sábado, 28 de julho de 2012

Camponês, Burguesia, Clero, Nobreza

         Camponês

A maior parte dos camponeses era formada por servos da gleba, isto é, trabalhadores que, embora não fossem escravos, não podiam jamais abandonar seus lotes de terra. Muitos deles descendiam de antigos colonos ou de escravos romanos, que na época de Carlos Magno se igualaram na condição de servos. Outros servos originaram-se de pequenos proprietários de terra, que ainda eram relativamente numerosos até o século XI. Por causa das constantes ameaças de guerras e invasões, a maioria acabou entregando suas terras a um nobre feudal, ou à Igreja, em troca de proteção. Entre eles, alguns tornavam-se servos, outros, conhecidos como vilões, eram livres, isto é, tinham o direito de deixar a terra, mas também se submetiam a uma série de obrigações.

Burguesia

                                              
 

Os burgueses eram os habitantes dos burgos, que eram pequenas cidades protegidas por muros. Como eram pessoas que trabalhavam com dinheiro, não eram bem vistas pelos integrantes da nobreza, que era quem, até essa altura era o principal detentor da riqueza. Os mais pobres ficavam fora das muralhas e eram denominados de "extraburgos".

No entanto, os burgueses não sonhavam em enriquecer-se nem, muito menos, com tomar o poder. Desprezados pelos nobres, estes burgueses eram herdeiros da classe medieval dos vilões e, por falta de alternativas, dedicaram-se ao comércio que, alguns séculos mais tarde, serviria de base para o surgimento do capitalismo.

Com a aparição da doutrina marxista, a partir do século XIX, a burguesia passou a ser identificada como a classe dominante do modo de produção capitalista e, como tal, lhe foram atribuídos os méritos do progresso tecnológico, mas foi também responsabilizada pelos males da sociedade contemporânea. Os marxistas cunharam também o conceito de "pequena burguesia", que foi como chamaram o setor das camadas médias da sociedade atual, regido por valores e aspirações da burguesia.

As igrejas do Período Medieval, além de dar o conhecimento religioso aos cristãos, tomaram conta do ensinamento nas escolas, que ficavam no fundo dos mosteiros, mas a burguesia proibiu a igreja de continuar a dar aulas, quem tomara conta do ensino eram os burgueses que, além do conhecimento religioso, ensinavam o que era preciso para ser um burguês, ou seja, ensinavam o comércio e o conhecimento dos números. 

                                                                                 

Clero

Na Igreja Católica, o clero é constituído por todos os ministros sagrados que receberam o sacramento da Ordem. Entre os clérigos podem-se distinguir aqueles que compõem o clero regular — que, sendo consagrados, segue as regras de uma ordem religiosa — do clero secular ("secular" provém do latim "sæculum", que significa mundo) — parcela do clero que desempenha atividades voltadas para o público, que se dedica às mais variadas formas de apostolado e à administração da Igreja e que vive junto dos leigos.

O clero está disposto numa hierarquia ascendente, sendo baseada nos 3 graus do Sacramento da Ordem: o Episcopado, o Presbiterado e o Diaconado. Basicamente, a hierarquia vai desde do simples diácono, passando pelo presbítero (ou padre), bispo, arcebispo, primaz, patriarca (em casos mais especiais) e cardeal, até chegar ao cargo supremo de Papa. O clero regular tem a sua própria hierarquia e títulos eclesiásticos, sendo ele pelo menos subordinado ao Papa.

Todos os ministros sagrados são homens, porque os doze Apóstolos são todos homens e Jesus, na sua forma humana, também é homem. Mas isto não quer dizer que o papel da mulher na Igreja seja menos importante, mas apenas diferente. Exceptuando em alguns casos referentes a padres ordenados pelas Igrejas orientais ou a diáconos, todo o clero é celibatário. Existem determinadas tarefas, como por exemplo a celebração da Missa e dos sacramentos (exceptuando o baptismo em casos de extrema necessidade), que são exclusivos dos membros do clero.           
                                                                                     
                                                                                          

Nobreza

 

 Nobreza representa o estamento de maior estrato, sendo geralmente hereditária.

Aos nobres pertenciam grande parte dos territórios conquistados, recebidos dos monarcas como prémio das vitórias nas batalhas e portanto o controle político. Beneficiavam de duas regalias muito importantes: a jurisdição privativa sobre os moradores dos seus domínios senhoriais (isso até o fim da Idade Média, no século XIV) e, por vezes, a isenção de tributos. A nobreza está associada a um título nobiliárquico e pode estar ligada ao governo de um território, sendo que cada país tem as suas regras quanto a nobiliarquia.

Quando uma família nobre é a soberana de um território, passa a ser denominada de Casa. Exemplo: Rei - Reino - Casa Real + (nome da família), Conde - Condado - Casa Comital + (nome da família), Duque - Ducado - Casa Ducal + (nome da família). Em alguns países, quando uma família membra da nobiliarquia era muito poderosa e importante dentro de um país, mesmo não sendo a soberana, ela também era denominada de Casa. Pois por causa dessa importância, com o tempo ela poderia ascender a chefia, seja por casamentos ou por batalhas.

  
                                                                                          

Revolução Francesa texto e vídeo

  A Revolução Francesa fez parte do contexto histórico do que o historiador Eric Robsbwm chamou de " A Era das Revoluções. Dessa forma o processo revolucionário francês foi essencialmente burguês, entretanto contando com a participação do proletáriado e do campesinato, isto é, uma Revolução feita pelo terceiro Estado e não para o terceiro estado.  
                                  
 
            Sinopse:
Hobsbawn mostra, neste livro, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial inglesa abriram o caminho para a renascença das ciências, da filosofia, da religião e das artes; mas não conseguiram resolver os impasses criados pelas fortes contradições sociais, que transformaram este período numa conturbada fase de movimentos revolucionários.

                                                                                  

Oberva-se nesse processo revolucionário o caráter mundial e laico, resultado da divulgação dos seus idéais de liberdade, igualdade e fraternidade pela Europa e também na América Latina, aliado ao ecuminismo social entre os seus participantes.

A crise do antigo regime francês no sentido político, econômico-financeiro e social contribuiu para o desencadeamento do movimento revolucionário, aliado aos ideais da Revolução Americana e do Movimento Iluminista.

No seu primeiro momento o processo revolucionário teve um caráter moderado e uma liderança burguesa, obervada na fase da "Era das Instituições", quando da concretização de uma Constituição que valorizava a propriedade privada, voto censitário, separação da Igreja do Estado, igualdade jurídica entre outros artigos burgueses.

Não podemos esqueçer que apesar da não existencia de um caráter popular na "Era das Instituições", houve um momento denominado por alguns estudiosos como "Jornadas Populares", marcada pela Tomada da Bastilha pelos setores mais radicais do proletáriado de Paris e o chamado "Grande Medo" caracterizado pelas violentas revoltas camponesas no interior da França contra so setores da nobreza provinciana.

A instituição da Monarquia Constitucional e de uma Assemblèia Legislativa não foram suficientes para desarticular as ameaças contra-revolucionárias por parte dos setores aristocraticos, como foi o caso do próprio monarca Luis XVI, e das forças militares coligadas absolutistas européias sob liderança da Aústria, que ameaçavam o processo revolucionário françês.

Diante disso, o sugimento da Convenção Nacional e a transformação da Monarquia Constitucional em República, foram tantativas para salvaguardar a Revolução, tendo os grupos Girondinos e Jacobinos dominado os debates na Convenção sobre os possíveis caminhos a serem tomados por essa República Revoluciónaria.

A esquerda Jacobina através da ditadura de Robespierre, implanta uma fase de " Terror " perseguindo os chamados inimigos da Revolução, provocando condenações pela guilhotina, entretanto, avança socialmente no processo revoluciónario com medidas como: Instituição do Sufrágio Universal, Reforma Agrária, Lei do Máximo, entre outras.

Diante das violentas perseguições e eliminações, inclusive dos setores da ala Jacobina, da crise econômica que não conseguia aumentar o poder de comprar dos setores populares e das pressões da direita Girondina, essa ditadura esquerdista de Robespierre acabaria sucumbindo, através do golpe 9 Termidor ou reação Termidoriana, que levaria as principais lideranças da esquerda Jacobina para a guilhotina pelo " Terror Branco".

Segundo alguns estudiosos, a saída dos Jacobinos vai ser responsavél pela instalção de um Diretório comandado pela direita Girondina, que apesar de buscar a consolidação do processo revoluciónario, vai deparar-se com uma profunda instabilidade econômica, política e social (revoltas e conspirações) que contribuiria para o desfecho do golpe 18 Brumário, que colocaria o Estado da França nas mãos da Era Napoleônica e com isso, comprometeria os principais idéais do processo revolucionário.

 Tomada da Bastilha

  

A Tomada da Bastilha (em francês: Prise de la Bastille) foi um evento central da Revolução Francesa, ocorrido em 14 de julho de 1789. Embora a Bastilha, fortaleza medieval utilizada como prisão contivesse, à época, apenas sete prisioneiros, sua queda é tida como um dos símbolos daquela revolução, e tornou-se um ícone da República Francesa. Na França, o quatorze juillet (14 de julho) é um feriado nacional, conhecido formalmente como Fête de la Fédération ("Festa da Federação"), conhecido também como Dia da Bastilha em outros idiomas. O evento provocou uma onda de reações em toda a França, assim como na Europa, que se estendeu até a distante Rússia Imperial.

                                                                                         

documentário e texto As grandes localizações Orientais China



 

                                                       

Localização

A China situa-se na parte leste da Ásia. A China é terceiro maior país do mundo depois da União Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União Soviética, a leste pela União Soviética, Coréia do Norte, mar Amarelo e mar da China Oriental; ao sul pelo mar da China do Sul, pelo Vietnã do Norte, Laos, Birmânia, Índia, Butão, Silkim, Nepal e Paquistão Ocidental; a oeste pelo Afeganistão e União Soviética.


Dois terços da China são montanhosos ou semidesérticos. A sua parte oriental é formada por férteis planícies e deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas é Hainan, na costa meridional. Os rios principais são: Amarelo, Amur e Yu.
A China tem uma área de 9.596.961 Km2 e uma população superior a 1.300.000.000 de habitantes. Sua capital é Pequim. São cidades principais: Xangai, Pequim, Tientsin, Luta, Shenyang, Cantão, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses são han e 11% de chuangs.
A agricultura é a base da economia. Os chineses plantam arroz, trigo, cevada, soja, painço, algodão, chá e tabaco. Há também grandes reservas de carvão, ferro, cobre, chumbo e outros minerais.

O Império do Meio: o início da grande civilização 

         DOCUMENTÁRIO COMPLETO

 
 

Em 1929, o arqueólogo chinês Pei Wenzhong encontrou na aldeia de Zhoukoudian, perto de Beijing ou Pequim, atual capital da China, um crânio humano que datava de aproximadamente 500 mil anos. Esse crânio pertencia ao gênero Homo erectus, que viveu em regiões da África, da Ásia e da Europa entre cerca de 1,8 milhão e 300 mil anos atrás. O arqueólogo batizou o seu achado de “Homem de Pequim”.
Estudando esse fóssil e outros indícios encontrados na região, os pesquisadores concluíram que o Homo erectus chinês vivia em cavernas e produzia artefatos de pedra polida, utilizava o fogo para cozinhar os alimentos e proteger-se do frio. Vivia da caça, da pesca e da coleta de frutos das florestas. Tudo indica que os primeiros chineses tinham vida semelhante à dos demais povos do Paleolítico.
Sabe-se também que, há cerca de 6 mil anos, em Yangzhou, na região fértil do Rio Amarelo, desenvolveu-se uma cultura neolítica  de agricultores e criadores de animais domésticos (cães e porcos). Ali também eram fabricados potes e vasos de cerâmica para armazenar os alimentos. Esses objetos de cerâmica eram ricamente decorados com símbolos que, pelo que parece, deram origem à escrita chinesa.


Vaso em cerâmica, um dos principais traços da cultura material chinesa

Fragmentos

O povoamento do vale do Rio Amarelo (Rio Hoang-Ho) se explica pela fertilidade do solo, favorável a pratica da agricultura, principalmente o cultivo do arroz. Durante centenas de anos a enchentes do rio  e os ventos do deserto vinham depositando na terra uma camada de argila amarelada, conhecida como loesse, que deu ao rio um tom amarelado e o nome. Precedendo que o loesse era um eficiente fertilizante do solo, os chineses fixaram-se nas planícies às margens do rio, onde iniciaram o cultivo da terra. Para melhor aproveitar os recursos naturais da região, os chineses construíram canais de irrigação e diques para controlar as cheias. Essa prática é semelhante à que os egípcios antigos desenvolveram aproveitando as enchentes do Nilo.
Essas pequenas aldeias agrícolas deram origem a povoados, que mais tarde se transformaram em pequenos  Estados governados por chefes políticos. Posteriormente, alguns desses pequenos Estados foram dominados por outros, fazendo surgir reis poderosos e respeitados. O poder passou a ser transmitido de pai para filho (poder hereditário), dando origem ao que chamamos de dinastias.


A família e aspectos culturais da China

Para a maioria dos chineses, e durante a maior parte da história da China, a família era o centro da vida social, e a devoção a ela era considerada uma grande  virtude. Os pais sentiam-se responsáveis pela transmissão dos ensinamentos que vinham dos antepassados para seus filhos, como preservar a propriedade familiar.
As famílias chinesas eram muito numerosas. Geralmente os parentes viviam na mesma casa (pai, mãe, filhos, avós, netos, tios), reunindo muitas vezes três ou quatro gerações.
Para uma mulher casada, a maior virtude era a fidelidade, e isso também valia caso ela enviuvasse. Entretanto não era ilegal que uma mulher se casasse depois da morte do marido, o que de fato era até comum, por causa das dificuldades econômicas. No entanto, isso era visto como uma prática moral inferior. De acordo com a crença popular, a mulher que casasse em segundas núpcias seria considerada, depois de morta, um fantasma na família dos maridos.
Na China, os meninos recebiam tratamento  diferenciado, uma vez que eram considerados os futuros chefes das famílias. Quando completavam 20 anos de idade, tinham seus cabelos cuidadosamente presos no alto da cabeça e protegidos por um gorro. Os casamentos eram normalmente arranjados entre famílias e, depois de casada, a mulher mudava-se para a casa do marido. Os imperadores chineses costumavam casar suas filhas com membros das famílias reais dos povos vizinhos e, assim, protegiam suas fronteiras.
Os meninos e meninas podiam freqüentar as escolas. A sociedade chinesa sempre deu muita importância para a educação. Mesmo as crianças mais pobres recebiam instrução, muitas vezes da própria família.
A educação das meninas tinha o objetivo de prepará-las para as tarefas do lar, como bordar e costurar. Para os meninos, o objetivo central era prepará-los para concorrer ao cargo de funcionário real, que era escolhido pelo próprio imperador. Se fossem escolhidos, os rapazes teriam uma situação privilegiada dentro do Estado.

As cidades chinesas

Desde os primórdios as cidades chinesas foram densamente povoadas. Chang-an foi uma das mais famosas cidades da China na Antigüidade.
Por volta do século VII a.C., Chang-an já possuía 1 milhão de habitantes. Os tipos de moradias variavam de acordo com as condições sociais de cada um. Os nobres e os ricos comerciantes viviam perto dos palácios e a população empobrecida amontoava-se nas periferias das cidades. As melhores moradias tinham mais de um andar, eram cobertas com telhas e decoradas com cuidado e harmonia. Os trabalhadores urbanos e os camponeses habitavam casas pequenas, com pouca ventilação, cobertas por bambu.
A alimentação das camadas privilegiadas era rica e variada: carnes, ovos, cereais e vegetais. A comida era servida em belas vasilhas de porcelana, e como talheres utilizavam pauzinhos, feitos de bambu ou madeira. Para os pobres a comida quase sempre era insuficiente. Geralmente alimentavam-se de um cozido de vegetais. Nas regiões onde havia muitos arrozais (vale dos rios Hoang-Ho e Yang Tse-Kiang, no sudeste da China), a alimentação era acrescida de uma tigela de arroz.
Bebida alcoólicas e chás eram apreciados pela população. Os banquetes organizados pelos nobres eram servidos em belas jarras decoradas com ornamentos de ouro, bronze ou prata.
        

Religião na China

Não havia somente uma religião na China, mas várias, e constituídas de filosofias diferentes.
Uma das mais conhecidas filosofias religiosas da China foi criada por Confúcio (ou Kung Fu-tzu, “Mestre Kung”), que viveu aproximadamente de 551 a 479 a.C. Confúcio era considerado o maior professor do império, sendo adorado em vários cantos do território. Seus ensinamentos falavam de ética e dos ritos de passagem  de uma etapa da vida a outra, como nascimento, o casamento e a morte.


Confúcio (551-479 a.C.)

As idéias de Confúcio  valorizavam a busca do equilíbrio e a harmonia para uma vida melhor. O conjunto de seus ensinamentos recebeu o nome de confucionismo. Essa filosofia religiosa, que até hoje é muito difundida na China, não pregava a adoração de um deus, mas o humanismo e as boas relações entre as pessoas. A regra fundamental de Confúcio dizia: “O que não queres que façam a ti, não faças aos outros”.
Outra importante manifestação religiosa continua sendo o budismo (linkar para budismo/religiões), originado na Índia, e que se expandiu na China a partir do século III d.C.
As religiões populares eram festivas e reuniam muitos seguidores. As famílias cultuavam os deuses nas festas anuais e nas oferendas aos antepassados. Acreditavam que os espíritos dos antepassados protegiam o lar e, por isso, reservavam um dos aposentos da casa para lhes servir de moradia. Em certas datas do ano, como aniversário ou morte do antepassado, os familiares o homenageavam.
A maior religião popular da China foi o taoísmo (linkar para religiões). Suas teorias foram criadas pelo pensador Lao-tsé, que viveu por volta do século VI a.C. Segundo Lao-tsé, o Tao seria criador do mundo e responsável pela ordem de todas as coisas e de todas as pessoas. O taoísmo ganhou muitos adeptos entre as camadas populares ao pregar que todos os que levassem uma vida muito miserável e sofrida na Terra poderiam alcançar uma vida melhor pós a morte, pela fé e pela purificação.
Segundo Lao-tsé, toda a natureza é regida pelo equilíbrio das energias yin (energia negativa e feminina) e yang (energia positiva e masculina), os opostos que se complementam. E o corpo humano é parte desse conjunto. A oposição entre as energias yin e yang pode explicar fenômenos que ocorrem em nosso corpo: se em harmonia, essas energias promovem a saúde; se em desequilíbrio, a doença.
Divindades de origem Taoísta
·Os Três Puros — Os Três Puros são a trindade Taoísta de deuses representando os princípios supremos.
·Quatro Imperadores — Reis celestes do Taoísmo.
  • Imperador de Jade — O Imperador de Jade é o governante supremo de tudo, contado entre as principais divindades Taoístas.
  • Beiji Dadi  — Governante das estrelas.
  • Tianhuang Dadi  — Governante dos deuses.
  • Imperatriz da Terra
· Xi Wangmu ou Rainha Mãe do Oeste é a deusa que detém o segredo da vida eterna e a entrada para o paraíso.
· Pak Tai ou Bei Di é o  Deus Taoísta do Norte, Pak Tai é um dos Cinco Imperadores que desde a Dinastia Han são associados a cada um dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro) segundo a teoria dos Cinco Elementos. Em Hong Kong e Macau, são considerados divindades do vento. Pak Tai é também o deus das águas.
·Oito Imortais:  Os Oito Imortais são uma crença Taoísta descrita pela primeira vez na Dinastia Yuan. O poder de cada Imortal pode ser transferido para uma ferramenta que pode dar vida e destruir o mal. A maioria nasceu nas Dinastias Tang ou Sung. Eles não só são venerados pelos Taoístas como são elementos da cultura chinesa. Vivem na Montanha Penglai.
Divindades de origem Budista
·  Guan Yin ou Kuan Yin é a deusa da compaixão e piedade.
·  Hotei é uma divindade budista popular. Deus da alegria e fortuna.
·  Dizang é aquele que salva da morte.
·  Yanluo é o governante do Inferno (forma abreviada do sânscrito Yama Raja
·  Shi Tennô:  Os Quatro Reis Celestes são deuses guardiões budistas.

Outras divindades
· Erlang Shen é um deus chinês com um terceiro olho na testa que vê a verdade.
· Lei Gong o deus do trovão.
· Guan Yu é o deus das irmandades, das artes marciais e, quando estas ocorrem, também deus da guerra.
· Zhao Gongming, deus da fortuna que monta um tigre.
· Bi Gan também é um deus da fortuna.
· Zhu Rong é o Deus do fogo.
· Gong Gong é o  Deus da água.
· Chi You: Deus da guerra e inventor das armas de metal.

Mitologia chinesa

Os historiadores supõem que a mitologia chinesa tem início por volta de 1100 a.C. Os mitos e lendas foram passados de forma oral durante aproximadamente mil anos antes de serem escritos nos primeiros livros como o Shui Jing Zhu e o Shan Hai Jing. Outros mitos continuaram a ser passados através de tradições orais tais como o teatro e canções, antes de serem escritos em livros como no Fengshen Yanyi.

Pássaros



Fenghuang.
  • Fenghuang — O Fenghuang é considerado a fênix chinesa.
  • Jian:  A Jian é uma ave mítica que se acredita só tenha um olho e uma asa: um par dessas aves depende um do outro, é inseparável, daí, representar o marido e a mulher.
  • Jingwei:  Jingwei é o pássaro mítico que tenta encher o oceano com gravetos e seixos. Na verdade o Jingwei era a filha do Imperador Yandi, mas morreu jovem, afogada no Mar do Leste. Após sua morte ela decidiu renascer como um pássaro para vingar-se do mar trazendo gravetos e seixos das montanhas próximas tentando enchê-lo a fim de evitar que sua tragédia aconteça a outros.
  • Jiu Tou Niao: É uma ave de nove cabeças usada para assustar crianças. Conta à lenda que ela seqüestra jovens meninas e as leva para sua caverna onde ficam até ser salvas por um herói.
  • Su Shuang é uma ave mitológica, também descrita como uma ave aquática.
  • Peng:  A Peng é uma ave mitológica gigante e de impressionante poder de vôo.
  • Zhu — A ave Zhu é tida como um mau presságio.

Dragões



O dragão chinês é uma das criaturas mais importantes da mitologia chinesa. É considerada a mais poderosa e divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas as águas. O dragão simbolizava grande poder e era apoio de heróis e deuses. Um dos mais famosos na mitologia chinesa é Yinglong. Diz-se ser o deus da chuva. Pessoas de diferentes lugares rezam para ele a fim de receber chuva. Na mitologia chinesa, acredita-se que os dragões possam criar nuvens com sua respiração. O povo chinês usa muitas vezes a expressão "descendentes do Dragão" como um símbolo de sua identidade étnica.


  • Yinglong — é um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudou um homem chamado Yu  a parar uma enchente do Rio Amarelo abrindo canais com sua cauda.
  • Reis Dragões — Os reis dragões são os quatro governantes dos quatro oceanos (cada um corresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palácios de cristal no fundo do mar de onde governam a vida animal.
  • Fucanglong — é um dragão do mundo subterrâneo que guarda os tesouros enterrados. Sua saída da terra provoca a erupção de vulcões.
  • Shenlong — é um dragão que pode controlar os ventos e as chuvas.
  • Dilong — é o dragão da terra.
  • Tianlong — Tianlong são os dragões celestiais que puxam as carruagens dos deuses e guardam seus palácios.
  • Li — O Li é um dragão dos mares menor. Não tem chifres.
  • Jiao — O Jiao é outro dragão sem chifre que vive em pântanos. O dragão mais inferior.

Desenvolvimento econômico



O comércio foi uma intensa atividade econômica para os chineses. Primeiramente, praticava-se o escambo, que é a troca direta de mercadorias sem o uso de moedas. Posteriormente, em locais e épocas diferentes, moedas, barras e peças de ouro e bronze começaram a ser usadas nas relações comerciais. Os produtos comercializados eram geralmente alimentos, cerâmica e seda.
O comércio da seda foi uma das atividades mais lucrativas para os chineses. No século I d.C., o Império Romano tornou-se um dos maiores consumidores do produto. A seda era transportada geralmente por terra, e o caminho mais conhecido era aquele que atravessava o Deserto de Góbi, as terras dos atuais Cazaquistão e Turquia, até chegar a Roma. Esse trajeto era conhecido como rota da seda.
Quando os chineses desenvolveram as técnicas para a produção da seda, grande parte da população passou a se dedicar a essa atividade. A seda era muito utilizada na confecção de roupas para os imperadores e nobres, e, em ocasiões especiais, para decorar painéis e faixas com dizeres festivos ou fúnebres.
Gradualmente a produção da China estendeu-se por toda a Europa, onde o tecido delicado e caro era muito apreciado. Entretanto a seda só foi industrializada na Inglaterra no século XV. Atualmente a China ainda produz a melhor seda do mundo.

O desenvolvimento científico

Os estudiosos chineses, que dominavam tecnologias avançadas para a época, desenvolveram vários instrumentos que ainda hoje são muito úteis, como a bússola magnética, o sismógrafo (que mede a intensidade dos tremores de terra) e o compasso. Já no século II d.C., Zhang Heng construiu um globo celeste. Em 1088 Han Gonglian projetou o primeiro relógio astronômico movido a água do mundo. Os chineses também deram uma grande contribuição  para os estudos de astronomia e aritmética.

  
Bússola                                    Sismógrafo

Globo celeste de Zhang Heng

Inúmeros objetos e utensílios de bronze da dinastia Shang (1500-1027 a.C.) encontrados por arqueólogos, e que se encontram expostos em museus, comprovam a riqueza da antiga arte chinesa. O bronze era usado na confecção de objetos que seriam  utilizados nas cerimônias  reais e religiosas e não na fabricação de instrumentos agrícolas, como ocorria na Europa.
                         
Jarro da dinastia Shang                Caixa de laca vermelha imitando um jarro utilizado em rituais

Os artesãos tinham papel de destaque na China antiga. Eram contratados pelo rei para confeccionar objetos de uso pessoal e adornos, tecidos para a roupagem da família imperial e para funcionários reais.
Os chineses consideravam o jade a pedra mais valiosa de todas e, por essa razão, era muito usada para fazer adornos e objetos.




A escrita chinesa

Os mais antigos registros escritos da China de que se tem notícia foram encontrados na cidade de Anyang, no leste da China, gravados em pedaços de ossos de animais e em cerâmicas. Alguns sinais utilizados como escrita podiam ser facilmente relacionas ao Sol, representados por um circulo com um risco no meio, e ao cavalo, representado por um desenho do animal.
Como podemos perceber a escrita chinesa, como a de outras civilizações, é ideográfica, ou seja, os símbolos expressam idéias. A escrita moderna chinesa é um aperfeiçoamento do modelo antigo.


Corrigir a ortografia do século 2 DEPOIS de cristo

A escrita chinesa e seus símbolos equivalentes ao nosso alfabeto.

Organização social chinesa: Imperadores, mandarins, grandes proprietários e camponeses

Os imperadores tinham a função de manter o equilíbrio e a harmonia entre os dois mundos: o natural (dos vivos)  e o sobrenatural (dos mortos). Acumulavam funções administrativas, religiosas e sociais.
Julgar a capacidade  do imperador era responsabilidade do Céu e nem sempre ela estava relacionada com as tarefas cumpridas na Terra.
           
E como saber se o imperador estava agradando ao Céu?
A sociedade chinesa acreditava que os deuses se manifestavam na natureza e na vida social. Revoltas populares, perturbações naturais (catástrofes, secas, inundações), invasões de povos estrangeiros eram sinais divinos de que o imperador deveria ser substituído por outro a qualquer momento.
Durante a dinastia Chin (221 – 206 a.C.) a China transformou-se em um Estado unificado, com o poder centralizado na figura do imperador. Como parte das medidas tomadas para fortalecer o poder real, surgiram mandarins, funcionários que controlavam a administração do estado, organizando o calendário das atividades reais, a construção de estradas, diques, barragens e obras públicas, e zelando pela justiça e segurança da sociedade. Os mandarins eram muito importantes, pois praticamente administravam o Estado. Por isso, desde cedo os meninos da nobreza eram preparados para exercer essa função.
A dinastia Chin ficou conhecida também pela construção da Muralha da China, com mais de 2.500 quilômetros de comprimento.

A Grande Muralha da China

A produção agrícola estava nas mãos de grandes e médios proprietários de terras. Existiam também grupos de camponeses que arrendavam, com suas famílias, as terras do governo, onde criavam animais e plantavam. Essas pessoas trabalhavam arduamente: além de sustentarem a família, tinham de pagar altos tributos pelo arrendamento das terras. 

Curiosidades

  • Sozinha, a China tem duas vezes mais gente do que a Europa inteira.
  • 1,2 bilhões de pessoas, este é o número estimado de habitantes (pessoas registradas) pelo último CENSO.
  • Um em cada cinco habitantes do planeta vive na China, um quinto da população mundial.
  • Se o mundo fosse uma única rua, um em cada quatro dos seus vizinhos seria chinês.
  • Se você morasse na China neste momento estaria dividindo o cômodo que ocupa em sua casa com mais 7 pessoas.
  • Por causa da superpopulação, cada casal só pode ter um filho. Mas, se o primeiro for menina, pode-se tentar de novo.
  • Com quase 3.000 km de extensão, a Muralha da China, única obra feita pelo homem que pode ser vista do espaço, começou a ser construída em 200 A.C. e completa atualmente 2200 anos de vida. Sua construção envolveu mais de um milhão de pessoas, muitas das quais morreram ali mesmo.
    Sua imponência começa pelo aspecto visual e termina na prática, pois em alguns trechos de suas descomunais escadarias, o visitante só consegue subir os degraus de quatro, com as mãos no chão.
  • Li ou Lee (forma inglesa) é o sobrenome mais comum do mundo. Só na China existem 87 milhões deles.
  • O célebre Livro Vermelho de Mao, espécie de cartilha do comunismo chinês, atualmente só serve para ser vendido aos turistas nos portões da Praça da Paz Celestial, onde a figura de Mao Tse Tung ainda brilha.
  • Na China, as ruas são extensões da casas. Ali os chineses comem, dormem, cortam o cabelo, fazem massagem, Tai-Chi-Chuan e até dançam.
  • Dentro da China existem várias nações. Algumas inteiras, como é o caso do Tibete e algumas minorias (mongóis, turcos, cazaques, tibetanos, etc.). São por volta de 55 grupos diferentes, ou seja, 60 milhões de chineses não são tão chineses assim - 60 milhões! Mais do que uma França ou duas Argentinas! Na China até as minorias são exageradas.
  • Imaginar que um país tão grande assim (o terceiro maior do mundo só atrás da Rússia e do Canadá) tenha a mesma geografia de norte a sul é o mesmo que generalizar que no Brasil só existe selva. É um erro grosseiro. Tanto das curiosas formações rochosas de Guilin, no oeste do país, quanto da maior de todas as montanhas - o Monte Everest - a China tem várias faces em sua geografia.
  • Cobras, ervas, ratos, morcegos. Tudo cura na milenar medicina chinesa. Lagartos ressecados, por exemplo, são bons para tosse comprida, pedra nos rins e até mesmo impotência.
  •  A Fênix é uma das criaturas mágicas da mitologia chinesa. Dizem que só aparecia quando o país era governado por um bom imperador.
  •  As pétalas de uma Datura sagrada representam as cinco pontas da estrela.
  •  O cervo e o alto funcionário: símbolos de prosperidade.
  •  Por ser o BOI o animal que mais ajuda na lavoura, puxando o arado e a carroça, a maioria do povo chinês considera pecado comer sua carne.
  •  "Um faz dois, dois fazem três, de três nascem as dez mil coisas." Foi assim que Lao Tsé condensou a cosmologia chinesa. DEZ MIL é a expressão que simboliza o todo e a imortalidade.
  • O sapo e a rã são símbolos de longevidade.
  • A arte de empinar pipas é tradicional na China.
  • O morcego é um símbolo de felicidade, e cinco morcegos juntos representam: longevidade, saúde, fortuna, amor à virtude e morte natural.
  • Um quarto dos crimes previstos no Código Penal é punido com a morte, incluindo delitos menores como envenenar gado ou difundir pornografia.
  • Os chineses são muito supersticiosos. Os andares 4, 14 e 24 de muitos prédios não existem, porque o ideograma do 4 é parecido com o da morte. Celulares terminados em 4 ou com muitos 4 são bem mais baratos, e muito utilizados por estrangeiros.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

HÉRCULES E OS JOGOS OLÍMPICOS

          
Os antigos gregos usavam a palavra "agon, agones" ( lutas ) para se referir a concursos e jogos públicos que promoviam desde tempos imemoriais. Em textos poétícos (Odisséia), de mais ou menos 850 AC, temos referências a jogos que nesse sentido se realizavam sob o patrocinio dos Feácios, antigos habitantes da ilha de córcira, corfu hoje, no mar jônio.

A mitologia nos dá noticias que dentre as artes ensinadas pelo centauro Kiron, mestre da Grécia heroica, aos seus discipulos, havia a chamada agonistica, a técnica e a pratica dos combates ou lutas corporais, que faziam grande uso da ginástica como preparação do corpo para este fim.
A  agonistica aparece na Filosofia como debate intenso, confundindo-se com a Eristica ( de Eris, a deusa da disputa). Ainda filosoficamente, a agonistica é tendência favorável à luta, que vê no combate um instrumento necessário ao progresso.

Os melhores exemplos desses jogos e concursos, sob o ponto de vista esportivo, são do chamado período clássico da história grega ( sécs, V-IV aC), tendo eles um caráter funebre ou religioso.
 No periodo helenistico da história grega ( a Grécia sob o dominio da Macedõnia, sécs. III-I aC), temos noticias de muitos jogos realizados em homenagem a soberanos, como os de Alexandria, Pérgamo e Antioquia, dos quais faziam parte também provas musicais e concursos hipicos.
                                                                                                              

                                                     
                                                          AQUILES E PÁTROCLO

Quanto a jogos funerários, a mitologia grega (Iliada) nos deixa o registro daqueles que Aquiles promoveu em homenagem a Pátroclo, seu grande amigo, falecido na guerra de Tróia.

                                             
         
 
                                                                                     ZEUS

Os jogos  eram realizados  de dois modos: que havia os pan-helênicos e os relacionados apenas a uma cidade. Os principais jogos pan- helênicos, abertos a todas as cidades gregas, eram os olimpicos (olimpia), em homenagem a ZEUS, a principal dividade grega, os piricos (pythia), realizados em Delfos, em homenagem ao DEUS Apolo, os Nemaicos (Nemeia), em honra a Zeus: DEUS no elemento liquido, dos oceanos e dos mares. Os jogos restritos às cidades eram consagrados às suas respectivas divindades  tutelares. Os jogos pan-helênicos estavam abertos somente áqueles que eram legalmente tidos como cidadão, deles participando, portanto, só atletas e espectadores so sexo masculino.
De um modo geral, os "agones" eram divididos em três categorias:

1) jogos hipicos (agones hippikoi):
 2) jogos musicais (agones mousikoi), compreendendo concursos de musicas, canto e danças
3) jogos ginásticos ( agones gymnikoi), constituidos pelo pentatlo ( salto em extensão, corrida a pé ( de fundo e meio - fundo), corrida de soldados armados (hoplitas), lançamentos do disco, lançamento do martelo, luta grega, juntando-se a estas modalidades o pugilato, uma espécie de boxe e o pancrácio, uma espécie de luta - livre, Alguns números: corrida a pé, de curta distância, era de 192,25 m. (um estádio): a de média distância  de 4.614m. ( 24 estádios).       



                                                               PALESTRA EM OLIMPIA
         
Os mais célebres jogos gregos eram os olimpicos, realizados a cada quatro anos. As solenidades de instalação dos jogos em Olimpia,  no Peloponeso, ocorriam num bosque sagrado onde se elevava o templo de ZEUS, perto do monte Kronion. Um colégio de embaixadores sagrados, representando cada uma das cidades, era encarregado de anunciar a sua abertura e realização. Uma trégua total era proclamada quando do período de sua realização. suspensas todas as hostilidades, tornando-se invioláveis todos os que se dirigissem a Olimpia. Era considerado um sacrilégio particularmente grave algém penetrar armado na Élida, região dos jogos.

 Os concorrentes chegavam geralmente com muita antecedência a Olimpia e se exercitavam durante meses nos ginásios locais, antes da abertura dos jogos. Os jogos eram presididos pelos chamados helanodices, que tinham a incumbência  de policia-los, controlando tudo, cabendo-lhes inclusive a aplicação de punições aos que não observavam os regulamentos. O produto das multas era usado para financiar a construção  de imagens de ZEUS em bronze,depois colocadas nos jardins da cidade.
                                                                                   
No hipódromo, eram realizadas as corridas de carro, com quatro ou dois cavalos: de carros atrelados com mulas; de cavalos montados. Os vencedores ( olympionykes) eram apontados pelos helanodices e tinham seus nomes ploclamados pelos arautos. Recebiam como prêmios uma simples coroa feita com ramos de oliveiras selvagens se materialmente os prêmios eram insignifcantes, a glória de um atleta vitoriosonuma olimpiada era imensa, Sempre recedido triunfalmente em sua cidades natal, em sua homenagem era erguidas estátuas e seu feito celebrado por poetas, como Simônides ou Pindaro, que entoavam então cantos sobre sua vitória ( epinikion).
 A  realização dos jogos olimpicos na antiga Grécia sempre esteve ligada a um ideal de nacionalidade e aperfeiçoamento fisico.

 A mioar glória para o homem grego era a vitória numa Olímpiada. Grandes manisfestações culturais também ocorriam quando da realização dos jogos.Sofistas ( filósofos) como Hipias e Górgias preferiram discursos, oradores como Lísias e Isócrates produziam peças oratórias importantes e leituras de trechos de obras literárias eram feitas comoas de Herótodo, o Historiador.


Diz a lenda que os jogos olimpicos foram instituidos pelo grande herói grego Hércules para que sua vitória sobre o rei Áugias fosse lembrada eternamente.Sob o ponto de vista astrológico, esta versão se ajusta ao tema mais do que qualquer outra, pois o 11º de trabalho do nosso herói tem relação com o signo de Aquário, que simboliza a solidariedade coletiva, a cooperação, a fraternidade e o desapego material. outros já mencionaram que os jogos foram instituidos por Hércules para comemorar a grande vitória que os deuses olimpicos obtiveram na sua luta contra Titãs ( Titanomaquia) e depois contra os Gigantes ( Gigantomaquia). Hércules,como se sabe, participou ativamente desta última, contribuindo decisivamente para a vitória dos deuses.
                                                              
As divindades gregas viviam no alto de uma cadeia de montanhas chamada Olimpo, que ficava entre a Tessália e a Macedômia. No alto desta cadeia montanhosa ficava o palácio de ZEUS onde se reuniam os deuses ( olimpicos) para deliberar sobre os destinos do universo e festejar. As grandiosas desta cadeia de montanhas simbolizavam o céu, lugar de residência divina.

 Hércules é o mais célebre dos heróis da mitologia grega. As histórias que cercam sua figura são inumeras. Filho de um pai divino, Zeus, e de uma princesa mortal. Alcmena, tendo um pai humano, Anfitrion, Hércules, por seus trabalhos, suas viagens e suas aventuras, representou sempre para os gregos um ideal de combatividade.

 É o simbolo de um impulso evolutivo, de um ser que, pesar de todas as dificuldades e de suas fraquezas, procurou sempre se superar. Neste sentido, Hércules é um  símbolo da própria humanidade. Mais que a encaarnação de um ideal de heroismo viril, um modelo heroico de transcendência, de integração das forças terrestresa e celestes, sempre problematico. Seus excessos, su loucura, seu suicidio apoteótico nunca se constituiram em obstáculos para que considerado como elo entre o homem e a divindade.
                            
                                                                      

Embora outros, como o poeta Pindaro, não atribuissem a Hércules a instituição dos jogos olimpicos, a Versão que parece prevalecer é a de que tenha sido mesmo ele o seu patrono.

Historicamente, os jogos olimpicos tornaram-se realidade no ano de 776 aC, quando temos registros sobre as primeiras competições, organizadas pelo rei Ifitos,a conselho de Licurgo, legislador espartano.

Desde essa época até o ´seculo IV dC os jogos se realizaram regularemente a cada quatro anos, na lua nova precedentes ao solsticio de verão. Uma explicação sobre a periodicidade quadrienal dos jogos: o número quatro é um símbolo da totalidade criada e revelada. Temos assim os quatro pontos cardeias, as quatro idades do homem,as quatro divisões do dia, os quatro braços da cruz ( equinócios de primavera e de outono e solsticos de verão e de inverno), as quatro fases da lua, os quatro elementos ( fogo, terra, ar e água) constitutivos do universo, os quatro ventos ( Zêfiro, Euro, Noto e Bóreas) etc.

Na planicie que se estende em Olimpia, entre os rios alfeu e Cladeo, ergueu-se na antiguidade um estádio de 600 pés de comprimento, que abrigava cerca de 40 mil pessoas, tendo ao lado um hipódromo, um ginásio e uma palestra, espaço reservado para as lutas. Como ja se mencionou, os participantes deviam ser gregos, cidadão, e  livres de qualquer condenação infamante.


As inscrições das delegações para os jogos eram recebidas com a antecedência de seis meses, abrindo-se logo os ginásios para o respectivo treinamento dos atletas, tudo, como foi dito, sob a fiscalização e supervisão dos helanodices (hellanodikai). Seus julgamentos e decisões eram inapeláveis. Durante vários meses, preparavam-se para o exercício de suas funções, recebendo instruções especiais dos "monophylakes" (professores de legislação). Os helanodices, durante os jogos, residiam em prédios suntuosos (helanodikaion). Sua importância pode ser avaliada pela roupa que usavam, mantos de cor púrpura, próprios da elite política e religiosa. No exercício de suas funções, tinham um grande número de assessores (alytai), inclusive todo um contingente policial. 
A participação dos atletas era custeada pelas cidades inscritas. Algum tempo antes da abertura dos jogos as estradas tinham o seu movimento muito intensificado, verdadeiras multidões se locomoviam em direção de Olímpia, inclusive por via marítima, provenientes das ilhas do Mediterrâneo oriental e das colônias.
Às mulheres eram vedadas a participação e a presença nos jogos. O motivo alegado era o de que os atletas, em sua maioria, faziam nus as suas práticas. Muitas mulheres, entretanto, se arriscavam, entrando disfarçadas nos recintos esportivos (ginásio, palavra que vem do termo grego "gymnos", não vestido), correndo o risco de receber severas punições. Estranhamente, porém, a entrada de meninas até sete anos era tolerada e mesmo incentivada. Justificativa: permitir que elas admirassem corpos masculinos bonitos para que ideais de matrimônio e não de sexo lhes ocupasse a mente desde cedo...
Como sempre, durante os jogos, culto religioso, devoção aos deuses e ideais esportivos misturavam-se ao oportunismo comercial, tudo em meio a barracas, vendedores ambulantes, mágicos de feira, músicos, videntes etc. Tudo se vendia nesses acampamentos, vinho tirado de grandes ânforas, pães, frutas secas, tecidos, jóias, sandálias, perfumes etc. No calor do verão, no bosque sagrado de Olímpia, um enorme contigente humano se comprimia para a grande festa: embaixadores, militares, soldados, atletas, atores, prostitutas, sacerdotes, comerciantes, vendedores, jovens, crianças, fiscais, ladrões, funcionários, cidadãos comuns, médicos...
Pairava sempre no ar um odor de sangue, misturado à fumaça que se elevava das piras sacrificiais; uma grande quantidade de animais era nessas ocasiões levada ao sacrifício. Orações, cânticos, mugidos, gritos, risos, a melodia das cítaras e das flautas, dançarinas, uma celebração para não ser jamais esquecida. Antes de etapa dos jogos, obrigatoriamente, o juramento sagrado proferido pelos atletas: "Nós juramos que nos apresentaremos nos Jogos Olímpicos como concorrentes leais, respeitadores dos regulamentos que os regem e desejosos de deles participar com espírito cavalheiresco para a honra da nossa pólis e para a honra do esporte”.
O senado da Élida, durante a realização dos jogos, tinha o poder de excluir qualquer cidade concorrente por eventuais faltas cometidas por seus atletas como também podia impor pesadas multas por qualquer violação da trégua sagrada ou por qualquer crime contra o que eles chamavam de Helenismo, uma espécie de ética olímpica. 

ALEXANDRE 
Quando da vitória Felipe, pai de Alexandre Magno, sobre os gregos, os macedônicos começaram a participar dos jogos olímpicos. O mesmo acontecendo com os romanos, quando se impuseram militarmente aos gregos. O imperador romano Teodósio, por decreto de 394 dC, proibiu a realização dos jogos.
 
Os jogos olímpicos da era moderna só voltariam a se realizar a partir do ano de 1.896, por iniciativa de Pierre de Coubertin, pedagogo francês que se dedicou a promover a integração da educação física nos currículos escolares, uma proposta bem pífia se comparada com a motivação dos antigos gregos.
Nos tempos modernos, nos anos mais recentes, o ideal olímpico parece estar perdido. Além de problemas políticos, guerras mundiais, terrorismo, boicote (1980 e 1984), o que se constata a partir dos anos finais do séc.XX é que o amadorismo desapareceu do ideal olímpico, o uso de drogas se generalizou entre os atletas e o esporte-espetáculo tomou conta das competições, sob o patrocínio das grandes empresas multinacionais e dos grandes sistemas de comunicação, transformando-se os atletas em bem pagos vendedores de marcas e modelos comerciais.
Embora em Olímpia também existisse esse lado "comercial" quando da realização dos jogos, as competições nunca deixaram de se enquadrar num esquema de valorização da saúde, da beleza física e, sobretudo, do amor à glória e ao grande feito. Este era o ideal grego relativo ao ser humano e à própria existência enquanto "agon", luta. Este conceito integrava-se à chamada "paideia" (educação total), dela fazendo parte, com destaque, a perfeição física e psíquica, alcançadas com exercícios apropriados, a fim de se garantir a boa forma física e a saúde, que até a velhice não estavam separadas da vida intelectual e sobretudo da contínua formação do caráter.
As Olimpíadas, retomadas no final do século XIX, puseram em circulação, tão somente, um ideal de resultados que hoje tem sua plena configuração na máxima: "Todos os meios são bons desde que eficazes". Estamos, por isso, bem longe, em oposição, melhor dizendo, aos ideais daquele mundo que se reunia em Olímpia para a realização dos jogos criados pelo filho de Zeus e de Alcmena.    

 
    

Musica na Idade Média ( Canto Gregoriano )

                                                      
                                                                                   

                                                        
                                                      
Você vai aprender, nesta postagem, o significado de canto gregoriano, um tipo de canto que se popularizou na Idade Média e até hoje é ouvido nas Igrejas Católicas mais tradicionais. No conteúdo de história, este assunto é abordado no resumo sobre a Igreja Medieval

                                                       

Canto Gregoriano

Canto Gregoriano, ou Cantochão, é o nome que se dá à música monofônica, de apenas uma melodia, sem acompanhamento. Seu nome deriva do papa Gregório I, que comandou a igreja entre 590 e 604. Gregório I empreendeu uma reforma na igreja e passou a implementar este tipo de canto nas celebrações religiosas.

O vídeo abaixo apresenta um exemplo deste tipo de música de origem medieval.

                                                

Cronologia dos principais fatos do Brasil Colônia

                                   Resumo Cronológico da História do Brasil Colonial







Principais fatos da História do Brasil Colônia

1500 - Chegada dos portugueses ao Brasil (dia 22 de abril), liderados por Pedro Álvares Cabral.

1530 - Expedição comandada por Martim Afonso de Souza, cujo objetivo era organizar a defesa e povoamento do litoral brasileiro.

1532 - Criação do sistema de Capitanias Hereditárias (rei D. João III).

1538 - Começam a chegar ao Brasil os primeiros escravos vindos da África.

1548 - A Coroa Portuguesa cria e institui o Governo-Geral no Brasil.

1555 - Fundação da França Antártica no Rio de Janeiro.

1567 - Os franceses são expulsos do Rio de Janeiro (fim da França Antártica)

1580 - Após a União Ibérica o Brasil passa a ser domínio espanhol.

1599 - Início dos ataques holandeses ao litoral brasileiro.

1640 - Com o fim da União Ibérica o Brasil volta a ser governado por Portugal.

1645 - Começa a Insurreição Pernambucana (Guerra da Luz Divina)

1654 - Os holandeses são expulsos do Nordeste do Brasil.

1680 - Decretação de lei proibindo a escravidão de índios no Brasil.

1684 a 1685 - Ocorre a revolta de Beckman no Maranhão.

1705 - Após a descoberta de minas de ouro tem inicio a "corrida do ouro" em direção à Capitania de Minas Gerais. Começa o Ciclo do Ouro.

1707 a 1709 - Guerra dos Emboabas.

1710 - Guerra dos Mascates

1719 - Coroa Portuguesa cria o "quinto" (imposto sobre o ouro encontrado no Brasil) e as Casas de Fundição.

1720 - Revolta de Filipe dos Santos em Vila Rica (contra a cobrança do "quinto").

1750 - Tratado de Madri entre Portugal e Espanha.

1765 - Coroa Portuguesa cria o sistema da "derrama", para cobrar os impostos atrasados na região aurífera brasileira.

1760 - Marquês de Pombal decreta a expulsão dos padres jesuítas do Brasil.

1785 - A produção industrial é proibida no Brasil com lei criada pela Coroa Portuguesa.

1789 - Inconfidência Mineira (tentativa brasileira de libertação da Coroa Portuguesa). Líder Tiradentes é preso, o movimento é sufocado e Tiradentes condenado a morte.

1798 - Guerra dos Alfaiates na província da Bahia (tentativa de formação de governo independente de Portugal).

1808 - Chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. Início do Período Joanino (1808 a 1821).

1810 - Tratado de Comércio e Navegação com a Grã-Bretanha.

1815 - Brasil é elevado a Reino Unido de Portugal e Algarves.

1817 - Revolução Pernambucana.

1821 - D. João VI é convocado pelas cortes portuguesas para voltar à Portugal. D. Pedro I torna-se príncipe regente do Brasil.