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segunda-feira, 4 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Grandes civilizações China antiga
Episódio da série "Grandes Civilizações", que conta de maneira didática a história de povos importantes para a evolução da humanidade.
sábado, 2 de junho de 2012
VÍDEO 100 ANOS DA REVOLTA DA CHIBATA
Em 1910, dois mil marinheiros se rebelaram e tomaram quatro navios de
guerra na Baía de Guanabara.
O principal motivo da revolta eram os castigos físicos na Marinha.
Vamos voltar 100 anos no calendário da nossa história para contar um dos momentos mais dramáticos da recém-nascida República do Brasil:
Vamos voltar 100 anos no calendário da nossa história para contar um dos momentos mais dramáticos da recém-nascida República do Brasil:
a Revolta da Chibata. Uma
ferida ainda não cicatrizada que atravessou o século e até hoje provoca
polêmica.
Em 22 de novembro de 1910, uma semana após a posse do presidente
Hermes da Fonseca, dois mil marinheiros se rebelaram e tomaram quatro navios de
guerra na Baía de Guanabara.
Durante seis dias, apontaram 80
canhões e ameaçaram bombardear a cidade, que, na época, contava com 870 mil
habitantes.
Tiros chegaram a ser disparados, matando duas crianças.
Quatro
oficiais morreram no encouraçado Minas Gerais.
O motim tinha como um dos comandantes e principal porta-voz um marinheiro negro semialfabetizado, João Cândido Felisberto, de 30 anos.
O principal motivo da revolta
eram os castigos físicos na Marinha, como chibatadas muito comuns, apesar de já
se terem passado 12 anos da abolição da escravatura no Brasil.
Saiba quem era João Cândido e por que a Marinha não o reconhece como
um mito, no que ele acabou se transformando.
Ficou conhecido como o 'almirante
negro', com estátua na Praça XV, nome de um petroleiro, tema livros e
inspiração de um samba muito popular de João Bosco e Aldir Blanc: "O
Mestre-Sala dos Mares
parte 1/3
parte 2/3
parte 3/3
HERÓI INJUSTIÇADO: JOÃO CÂNDIDO – “O
ALMIRANTE NEGRO”
HERÓI INJUSTIÇADO
A família de João Cândido, líder da
Revolta da Chibata, quer os mesmos direitos que os perseguidos pela ditadura
militar
Francisco Alves Filho
Nos livros de história do Brasil, o
marinheiro João Cândido aparece como o herói da Revolta da Chibata.
Corajoso, ele liderou em 1910 o motim no qual
dois mil marinheiros negros obrigaram a Marinha a extinguir punições desumanas
contra os soldados, como ofensas, comida estragada e chicotadas.
Os revoltosos conseguiram seu objetivo, mas
foram expulsos dos quadros militares ou presos e mortos.
Só recentemente João Cândido saiu da
condição de personagem esquecido da historiografia oficial para o papel de
protagonista.
Em 2008, uma lei finalmente concedeu
anistia póstuma a ele e a outros marinheiros.
A reparação, porém, foi incompleta. No ano do
centenário da Revolta da Chibata, João Cândido e os outros revoltosos continuam
sem as devidas promoções e seus familiares sem receber indenização – como
aconteceu com os que resistiram à ditadura militar, por exemplo.
Os prejuízos com a expulsão da Marinha não
foram compensados. “Sinto como se meu pai ainda fosse um renegado e não um
herói”, diz Adalberto Cândido, o Candinho, 71 anos, filho de João Cândido.
As comemorações pelos 100 anos da Revolta da
Chibata não o animam. “Homenagens são bonitas, mas não enchem barriga”,
desabafa Candinho.
Para negar indenização aos
anistiados, há dois anos, o governo alegou que, se todos os descendentes
recebessem, haveria um rombo no orçamento.
O tempo derrubou o álibi: apenas dois
grupos de parentes pediram anistia.
A verdade é que, por trás do argumento, estava
também a resistência da Marinha. Agora, a família de João Cândido torna a
reivindicar seus direitos.
Por causa da exclusão da Marinha, ele não pôde
mais conseguir emprego formal. Mudou-se para São João de Meriti, o mais pobre
dos municípios da Baixada Fluminense, onde parte de sua família vive até hoje.
Por décadas, sustentou a mulher e os sete
filhos com o que ganhava como pescador.
Uma imagem nada condizente com o
personagem épico que o jornal “O Paiz” descreveu como “o árbitro de uma Nação
de 20 milhões de almas”.
O filho recorda-se das dificuldades:
“Usávamos tamancos em vez de sapatos, vestíamos roupas velhas, não tínhamos
eletricidade”, relata. João Cândido morreu na miséria em 1969, em Meriti.
A Lei nº 11.756/2008, de autoria da senadora Marina
Silva (PV), previa a anistia com indenização, que acabou vetada no texto
assinado pelo presidente Lula.
Na época, os
familiares de João Cândido aceitaram a argumentação de que o custo para os
cofres públicos seria muito alto.
Até agora, no entanto, apenas duas solicitações
foram feitas. “Muitos já morreram e outros nem sabem que seus ascendentes
participaram da revolta”, explica o historiador Marco Morel.
Ele é neto de
Edmar Morel, autor do livro “Revolta da Chibata”, primeira obra sobre o tema,
relançada recentemente.
“Mesmo com esse risco, o governo poderia
estabelecer um teto”, diz o historiador.
“Se aqueles que lutaram contra a
ditadura de 64 e seus parentes, muitos de classe média alta, receberam
reparações em dinheiro,
por que não os familiares dos marujos da Revolta da Chibata, quase todos
pobres?” questiona Morel.
Procurado por ISTOÉ, o ministro da
Igualdade Racial, Edson Santos, disse que sua pasta apoiou a anistia. “A
reivindicação por parte da família é um direito democrático”, admite o
ministro.
“O compromisso do governo é estabelecer formas
de reparação que façam justiça à luta de João Cândido.” Santos não diz, no
entanto, se tomará alguma providência prática em favor da indenização.
Um dos
principais responsáveis pela popularização de João Cândido foi o compositor
Aldir Blanc, autor da letra do samba “O Mestre-Sala dos Mares”, em parceria com
João Bosco.
Lançada na década de 70, em plena
ditadura, a música contava a história da Revolta da Chibata e por isso Aldir
foi convocado ao Departamento de Censura.
“Tive que mudar o título, que
originalmente era ‘O Almirante Negro’, para burlar o censor”, recorda-se.
Tratamento desumano
A Revolta da Chibata se desenrolou
entre 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro,
então capital federal.
Revoltados com as agressões sofridas por parte
dos oficiais e com a comida estragada servida nos navios, marinheiros do Encouraçado
Minas Gerais se amotinaram.
Tomaram o controle da embarcação e ameaçaram
acionar os canhões contra a cidade se os maus-tratos não fossem cancelados –
objetivo que foi alcançado.
O presidente da época, Marechal Hermes da
Fonseca, aceitou anistiar os revoltosos, mas voltou atrás. Muitos foram
expulsos da Marinha, alguns presos e outros acabaram mortos.
A Marinha tornou público seu
ressentimento contra João Cândido em 2008, quando o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva inaugurou uma estátua em homenagem a ele, na Praça XV. Na ocasião,
oficiais reclamaram e só se acalmaram quando conseguiram a garantia de que o
monumento não ficaria de frente para a Escola Naval, situada ali perto.
A estátua está voltada para o mar. Diante de
tal rejeição, o filho do Almirante Negro se mostra cansado de brigar.
“Se agora, no centenário da Revolta, não
liberarem a indenização e a promoção dele, eu desisto de brigar”, diz Candinho.
( ISTO É INDEPENDENTE )
Grandes
Brasileiros ( opinião e notícia )
João Cândido
4/05/2006
Nossa tentativa de resgatar os heróis
brasileiros em uma série de textos publicada semanalmente revelou um fato
interessante: heroísmo é um conceito extremamente pessoal.
Foram diversas cartas de leitores
elogiando e criticando cada um destes personagens.
Sendo assim decidimos mudar o nome da série de
reportagens de Heróis brasileiros para Grandes brasileiros.
Desta forma, continuaremos a mostrar feitos de
pessoas que contribuíram para nossa história.
João Cândido: grande brasileiro cantado por Elis
Regina
Os grandes brasileiros podem ser
figuras pouco comentadas nas salas de aula, esquecidas dos livros e da memória
das pessoas.
Mas alguns deles aparecem na música
popular, mesmo que de forma sutil.
É o caso de João Cândido Felisberto, militar
brasileiro que liderou a Revolta da Chibata no ano de 1910.
E a música, de autoria de Aldir Blanc
e João Bosco, se chama O mestre-sala dos mares – o nome originalmente seria
Almirante Negro, porém precisou ser alterado porque a censura julgou que
ofenderia as Forças Armadas. Interpretada por Elis Regina, a letra diz:
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu.
Conhecido como o navegante negro
tinha a dignidade de um mestre-sala.
A Revolta em que João Cândido
teve destaque é um episódio bastante famoso, o que mostra que os eventos em si
são lembrados com freqüência.
Falta mesmo é dar ênfase a quem fez esses
episódios e fazer esses nomes entrarem para a história, até, no caso de João
Cândido, para fazer jus à letra da composição.
O herói em questão nasceu na Província do Rio
Grande do Sul em 1880, filho de escravos de uma fazenda, e ingressou na Escola
de Aprendizes-Marinheiros do Rio Grande, da Marinha, aos 13 anos.
Em novembro de 1910, quando liderou a
chamada Revolta da Chibata, seu objetivo era pleitear a abolição dos castigos
corporais na Marinha de Guerra do Brasil.
Em outros países essa forma de repreensão já
havia sido abolida: a Espanha extinguiu os castigos físicos em 1823, a França
em 1860, os EUA em 1862, a Alemanha em 1872 e a Inglaterra em 1881.
A Revolta da Chibata teve vitória ao conseguir que o governo federal selasse o compromisso de acabar com o emprego da chibata – o mesmo que chicote, instrumento utilizado nos castigos – e se comprometesse também a conceder anistia aos revoltosos.
Apesar disso João Cândido – designado
Almirante Negro pela imprensa nessa época – e os outros envolvidos na
manifestação foram presos.
Pouco tempo depois, um novo levante entre os
marinheiros, ocorrido no quartel da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, foi
reprimido pelas autoridades.
João Cândido se declarou contra a
manifestação, mas assim mesmo foi expulso da Marinha, sob a acusação de ter
favorecido os rebeldes. Seria absolvido apenas em 1912. João Cândido morreu aos
89 anos, no Rio de Janeiro.
Fonte;
CURIOSIDADES
Com o dedo
em riste, um senhor barbudo de cartola e terno azul e vermelho ameaçava: “Eu
quero você”.
A intimação era dirigida aos cidadãos americanos que
perambulavam pelas ruas antes da Primeira Guerra e vinha de… cartazes.
O
sujeito ameaçador que estampava os folhetos era Tio Sam, um homem que não
existiu de fato.
A versão mais aceita (e oficial) da criação do personagem
conta o mito começou em um carregamento de carne enviado para
alimentar os soldados que combatiam na Guerra de 1812.
Com as iniciais “US” gravadas
nas laterais, os caixotes foram apelidados de Uncle Sam (Tio
Sam) – uma referência a Samuel Wilson, o gerente do açougue de Troy, Nova York,
que abastecia a tropa.
Tio Sam
A imagem
mais conhecida do Tio Sam nasceu, no entanto, em 1917, nas mãos de James
Flagg.
Foi o cartunista o autor do dedo indicador apontando e dos cabelos
brancos, nos quase 4 milhões de cópias espalhadas pelo país – o
cartaz era de adaptação de outro com lorde Kitchener, um marechal inglês, como
modelo.
As peças foram encomendadas pelas Forças Armadas americanas e seriam
reeditadas durante a Segunda Guerra. Tio Sam assumia, assim, a imagem oficial
da nação americana.
Cartunistas políticos cuidaram de popularizar a imagem da
nova figura. Uma das caricaturas mais emblemáticas apareceu em 20 de novembro
de 1869 na revista Herper’s Weekly.
Feita pelo cartunista político Thomas
Nast, Tio Sam esta sentado à mesa em um jantar de Ação de Graças.
Era o
início da associação do personagem a ideais valiosos aos EUA: união, liberdade
e igualdade dos povos.
Os traços físicos modernos, no entanto, surgiram na
revista britânica Punch.
fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 – Set. 2010. por Fabrício
Calado
vídeo introdução a História da África com Mary Del Phore.
Primeira parte da entrevista com a historiadora Mary Del Priore, autora de "Ancestrais: uma introdução à História da África Atlântica". A pesquisadora fala da história e cultura do continente africano, assim como de sua pequena divulgação no Brasil. O debate faz parte do Jogo de Ideias, programa de TV do Itaú Cultural com convidados da música, do teatro, da educação, entre outras áreas.
parte 01
parte 02 final
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Vídeos Os Pioneiros e o Brasil 1/4
Os pioneiros marcaram este momento de ruptura na história econômica do
Brasil, liderando o surgimento de bancos, indústrias e atividades comerciais.
Foi um período de transformação de uma economia agrícola
centrada na cafeicultura de exportação para uma economia que dá início à tardia
industrialização no país.
Que condições criadas pelos pioneiros favoreceram empreendimentos do próximo
período?
Nota: este video faz parte do Módulo 2: Os Pioneiros e o Brasil da
exposição "Pioneiros e Empreendedores: A Saga do Desenvolvimento no
Brasil"
para saber mais, visite o site.
vídeo 01
A transição para a República e para o trabalho livre
condicionou um cenário de incertezas políticas e econômicas nos primeiros anos
do novo governo. A imigração, o surgimento de novos espaços urbanos e o
crescimento da industrialização ganharam força. Nesse contexto, os movimentos
de reivindicação dos trabalhadores colocaram os empresários diante de questões
sociais.
Como o desenvolvimento da industrialização e da urbanização contribuiu para a
capacidade de inovação e a visão de futuro dos pioneiros?
vídeo 02
Durante os quinze anos em que Getúlio Vargas
permaneceu no poder, seu governo se destacou pela criação de um projeto de
Estado nacional, pela promoção efetiva da indústria, pela consolidação de leis
trabalhistas e pela repressão às vozes contrárias ao regime político. A
trajetória empresarial de vários pioneiros possibilitou a realização de
projetos conjuntos com o governo federal, principalmente em relação à
siderurgia e ao petróleo.
De que forma é possível identificar a presença do Estado nas trajetórias empresariais dos pioneiros neste período?
Nas
últimas seis décadas, o país passou por diferentes modelos político-econômicos
e, hoje, encontra-se em processo de consolidação do Estado democrático.
Assistiu-se a uma expansão das várias áreas de empreendimentos, orientada a uma
atuação global.
Quais as contribuições das trajetórias dos pioneiros para a construção do
século XXI?
De que forma é
possível identificar a presença do Estado nas trajetórias empresariais dos
pioneiros neste período?
Vídeo voto e educação
No
período da Primeira República (1889-1930), a educação entrou na agenda política
- de onde nunca mais saiu. Nesta época, 85% da população brasileira era
analfabeta e por isso impedida de votar nas eleições. Alfabetizar as crianças
passou a ser fundamental para a participação política no regime republicano.
1/2
2/2
1ª Guerra Mundial 3º ano
1ª Guerra Mundial - O melhor Resumo para o Vestibular!
Ao iniciar o século XX. O avanço do capitalismo, agora na fase monopolista ou financeira, provocou uma desigualdade entre as nações européias.
A disputa por novas áreas, por novos mercados, pela hegemonia do continente acabou por causar uma grande guerra, que ficou conhecida como Primeira Guerra Mundial.
POR QUE ACONTECEU A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Disputas imperialista entre a Inglaterra e a Alemanha.
- Revanchismo francês - A França desejava recuperar os territórios Alsácia-Lorena, perdidos em 1871, na Guerra Franco-prussiana.
- Os Incidentes nos Bálcãs - A Áustria anexou as províncias turcas da Bósnia e da Herzegovina, provocando reação da Rússia e da Sérvia.
- Os Incidentes no Marrocos - O Marrocos, país semibárbaro governado por um sultão, era cobiçado pela França que já conquistara a Argélia. Assinou acordo com a Inglaterra, dona de Gibraltar, e com a Espanha, que dominava algumas praças ao Norte de Marrocos. O Kaiser Guilhe II impediu a penetração francesa, proclamando a liberdade do Marrocos. A Alemanha acabou reconhecendo o direito dos franceses de estabelecer seu protetorado ao Marrocos. Franceses e alemães estavam descontentes com a situação.
- Causa imediata (estopim) - O Assassinato do Príncipe Francisco Ferdinando (28/06/1914) - herdeiro do trono austríaco. Foi assassinado por um fanático estudante bosníano, Gravilo Príncipe, na cidade de Serajevo. A Áustria-Hungria exigiu uma satisfação da Sérvia, onde o crime fora tramado, por meio de um ultimato. A Rússia, decidida a não adimitir uma humilhação à Sérvia, rejeitou as propostas conciliatórias da Alemanha e decretou a mobilização geral. A Alemanha, aliada da Áustria, declarou guerra à Rússia no dia 1 de agosto e, dois dias depois, à França. Tinha inicio a Primeira Guerra Mundial.
POLÍTICA DE ALIANÇAS
Foi celebrada uma aliança defensiva entre a Alemanha e o Império Austro-Húngaro em 1879. Com a etrada da Itália em 1882, surgiu a "Tríplice Aliança".
1907, formou-se a "Triple Entente", constituída pela Inglaterra, Rússia e França. A Inglaterra estava preocupada com o crescimento econômico da Alemanha e com o desenvolvimento da marinha alemã, que ameaçava sua soberania marítima. A "Triple Entente", assinada por Eduardo VII, da Inglaterra, iniciou a política de cerco à Alemanha.
PAZ ARMADA
Desde
o fim do século XIX até 1914, as nações européias fortaleceram-se,
aumentando seu poderio bélico. Uma verdadeira corrida armamentista foi
alimentando os países. Eles estavam em paz, mas ao mesmo tempo
reforçando-se, armando-se para o grande conflito.
FASES DA GUERRA
FASES DA GUERRA
- Guerra do Movimento (1914) - Os alemães começaram a luta com um ataque à Bélgica, neutra, marchando depois rumo a Paris. O plano francês era invadir Alsácia e Lorena e proteger a fronteira belga; os alemães atacaram Liège. Na batalha do Marne os alemães foram derrotados pelo general Joffre, obrigando-os a retroceder para Leste, depois de perderem milhares de soldados e armamentos. Essa batalha salvou momentaneamente a França. Mas os alemães. não podendo levar avante a investida inicial, firmaram-se no Nordeste da França, abrindo trincheiras, como o fizeram também os franceses, os ingleses e os belgas.
- Guerra de Trincheiras (1915-1917) - Abriram-se trincheiras em toda a frente ocidental. O armamento e o aparelhamento aéreo despertaram um novo surto industrial acelerado. Novas armas apareceram. Em 1916, os alemães atacaram Verdun, defendida pelo general Pétain. Foi um insucesso dos alemães. Morreram cerca de 600 mil homens. Na batalha naval da Jutlândia, os ingleses foram os vencedores.
- Saída da Rússia – Com o triunfo da Revolução Russa de 1917, onde os bolcheviques estabeleceram-se no poder, foi assinado um acordo com a Alemanha para oficializar sua retirada do grande conflito. Este acordo chamou-se Tratado de Brest-Litovsk, que impôs duras condições para a Rússia.
- Entrada dos Estados Unidos – Os norte-americanos tinham muito investimentos nesta guerra com seus amigos aliados (Inglaterra e França). Era preciso garantir o recebimento de tais investimentos. Utilizou-se como pretexto o afundamento do navio “Lusitânia”, que conduzia passageiros norte-americanos.
- Participação do Brasil – Os alemães, diante da superioridade naval da Inglaterra, resolveram empreender uma guerra submarina sem restrições. Na noite de 3 de abril de 1917, o navio brasileiro “Paraná” foi atacado pelos submarinos alemães perto de Barfleur, na França. O Brasil, presidido por Wenceslau Brás, rompeu as relações com Berlim e revogou sua neutralidade na guerra. Novos navios brasileiros foram afundados. No dia 25 de outubro, quando recebeu a noticia do afundamento do navio “Macau”, o Brasil declarou guerra à Alemanha. Enviou auxilio à esquadra inglesa no policiamento do Atlântico e uma missão médica.
CONSEQÜÊNCIAS DA GUERRA
a) O aparecimento de novas nações.
b) Desmembramento do império Austro-Húngaro.
c) A hegemonia do militarismo francês, em decorrência do desarmamento alemão.
d) A Inglaterra dividiu sua hegemonia marítima com os Estados Unidos.
e) O enriquecimento dos Estados Unidos.
f) A depreciação do marco alemão, que baixou à milionésima parte do valor, e a baixa do franco e do dólar.
g) A crise de 1929: os governos tiveram que intervir na economia com medidas severas.
h) O protecionismo que impossibilitou a Alemanha de pagar suas dívidas por meio de exportação.
i) O encarecimento do custo de vida.
i) O encarecimento do custo de vida.
TRATADO DE VERSALHES (1919)
Em
Versalhes, em 1919, reuniu-se a Conferência da Paz, sob a liderança
dos 4 grandes: Clemenceau, representante da França; Lloyd George,
representante da Inglaterra; Woodrow Wilson, representante dos Estados
Unidos; e Orlando, representante da Itália. Este tratado impôs duras
determinações aos alemães.
LIGA DAS NAÇÕES
Woodrow Wilson, presidente dos Estados Unidos, lançou a idéia de abolir a “diplomacia em segredo” e de unir os povos com o intuito de evitar uma nova guerra, numa Liga das Nações que tinha os seguintes princípios fundamentais:
a) Autonomia dos povos.
b) Renúncia à política de alianças.
c) Governo de acordo com os governados.
d) Liberdade dos mares.
e) Desarmamento geral.
Genebra passava a ser a sede da Liga das Nações.
domingo, 27 de maio de 2012
Incesto Real
Os casamentos entre parentes de dinastias europeias
eram arranjados para favorecer alianças políticas.
Mas geraram
descendentes com problemas físicos e mentais. Nos Habsburgos, a sequela mais
visível era o queixo protuberante
Conta-se
que, ao pisar na Espanha pela primeira vez, Carlos 5º, do Sacro Império
Romano-Germânico, ouviu o grito de um homem do povo: "Majestade, feche a
boca, pois as moscas deste país são muito insolentes".
Corria o ano de 1517, e o abusado camponês, se
existiu, percebeu de cara um defeito no nobre nascido na cidade de Gante (atual
Bélgica) que vinha assumir o trono espanhol.
Carlos 5º (e 1º da Espanha), que lá estava
como herdeiro de seus avós maternos, Isabel 1ª de Castela e Fernando 2º de
Aragão, os chamados Reis Católicos, era dono de um queixo descomunal.
Tanto que não conseguia unir os lábios e
impedir o acesso de
possíveis insetos voadores, ficando com o ar apalermado, que teria motivado o
gracejo do petulante plebeu.
Seu
feio trineto Carlos 2º da Espanha, além da coroa, levou de brinde a deformação
óssea da face conhecida como prognatismo - a mandíbula se projeta em relação ao
maxilar e o lábio inferior se torna mais saliente.
No caso de Carlos 2º, o queixão acarretava
dificuldades de mastigação e de fala.
Os Carlos, você deve ter reparado, partilhavam
de um defeito genético.
Estigma marcante durante séculos nos
Habsburgos, a poderosa dinastia originária da Suíça, à qual pertenciam os dois
monarcas, o prognatismo ficou tão identificado com a família que é conhecido
também como mandíbula ou lábio de Habsburgo ou de Áustria.
Os rostos desses e de outros soberanos -
Filipe 4º da Espanha, pai de Carlos 2º, por exemplo -
estão bem documentados em pinturas.
Considerada a hipótese de que os pintores de
corte mesmo um mestre como Diego
Velázquez - amenizavam os traços para não irritar seus retratados, é possível
imaginar queixadas mais avantajadas ainda.
O culpado de tudo isso - o primeiro Habsburgo prognata - foi possivelmente Ernesto 1º da Áustria (1377-1424).
Se a praxe fosse buscar gente de outras
origens para os casamentos, o gene queixudo de Ernesto encontraria novos DNA s
e provavelmente sumiria em sua descendência.
Acontece que os Habsburgos, como outros
nobres, apreciavam matrimônios com parentes, a endogamia.
Era um jeito de preservar o sangue azul e
estabelecer alianças políticas.
A falta de "sangue novo" na herança
genética, no entanto, perpetuava (e acentuava) características físicas
indesejáveis, provocava o surgimento de doenças congênitas e aumentava a
mortalidade infantil naquelas
famílias.
Geneticistas espanhóis traçaram a árvore genealógica de Carlos 2º e constataram que sua carga genética era equivalente à de um incesto entre irmãos ou entre pais e filhos.
"Provavelmente,
o gene do prognatismo atuava combinado com outros, o que fazia com que alguns
dos Habsburgos apresentassem a má-formação e outros não", afirma Jaime
Anger, cirurgião plástico do Hospital Israelita Albert Einstein de São Paulo.
O prognatismo aberrante não era a única desgraça de Carlos 2º, sugestivamente alcunhado de "o Enfeitiçado".
O prognatismo aberrante não era a única desgraça de Carlos 2º, sugestivamente alcunhado de "o Enfeitiçado".
Só começou a andar aos 4 anos e tinha
desarranjos intestinais e febres, além de certo atraso mental.
De
todas as mazelas, nada superou, para fins dinásticos, sua incapacidade de gerar
um herdeiro em seus dois casamentos - Carlos seria estéril.
Quando
morreu, aos 38 anos, aparentava uma idade
Muito
mais avançada.
Além do célebre queixo de Habsburgo, discute- se a presença de outros males de origem genética transmitidos pelos repetidos casamentos entre parentes das dinastias europeias.
A porfiria, um distúrbio do metabolismo,
permaneceu por muito tempo sendo a explicação para a insanidade mental do rei
George 3º do Reino Unido (1738-1820).
Nos anos 1960, apareceram artigos com títulos
como A Insanidade do Rei George 3º: Um Caso Clássico de Porfiria e Porfiria nas
Casas Reais de Stuart, Hanôver e Prússia, escritos pelos psiquiatras e
historiadores Ida Macalpine e Richard Hunter. Segundo essa visão, Mary Stuart
(1542-1587) seria a primeira personalidade documentada a passar a enfermidade
adiante em sua árvore genealógica.
No entanto, há outras hipóteses para a
instabilidade de George - em cujo reinado os Estados Unidos se tornaram
independentes dos ingleses. Já na década de 40, falava-se em psicose
maníaco-depressiva.
Timothy Peters, da Universidade de Birmingham,
num estudo do ano passado, prefere considerar a possibilidade de transtorno
bipolar.
Como a porfiria não tem uma manifestação
visual facilmente identificável em pinturas e não se desenterraram os nobres
para fazer um diagnóstico retrospectivo, cravar explicações científicas
definitivas é mais difícil que no caso do escancarado prognatismo mandibular.
Outra enfermidade que foi tida como praga endogâmica é a hemofilia, que teria se espalhado como verdadeira "doença real" por culpa da rainha Vitória do Reino Unido (1819-1901).
Outra enfermidade que foi tida como praga endogâmica é a hemofilia, que teria se espalhado como verdadeira "doença real" por culpa da rainha Vitória do Reino Unido (1819-1901).
Há que se considerar dois fatos. Primeiro, que
Vitória provavelmente não herdou o gene hemofílico dos costumeiros matrimônios
entre parentes - no caso dela, teria ocorrido uma mutação cromossômica
espontânea.
Outra é que casamentos entre primos (Vitória
se casou com um de primeiro grau, Albert) raramente aumentam as chances de uma
possível transmissão desse transtorno da coagulação sanguínea.
Isso posto, Vitória, de fato, legou a
hemofilia a algumas pessoas de sua farta descendência.
Entre elas, figura o bisneto Alexei
Nikolaevich Romanov, herdeiro do trono russo assassinado em 1918, aos 13 anos,
pelos bolcheviques.
Tudo isso era especulação até 2009, quando se
publicaram os resultados de exames de DNA feitos em ossos dos Romanovs
descobertos dois anos antes.
Comprovado: Vitória passou ao menino que não
foi czar a hemofilia B, segundo tipo mais comum da doença.
O rei “Paquita”
Características como elevado apetite sexual e loucura foram associadas aos Bourbons ao longo do tempo.
O rei Fernando 6º da Espanha (1713-1759) teria
transado com a mulher agonizante, Bárbara de Bragança.
Seu
meio-irmão e sucessor, Carlos 3º, era obsessivo: fazia tudo sempre exatamente
nos mesmos horários.
A mandíbula de Áustria, em virtude de
ancestrais comuns, também se fez presente no rosto dos Bourbons.
Como os Habsburgos, eles também se casaram muito entre si.
Como os Habsburgos, eles também se casaram muito entre si.
Uma das histórias mais curiosas está ligada à
rainha Isabel 2ª da Espanha (1830-1904) e ao seu marido, o rei consorte
Francisco 1º (1822-1902).
Ambos eram primos em dose dupla - o pai dele
era irmão do pai dela, e a mãe dele era irmã da mãe dela.
Acontece que Francisco era gay, e Isabel
começou a pular a cerca.
Nos salões e nas ruas de Madri, Francisco
tinha o apelido de Paquita (Chiquinha).
Existe até a possibilidade de os 11 filhos de
Isabel (só 5 chegaram à idade adulta) não serem de Francisco.
Por essa tese, o rei Afonso 12, bisavô do rei
atual, Juan Carlos 1º, seria fruto de um caso de Isabel com o capitão Enrique
Puigmoltó.
Se assim foi, as traições de Isabel serviram
como antídoto contra os males da endogamia bourbônica.
clã internacional
A instituição do matrimônio consanguíneo levou à
formação de um grande clã internacional de monarcas.
O inglês e o
russo médios tinham (e ainda têm) tipos físicos distintos, mas o mesmo se podia
dizer de dois soberanos que reinavam separados por milhares de quilômetros.
George 5º do
Reino Unido (1865-1936) e o czar Nicolau 2º da Rússia (1868-1918) eram netos do
rei Christian 9º da Dinamarca, apelidado de “o sogro da Europa” graças ao
sucesso dos casamentos políticos de seus filhos.
Os primos
George e Nicolau mais pareciam gêmeos (veja foto na pág. ao lado). Em 1893,
quando George, então príncipe e duque de York, casou-se, a plebe presente à
cerimônia, em Londres, chegou a se confundir ao ver o convidado Nicolau.
Por essa época, a mandíbula de Habsburgo já havia cruzado o oceano e chegado ao Brasil.
Por essa época, a mandíbula de Habsburgo já havia cruzado o oceano e chegado ao Brasil.
Produto de
casamentos entre parentes e com diferentes sobrenomes dinásticos nas costas –
Bragança, Orleans, Habsburgo, Bourbon -, o nosso dom Pedro 2º (1825-1891)
também foi prognata.
Seu avô, dom
João 6º, era filho de um tio com uma sobrinha.
Seu pai, dom
Pedro 1º, e sua mãe, a imperatriz Leopoldina (filha do imperador do Sacro
Império Romano-Germânico e, portanto, Habsburgo de alta linhagem), eram primos
em segundo grau.
João, Pedro
e Leopoldina tinham o queixo deslocado para a frente.
Em As Barbas
do Imperador, a antropóloga Lilia Moritz Schwarcz defende que Pedro 2º deixou
os pelos crescerem no rosto para parecer mais velho e respeitável. Reza outra
lenda que o visual servia mesmo para camuflar o queixão.
A endogamia, no entanto, não se restringiu às monarquias europeias.
Exemplos são encontrados no Egito antigo, onde
havia casamentos entre irmãos.
Cleópatra casou-se com dois, o Ptolomeu 13 e o
14. Em Roma, ocorriam enlaces entre primos, caso de Nero e Claudia Octavia.
Há indícios de que os incas na América do Sul
também casavam irmãos e irmãs sem drama de consciência Ainda que haja nobres
que gostem de se casar entre si, existe uma diversificação bem maior de fontes
conjugais.
O rei Eduardo 8º, em dezembro de 1936, abdicou
do trono britânico para se unir a Wallis Simpson, uma americana duas vezes
divorciada.
Quem ficou no seu lugar foi George 6º, o gago
retratado no filme O Discurso do Rei e pai da rainha Elizabeth.
Filipe de Bourbon, filho de Juan Carlos 1º da
Espanha e da rainha Sofia, casou-se em 2004 com a plebeia Letizia Ortiz.
O príncipe William, filho de Charles e Diana,
encontrou nos corredores da faculdade sua carametade, Kate Middleton.
A outrora fechada família europeia de
monarcas, de uns tempos para cá, é capaz até de aceitar em seu seio um
descendente do lendário e irreverente camponês espanhol. Aquele do mosquito na
boca do rei. //
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