quinta-feira, 7 de junho de 2012

Série "Construtores do Brasil": Pedro Álvares Cabral - TV Câmara


                                                     Brasil: Viagem de Pedro Álvares Cabral
 

                                                                             
Cabral Descobridor do Brasil

Nasceu na cidade de Belmonte (Portugal), em 1467 (ou 68), e morreu em Santarém (Portugal), em 1520 (ou 26). 

Ao zarpar do Rio Tejo, em 8 de março de 1500, com a maior armada até então organizada em Lisboa, o almirante tinha a missão oficial e pública de ir à Índia. Mas seu grande feito foi tomar posse da que seria a maior obra do Ciclo dos Descobrimentos portugueses.





A nobre e heróica estirpe de nosso Descobridor
Pertencente a uma linhagem de nobres e valorosos guerreiros, Pedro Álvares Cabral, além de intrépido navegador, caracterizou-se por uma devoção mariana, precioso legado transmitido aos descendentes.

Portugal, nome de um pequeno país - pequeno em dimensões, mas enorme quanto a tradições históricas e valor humano – era uma nação de pouco mais de 1 milhão de habitantes quando se lançou na proeza de expandir a Fé e o Império por um mundo até então desconhecido.

Nesse novo mundo, misterioso e fascinante para os Europeus da época, inseria-se o nosso Brasil. Hoje, passados cinco séculos do descobrimento, permanecem desconhecidos da grande maioria dos brasileiros fatos relativos à figura do protagonista desse marcante evento histórico – Pedro Álvares Cabral. Assim, é por nós pouco conhecido aquele que fez o Brasil conhecido.

Quem, afinal, foi o homem que a história menciona como aquele que descobriu a Ilha de Vera Cruz, posteriormente chamada de Terra de Santa Cruz e, finalmente, Brasil? Sua história ainda não foi por completo estudada (e talvez nunca venha a ser), embora muitos pormenores já são conhecidos dos historiadores.

No ano de 1468[i], no Castelo de Belmonte, propriedade da família Cabral, nascia um menino de nome Pedro, filho de Fernão Cabral e de Dona Isabel de Gouveia. Fernão Cabral lutou ao lado de D. João I e os três Infantes, na famosa conquista de Ceuta, em 1415, junto com seu pai, Luís Álvares Cabral.

A genealogia e a origem do nome “Cabral” perdem-se nas brumas da história portuguesa. O Visconde de Sanchez de Baêna assim escreve: “A família Cabral demarca a sua existência desde tempos imemoráveis... Nenhuma outra a sobrepuja em sólida antigüidade de nobreza, e feitos de edificante e variada lição.

O seu aparecimento, embora a princípio não se possa coordenar numa série genealógica, que nos leve, indivíduo por indivíduo, a estabelecer a sua continuidade desde os primeiros tempos da monarquia, remonta-se todavia bem longe, vendo nós brilhar de espaço a espaço nas lutas de Portugal nascente, alguns indivíduos do apelido Cabral”.[ii]
A elevada linhagem da família (impossível de reproduzir em um curto artigo) e o seu prestígio, permitiram a Pedro Álvares Cabral contrair matrimônio com Dona Isabel de Castro, dama pertencente à mais alta nobreza do Reino, como terceira neta dos Reis Dom Fernando de Portugal e Dom Henrique de Castela, sobrinha do célebre herói da Índia, Afonso de Albuquerque.

Qualidades pessoais: critério para a escolha de Cabral

Nessa época Portugal, cheio dos “cristãos atrevimentos” de que nos fala Camões, estava preparando armada a ser enviada às índias. Para organizar a expedição, o Rei Dom Emanuel o Venturoso, convocou seu Conselho: “E não somente se assentou no conselho o número de naus e gente que havia de ir nesta armada, mais ainda o capitão-mor dela, que por ‘calidades’ de sua pessoa, foi escolhido Pedro Alvares Cabral, filho de Fernam Cabral”[iii].
Pedro Álvares Cabral fora escolhido, por suas “qualidades pessoais”, para chefiar a esquadra que, no dia 9 de março de 1500, após a Santa Missa celebrada pelo Bispo D. Diogo Ortiz, Bispo de Cepta, rumaria para as Índias, passando pelo Brasil.

Dessa expedição, que trataremos em artigo posterior, participaram 13 navios, tendo apenas quatro deles conseguido retornar à Portugal. Os demais perderam-se todos, tragados pelo mar, juntamente com sua tripulação. No dia 23 de junho de 1501 – ou seja, um ano, três meses e 14 dias depois de sua partida, totalizando 470 dias de viagem – chega Pedro Álvares Cabral ao Tejo.

Pôde, desse modo, Dom Emanuel, o Venturoso, acrescentar ao seu título de “Rei de Portugal e dos Algarves Daquém e de Além Mar em África, e Senhor da Guiné” o de “Senhor da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e da Índia.”

Não percebera ele ainda, a essa altura, que Cabral enriquecera sua coroa com um florão incomparavelmente mais suntuoso e, sobretudo mais do que isso, levantara o Estandarte da Cruz na terra que estava destinada a ser o país de maior população católica do mundo[iv].
Incompreensões e afastamento da Corte
Pedro Álvares Cabral retorna à Portugal e, como freqüentemente acontece na vida dos homens escolhidos pela Providência Divina para realizarem grandes obras, sofreu incompreensões e dissabores, tendo se retirado do Corte e nunca mais recebido qualquer encargo público.

Não sabemos o motivo que levou o descobridor do Brasil a se afastar da vida pública[v]. Sabemos que ele se manteve retirado e, depois dos sucessos referidos, recolheu-se em suas terras de Santarém, tendo falecido em 1520 ou 1528, segundo a divergência de alguns autores.

Sua sepultura esteve perdida durante o século XVII e XVIII, tendo sido encontrada em 1839 pelo historiador brasileiro Francisco Adolpho de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, na sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Santarém.

Em 1903, o Bel. Alberto de Carvalho trouxe para o Brasil parte dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral, que foram depositados em uma urna na capela-mor da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro.

Pouco conhecida é a história de um grande descobridor. Mais do que descobrir terras, ele comandou uma expedição que iniciou a evangelização dos índios, trazendo incontáveis almas para a Igreja de Cristo.

Intrépido batalhador, ele desejava dilatar a Fé e expandir o império. Sabia ser gentil e amável, como o foi com os índios brasileiros, mas também sabia guerrear contra os inimigos de Cristo, como o fez com mouros que o traíram na Índia.
Devoção mariana: virtude do Descobridor e de sua família
Em sua nau capitânia, ele levava consigo uma pequena imagem da Senhora da Esperança, até hoje venerada em Belmonte, certo de ser Ela o melhor refúgio nas inconstâncias do mar tenebroso. Foi diante dessa imagem que ele, no momento em que seus companheiros celebravam o descobrimento do Brasil, se ajoelhou e agradeceu a Deus o sucesso do empreendimento [vi].

Quando retornou de sua viagem, o nosso descobridor mandou construir uma capela para a Senhora da Esperança. Capela essa ampliada pelos seus descendentes que a iluminaram quotidianamente com um círio.[vii]

Pedro Álvares Cabral foi, antes de tudo, um homem de Fé, que se lançou ao mar sob a proteção da Cruz de Cristo, nome com o qual foi primeiramente ‘batizado’ o nosso Brasil segundo seu desejo, como capitão da esquadra. Uma esquadra que levava a bandeira da Ordem de Cristo, em cujas velas se estampava a Cruz característica dessa Ordem de Cavalaria, e que chegou ao solo de um país iluminado pelas estrelas do Cruzeiro do Sul.

Que a Senhora da Esperança, que tão bem protegeu o descobridor do Brasil, continue a derramar suas bênçãos sobre a Terra de Santa Cruz.
Referências Bibliográficas
[i] Segundo se acredita, pois não se tem certeza do ano.
[ii]
 Sanches de Baêna, O Descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral, Lisboa, 1987, pp. 10-22.
[iii]
 João de Barros, Décadas da Índia, Década I, Livro V, Cap. 1.
[iv]
 Apud O ‘Muy Bom fidalgo’ que descobriu o Brasil., Catolicismo, nº 219, março de 1969.
[v]
 Alguns historiadores, como Gaspar Corrêa em seu livro Lendas da Índia, levantam a hipótese de um desentendimento com Vasco da Gama, que teria exigido ser o comandante, em lugar de Pedro Álvares Cabral, da esquadra que partiria para as Índias em 1502.
[vi]
 Bueno, Eduardo, A Viagem do Descobrimento, Vol. 1, Coleção Terra Brasilis, Ed. Objetiva, Rio de Janeiro, 1998.
[vii]
 Cortesão, Jaime, A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil”, Portugália editora, Lisboa, 1967
Fonte: www.lepanto.com.br

Série "Construtores do Brasil": Duque de Caxias - TV Câmara


           
                                                              Hino a Duque de Caxias   
                                                                                 
                                                                                   

grandes civilizações os Maias






                                                                                     

grandes civilizações os Astecas







grandes civilizações os Incas





                                                                                

grandes civilizações o Islâ




                                                                             

quarta-feira, 6 de junho de 2012

grandes civilizações Império Romano



                                                                              

Grandes civilizações Grécia



                                                                                       

grandes civilizações império Bizantino



                                                                                      

grandes civilizações Império Carolíngios



                                                                                 

Grandes Civilizações Mesopotâmia



                                                                                 

terça-feira, 5 de junho de 2012

Grandes civilizações Os Hebreus



grandes civilizações os Vikings e os Celtas

                                                                       
                                                                                   

Grandes civilizações o Japão Antigo

                                                                               

                                                                                    

Grandes civilizações India

                                                                                     
                                                                                    

segunda-feira, 4 de junho de 2012

vídeos aulas Renascimento ENEM




                                                                             

                                  
                                                                             
                                                                                 

domingo, 3 de junho de 2012

Grandes civilizações China antiga

                                                                                   
  Episódio da série "Grandes Civilizações", que conta de maneira didática a história de povos importantes para a evolução da humanidade.
                                                                                     

sábado, 2 de junho de 2012

VÍDEO 100 ANOS DA REVOLTA DA CHIBATA


Em 1910, dois mil marinheiros se rebelaram e tomaram quatro navios de guerra na Baía de Guanabara.

O principal motivo da revolta eram os castigos físicos na Marinha.

Vamos voltar 100 anos no calendário da nossa história para contar um dos momentos mais dramáticos da recém-nascida República do Brasil:

 a Revolta da Chibata. Uma ferida ainda não cicatrizada que atravessou o século e até hoje provoca polêmica.

Em 22 de novembro de 1910, uma semana após a posse do presidente Hermes da Fonseca, dois mil marinheiros se rebelaram e tomaram quatro navios de guerra na Baía de Guanabara.

 Durante seis dias, apontaram 80 canhões e ameaçaram bombardear a cidade, que, na época, contava com 870 mil habitantes.

Tiros chegaram a ser disparados, matando duas crianças.
 Quatro oficiais morreram no encouraçado Minas Gerais.


O motim tinha como um dos comandantes e principal porta-voz um marinheiro negro semialfabetizado, João Cândido Felisberto, de 30 anos.

 O principal motivo da revolta eram os castigos físicos na Marinha, como chibatadas muito comuns, apesar de já se terem passado 12 anos da abolição da escravatura no Brasil.

Saiba quem era João Cândido e por que a Marinha não o reconhece como um mito, no que ele acabou se transformando.

 Ficou conhecido como o 'almirante negro', com estátua na Praça XV, nome de um petroleiro, tema livros e inspiração de um samba muito popular de João Bosco e Aldir Blanc: "O Mestre-Sala dos Mares

                                                parte 1/3

                                                
                                              parte 2/3
                                                   
                                                  
                                  
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HERÓI INJUSTIÇADO: JOÃO CÂNDIDO – “O ALMIRANTE NEGRO”

HERÓI INJUSTIÇADO
A família de João Cândido, líder da Revolta da Chibata, quer os mesmos direitos que os perseguidos pela ditadura militar
Francisco Alves Filho

Nos livros de história do Brasil, o marinheiro João Cândido aparece como o herói da Revolta da Chibata.

 Corajoso, ele liderou em 1910 o motim no qual dois mil marinheiros negros obrigaram a Marinha a extinguir punições desumanas contra os soldados, como ofensas, comida estragada e chicotadas.

 Os revoltosos conseguiram seu objetivo, mas foram expulsos dos quadros militares ou presos e mortos.

Só recentemente João Cândido saiu da condição de personagem esquecido da historiografia oficial para o papel de protagonista.

Em 2008, uma lei finalmente concedeu anistia póstuma a ele e a outros marinheiros.
 A reparação, porém, foi incompleta. No ano do centenário da Revolta da Chibata, João Cândido e os outros revoltosos continuam sem as devidas promoções e seus familiares sem receber indenização – como aconteceu com os que resistiram à ditadura militar, por exemplo.

 Os prejuízos com a expulsão da Marinha não foram compensados. “Sinto como se meu pai ainda fosse um renegado e não um herói”, diz Adalberto Cândido, o Candinho, 71 anos, filho de João Cândido.
 As comemorações pelos 100 anos da Revolta da Chibata não o animam. “Homenagens são bonitas, mas não enchem barriga”, desabafa Candinho.
Para negar indenização aos anistiados, há dois anos, o governo alegou que, se todos os descendentes recebessem, haveria um rombo no orçamento.

O tempo derrubou o álibi: apenas dois grupos de parentes pediram anistia.

 A verdade é que, por trás do argumento, estava também a resistência da Marinha. Agora, a família de João Cândido torna a reivindicar seus direitos.

 Por causa da exclusão da Marinha, ele não pôde mais conseguir emprego formal. Mudou-se para São João de Meriti, o mais pobre dos municípios da Baixada Fluminense, onde parte de sua família vive até hoje.

 Por décadas, sustentou a mulher e os sete filhos com o que ganhava como pescador.
Uma imagem nada condizente com o personagem épico que o jornal “O Paiz” descreveu como “o árbitro de uma Nação de 20 milhões de almas”.

O filho recorda-se das dificuldades: “Usávamos tamancos em vez de sapatos, vestíamos roupas velhas, não tínhamos eletricidade”, relata. João Cândido morreu na miséria em 1969, em Meriti.

A Lei nº 11.756/2008, de autoria da senadora Marina Silva (PV), previa a anistia com indenização, que acabou vetada no texto assinado pelo presidente Lula.

 Na época, os familiares de João Cândido aceitaram a argumentação de que o custo para os cofres públicos seria muito alto.

Até agora, no entanto, apenas duas solicitações foram feitas. “Muitos já morreram e outros nem sabem que seus ascendentes participaram da revolta”, explica o historiador Marco Morel.

 Ele é neto de Edmar Morel, autor do livro “Revolta da Chibata”, primeira obra sobre o tema, relançada recentemente.

“Mesmo com esse risco, o governo poderia estabelecer um teto”, diz o historiador. 

“Se aqueles que lutaram contra a ditadura de 64 e seus parentes, muitos de classe média alta, receberam reparações em dinheiro, por que não os familiares dos marujos da Revolta da Chibata, quase todos pobres?” questiona Morel.

Procurado por ISTOÉ, o ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, disse que sua pasta apoiou a anistia. “A reivindicação por parte da família é um direito democrático”, admite o ministro.

 “O compromisso do governo é estabelecer formas de reparação que façam justiça à luta de João Cândido.” Santos não diz, no entanto, se tomará alguma providência prática em favor da indenização.

Um dos principais responsáveis pela popularização de João Cândido foi o compositor Aldir Blanc, autor da letra do samba “O Mestre-Sala dos Mares”, em parceria com João Bosco.

Lançada na década de 70, em plena ditadura, a música contava a história da Revolta da Chibata e por isso Aldir foi convocado ao Departamento de Censura.

“Tive que mudar o título, que originalmente era ‘O Almirante Negro’, para burlar o censor”, recorda-se.

Tratamento desumano

A Revolta da Chibata se desenrolou entre 22 e 27 de novembro de 1910, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, então capital federal.

 Revoltados com as agressões sofridas por parte dos oficiais e com a comida estragada servida nos navios, marinheiros do Encouraçado Minas Gerais se amotinaram.

 Tomaram o controle da embarcação e ameaçaram acionar os canhões contra a cidade se os maus-tratos não fossem cancelados – objetivo que foi alcançado.

 O presidente da época, Marechal Hermes da Fonseca, aceitou anistiar os revoltosos, mas voltou atrás. Muitos foram expulsos da Marinha, alguns presos e outros acabaram mortos.

A Marinha tornou público seu ressentimento contra João Cândido em 2008, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou uma estátua em homenagem a ele, na Praça XV. Na ocasião, oficiais reclamaram e só se acalmaram quando conseguiram a garantia de que o monumento não ficaria de frente para a Escola Naval, situada ali perto.

 A estátua está voltada para o mar. Diante de tal rejeição, o filho do Almirante Negro se mostra cansado de brigar.

 “Se agora, no centenário da Revolta, não liberarem a indenização e a promoção dele, eu desisto de brigar”, diz Candinho. ( ISTO É INDEPENDENTE )

Grandes Brasileiros ( opinião e notícia )
João Cândido
4/05/2006
Nossa tentativa de resgatar os heróis brasileiros em uma série de textos publicada semanalmente revelou um fato interessante: heroísmo é um conceito extremamente pessoal.

Foram diversas cartas de leitores elogiando e criticando cada um destes personagens.
 Sendo assim decidimos mudar o nome da série de reportagens de Heróis brasileiros para Grandes brasileiros.

 Desta forma, continuaremos a mostrar feitos de pessoas que contribuíram para nossa história.

João Cândido: grande brasileiro cantado por Elis Regina

Os grandes brasileiros podem ser figuras pouco comentadas nas salas de aula, esquecidas dos livros e da memória das pessoas.

Mas alguns deles aparecem na música popular, mesmo que de forma sutil.

 É o caso de João Cândido Felisberto, militar brasileiro que liderou a Revolta da Chibata no ano de 1910.

E a música, de autoria de Aldir Blanc e João Bosco, se chama O mestre-sala dos mares – o nome originalmente seria Almirante Negro, porém precisou ser alterado porque a censura julgou que ofenderia as Forças Armadas. Interpretada por Elis Regina, a letra diz:

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo feiticeiro
A quem a história não esqueceu.
Conhecido como o navegante negro tinha a dignidade de um mestre-sala.

 A Revolta em que João Cândido teve destaque é um episódio bastante famoso, o que mostra que os eventos em si são lembrados com freqüência.

 Falta mesmo é dar ênfase a quem fez esses episódios e fazer esses nomes entrarem para a história, até, no caso de João Cândido, para fazer jus à letra da composição.

 O herói em questão nasceu na Província do Rio Grande do Sul em 1880, filho de escravos de uma fazenda, e ingressou na Escola de Aprendizes-Marinheiros do Rio Grande, da Marinha, aos 13 anos.

Em novembro de 1910, quando liderou a chamada Revolta da Chibata, seu objetivo era pleitear a abolição dos castigos corporais na Marinha de Guerra do Brasil.

 Em outros países essa forma de repreensão já havia sido abolida: a Espanha extinguiu os castigos físicos em 1823, a França em 1860, os EUA em 1862, a Alemanha em 1872 e a Inglaterra em 1881.

A Revolta da Chibata teve vitória ao conseguir que o governo federal selasse o compromisso de acabar com o emprego da chibata – o mesmo que chicote, instrumento utilizado nos castigos – e se comprometesse também a conceder anistia aos revoltosos.

 Apesar disso João Cândido – designado Almirante Negro pela imprensa nessa época – e os outros envolvidos na manifestação foram presos.

 Pouco tempo depois, um novo levante entre os marinheiros, ocorrido no quartel da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro, foi reprimido pelas autoridades.

 João Cândido se declarou contra a manifestação, mas assim mesmo foi expulso da Marinha, sob a acusação de ter favorecido os rebeldes. Seria absolvido apenas em 1912. João Cândido morreu aos 89 anos, no Rio de Janeiro.
                                                                                                                                                     
Fonte;


aulas para o ENEM ( Brasil colonia )


                                                                               VÍDEO 01
                                                                             
                                                                               VÍDEO 02
                                                                               
                                                                               VÍDEO 03
                                                                           
                                                                             Vídeo 04

                                                                                 

CURIOSIDADES



Com o dedo em riste, um senhor barbudo de cartola e terno azul e vermelho ameaçava: “Eu quero você”.

 A intimação era dirigida aos cidadãos americanos que perambulavam pelas ruas antes da Primeira Guerra e vinha de… cartazes.

 O sujeito ameaçador que estampava os folhetos era Tio Sam, um homem que não existiu de fato.

 A versão mais aceita (e oficial) da criação do personagem conta o mito começou em um   carregamento de carne enviado para alimentar os soldados que combatiam na Guerra de 1812.

 Com as iniciais “US” gravadas nas laterais, os caixotes foram apelidados de Uncle Sam (Tio Sam) – uma referência a Samuel Wilson, o gerente do açougue de Troy, Nova York, que abastecia a tropa.



Tio Sam

A imagem mais conhecida do Tio Sam nasceu, no entanto, em 1917, nas mãos de James Flagg.

 Foi o cartunista o autor do dedo indicador apontando e dos cabelos brancos, nos quase  4 milhões de cópias  espalhadas pelo país – o cartaz era de adaptação de outro com lorde Kitchener, um marechal inglês, como modelo.

 As peças foram encomendadas pelas Forças Armadas americanas e seriam reeditadas durante a Segunda Guerra. Tio Sam assumia, assim, a imagem oficial da nação americana.

 Cartunistas políticos cuidaram de popularizar a imagem da nova figura. Uma das caricaturas mais emblemáticas apareceu em 20 de novembro de 1869 na revista Herper’s Weekly.

 Feita pelo cartunista político Thomas Nast, Tio Sam esta sentado à mesa em um jantar de Ação de Graças.

 Era o início da associação do personagem a ideais valiosos aos EUA: união, liberdade e igualdade dos povos.

 Os traços físicos modernos, no entanto, surgiram na revista britânica Punch.

fonte: revista Aventuras na História. ed. 86 – Set. 2010. por Fabrício Calado

vídeo introdução a História da África com Mary Del Phore.

Primeira parte da entrevista com a historiadora Mary Del Priore, autora de "Ancestrais: uma introdução à História da África Atlântica". A pesquisadora fala da história e cultura do continente africano, assim como de sua pequena divulgação no Brasil. O debate faz parte do Jogo de Ideias, programa de TV do Itaú Cultural com convidados da música, do teatro, da educação, entre outras áreas.


                                                                              parte 01
                                                                             
                                                                          parte 02 final