessa ferramenta, e saber da responsabilidade que temos ao utilizá-la, devemos avaliar de maneira ética, visando reconhecer onde está havendo possíveis falhas (tanto do professor quanto do aluno), e buscar mecanismo de adequação das mesmas.
Quanto a pesquisa e análise da demanda por educação profissional, foi de grande valia, pois nos mostrou a importância de uma pesquisa bem feita, e também como o ensino técnico vem contribuindo para a colocação de jovens no mercado de trabalho.
Todo esse estudo, foi de uma grandeza imensa para mim como educador, pude avaliar e sentir de maneira mais ampla, o meu papel de ‘’levar conhecimento’’, dividir com meus alunos, o que sei, e estar sempre apto a aprender mais, e repassar mais, nesse ciclo que não tem fim, é uma profissão difícil, mas mágica com altos e baixos, mas emocionante, cada vez que vemos um aluno, se destacar, se esforçar, levar  a sério o ensino é uma gratificação enorme, é como se fossemos jardineiros plantando conhecimento, e assim como na parábola das sementes jogadas, assim são os nossos alunos, mas o que importa e não desistir e seguir adiante, plantando o saber.





REFERÊNCIA

ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. Petrópolis Rio de Janeiro: Vozes. 2001

CANDAU, Maria Vera (org). A Didática em questão.Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes LTDA. 1999.

CARNEIRO, Mara Lúcia Fernandes. Videoconferência: ambiente para educação a distância. Disponível em http://penta.ufrgs.br/pgie/workshop/mara.htm.

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PETEROSSI,HELENA.Formação do professor para o ensino técnico:Ed Loyola, São Paulo,1994.

SOARES, MAGDA. Letramento; um tema generoso. 2.ed Belo Horizonte: autentica, 2005.

SPANHOL, F.; RODRIGUES, Rosângela S. Teleconferência e Videoconferência em situações de ensino. São Paulo, 2005. Artmed.

ZABALA, Anton. A prática Educativa: Como ensinar. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre, 1998. Artmed.