quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Profissão: Historiador

                                                    
 



Historiador é o Proficional que estuda/pesquisa o passado humano em seus vários aspectos: economia,sociedade, cultura, ideias e cotidiano. O historiador investifa e intepreta criticamente os acontecimentos, buscando resgatar a memória da humanidade e ampliar a compreensão da condição humana.

seu trabalho se baseia, principalmente, na pesquisa de documentos, como manuscrito, impressos, gravações, filmes, objetos e fotos. Depois de selecionar, classificar e relacionar os dados levantados em bibliotecas, arquivos, entrevistas ou estudos arqueológicos, ele data o fato ou o objeto, confere autenticidade e analisa sua importância e seu significado para a compreensão do encadeamento dos acontecimentos.


MERCADO DE TRABALHO


O mercado mais tradicional para esse profissional são as escolas de ensino médico e faculdades, mas novos campos de trabalho vêm se abrindo. Nos últimos anos, cresceu a procura por historiadores em empresas privadas, órgãos públicos e entidades de apoio à cultura. para atuar principalmente nas áreas de preservação do patrimônio e resgate históricos.

O historiador também tem sido contratado por empresas interessadas na consultoria histórica de produtos - a pesquisa da trajetória de artigos antigos que podem ser relançados ou similares com boa ou má aceitação no mercado para que seus lançamentos estejam mais próximos das expectativas dos consumidores. As operadoras e as agências de turismo, por sua vez, buscam o profissional para auxiliar na criação de roteiros focados em destinos históricos e culturais.

Museus e centros culturais são outras alternativas de colocação profissional do historiador, que pode trabalhar na curadoria de exposições e na organização e promoção de cursos livres.

Nas editoras, ele é contratado para atuar na elaboração de livros didáticos e paradidáticos. O historiador encontra ainda trabalho na produção de teatro, cinema e televisão, onde faz pesquisa de época para filmes e novelas, ajuda e elaborar roteiros e dá apoio ao material audiovisual em geral.

O salário médio inicial do historiador varia conforme a região de atuação e o porte da empresa ou escola contratante.



O CURSO


  1. O currículo é composto de disciplinas que abordam tanto períodos, seja história antiga, seja medieval, quanto regiões, como Brasil ou Ásia. Há também temas específicos dessa área de conhecimento, como metodologia da história, teoria da história ou história da ciência. Sociologia, geografia, literatura brasileira, antropologia e arqueologia complementam a formação. Muita leitura e boa dose de palestras e seminários fazem parte do cotidiano do aluno. Atenção: a maior parte dos cursos de História no país é de licenciatura, que forma professores. Na licenciatura, o curso pode receber o nome de Estudos Sociais (história). Se você quiser se dedicar à pesquisa ou trabalhar em empresas, pode valer a pena fazer um bacharelado. O estágio é obrigatório, assim como o trabalho de conclusão de curso.
  2. Duração média do curso: quatro anos.
perfil do proficional
Interesse por questões sociais e por leitura, capacidade de reflexão, de argumentação e transmissão de idéias, senso crítico, capacidade de pesquisa, meticulosidade.


O QUE VOCÊ PODE FAZER


Ensino

Lecionar história geral ou do Brasil para o ensino fundamental, médio e superior ou cursos pré-vestibulares.



Memória empresarial
Pesquisar a história de empresas e instituições e apresentá-la em livros, artigos ou reportagens.

Pesquisa
Investigar temas específicos em arquivos, institutos de pesquisa e universidades para produzir teses, livros e artigos.

Dica:

Boa memória e capacidade de organização são muito importantes para exercer a profissão de historiador. É legal também ter gosto pela pesquisa e por ler e escrever.


postagem 02

Grandes navegações

Link vídeo copie e cole no navegador para assistir
https://www.youtube.com/watch?v=lS_UYBPSTds
https://www.youtube.com/watch?v=bF7BTMEogMo





Navegações portuguesas, pioneirismo português, Vasco da Gama e a chegada às índias, instrumentos de navegação, bussola, astrolábio, descobrimentos marítimo, viagem de Cristóvão Colombo, viagem de Pedro Álvares Cabral, Escola de Sagres e as Caravelas.

Caravela Portuguesa da Época das Grandes Navegações

Introdução

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.

Os objetivos

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).

Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.

Planejamento das Navegações

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.

Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.

Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

Navegações portuguesas e os descobrimentos

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.

Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.

Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.

Navegações Espanholas

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristóvão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Introdução aos Estudos Históricos texto e vídeo


postagem 01

1. conceito de História:

- História é a ciência que estuda a mudança.
- História é vida, é movimento, é transformação.
- a História estuda a vida humana através do tempo: estuda o que os homens fizeram, pensaram ou sentiram    
   enquanto seres sociais.
- processo de transformação onde todos os homens são agentes das constantes mudanças que ocorrem: processo histórica.

2. O TERMO HISTÓRIA:

- os gregos foram os primeiros a utizá-lo: histor, originalmente, significava aquele que apreende pelo olhar,      
   aquele que sabe, o testemunho, aquele que testemunhou com seus próprios olhos os acontecimentos.

- "História". ("his + "oren")  significava apreender pelo olhar aquilo que se sucede dinamicamente, ou seja,   testemunhar os acontecimentos a realidade. 

- Por influência de Heródoto, que deu o Título de Histórias ao resultado de suas pesquisas  acerca das      guerras Médicas, o termo assumiu o sentido particular de busca do conhecimento das coisas  humanas, do saber históricos.

- História passou a significar a busca, a pesquisa e também os resultados compilados na obra histórica.

3. SENTIDO DA PALAVRA HISTÓRIA:

- Realidade histórica: conjunto dos fenômenos pelos quais se manifestou se manifesta ou se manifestará a vida da humanidade.Ó a realidade objetiva do movimento do mundo e das coisas.

- Conhecimento histórico a observação subjetiva da realidade pelo historiador.
- Obra histórica: o registro da observação da realidade feita pelo historiador num relato escrito.

4. O AGENTE DA HISTÓRIA:

- O homem é o agente fazedor da história

5. CULTURA:

- Cultura é a maneira de manisfestar vida de um grupo humano - é o conjunto das diversas fôrmas naturais e espirituais com que os indivíduos de um grupo convivem, nas quais atuam e se comunicam e cuja experiência coletiva pode ser transmitida através de vias simbólicas para a geração seguinte - o homem produz cultura produz objetivos e ideias de acordo com suas necessidades de sobrevivência.

6. FONTES HISTÓRICAS: 
+ vestígios (documento) que permite a reconstituição do passado.
- Arqueológicos: restos de animais, utensílios, fósseis, ruínas de templos, palácios e túmulos, esculturas, pinturas, cerâmica, moedas, medalhas, armas, etc.  
- escritos: códigos, decretos, tratados, constituições, leis, editais, relatórios, registro civis, memórias, crônicas, etc.
- orais tradições, lendas, mitos, fábulas, narrações poéticas, canções populares, etc.


7. FATO HISTÓRICO:

- o fato histórico é o objeto de estudo da História.
- é singular, irreversível e de repercussão social.

8. CIÊNCIAS AUXILIARES DA HISTÓRIA:

- Economia: estuda os meios de produção, distribuição, consumo e circulação da riqueza. 
- Sociologia: estuda o homem em sociedade. 
- Geografia: estuda a superfície da terra no seu aspecto físico e humano. 
- Antropologia: estuda o homem no aspecto biológico e cultural. 
- Arqueologia: estuda as culturas extintas. 
- Paleontologia: estuda os fósseis. 
- Cronologia: localização dos fatos no tempo. 
- Paleografia: escritos antigos em materiais leves. 
- Epigrafia: escritos antigos em materiais pesados. 
- Heráldica: brasões, escudos e insígnias. 
- Numismática: moedas.

9. PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?

- para dar consciências aos homens do seu poder de transformar a realidade.

10. PERIODIZAÇÃO HISTÓRICA:

· Periodização Tradicional: Pré-História e História.

+ Pré-História: 

I. Paleolítico. 
II. Neolítico. 

+ História: 

I. Idade Antiga: da invenção da escrita (4.000 a.C.) até a queda do império romano (476). 
II. Idade Média: da queda do império romano até a tomada de Constantinopla (1453). 
III. Idade Moderna: da tomada de Constantinopla até a Revolução Francesa (1789). 
IV. dade Contemporânea: da Revolução Francesa até os dias atuais.


- nem todos os historiadores concordam com a periodização tradicional da História baseada na história política.

- existem outras propostas de divisões inspiradas, por exemplo, no enfoque econômico (modo de produção), tecnológico-científico, etc.

- a divisão da História em períodos não é precisa nem natural.

- a divisão tradicional da História é hoje bastante discutível porque uniformiza os vários períodos quanto a sua importância, conduz à ideia de hierarquia nos vários acontecimentos, leva em consideração apenas a civilização ocidental e demonstra a fragilidade desta compartimentação, relegando fatos históricos também considerados importantes.

- o tempo é universal, mas não é absoluto.

- nem todos os povos adotam o calendário cristão (calendário gregoriano, instituído pela Igreja Católica no séc. XVI, para adequar o anterior (Juliano) às suas festividades religiosas). Muçulmanos e judeus, por exemplo, têm sistemas próprios de demarcação de tempo.

11. TEORIA DA HISTÓRIA:

- a historiografia é a arte ou o modo de escrever a História ou o estudo crítico da História.
- os conceitos de espaço e de tempo, essenciais no conhecimento histórico, evidenciam a inter-relação da História com a Geografia.

- a História, como as outras formas de conhecimento da realidade, está sempre se constituindo: o conhecimento que ela produz nunca é perfeito ou acabado.

- a História dos homens na transformação da natureza e na organização das sociedades é objeto de controvérsia permanente para historiadores e cientistas sociais.

- o passado histórico não deve ser apresentado de maneira única, como uma verdade absoluta, desvinculado das discussões que envolvam o presente.

- o historiador não é homem neutro, imparcial e isolado de sua época. O mundo de hoje contagia de alguma maneira o trabalho do historiador, refletindo-se na reconstrução que ele elabora do passado.
- a compreensão do presente e o estudo do passado não se relacionam entre si de forma mecânica, estreita e determinista.

PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRIA

“Quando vivemos num lugar somos reco­nhecidos por alguma coisa que fazemos, pelo que fazem nossos pais ou as pessoas com quem vivemos, ou por coisas que nos vão acontecen­do. Fazendo amigos, indo à escola, trabalhan­do, ajudando aos outros, brincando, marcamos a nossa vida e as vidas das pessoas que nos cer­cam.

Tudo o que fazemos, o que criamos ou inventamos, é a partir do que vemos, do que sentimos e do que aprendemos. E tanta coisa! Há jeitos diferentes de viver, de tratar o meio ambiente e os animais, de cuidar dos doentes,fazer festas e comidas, mas tudo isto fala ~mos. Também as brincadeiras, as músicas que ­cantamos, as danças, os jogos, as histórias.

 Chamamos a este conjunto de coisas de Patrimônio Cultural. Ele é constituído pelo que já encontramos desde que nascemos, mas também pelo que vamos construindo e acrescentando com a nossa vida e a nossa ação.

 É como uma “herança” que todos recebemos ao nascer e que faz o con­junto dos bens que pertencem a um povo ou a um país: o meio ambiente, tudo o que se es­creve nos livros, o que se produz nas artes, tudo o que se aprende e se faz para sobreviver (como o saber subir em árvores, saber pescar, plantar e colher, saber cuidar dos animais, saber na­dar...); e tudo o mais que é necessário para vi ver bem (como cozinhar, costurar, construir fabricar, instalar; assim como os objetos que se fabrica, as construções, as cidades). Esta “herança” é o patrimônio cultural.

Somente conhecendo o patrimônio cultu­ral de uma comunidade podemos entender um pouco o que ela é: o que fazem as pessoas que ali vivem, e até o que desejam e sonham, pode­mos enfim conhecer a sua história. Por isto os historiadores, para escrever os livros de Histó­ria, vão procurar informações estudando os bens do patrimônio cultural. Eles pesquisam dados do meio ambiente, buscam documentos nos ar­quivos, museus e bibliotecas, lêem livros, entrevistam pessoas, estudam outros tipos de bens culturais.

Podemos aprender História nos livros, mas precisamos também entender como trabalham os historiadores e, como eles. conhecer o que di­zem os documentos, os monumentos, as fotogra­fias, as manifestações ar­tísticas, os documen­tários da TV ou do cine­ma, os jornais, ou o que nos dizem as lembranças dos mais velhos. Assim veremos como é fasci­nante a nossa história, quanto há o que aprender com ela! Certamente va­mos entender e valorizar este patrimônio, que fala da nossa história e que, portanto, fala sobre nós mesmos”.

Texto extraído:
SANTOS, Lenalda Andrade e. Para Conhecer a História de Sergipe. SEED. 1998.

PATRIMÔNIO CULTURAL

I. Patrimônio Cultural:

· Ultimamente, os jornais, as revistas e a própria televisão estão a dar ênfase a uma assunto até há pouco sem interesse maior ao povo, que é esse tema ligado às construções antigas e seus pertences, representativos de gerações passadas e que, englobadamente, recebem o nome genérico de “Patrimônio Histórico”, ao qual, às vezes, também é aposta a palavra “artístico”. Na verdade, essa expressão usual abrange somente um segmento de um acervo maior, que é o chamado Patrimônio Cultural.

· Patrimônio Cultural pode ser definido como um conjunto de bens culturais, antigos e novos, representativo das manifestações culturais de uma nação ou de um povo. 

· É incomensurável o número total de bens que compõem o Patrimônio Cultural de um povo, de uma nação ou de um pequeno município. 

· O Patrimônio Cultural de uma sociedade ou de uma região ou de uma nação é bastante diversificado, sofrendo permanentemente alterações. 

· Nem só de cidades e monumentos é formado o Patrimônio Cultural: quadros, livros ou mesmo fotografias que documentem a memória e os costumes de uma época também fazem parte do acervo cultural. 

· Muitas pessoas, ainda hoje, confundem Patrimônio Cultural com amontoado de velharias, não sabendo que agora também estão, enquanto vivem, a enriquecer, ou a empobrecer, nosso elenco de bens representativos. 

· A problemática do Patrimônio Cultural deve ser encarada de modo bastante abrangente, isto é, abordando todo o elenco de bens culturais de um povo, sem atentar, necessariamente, ao aspecto histórico. 

· Patrimônio Oficial é aquele que legalmente reúne poucos e escolhidos bens culturais eleitos como preserváveis à posteridade. 

· Nenhum país pode se vangloriar de possuir preservado o seu integral Patrimônio Cultural, representado de modo condigno por acervos museológicos, arquivos, mostruários, construções e urbanizações partícipes de ecomuseus que realmente sejam representações corretas de todo o seu desenvolvimento cultural. 

· Podemos dividir o Patrimônio Cultural em três grandes categorias de elementos: os elementos pertencentes à natureza, ao meio ambiente; os elementos referentes ao conhecimento, às técnicas, ao saber e ao saber fazer; e os elementos chamados bens culturais que englobam objetos, artefatos e construções. 

· Os bens culturais podem ser de interesse (valor) nacional, regional ou local. 

· O Patrimônio Cultural deve ser encarado de modo bastante abrangente, não se limitando ao aspecto arquitetônico, ou seja, às construções antigas e seus pertences. 

· O Patrimônio Cultural de um povo abrange todas as suas manifestações culturais, não só seus artefatos, mas, também sua música, dança, cantos, representações e histórias do povo, seus usos, costumes, assim como o seu “saber”, o seus “saber fazer” e, inclusive, o meio ambiente. 

· De todos os elementos que compõem o Patrimônio Cultural, os mais importantes são os artefatos, ou seja, objetos e construções. 

· A palavra artefato, quando contextualizada no tema Patrimônio Cultural, tanto pode designar um machado de pedra polida como um foguete interplanetário ou uma igreja ou a própria cidade em volta dessa igreja. 

· Nosso pais é jovem e nos seus quinhentos anos de vida conseguiu aqui e acolá seu acervo de bens, absolutamente típicos de uma cultura nascida de três raças em paisagem paradisíaca. 

· No próprio nome da entidade oficial destinada à defesa do “Patrimônio” Nacional Brasileiro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), se distinguem apenas os bens “artísticos” dos “históricos”, desconsiderando a abrangência da problemática do Patrimônio Histórico.


II. Preservação do Patrimônio Cultural

· Preservar é conservar, manter, defender, registrar e resguardar, de qualquer maneira, o que for significativo dentro de nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.

· Um bem cultural é inseparável do meio onde se encontra situado e, bem assim, da história da qual é testemunho, logo, na sua preservação, é imprescindível relacioná-lo com o seu meio ambiente, com sua área envoltória, com seu contexto sócio-econômico, recusando-se a encará-lo como trabalho isolado no espaço. 

· O tombamento é um atributo que se dá ao bem cultural escolhido e separado dos demais para que, nele, fique assegurada a garantia da perpetuação da memória. 

· Bem cultural de interesse nacional é aquele ligado ao quadro de elementos determinadores da identidade pátria, imprescindíveis à exata compreensão da nossa formação. 

· O Patrimônio Cultural deve ser preservado e não importa a forma: se através de coleções particulares, do mercado de arte ou da proteção de entidades governamentais. O necessário é preservar, já que o que não é patrimônio histórico desaparece com o tempo.


III. Memória Social

· A memória social depende da preservação sistemática de segmentos do Patrimônio Cultural.

· Para garantir a compreensão de nossa memória social, se faz necessário preservar o que for significativo dentro de nosso vasto repertorio de elementos componentes do Patrimônio Cultural. 

· No Brasil, poucos, muito poucos, têm uma visão global do problema e da necessidade da defesa da memória e de seus bens representativos. 

· Em nosso país, é comum o descaso impune que assiste à destruição desnecessária de elementos do Patrimônio Cultural. 

· No Brasil, é clara a falta de esclarecimento popular sobre a importância da preservação de nosso Patrimônio Cultural. Esta deseducação coletiva promove o descaso popular por tudo que represente o passado morto, sendo o futuro sempre uma espécie de sonho dourado - inconscientemente buscam todos melhoria de vida destruindo lembranças de antigamente. 

· A preservação de bens culturais, na maioria das vezes, limitou-se a preservar objetos e construções da classe dominante, negligenciando os artefatos do povo.


IV. Patrimônio Cultural de Sergipe

· A restauração do centro histórico de Aracaju, ou seja, dos mercados Antônio Franco e Thales Ferraz, representa um avanço na questão do Patrimônio Cultural em Sergipe.

· Contudo, a maior parte do acervo de bens que compõem o nosso Patrimônio Cultural, inclusive os tombados, é vítima do descaso do governo e da população. 

· Mesmo tombado pelo governo, o patrimônio arquitetônico de Sergipe está abandonado e muitos monumentos já se tornam ruínas: Igreja Matriz Nosso Senhor dos Passos (Maruim), Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Neópolis), Capela da Fazenda Santa Aninha (Laranjeiras), Igreja de Nossa Senhora de Nazaré (São Cristóvão), Prédio do Cultart (Aracaju),  Carrossel do Tobias, Casarões e Igrejas em São Cristóvão e Laranjeiras. 

· O Museu Histórico de Sergipe foi criado em 1960, tendo como finalidade dar proteção aos bens culturais de Sergipe e expor sua coleção à visitação pública. 

· A primeira ideia de preservar o Patrimônio Artístico-Sacro de Sergipe foi de Dom Fernando Gomes, que se preocupava com o desaparecimento continuo de peças do Acervo Sacro de Sergipe. 
· O Acervo Arquitetônico, Urbanístico e Paisagístico da cidade de São Cristóvão é considerado Monumento Nacional (Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). 

· O Museu de Arte Sacra de São Cristóvão possui em seu acervo objetos que se distinguem pela alta qualidade artística, outros pelo sentido histórico ou, ainda, pela riqueza do material empregado em sua confecção como o ouro, a prata e pedras preciosas. 

· O Museu de Arte Sacra de Laranjeiras foi criado com a finalidade de preservar o Patrimônio Artístico de Laranjeiras.


CULTURA POPULAR NO BRASIL COLONIAL

I. Cultura Popular

· A realidade cultural de cada povo, seus hábitos e costumes, suas condições materiais, resultam de sua própria história; a cultura é algo global, que está presente em todos os aspectos da vida. 
·Não existe cultura única em um país e, em termos de classes sociais, cada qual produz  a sua cultura, de acordo com as condições de cada uma. 

·Da desigualdade entre as classes sociais e, portanto, da desigualdade entre as respectivas culturas, 

deriva a classificação da cultura, em Cultura de Elite e Cultura Popular.
· A Cultura Popular é a que é vivida pelas camadas populares. 

· A Cultura Popular é geralmente anônima, produzida em qualquer lugar, podendo ser nas ruas, no trabalho, em casa. 

· As manifestações culturais consideradas populares têm influência dos três elementos básicos étnicos fundamentais que formam o povo brasileiro. 

· O folclore é uma manifestação artística popular que se situa entre a oralidade e a escrita. 

· Não há uma manifestação em que exista apenas um elemento exclusivo, seja branco, negro ou indígena. 

· Foi só a partir do século atual que os pesquisadores eruditos começaram a sistematizar o estudo das manifestações culturais da população iletrada. 

· É enorme e rica a contribuição dada pelos povos índios e pelos negros escravizados, desde a nossa formação histórica, à cultura brasileira. 

· O folclore mostra como as camadas populares, que não têm acesso aos meios letrados, preservam e transmitem (ou renovam) as tradições. 

· Os caboclos e mulatos brasileiros, herdeiros das culturas dos índios e dos negros, com as influencias da tradição lusitana, mesclaram tudo isso nas festas de São João, nos reisados, nos maracatus, nas capoeiras, nos sambas, na macumba, na poesia popular de cordel. 

· Os africanos nos trouxeram o ritmo e a força que sobrevivem nas danças e nas religiões populares. 
· Os índios forjaram a tradição de lendas, costumes, superstições populares, danças, cantos e maneiras de fazer comidas.


II. Festas

· Desde a Antiguidade, as festas são conhecidas por seu caráter de inversão da ordem. Ou seja, enquanto duram, regras e obrigações cotidianas são abandonadas; é como colocar o mundo de ponta-cabeça. No Brasil Colonial, as festas também exerciam esse papel. 

· As festas mais comuns do Brasil Colonial eram as relacionadas ao calendário religioso católico, frequentemente iniciadas por procissões a fim de homenagear ou relembrar eventos cristãos. 

· Não só as datas religiosas eram motivo para realização de festas públicas, também serviam de pretexto as aclamações de um soberano, os casamentos reais ou aristocráticos e outros acontecimentos de caráter político. 

· Eram comuns nessas festas misturarem-se rituais das culturas negra e indígena. 
· Nos dias de festa, ricos e pobres, brancos e negros, pareciam diminuir suas diferenças. Era a ocasião em que se ofereciam alimentos ao povo da rua. Ao contrario do que ocorria no cotidiano, a comida era farta e consumida por todos. Assim, a festa extrapolava o motivo oficial para transformar-se em um momento de negação das regras do dia a dia. 

· As congadas ou festas do Rei Congo trata-se de um ritual que inclui a coroação de um rei e uma rainha negra; rememoravam-se tradições africanas e utilizavam-se vestimentas e danças tipicamente africanas. 

· No entrudo, festa introduzida no Brasil pelos portugueses, fabricavam-se limões-de-cheiro - bolas de cera cheias de água perfumada - com os quais se organizavam batalhas entre os passantes das ruas das cidades. Os negros substituíam o limão-de-cheiro (mais caro) por polvilho e água. Era comum, nesse dia, os negros vestirem-se com roupas típicas europeias, fato proibido em circunstâncias normais. 

· O batuque retrata a dança de roda praticada pelos negros escravos. Ao som de instrumentos de percussão, durante a dança ocorriam as “umbigadas”, quando a pessoa que está no centro da roda vai ser trocada por outra, o substituto leva uma umbigada do solista. 

· Outra forma popular de divertimento era dançar o lundu aos pares e acompanhado de violão. Os negros dançavam sem para noites inteiras, escolhendo por isso, de preferência, os sábados e as vésperas dos dias santos. Era também uma dança praticada pelos portugueses e assemelhava-se ao bolero dos espanhóis. 

· As manifestações da cultura popular verificadas no Brasil Colonial não devem ser consideradas inferiores as da cultura erudita e, por isso, não devem ser relegadas ao esquecimento, ao descrédito e ao obscurantismo.


Cultura Popular em Sergipe


· Silvio Romero, autor sergipano, em um dos seus estudos sobre a cultura popular, apresenta várias festas realizadas no interior de Sergipe, destacando-se a congada e a folia de reis. 


· Sincretismo Santológico 

- Os africanos vindos ao Brasil na condição de escravos, não tiveram liberdade de culto. Assim é que, driblavam os brancos quando fingiam distraírem-se com atividades tidas como brincadeiras, também chamadas Oba, mas que na realidade era o ritual de louvação aos seus deuses. 

- As Oba eram brincadeiras de largo nos quais os escravos fingindo distrair-se, profanamente cultuavam seus orixás. Estas brincadeiras tinham aspecto carnavalesco. 
- Para escaparem da repressão senhorial, os negros passaram a identificaram seus deuses (orixás) com os da Igreja Católica, muito embora o culto fosse realizado na intenção dos orixás. 

- Os escravos negros adotam os nomes dos santos da Igreja Católica, mas mantêm seus próprios cultos, demonstrando, assim, um grau de resistência muito grande. 

- O Museu Afro-Brasileiro de Sergipe, na cidade de Laranjeiras, reúne peças que registram o sincretismo religioso em Sergipe.



· Estudiosos de nosso folclore: 

- Sílvio Romero, Clodomir Silva e Jakcson da Silva Lima. 

- O folclore é uma manifestação espontânea da alma do povo, por isso é algo vivo e dinâmico.


· Manifestações da Cultura Popular em Sergipe

DenominaçãoComposição do GrupoCaráterLocais
Bacamarteiroshomens e mulheresprofanoCarmópolis (Aguada) e General Maynard
Batalhãohomens e mulheresprofanoJaparatuba e Riachuelo
Batucadahomens e mulheresprofanoEstância
CacumbihomensreligiosoJaparatuba, Laranjeiras e Itaporanga d’Ajuda
CavalhadahomensreligiosoCanindé do São Francisco e Porto da Folha
ChegançahomenssocialLaranjeiras e Neópolis
Guerreirohomens e mulheresprofanoAracaju, Ilha das Flores, Japaratuba e Propriá
ParafusoshomensprofanoLagarto
Reisadohomens e mulheresreligioso e profanoAracaju, Cristinápolis, Itaporanga d’Ajuda, Japaratuba, Laranjeiras e São Cristóvão
Samba de Cocohomens e mulheresprofanoCarmópolis
São Gonçalohomens e mulheresreligioso e profanoLaranjeiras (Mussuca), Riachão do Dantas e São Cristóvão
Sarandagemhomens e mulheresprofanoCapela, Japaratuba, Riachuelo e Ilha das Flores
Taieirahomens e mulheresreligiosoLaranjeiras e Japaratuba
ZabumbahomensreligiosoAracaju, Riachão do Dantas, Simão Dias, Aquidabã
Lambe Sujohomens e mulheresprofanoLaranjeiras


Fonte: DINIZ, Diana M. F. L. (coord.). Textos para a História de Sergipe.UFS.1991.





A construção do canal de Suez

Igreja Medieval

domingo, 4 de dezembro de 2011

Brasil colonia 1 de 1

Brasil Colonia 2 de 2


A educação escolar

A educação escolar faz parte, hoje, da pauta de discussão de vários setores sociais. A ela se referem os editorialistas e os jornalistas, os homens e mulheres do governo, os industrias e os sindicalistas e, principalmente, os professores como peça chave para o desenvolvimento econômico e social, politico e cultural, e por que não, moral e cívico, da população brasileira.