Localização
A China situa-se na parte
leste da Ásia. A China é terceiro maior país do mundo depois da União
Soviética e do Canadá, é limitada ao norte pela Mongólia e pela União
Soviética, a leste pela União Soviética, Coréia do Norte, mar Amarelo e
mar da China Oriental; ao sul pelo mar da China do Sul, pelo Vietnã do
Norte, Laos, Birmânia, Índia, Butão, Silkim, Nepal e Paquistão
Ocidental; a oeste pelo Afeganistão e União Soviética.
Dois terços da China são montanhosos ou
semidesérticos. A sua parte oriental é formada por férteis planícies e
deltas. Há ilhas, sendo que a maior delas é Hainan, na costa
meridional. Os rios principais são: Amarelo, Amur e Yu.
A China tem uma área de 9.596.961 Km2 e uma
população superior a 1.300.000.000 de habitantes. Sua capital é Pequim.
São cidades principais: Xangai, Pequim, Tientsin, Luta, Shenyang,
Cantão, Wuhan, Harbin, Sain. 94% dos chineses são han e 11% de chuangs.
A agricultura é a base da economia. Os
chineses plantam arroz, trigo, cevada, soja, painço, algodão, chá e
tabaco. Há também grandes reservas de carvão, ferro, cobre, chumbo e
outros minerais.
O Império do Meio: o início da grande civilização
DOCUMENTÁRIO COMPLETO
Em 1929, o arqueólogo chinês Pei Wenzhong
encontrou na aldeia de Zhoukoudian, perto de Beijing ou Pequim, atual
capital da China, um crânio humano que datava de aproximadamente 500
mil anos. Esse crânio pertencia ao gênero Homo erectus, que viveu em
regiões da África, da Ásia e da Europa entre cerca de 1,8 milhão e 300
mil anos atrás. O arqueólogo batizou o seu achado de “Homem de Pequim”.
Estudando esse fóssil e outros indícios encontrados na região, os
pesquisadores concluíram que o Homo erectus chinês vivia em cavernas e
produzia artefatos de pedra polida, utilizava o fogo para cozinhar os
alimentos e proteger-se do frio. Vivia da caça, da pesca e da coleta de
frutos das florestas. Tudo indica que os primeiros chineses tinham
vida semelhante à dos demais povos do Paleolítico.
Sabe-se também que, há cerca de 6 mil anos, em Yangzhou,
na região fértil do Rio Amarelo, desenvolveu-se uma cultura neolítica
de agricultores e criadores de animais domésticos (cães e porcos). Ali
também eram fabricados potes e vasos de cerâmica para armazenar os
alimentos. Esses objetos de cerâmica eram ricamente decorados com
símbolos que, pelo que parece, deram origem à escrita chinesa.
Vaso em cerâmica, um dos principais traços da cultura material chinesa
Fragmentos
O povoamento do vale do Rio Amarelo (Rio
Hoang-Ho) se explica pela fertilidade do solo, favorável a pratica da
agricultura, principalmente o cultivo do arroz. Durante centenas de
anos a enchentes do rio e os ventos do deserto vinham depositando na
terra uma camada de argila amarelada, conhecida como loesse, que deu ao
rio um tom amarelado e o nome. Precedendo que o loesse era um eficiente
fertilizante do solo, os chineses fixaram-se nas planícies às margens
do rio, onde iniciaram o cultivo da terra. Para melhor aproveitar os
recursos naturais da região, os chineses construíram canais de
irrigação e diques para controlar as cheias. Essa prática é semelhante à
que os egípcios antigos desenvolveram aproveitando as enchentes do
Nilo.
Essas pequenas aldeias agrícolas deram origem
a povoados, que mais tarde se transformaram em pequenos Estados
governados por chefes políticos. Posteriormente, alguns desses pequenos
Estados foram dominados por outros, fazendo surgir reis poderosos e
respeitados. O poder passou a ser transmitido de pai para filho (poder
hereditário), dando origem ao que chamamos de dinastias.
A família e aspectos culturais da China
Para a maioria dos chineses, e durante a
maior parte da história da China, a família era o centro da vida
social, e a devoção a ela era considerada uma grande virtude. Os pais
sentiam-se responsáveis pela transmissão dos ensinamentos que vinham
dos antepassados para seus filhos, como preservar a propriedade
familiar.
As famílias chinesas eram muito numerosas.
Geralmente os parentes viviam na mesma casa (pai, mãe, filhos, avós,
netos, tios), reunindo muitas vezes três ou quatro gerações.
Para uma mulher casada, a maior virtude era a
fidelidade, e isso também valia caso ela enviuvasse. Entretanto não
era ilegal que uma mulher se casasse depois da morte do marido, o que
de fato era até comum, por causa das dificuldades econômicas. No
entanto, isso era visto como uma prática moral inferior. De acordo com a
crença popular, a mulher que casasse em segundas núpcias seria
considerada, depois de morta, um fantasma na família dos maridos.
Na China, os meninos recebiam tratamento
diferenciado, uma vez que eram considerados os futuros chefes das
famílias. Quando completavam 20 anos de idade, tinham seus cabelos
cuidadosamente presos no alto da cabeça e protegidos por um gorro. Os
casamentos eram normalmente arranjados entre famílias e, depois de
casada, a mulher mudava-se para a casa do marido. Os imperadores
chineses costumavam casar suas filhas com membros das famílias reais
dos povos vizinhos e, assim, protegiam suas fronteiras.
Os meninos e meninas podiam freqüentar as
escolas. A sociedade chinesa sempre deu muita importância para a
educação. Mesmo as crianças mais pobres recebiam instrução, muitas
vezes da própria família.
A educação das meninas tinha o objetivo de
prepará-las para as tarefas do lar, como bordar e costurar. Para os
meninos, o objetivo central era prepará-los para concorrer ao cargo de
funcionário real, que era escolhido pelo próprio imperador. Se fossem
escolhidos, os rapazes teriam uma situação privilegiada dentro do
Estado.
As cidades chinesas
Desde os primórdios as cidades chinesas
foram densamente povoadas. Chang-an foi uma das mais famosas cidades da
China na Antigüidade.
Por volta do século VII a.C., Chang-an já
possuía 1 milhão de habitantes. Os tipos de moradias variavam de acordo
com as condições sociais de cada um. Os nobres e os ricos comerciantes
viviam perto dos palácios e a população empobrecida amontoava-se nas
periferias das cidades. As melhores moradias tinham mais de um andar,
eram cobertas com telhas e decoradas com cuidado e harmonia. Os
trabalhadores urbanos e os camponeses habitavam casas pequenas, com
pouca ventilação, cobertas por bambu.
A alimentação das camadas privilegiadas era
rica e variada: carnes, ovos, cereais e vegetais. A comida era servida
em belas vasilhas de porcelana, e como talheres utilizavam pauzinhos,
feitos de bambu ou madeira. Para os pobres a comida quase sempre era
insuficiente. Geralmente alimentavam-se de um cozido de vegetais. Nas
regiões onde havia muitos arrozais (vale dos rios Hoang-Ho e Yang
Tse-Kiang, no sudeste da China), a alimentação era acrescida de uma
tigela de arroz.
Bebida alcoólicas e chás eram apreciados
pela população. Os banquetes organizados pelos nobres eram servidos em
belas jarras decoradas com ornamentos de ouro, bronze ou prata.
Religião na China
Não havia somente uma religião na China, mas várias, e constituídas de filosofias diferentes.
Uma das mais conhecidas filosofias
religiosas da China foi criada por Confúcio (ou Kung Fu-tzu, “Mestre
Kung”), que viveu aproximadamente de 551 a 479 a.C. Confúcio era
considerado o maior professor do império, sendo adorado em vários cantos
do território. Seus ensinamentos falavam de ética e dos ritos de
passagem de uma etapa da vida a outra, como nascimento, o casamento e a
morte.
Confúcio (551-479 a.C.)
As idéias de Confúcio valorizavam a busca
do equilíbrio e a harmonia para uma vida melhor. O conjunto de seus
ensinamentos recebeu o nome de confucionismo. Essa
filosofia religiosa, que até hoje é muito difundida na China, não
pregava a adoração de um deus, mas o humanismo e as boas relações entre
as pessoas. A regra fundamental de Confúcio dizia: “O que não queres
que façam a ti, não faças aos outros”.
Outra importante manifestação religiosa
continua sendo o budismo (linkar para budismo/religiões), originado na
Índia, e que se expandiu na China a partir do século III d.C.
As religiões populares eram festivas e
reuniam muitos seguidores. As famílias cultuavam os deuses nas festas
anuais e nas oferendas aos antepassados. Acreditavam que os espíritos
dos antepassados protegiam o lar e, por isso, reservavam um dos
aposentos da casa para lhes servir de moradia. Em certas datas do ano,
como aniversário ou morte do antepassado, os familiares o homenageavam.
A maior religião popular da China foi o taoísmo (linkar
para religiões). Suas teorias foram criadas pelo pensador Lao-tsé, que
viveu por volta do século VI a.C. Segundo Lao-tsé, o Tao seria criador
do mundo e responsável pela ordem de todas as coisas e de todas as
pessoas. O taoísmo ganhou muitos adeptos entre as camadas populares ao
pregar que todos os que levassem uma vida muito miserável e sofrida na
Terra poderiam alcançar uma vida melhor pós a morte, pela fé e pela
purificação.
Segundo Lao-tsé, toda a natureza é regida
pelo equilíbrio das energias yin (energia negativa e feminina) e yang
(energia positiva e masculina), os opostos que se complementam. E o
corpo humano é parte desse conjunto. A oposição entre as energias yin e
yang pode explicar fenômenos que ocorrem em nosso corpo: se em
harmonia, essas energias promovem a saúde; se em desequilíbrio, a
doença.
Divindades de origem Taoísta
·Os Três Puros — Os Três Puros são a trindade Taoísta de deuses representando os princípios supremos.
·Quatro Imperadores — Reis celestes do Taoísmo.
·Quatro Imperadores — Reis celestes do Taoísmo.
- Imperador de Jade — O Imperador de Jade é o governante supremo de tudo, contado entre as principais divindades Taoístas.
- Beiji Dadi — Governante das estrelas.
- Tianhuang Dadi — Governante dos deuses.
- Imperatriz da Terra
· Xi Wangmu ou Rainha Mãe do Oeste é a deusa que detém o segredo da vida eterna e a entrada para o paraíso.
· Pak Tai ou Bei Di é o Deus Taoísta do Norte, Pak Tai é um dos Cinco Imperadores que desde a Dinastia Han são associados a cada um dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro) segundo a teoria dos Cinco Elementos. Em Hong Kong e Macau, são considerados divindades do vento. Pak Tai é também o deus das águas.
·Oito Imortais: Os Oito Imortais são uma crença Taoísta descrita pela primeira vez na Dinastia Yuan. O poder de cada Imortal pode ser transferido para uma ferramenta que pode dar vida e destruir o mal. A maioria nasceu nas Dinastias Tang ou Sung. Eles não só são venerados pelos Taoístas como são elementos da cultura chinesa. Vivem na Montanha Penglai.
Divindades de origem Budista· Pak Tai ou Bei Di é o Deus Taoísta do Norte, Pak Tai é um dos Cinco Imperadores que desde a Dinastia Han são associados a cada um dos pontos cardeais (Norte, Sul, Leste, Oeste e Centro) segundo a teoria dos Cinco Elementos. Em Hong Kong e Macau, são considerados divindades do vento. Pak Tai é também o deus das águas.
·Oito Imortais: Os Oito Imortais são uma crença Taoísta descrita pela primeira vez na Dinastia Yuan. O poder de cada Imortal pode ser transferido para uma ferramenta que pode dar vida e destruir o mal. A maioria nasceu nas Dinastias Tang ou Sung. Eles não só são venerados pelos Taoístas como são elementos da cultura chinesa. Vivem na Montanha Penglai.
· Guan Yin ou Kuan Yin é a deusa da compaixão e piedade.
· Hotei é uma divindade budista popular. Deus da alegria e fortuna.
· Dizang é aquele que salva da morte.
· Yanluo é o governante do Inferno (forma abreviada do sânscrito Yama Raja
· Shi Tennô: Os Quatro Reis Celestes são deuses guardiões budistas.
Outras divindades
· Erlang Shen é um deus chinês com um terceiro olho na testa que vê a verdade.
· Lei Gong o deus do trovão.
· Guan Yu é o deus das irmandades, das artes marciais e, quando estas ocorrem, também deus da guerra.
· Zhao Gongming, deus da fortuna que monta um tigre.
· Bi Gan também é um deus da fortuna.
· Zhu Rong é o Deus do fogo.
· Gong Gong é o Deus da água.
· Chi You: Deus da guerra e inventor das armas de metal.
· Lei Gong o deus do trovão.
· Guan Yu é o deus das irmandades, das artes marciais e, quando estas ocorrem, também deus da guerra.
· Zhao Gongming, deus da fortuna que monta um tigre.
· Bi Gan também é um deus da fortuna.
· Zhu Rong é o Deus do fogo.
· Gong Gong é o Deus da água.
· Chi You: Deus da guerra e inventor das armas de metal.
Mitologia chinesa
Os historiadores supõem que a mitologia
chinesa tem início por volta de 1100 a.C. Os mitos e lendas foram
passados de forma oral durante aproximadamente mil anos antes de serem
escritos nos primeiros livros como o Shui Jing Zhu e o Shan Hai Jing.
Outros mitos continuaram a ser passados através de tradições orais
tais como o teatro e canções, antes de serem escritos em livros como no Fengshen Yanyi.
Pássaros
Fenghuang.
- Fenghuang — O Fenghuang é considerado a fênix chinesa.
- Jian: A Jian é uma ave mítica que se acredita só tenha um olho e uma asa: um par dessas aves depende um do outro, é inseparável, daí, representar o marido e a mulher.
- Jingwei: Jingwei é o pássaro mítico que tenta encher o oceano com gravetos e seixos. Na verdade o Jingwei era a filha do Imperador Yandi, mas morreu jovem, afogada no Mar do Leste. Após sua morte ela decidiu renascer como um pássaro para vingar-se do mar trazendo gravetos e seixos das montanhas próximas tentando enchê-lo a fim de evitar que sua tragédia aconteça a outros.
- Jiu Tou Niao: É uma ave de nove cabeças usada para assustar crianças. Conta à lenda que ela seqüestra jovens meninas e as leva para sua caverna onde ficam até ser salvas por um herói.
- Su Shuang é uma ave mitológica, também descrita como uma ave aquática.
- Peng: A Peng é uma ave mitológica gigante e de impressionante poder de vôo.
- Zhu — A ave Zhu é tida como um mau presságio.
Dragões
O dragão chinês é uma das criaturas mais
importantes da mitologia chinesa. É considerada a mais poderosa e
divina criatura e acredita-se que seja o regulador de todas as águas. O
dragão simbolizava grande poder e era apoio de heróis e deuses. Um dos
mais famosos na mitologia chinesa é Yinglong. Diz-se ser o deus da
chuva. Pessoas de diferentes lugares rezam para ele a fim de receber
chuva. Na mitologia chinesa, acredita-se que os dragões possam criar
nuvens com sua respiração. O povo chinês usa muitas vezes a expressão
"descendentes do Dragão" como um símbolo de sua identidade étnica.
- Yinglong — é um servo poderoso de Huangdi. Uma lenda diz que Yinglong ajudou um homem chamado Yu a parar uma enchente do Rio Amarelo abrindo canais com sua cauda.
- Reis Dragões — Os reis dragões são os quatro governantes dos quatro oceanos (cada um corresponde a um ponto cardeal). Eles vivem em palácios de cristal no fundo do mar de onde governam a vida animal.
- Fucanglong — é um dragão do mundo subterrâneo que guarda os tesouros enterrados. Sua saída da terra provoca a erupção de vulcões.
- Shenlong — é um dragão que pode controlar os ventos e as chuvas.
- Dilong — é o dragão da terra.
- Tianlong — Tianlong são os dragões celestiais que puxam as carruagens dos deuses e guardam seus palácios.
- Li — O Li é um dragão dos mares menor. Não tem chifres.
- Jiao — O Jiao é outro dragão sem chifre que vive em pântanos. O dragão mais inferior.
Desenvolvimento econômico
O comércio foi uma intensa atividade
econômica para os chineses. Primeiramente, praticava-se o escambo, que é
a troca direta de mercadorias sem o uso de moedas. Posteriormente, em
locais e épocas diferentes, moedas, barras e peças de ouro e bronze
começaram a ser usadas nas relações comerciais. Os produtos
comercializados eram geralmente alimentos, cerâmica e seda.
O comércio da seda foi uma das atividades
mais lucrativas para os chineses. No século I d.C., o Império Romano
tornou-se um dos maiores consumidores do produto. A seda era
transportada geralmente por terra, e o caminho mais conhecido era
aquele que atravessava o Deserto de Góbi, as terras dos atuais
Cazaquistão e Turquia, até chegar a Roma. Esse trajeto era conhecido
como rota da seda.
Quando os chineses desenvolveram as técnicas
para a produção da seda, grande parte da população passou a se dedicar
a essa atividade. A seda era muito utilizada na confecção de roupas
para os imperadores e nobres, e, em ocasiões especiais, para decorar
painéis e faixas com dizeres festivos ou fúnebres.
Gradualmente a produção da China estendeu-se
por toda a Europa, onde o tecido delicado e caro era muito apreciado.
Entretanto a seda só foi industrializada na Inglaterra no século XV.
Atualmente a China ainda produz a melhor seda do mundo.
O desenvolvimento científico
Os estudiosos chineses, que dominavam
tecnologias avançadas para a época, desenvolveram vários instrumentos
que ainda hoje são muito úteis, como a bússola magnética, o sismógrafo
(que mede a intensidade dos tremores de terra) e o compasso. Já no
século II d.C., Zhang Heng construiu um globo celeste. Em 1088 Han
Gonglian projetou o primeiro relógio astronômico movido a água do
mundo. Os chineses também deram uma grande contribuição para os
estudos de astronomia e aritmética.
Bússola Sismógrafo
Globo celeste de Zhang Heng
Inúmeros objetos e utensílios de bronze da dinastia Shang (1500-1027 a.C.) encontrados por arqueólogos, e que se encontram expostos em museus, comprovam a riqueza da antiga arte chinesa. O bronze era usado na confecção de objetos que seriam utilizados nas cerimônias reais e religiosas e não na fabricação de instrumentos agrícolas, como ocorria na Europa.
Jarro da dinastia Shang Caixa de laca vermelha imitando um jarro utilizado em rituais
Os artesãos tinham papel de destaque na China
antiga. Eram contratados pelo rei para confeccionar objetos de uso
pessoal e adornos, tecidos para a roupagem da família imperial e para
funcionários reais.
Os chineses consideravam o jade a pedra mais valiosa de todas e, por essa razão, era muito usada para fazer adornos e objetos.
A escrita chinesa
Os mais antigos registros escritos da China
de que se tem notícia foram encontrados na cidade de Anyang, no leste
da China, gravados em pedaços de ossos de animais e em cerâmicas. Alguns
sinais utilizados como escrita podiam ser facilmente relacionas ao
Sol, representados por um circulo com um risco no meio, e ao cavalo,
representado por um desenho do animal.
Como podemos perceber a escrita chinesa,
como a de outras civilizações, é ideográfica, ou seja, os símbolos
expressam idéias. A escrita moderna chinesa é um aperfeiçoamento do
modelo antigo.
Corrigir a ortografia do século 2 DEPOIS de cristo
A escrita chinesa e seus símbolos equivalentes ao nosso alfabeto.
Organização social chinesa: Imperadores, mandarins, grandes proprietários e camponeses
Os imperadores tinham a função de manter o
equilíbrio e a harmonia entre os dois mundos: o natural (dos vivos) e o
sobrenatural (dos mortos). Acumulavam funções administrativas,
religiosas e sociais.
Julgar a capacidade do imperador era
responsabilidade do Céu e nem sempre ela estava relacionada com as
tarefas cumpridas na Terra.
E como saber se o imperador estava agradando ao Céu?
E como saber se o imperador estava agradando ao Céu?
A sociedade chinesa acreditava que os deuses
se manifestavam na natureza e na vida social. Revoltas populares,
perturbações naturais (catástrofes, secas, inundações), invasões de
povos estrangeiros eram sinais divinos de que o imperador deveria ser
substituído por outro a qualquer momento.
Durante a dinastia Chin (221 – 206 a.C.) a
China transformou-se em um Estado unificado, com o poder centralizado
na figura do imperador. Como parte das medidas tomadas para fortalecer o
poder real, surgiram mandarins, funcionários que
controlavam a administração do estado, organizando o calendário das
atividades reais, a construção de estradas, diques, barragens e obras
públicas, e zelando pela justiça e segurança da sociedade. Os mandarins
eram muito importantes, pois praticamente administravam o Estado. Por
isso, desde cedo os meninos da nobreza eram preparados para exercer
essa função.
A dinastia Chin ficou conhecida também pela construção da Muralha da China, com mais de 2.500 quilômetros de comprimento.
A Grande Muralha da China
A produção agrícola estava nas mãos de
grandes e médios proprietários de terras. Existiam também grupos de
camponeses que arrendavam, com suas famílias, as terras do governo,
onde criavam animais e plantavam. Essas pessoas trabalhavam arduamente:
além de sustentarem a família, tinham de pagar altos tributos pelo
arrendamento das terras.
Curiosidades
- Sozinha, a China tem duas vezes mais gente do que a Europa inteira.
- 1,2 bilhões de pessoas, este é o número estimado de habitantes (pessoas registradas) pelo último CENSO.
- Um em cada cinco habitantes do planeta vive na China, um quinto da população mundial.
- Se o mundo fosse uma única rua, um em cada quatro dos seus vizinhos seria chinês.
- Se você morasse na China neste momento estaria dividindo o cômodo que ocupa em sua casa com mais 7 pessoas.
- Por causa da superpopulação, cada casal só pode ter um filho. Mas, se o primeiro for menina, pode-se tentar de novo.
- Com quase 3.000 km de extensão, a Muralha
da China, única obra feita pelo homem que pode ser vista do espaço,
começou a ser construída em 200 A.C. e completa atualmente 2200 anos
de vida. Sua construção envolveu mais de um milhão de pessoas, muitas
das quais morreram ali mesmo.
Sua imponência começa pelo aspecto visual e termina na prática, pois em alguns trechos de suas descomunais escadarias, o visitante só consegue subir os degraus de quatro, com as mãos no chão. - Li ou Lee (forma inglesa) é o sobrenome mais comum do mundo. Só na China existem 87 milhões deles.
- O célebre Livro Vermelho de Mao, espécie de cartilha do comunismo chinês, atualmente só serve para ser vendido aos turistas nos portões da Praça da Paz Celestial, onde a figura de Mao Tse Tung ainda brilha.
- Na China, as ruas são extensões da casas. Ali os chineses comem, dormem, cortam o cabelo, fazem massagem, Tai-Chi-Chuan e até dançam.
- Dentro da China existem várias nações. Algumas inteiras, como é o caso do Tibete e algumas minorias (mongóis, turcos, cazaques, tibetanos, etc.). São por volta de 55 grupos diferentes, ou seja, 60 milhões de chineses não são tão chineses assim - 60 milhões! Mais do que uma França ou duas Argentinas! Na China até as minorias são exageradas.
- Imaginar que um país tão grande assim (o terceiro maior do mundo só atrás da Rússia e do Canadá) tenha a mesma geografia de norte a sul é o mesmo que generalizar que no Brasil só existe selva. É um erro grosseiro. Tanto das curiosas formações rochosas de Guilin, no oeste do país, quanto da maior de todas as montanhas - o Monte Everest - a China tem várias faces em sua geografia.
- Cobras, ervas, ratos, morcegos. Tudo cura na milenar medicina chinesa. Lagartos ressecados, por exemplo, são bons para tosse comprida, pedra nos rins e até mesmo impotência.
- A Fênix é uma das criaturas mágicas da mitologia chinesa. Dizem que só aparecia quando o país era governado por um bom imperador.
- As pétalas de uma Datura sagrada representam as cinco pontas da estrela.
- O cervo e o alto funcionário: símbolos de prosperidade.
- Por ser o BOI o animal que mais ajuda na lavoura, puxando o arado e a carroça, a maioria do povo chinês considera pecado comer sua carne.
- "Um faz dois, dois fazem três, de três nascem as dez mil coisas." Foi assim que Lao Tsé condensou a cosmologia chinesa. DEZ MIL é a expressão que simboliza o todo e a imortalidade.
- O sapo e a rã são símbolos de longevidade.
- A arte de empinar pipas é tradicional na China.
- O morcego é um símbolo de felicidade, e cinco morcegos juntos representam: longevidade, saúde, fortuna, amor à virtude e morte natural.
- Um quarto dos crimes previstos no Código Penal é punido com a morte, incluindo delitos menores como envenenar gado ou difundir pornografia.
- Os chineses são muito supersticiosos. Os andares 4, 14 e 24 de muitos prédios não existem, porque o ideograma do 4 é parecido com o da morte. Celulares terminados em 4 ou com muitos 4 são bem mais baratos, e muito utilizados por estrangeiros.