quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Praça Mauá



                                                                 







A praça Mauá era de inicio um grande alagadiço a praia de Nossa Senhora, que depois ficou sendo conhecida como "Prainha" - o principal ancoradouro das embarcações que do fundo da Baía traziam alimentos para a cidade.
 A área circundante da Praça Mauá, ainda que muito descaracterizada devido ás inúmeras interferência até em sua topografia, ainda assim guarda alguns poucos sítios históricos do século XVI. Atualmente apresenta uma curiosa mistura: de um bairro de boates e inferninhos existentes graças à proximidade do porto do Rio de Janeiro e do outro, oferece o maravilhoso Mosteiro de São Bento, símbolo do Barroco e marco da ocupação da cidade.

                                                                                     
Barão de Mauá

O nome da praça decorre de homenagem ao Barão de Mauá, ou seja Irineu Evangelista de Souza, o maior empresário brasileiro no tempo do império. Aliás, no centro da praça, existe uma estátua do barão, que ali era proprietário de um trapiche (armazém) e de vários negócios ligados à área portuária. 
Um importante edificio da Praça Mauá, é o chamado edificio do jornal " A noite", com vinte e dois andares e constrúido no final da década de 30, possuindo um estilo art Déco com formas classicistas e simétricas, insperado nos prédios de Nova York.
 Este edifício era um dos pontos mais badalados da cidade, tornando-se o centro das atrações na época áurea do rádio quando lá passou a funcionar a Rádio Nacional a partir de 1936, com o atual processo de revitalização, redefinição urbanística e reaproveitamento da antiga área portuária do Rio de Janeiro, a Praça Mauá entrará em evidência novamente pois, como parte desses esforços, será construído no pier da Praça Mauá um Museu do amanhã, ou Museu do futuro, projeto do arquiteto e engenheiro espanhol, Santiago Calatravia.

Os jesuítas e a catequização dos índios no Brasil colônia





        
 A religiosidade sempre esteve presente no processo de colonização do Brasil. Sendo sobre a fixação em terra da primeira cruz, seguida da primeira missa proferida pelo frei Henrique de Coimbra em 1500 ou até mesmo muito antes disso com os ritos e cerimônias tupis.

Os lusitanos costumavam dizer que os índios não possuíam conhecimento de Deus e nem de outros ídolos, sendo que, muitas vezes foram associados a animais ou demonizados, alegando o colonizador que estes povos não possuíam alma.

 Para os índios não existia muita diferença entre a realidade acordada e a realidade dos sonhos: os pássaros, o mundo dos espíritos, o parto, a lua, tudo estava entrelaçado.

Outra coisa que causava a repugnância dos portugueses para com os índios era o fato desses nativos praticarem a antropofagia. Para os tupis, a mais honrada atividade era a guerra. Entre as pessoas da mesma tribo a convivência era pacífica e amigável, mas eram implacáveis no que diz respeito a grupos rivais.

Ao fim da “guerra”, os derrotados eram feitos prisioneiros e depois através de rituais, eram sacrificados e devorados. Os índios acreditavam que a força do guerreiro abatido passaria para aqueles que o comessem.

De início, os portugueses não tiveram muita dificuldade em conseguir a confiança dos nativos. Através de maravilhosos presentes (espelhos, tesouras, facas, panos, etc.), objetos que eram desconhecidos entre os indígenas, os europeus tornaram-se muito próximos desses povos.

 Pouco depois esses objetos já não eram adquiridos tão facilmente, os nativos tiveram que dar algo em troca, como mulheres, mão-de-obra, pau-de-tinta, etc, implantando-se assim a prática do escambo.


A Igreja, representada pelos jesuítas chegou com uma enumerada quantidade de devoções.A missa, a comunhão, a confissão, o batismo, a oração, o casamento, a penitência, foram alguns instrumentos da catequização que no decorrer da Colonização foram assimilados ou rejeitados pelos índios.

Os jesuítas

Os jesuítas faziam parte de uma ordem religiosa católica chamada Companhia de Jesus que foi fundada em 1534 por um grupo de estudantes liderados por Inácio de Loyola, sendo aprovada pelo Papa Paulo III em 1540.

Criados com o objetivo de espalhar a fé católica pelo mundo, os jesuítas eram subordinados a um regime de privações, preparando-os assim para viverem em locais distantes, adaptando-os às mais adversas condições.

Em 1549, a mando do Rei Dom João III, os primeiros jesuítas desembarcaram no Brasil, liderados por Manuel da Nóbrega (sacerdote português). A catequização dos índios era uma das obras colonizadoras mais desejadas pelo Rei, obra que atenderia não só os objetivos da colonização como também aos intentos de uma sociedade sagrada, portanto, obra de Deus. O padre Simão de Vasconcelos reafirma:

“À Alteza del-Rei Dom João III que então vivia, Príncipe tão pio, e inclinado a propagar a fé, que se lhe ouvira muitas vezes, que desejava mais a conversão das almas, que a dilatação de seu império.

 E com esta disposição da parte do Rei, e obrigação de nosso Instituto, foi fácil ajustar os intentos, e concluir, que se expedisse uma gloriosa missão a partes tão necessitadas.

 E consultando o negócio com os Padres mais graves, com o mesmo Rei D. João, e mais eficazmente com a Majestade divina, caiu a sorte venturosa sobre o Padre Manuel da Nóbrega. (José Maria de Paiva. Transmitindo Cultura:

 “A catequização dos índios do Brasil, 1549-1600”. Revista Diálogo Educacional. P. 1-22)

O Padre Manuel da Nóbrega foi um dos principais jesuítas que desembarcaram na Bahia. Depois de algum tempo, vieram outros jesuítas que foram historicamente importantes como José de Anchieta e Antônio Vieira.

Durante o tempo em que os jesuítas permaneceram no Brasil, foram criados colégios, igrejas, capelas, onde os nativos e os descendentes de portugueses recebiam instrução e formação.                                

                                                  PARA SABER MAIS

                                                                                           


Padre Manuel da Nóbrega


      Filho do desembagador Baltasar da Nóbrega, estudou humanidades no Porto e freqüêntou como bolseiro régio as faculdades de Cânones de Salamanca e Coimbra, onde obteve o grau de bacharel em 1541.

 Entrou na Companhia de Jesus, já Sacerdote, em 1544, tendo efetuado missões pastorais na Beira e no Minho. 

A pedido de D. João III, integrando a armada de Tomé de Sousa, chefiou o primeiro grupo de inacianos destinados oa Brasil, onde chegou em 1549.

Defendeu a liberdade dos índios; favoreceu os aldeamentos, em estreita colaboração com o governador; cultivou a música como auxiliar da evangelização; promoveu o ensino primário através das escolas de ler e escrever e fundou pessoalmente os colégios de Salvador, de Pernambuco, de São Paulo, origem da futura cidade, e do Rio de Janeiro, onde exerceu o cargo de reitor.

 Ajudou a expulsar os estrangeiros da baía da Guanabara, contribuindo para o robustecimento do poder central e para a unificação política do território.

O seu pensamento encontra-se expresso nas Cartas, nos Apontamentos e sobretudo no Diálogo sobre a Conversão do Gentio.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 1570, no dia em que completava 53 anos de idade.

Fonte: Instituto Camões
                                                                          




A Catequização

Uma das principais tarefas dos jesuítas seria trazer os índios para a “verdadeira” fé cristã.

Tarefa que se mostrou de difícil execução no decorrer do processo. Para os jesuítas, extinguir costumes como a nudez, a poligamia, a antropofagia, entre outros, seria de extrema dificuldade, pois acreditavam que os índios estavam sendo governados pelo demônio, portanto, um trabalho longo e perigoso, que acabou forçando os padres inacianos a se adequarem àquela situação.

“No contexto da catequese, não resta dúvida de que os nativos assimilaram mensagens e símbolos religiosos cristãos, sobretudo por meio das imagens, mas é também certo que os jesuítas foram forçados a moldar sua doutrina e sacramentos conforme as tradições tupis.” (Ronaldo Vainfas. A heresia dos índios. P. 110)

No decorrer da catequização, houve uma série de resistências por parte dos índios, pois era difícil assimilar os diversos gestos sociais portugueses como, o trabalho braçal, adesão a doutrina católica, mudanças de costumes, um verdadeiro aportuguesamento forçado.



O Batismo

Para os jesuítas, o batismo significava a transformação dos costumes, a entrada para a sociedade portuguesa, mesmo esta idéia não sendo tão aceita pelos indígenas. De início, os batizados eram feitos de modo individual ou em pequenas quantidades. Com o decorrer do tempo e com o aldeamento – já que muitas tribos eram nômades – começaram a se batizar em massa, chegando a batizar mais de mil índios juntos.

“Serafim Leite calcula que, entre 1558 e 1566, se batizaram entre doze a quinze mil índios.” (José Maria de Paiva. Transmitindo Cultura: “A catequização dos índios do Brasil, 1549-1600”. Revista Diálogo Educacional. P. 1-22)

Além de ser inserido em uma nova religião, o batizado também ganhava um novo nome (nome português), deixando pra trás o seu nome antigo, incluindo-se assim os nativos em uma “nova sociedade”.

Mas a inclusão desses indígenas nessa nova sociedade e principalmente em uma nova religião, não se dava de um dia para o outro. Exigia-se demais dos índios uma demonstração de fé a que eles não conseguiam assimilar, reduzindo a fé a um sentimento decorado, deixando claro para os jesuítas, como seria árduo o processo de catequização.

Durante todo o percurso percorrido pelos padres inacianos, foram utilizados vários artifícios a fim de converter os nativos, fazendo com que eles aceitassem a fé cristã através do batismo. Um dos recursos muito utilizados pelos padres eram as doenças.

 Os jesuítas usavam muitas vezes doenças que eram trazidas pelos brancos portugueses (varíola, sarampo, gripe) para semear a mística do salvamento pelo único Deus, tomando-se assim a doença como uma das bases para que os índios compreendessem que somente o Deus Católico seria capaz de curar e salvar a alma.

“Correspondência, livros de catequese, sermões e outros registros datados dos séculos XVII e XVIII revelam o trabalho dos jesuítas da Província Eclesiástica do Paraguai, atualmente parte do território da Argentina, do Paraguai e do Brasil.

 Eles tentaram implantar entre os indígenas abrigados nos povoados missionais (Guarani, Jê e Pampianos) noções de pecado, culpa e castigo. E a ação nefasta de doenças epidêmicas teve sua valia nesse esforço catequista.” (Jean Baptista. Epidemias nas missões jesuíticas. Revista História Viva. P. 69)

Os padres utilizavam as epidemias como estratégia religiosa. Os indígenas interpretavam as doenças como a manifestação dos deuses decorrentes da insatisfação do comportamento humano. Mas como os índios não possuíam defesas biológicas para combater estas doenças contraídas do homem branco, os padres faziam por aproveitar para usar este mal como forma de mostrar a fragilidade dos deuses pagãos e desse modo, incutir na cultura religiosa indígena a idéia de um único Deus, o Deus do Catolicismo.

“Os deuses ameríndios são mais fracos que o Deus verdadeiro – eis o princípio da argumentação de missionários ativos na América Colonial quando o assunto era varíola, sarampo ou gripe.” (Jean Baptista. Epidemias nas missões jesuíticas. Revista História Viva. P. 69)




Padres x Pajés

O que muito se viu na colonização em termos de religiosidade, foi uma certa disputa pela liderança espiritual dos nativos.

 Os pajés, que segundo os índios eram os representantes escolhidos pelos deuses para passar a profecia, sendo uma figura de extrema importância dentro das tribos indígenas, responsáveis por passar adiante a cultura, as tradições e a história de seu povo.

Exerciam também a função de curandeiros, pois conheciam muito bem o poder de cura de ervas e plantas. Os pajés encontraram nos padres inacianos fortes oponentes no que diz respeito à soberania religiosa.

 Os jesuítas procuravam de todo modo diminuir o poder xamânico, demonizando-os e atribuindo muitas vezes as epidemias decorrentes de doenças trazidas pelos brancos europeus, aproveitando do pouco saber sobre essas doenças para delegar aos pajés a culpa e ao mesmo tempo mostrar que estes “feiticeiros” não tinham poder algum para ser guia espiritual dos índios, pois os próprios eram passivos de contaminação.

“Eles foram descritos na documentação católica da época como diabólicos opositores do projeto missional. Não por acaso, os religiosos diziam que a mata habitada por xamãs era incubadora das epidemias.” (Jean Baptista. Epidemias nas missões jesuíticas. Revista História Viva. P. 70)



A Santidade Ameríndia

Embora os índios não tivessem deuses nem ídolos, mesmo assim eles tinham seus ritos e sua santidade. Santidade esta, que foi motivo de muita controvérsia.

 A santidade ameríndia embora contasse com uma série de características da religião católica, pode se dizer que foi um processo de resistência indígena à catequização jesuítica.

Segundo Vainfas, os colonizadores ficaram impressionados com estes rituais tupis, denominados santidade, considerando a santidade ameríndia como um tipo de revolta e até mesmo heresia indígena.

A denominada santidade que os autores quinhentistas atribuíam à cerimônia indígena acabou se tornando uma disputa entre jesuítas e nativos. O uso da expressão causava controvérsias, pois foram os próprios inacianos que haviam atribuído essa expressão à cerimônia tupi, a qual era julgada como diabólica.

Para os nativos esta santidade era a constante procura da “Terra sem Mal”, um lugar sagrado que se renova eternamente, uma busca à sociedade da felicidade divina e o abandono da terra má, a sociedade tal qual eles viviam.

Em relato de Manuel da Nóbrega ele mostra muito bem o que seria a “Terra sem Mal” que os índios tanto idealizavam.

“No plano das crenças, a mensagem veiculada pelo profeta/feiticeiro aludia, sem sombra de dúvida, a Terra sem Mal: lugar de abastança, onde os víveres não precisariam ser plantados, nem colhidos, e as flechas caçariam sozinhas no mato; fonte de imortalidade, de eterna juventude, onde as velhas se tornariam moças, espécie de juventa tupi.” (Ronaldo Vainfas. A heresia dos índios. P. 53)

De certo modo, a busca da Terra sem Mal significava uma “guerra” contra o colonizador e suas imposições.

As cerimônias tupis denominadas de santidades, além de serem vistas como um ritual, também foram percebidas pelos portugueses como um movimento, como uma ação coletiva dos índios no sentido de migrações, rebeliões e assaltos contra o colonizador.

“A primeira notícia de migrações fugitivas provém de Gandavo, que aludiu ao percurso de um grupo de índios que partiu do Brasil sertão adentro rumo ao Peru, acrescentando que o intento deles não era outro senão buscar sempre terras novas, a fim de lhes parecer que acharão nelas imortalidades e descanso perpétuo.” (Ronaldo Vainfas. A heresia dos índios. P. 64)

Uma das mais importantes santidades ocorreu no recôncavo baiano, principalmente em Jaguaripe. A partir daí praticamente todo litoral brasileiro passou a conhecer o termo santidade.

Muitos cronistas também descreveram a cerimônia tupi. Diversas narrativas foram feitas com respaldo nas correspondências e escritos de jesuítas como Anchieta, Cardim, Pedro Correa e outros durante os anos de 1550 e 1560.

Outro papel importante da santidade ameríndia era a prática do “rebatismo”. Usado como forma de anular o sacramento católico e trazer de volta o nativo para a “verdadeira” santidade, pois diziam os índios que a fé cristã era falsa e não merecia que nela se acreditassem.

“Aos olhos dos índios, se o batismo dos padres lhes trazia a morte – morte real e simbólica – o rebatismo da santidade significava para eles a vida eterna na terra da imortalidade.” (Ronaldo Vainfas. A heresia dos índios. P. 121)

O rebatismo das santidades se efetuava com o uso da água (mostrando muito bem a conectividade com práticas do batismo católico) e o fumo, muitas vezes mudando o nome cristão do rebatizado. Ao extirpar o nome cristão do índio, adotava-se outro em sua língua, reeditando-se assim a cultura tupi e exorcizando a outra.



Conclusão

No decorrer deste trabalho pude notar certa disparidade entre as bibliografias por mim utilizadas, com a história que estudamos no ensino fundamental e médio. A atitude dos jesuítas e de outros missionários foi um tanto quanto duvidosa em relação à questão indígena.

Se de um lado os jesuítas se posicionaram contra a escravização ameríndia, por outro, foram coniventes ao confinarem os nativos nos chamados aldeamentos cristãos, onde, através das catequeses, obrigavam estes povos a abandonar seus modos de vida, suas andanças pelas matas, suas lideranças espirituais, suas crenças e ritos.

No que diz respeito ao contexto da colonização no Brasil, a pregação da religião foi apenas um elemento do conjunto de recursos utilizados para se conseguir os objetivos que a parte dominante tanto almejava.

 A catequese serviu como instrumento para a imposição dos usos e costumes portugueses, procurando com isso uma certa domesticação e adestramento dos nativos para se adquirir não só a conversão das almas, mas também a utilização econômica daquela mão-de-obra ali disponível.

Por outro lado, essa imposição não foi recebida pelos índios sem nenhum tipo de resistência. A busca pela Terra sem Mal, por exemplo, foi uma das principais oposições dos nativos a escravização que os colonizadores portugueses os submeteram. A procura da Terra sem Mal se caracterizou pela fuga indígena dos principais centros de colonização. Isso deixa claro que, se os índios cederam a imposição portuguesa, não foi porque quiseram e sim por impotência.

É de se estranhar que até hoje os livros didáticos não abordem esses temas, que, se for levar em consideração, nos mostraria uma outra face do que foi o processo colonizador, ou no mínimo nos daria assunto para uma longa discussão.



Referências Bibliográficas

VAINFAS, Ronaldo, A heresia dos índios - catolicismo e rebeldia no Brasil Colonial, São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

PAIVA, José Maria de (2000). Transmitindo Cultura: A catequização dos índios no Brasil, 1549-1600. Revista Diálogo Educacional - v. 1 - n.2 - p.1-170 - jul./dez. 2000.

BAPTISTA, Jean. Epidemias nas missões jesuíticas. História Viva, São Paulo, nº. 67, p. 68-73, Maio 2009.











Fraude na morte de Santos Dumont


                                              CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E HISTÓRICO DA AERONÁUTICA

                                              
                                                              Inventor também de modas: na juventude, ele esbanjava estilo 
                                                             O laudo  fantasioso, providência moralista para disfarçar o suicídio
                                      
O laudo necrológico do “pai da aviação” é uma mentira histórica. Ele jamais teve um “colapso cardíaco”. Na verdade, se enforcou no banheiro de um hotel no Guarujá (SP)

"Guarujá - Alberto Santos Dumont - 23-julho-1932.Alberto Santos Dumont - Brasileiro, branco, solteiro, com 59 anos de idade, inventor. Ao que consta, foi encontrado morto em um dos apartamentos do hotel de La  plage, no Guarujá, onde residia. Trata-se do cadáver de um homem de estatura mediana e de constituição regular, ainda em estado de flacidez muscular. Veste terno de casimira preta, gravata preta e calça botinas pretas. Não encontramos pelo corpo vestígio de lesão traumática. A morte se deu por colapso cardiaco".

A morte do genial Alberto Santos Dumont foi por décadas edulcorada e relacionada a seu desgosto pelo uso de aviões para fins militares. Nos anos 60 e 70, professores nem mesmo falavam a palavra “suicídio” em sala de aula. Tudo para que o fim de um dos poucos heróis nacionais, capaz de inspirar os pequenos e motivar os adultos, fosse digno de sua biografia. A dar guarida oficial às versões “moralmente elevadas” do desaparecimento do aviador havia um laudo necrológico, assinado pelo legista Roberto Catunda, que indicava morte por “colapso cardíaco”. Uma fraude.

Santos Dumont morreu em 23 de julho de 1932, no banheiro do Grand Hôtel de La Plage, na cidade balneária de Guarujá (SP). Há controvérsias sobre o material utilizado como corda: o cinto do roupão ou uma gravata. Tinha apenas 59 anos. Muitos pesquisadores se debruçaram sobre esse episódio, ainda hoje mal explicado. Só o que se tem é de certeza é que, sim, foi suicídio por enforcamento. Permanecem no campo da especulação as razões do ato extremo.

A ideia de forjar o laudo necrológico teria sido partilhada por autoridades governamentais e familiares do inventor. A família teria insistido na dispensa da autópsia, e, para a polícia, ceder a esse pedido seria atitude humanitária e honrosa, opinião também do governo paulista, que teria impedido a abertura de um inquérito. Ajeitados os trâmites, a fraude ficou, e a verdade só aos poucos foi sendo descoberta.

Tanto cuidado se justificava, então, pela importância de Alberto Santos Dumont. Até aquele momento, brasileiro nenhum havia tido tamanha expressão internacional. Não bastasse ser genial, era ainda rico e alinhado conforme a moda do tempo – ou melhor, à frente dela, dado que seu lado inventivo se manifestou também no estilo de roupa e acessórios que usava.

Hoje se diz, com base em relatos, que o glamour que o aviador esbanjava escondeu por décadas episódios de depressão profunda ou de uma doença psíquica mais grave – e incontrolável para a medicina da primeira metade do século XX, como seria o caso de transtorno bipolar. Não há ainda hoje um diagnóstico fechado, apenas a evidência de que essa pode ser sido uma causa importante, entre outras, para que cometesse suicídio.

Que havia uma doença psíquica a atormentá-lo, disso não há dúvidas. Cartas, internações repetidas na Europa, recibos de compra de remédios e de consultas a psiquiatras indicam esse estado, presente em quase toda a sua maturidade – entre 1910 e 1932. Os documentos pertencem hoje ao acervo da Aeronáutica.

No dia da morte, Santos Dumont havia aproveitado a natureza: conta-se que deu um passeio pela linda praia de Pitangueiras, andou de charrete e retornou ao hotel para almoçar. Passou pelo quarto e de lá não desceu. Funcionários do hotel o encontraram já morto.

                                                                            CRONOLOGIA

1873 - nasce em palmira (MG), filho de próspera família cafeicultora

1898 - Constrói o "nº 1" o primeiro de 13 balões dirigíveis com sua assinatura

1906 - Constrói um biplano, o 14 - Bis, com o qual consegue se manter no ar

1907 - Constrói o monoplano Demoiselle

1910 - Anuncia o fim da carreira de aviador

1926 - Interna-se num sanatório na Suíça

1929 - Nova internação, agora na França

1932 - Muda-se em Maio para o Guarujá: em Julho, comete suicídio 












terça-feira, 21 de agosto de 2012

Proclamação da República do Brasil

     Introdução
O período que vai de 1889 a 1930 é conhecido como a República Velha. Este período da História do Brasil é marcado pelo domínio político das elites agrárias mineiras, paulistas e cariocas. O Brasil firmou-se como um país exportador de café, e a indústria deu um significativo salto. Na área social, várias revoltas e problemas sociais aconteceram nos quatro cantos do território brasileiro.                                                                        
                                                                             

A República da Espada (1889 a 1894)


Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca, tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.

                             
                                                                   
                                     
 Proclamação da República (Praça da Aclimação, atual Praça da República, Rio de Janeiro, 15/11/1889)





A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana)

Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.

República das Oligarquias

O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.

Política do Café-com-Leite

A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.

Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.

Política dos Governadores

Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.


A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.

O Convênio de Taubaté

Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.

A crise da República Velha e o Golpe de 1930

Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas.
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.

Galeria dos Presidentes da República Velha:  Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a  15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Penna (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Bráz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922),
Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).

Você sabia?
- O período da História do Brasil conhecido como Nova República teve início em 1985, com o fim da Ditadura Militar e início do processo de redemocratização. Este período da História do Brasil dura até os dias atuais. 
- A palavra República tem origem no latim res publica, cujo significado é "coisa pública".


 
Alegoria da República e Deodoro, o proclamador
                                  
                                                                                    
quadro Proclamação da República do Brasil



Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir!
com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! liberdade!
Abre asa asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre pais
Hoje o rubro 
lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiramos hostis.
Somos todos iguais! ao futuro
Sabemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da pátria no altar!

Liberdade! liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo de herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! liberdade!
Abre as asas sobre nós!
das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso país triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Em meados do ´seculo XVIII aconteceu na Europa um fenômeno que transformaria não só a sociedade européia, mas teria efeitos e consequência em todas as artes do globo.

A Revolução Industrial, como ficou conhecido este processo, aconteceu inicialmente na Inglaterra com o desenvolvimento da indústria manufatureira têxtil que culminou com o aparecimento de máquinas.

Em seguida, porém já no século XIX, outras nações europeias se industrializaram, principalmente a França e a Bélgica ( na primeira metade do século ) e a Alemanha ( na segunda metade do XIX ). Além dos Estados Unidos da América (EUA) que também conheceram sua industrialização em fins do século XIX.



     

Muitas teorias foram desenvolvidas a fim de tentarem explicar as causas que levaram a Europa a se industrializar, sobretudo a Inglaterra Cyro Rezende em seu livro História Econômica Geral aponta que se afirmam pelo menos três causas diferentes; a primeira seria a comercial, isto é, o desenvolvimento mercantilista proporcionou grande aumento de capital, sendo este último o principal propulsor para o progresso  industrial; a segunda causa colocada é a Revolução Agrícola, ou seja, no período em que se deu a Revolução Industrial apesar de haver um comércio desenvolvido, a atividade principal do setor econômico era a agricultura e que tinha passado no século anterior muitas transformações e inovações, aumentando sua  
produtividade e lucros gerando assim condições necessária para um avanço da atividade industrial; e um terceiro em que Cyro Rezende traz a questão financeira, na medida em que o desenvolvimento e aumento de importância dos bancos criaram condições sustentáveis para que se gerasse créditos propiciando o incremento no setor industrial.


Destarte, todas asa teorias apontadas, faz-se necessário perceber que nenhuma delas podem ser colocadas como causa única da Revolução Industrial, é imprescindível compreender que no movimento sincrônico da História, uma confluência de fatores mais gerais, como os anteriormente citados, em consonância ainda com as questões locais e regionais é que promoveram o que denominamos Revolução Industrial.



Todavia, porque denominar Revolução industrial? Esta indagação pode ser esclarecida quando são expostas as consequências destas mudanças ocorridas no setor industrial europeu tendo a Inglaterra como parâmetro. Ao se perceber o que significou a criação das máquinas de tear e fiar pode-se imaginar quais mudanças foram essas. A introdução destas máquinas aumentou em graus surpreendentes a produção, que por sua vez necessitou mais mão- de- obra, que precisava de  mais mercado consumidor e que por sua vez gerava mais demanda de produção.

Isto gerou aperfeiçoamento da técnica, as máquinas que tinham propulsão humana, passaram a propulsão animal e depois o vapor d água. Estima-se, segundo o livro de Cyro Rezende que as máquinas a vapor na Inglaterra no inicio do ´seculo XIX geravam uma força que se fosse pela mão humana necessitaria de 40 milhões de trabalhadores.

O desenvolvimento da maquina e da grande indústria gerou a necessidade de máquinas mais resistentes, deste modo o ferro passou a ser produzido em mais quantidade e aplicado não as máquinas, mas aos meios de transportes, que já utilizavam o vapor como força propulsora, assim navios de ferro e locomotivas de ferro, ambos movidos a vapor, encurtaram distancias, baratearam os preços e proporcionando que os produtos circulassem e chegassem a diversos lugares, tomando a ferrovia, por exemplo, no fim do XIX nos EUA já havia mais de 340 mil Km de ferrovias.


Por conseguinte, com as informações supracitadas podemos perceber como a Revolução Industrial transformou radicalmente a maneira de produzir e também a sociedade. Posto que originou uma grande migração do campo para a cidade, formando as cidades em gigantescos conglomerados para a época de então, contudo vale ressaltar que os aspectos abordados aqui falam mais especificamente da I Revolução Industrial, ocorrida na Inglaterra, sobretudo e dominada pelo vapor como força propulsora e pelo ferro como principal elemento na composição das máquinas.



REFERÊNCIA:
REZENDE, Cyro. História econômica geral São Paulo: contexto. 2003

Revolução Chinesa


                                                                             
                                                 Sun Yat-sen, líder da I Revolução Chinesa




A Revolução Chinesa foi um movimento político, social, econômico e cultural ocorrido na China no ano de 1911. Liderada pelo médico, político e estadista chinês Sun Yat-sen. Este movimento nacionalista derrubou a Dinastia Manchu do poder.

Causas: China antes da revolução

No século XIX, no contexto do imperialismo, a China era dominada e explorada pelas potências européias, principalmente pelo Reino Unido. Esta potência imperialista, além de explorar a China economicamente, interferia nos assuntos políticos e culturais da China. Os imperadores da Dinastia Manchu eram submissos à dominação européia. 

A distribuição das terras produtivas chinesas também era um outro problema para o país, pois quase 90% estavam nas mãos de grandes proprietários rurais (espécies de senhores feudais).

Entre 1898 e 1900 um ato de rebeldia contra a dominação estrangeira ocorreu na China. Os boxers fizeram uma revolta de caráter nacionalista que foi duramente reprimida pelas tropas estrangeiras. Este conflito ficou conhecido como Guerra dos Boxers.

Em 1908, Sun Yat-sen fundou o Partido Nacionalista (Kuomintang) cujo principal objetivo era fazer oposição à monarquia e ao domínio europeu no país. 

A Revolução Nacionalista

Em 1911, com o apoio de grande parte dos militares chineses, Sun Yat-sen foi proclamado primeiro presidente da República Chinesa. Porém, em várias regiões do país comandadas por grandes proprietários rurais ocorreram resistências, mergulhando a China num longo período de guerra civil. 

Em 1925, com a morte de Sun Yat-sen, ocorreu uma disputa pelo controle do Kuomintang, que acabou por se fundir com o Partido Comunista Chinês. 

Em 1927, o general Chiang Kai-shek assumiu o poder do Kuomintang e, no comando das tropas chinesas, começou a combater os opositores da República, entre eles os grandes proprietários rurais e comunistas.

Os conflitos entre nacionalistas e comunistas ficou s uspenso apenas na Segunda Guerra Mundial, quando combateram, juntos, o Japão que tentava conquistar a China. Com o término da conflito mundial e a expulsão dos japoneses do território chinês, as tropas nacionalistas de Chiang Kai-shek voltaram a perseguir e combater os comunistas de Mao Tse-tung, reiniciando o conflito armado.


               
       Mao Tsé Tung ( 1893-1976 )                                                                      
( Mao Tsé Tung anuncia a criação da Republica popular da China).
                                                                
                                                                      
                                                     Morte de Mao Tsé Tung

Curiosidade: A leitura do livro vermelho era obrigatório nos tempos de poder. (No livro vermelho Mao Tsé Tung demostra sua opinião sobre cultura, religião, a qual deveria ser seguida rigorosamente  por todos), Foi o livro mais vendido da história ficando somente atrás da Bíblia Sagrada.


                                                                     


Frase de Mao Tsé Tung:

" Comunismo não é amor, comunismo é um martelo com o qual se golpeia o inimigo"
" O poder politico nasce do cano da espingarda".
"Comunismo; sistema politico que prega que todas as coisas são de todos"



A Revolução Comunista 


Em outubro de 1949, os comunistas tomam o poder e proclamam a República Popular da China, com Mao Tse-tung como chefe supremo. Transformada num país comunista, a China passou por uma série de reformas como, por exemplo, coletivização das terras, controle estatal da economia e nacionalização de empresas estrangeiras.