quarta-feira, 23 de maio de 2012

Didática

VIDEO COM BREVE APRESENTAÇÃO SOBRE JOÃO AMÓS COMÊNIO CONHECIDO COMO O "PAI DA DIDÁTICA" MODERNA.
                                            
             Breve passeio pela Evolução Histórica da Didática, da Grécia Clássica aos nossos dias.


O PAPEL DA DIDÁTICA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

RESUMO

A didática é entendida como a ferramenta em que se acontece o processo ensino-aprendizagem, onde o professor consegue organizar de forma sistemática todo seu trabalho, buscando oferecer meios que induzam ao aluno a perceber suas necessidades e criar seus mecanismos, a fim de adquirir novos conhecimentos sem excluir os anteriores. Assim pode-se afirmar que a didática deve ser como uma peça importantíssima na aprendizagem.

Palavras chaves: Didática. Aprendizagem. Ensino. Meios Pedagógicos. Avaliação.

INTRODUÇÃO

            Este artigo está voltado para a utilização da Didática em sala de aula, uma vez que a mesma facilita o processo ensino-aprendizagem, onde o professor tem a oportunidade de planejar suas estratégias e aplicá-las de acordo com as necessidades de seus alunos.
Percebe-se que a Didática passou por um processo de adaptação até que estudiosos convenceram que a mesma é uma ferramenta essencial em sala de aula, devido a evolução no que diz respeito a percepção de conhecimentos, assim certifica-se de que ela não pode faltar em hipótese alguma na prática educacional, bem como na utilização dos meios pedagógicos, em pesquisas e por fim na avaliação.
Assim afirma-se que o principal objetivo deste trabalho é a aquisição de conhecimentos voltados para o ramo educacional, podendo contribuir de forma sensível com os parceiros deste grande bem da humanidade.

2. O PAPEL DA DIDÁTICA NA FORMÇÃO DO EDUCADOR.

Após vários estudos sobre a didática é possível compreender que a mesma é uma ferramenta imprescindível na formação do educador, desde que, ela venha desenvolver nele a capacidade de planejar, criticar, avaliar e adaptar suas ações a realidade em que se encontra inserido, pois do que adiantaria um emaranhado de informações e ações a um ambiente inadequado? A didática só poderá ser bem praticada, a partir do momento em que ela for entendida e planejada segundo a necessidade encontrada no âmbito de trabalho.
            A didática em sua amplitude deve ajudar de forma precisa na formação do educador, viabilizando ao mesmo a capacidade de formular seus objetivos a serem atingidos no decorrer de sua carreira. Segundo (Candau 1999, p.26) “O papel da didática destina-se a atingir um fim a formação do educador”. Assim percebe-se que o educador não pode deixar de trabalhar a didática em hipótese alguma, uma vez que ela faz parte da sua prática profissional.
            O educador ao assumir sua postura deve lembrar-se de que é um dos responsáveis pelo sucesso do processo ensino-aprendizagem, por isso, não pode esquecer que outros componentes fazem parte desse processo e são tão importantes quanto ele, assim é viável afirmar que a aprendizagem se constrói a partir da interação educador, educando, família e o contexto histórico, dessa forma é possível dizer que cada ser humano contribui de certa forma para a mudança do contexto social, formulando suas próprias idéias a partir de suas experiências da partilha de conhecimentos.
            O educador é aquele devido suas pesquisas e seu preparo tem a capacidade de fomentar no educando a necessidade de buscar conhecimentos de forma sistematizada, entendendo que através dele é possível conhecer o que era obscuro, além de poder fazer valer sua cidadania, contribuindo para a formação de sua história.
            Diante do exposto é viável afirmar que ao formar um educador é necessário buscar a forma mais favorável, excluindo o autoritarismo, a fim de fazê-lo um sujeito crítico o qual poderá agir de forma precisa no processo educativo, sem esquecer que suas experiências acontecem ao longo de sua carreira, Segundo (Candau, 1999, p.29) “De fato, aprendemos bem, com estria, aquilo que praticamos e teorizamos”.
            Assim pode-se afirmar que um bom profissional da educação não pode deixar de estudar e idealizar a didática durante a sua carreira, pois ela permite ao mesmo desenvolver um bom trabalho.
Durante algum tempo foi vista como uma ação prejudicial a prática pedagógica, pois não se entendia com precisão o seu ramo de trabalho, crucificando assim os professores que a utilizavam. Segundo (Antunes, 2001, p.16)
A acusação inocuidade vem geralmente da parte do professor dos graus mais elevados de ensino, onde sempre vigora a suposição de que o domínio do conteúdo seria bastante para fazer um bom professor (e talvez, na medida em que esses graus ainda se destinem a uma elite). A casação de prejudicial vem de analises mais criticas das funções de educação, em que se responsabiliza a didática pela alienação dos professores em relação ao significado de seu trabalho.
Só após varias pesquisas a didática foi vista em outra concepção, a de que ela contribui sensivelmente na aprendizagem, ela procura fomentar no professor o desejo de ensinar com qualidade, entendendo que o trabalho educacional se torna mais fácil e eficaz quando se “aprende a aprender” e se “aprende fazendo”, assim se tem a oportunidade de estudar métodos e técnicas que favorecem esse tipo de trabalho.
É viável afirmar que através dela é possível observar o comportamento dos alunos, detectando suas necessidades e em seguida elaborar projetos que valorize suas experiências e se produza novos conhecimentos.
O educador ao realizar o seu planejamento busca meios na didática a fim de analisar o método a ser aplicado e o recurso a ser utilizado em sala de aula, com o intuito de oferecer a melhor aprendizagem a seus alunos.
Percebe-se que os professores vem utilizando a didática constantemente desde o séc. XX, quando a escola elementar torna-se universal atendendo todas as classes sociais, voltando-se ainda para todas as faixas etárias  da mais tenra infância a adultez.
Assim percebe-se a grande importância da didática na formação do educador.
 Segundo ( et all Candau 2001, p.13)
Todo processo de formação de educadores especialistas e professores inclui necessariamente componentes curriculares orientados para o trabalho sistemático do ‘ que fazer’ educativo, da prática pedagógica. Entre estes, a didática ocupa um lugar de destaque.
                         Observando a afirmação de Candau é possível perceber que o professor no seu processo de formação carece trabalhar a didática em todos os momentos da sua vida profissional, pois, a mesma oferece meios que facilite o trabalho do professor e torne a sua ação precisa, proporcionando aos seus alunos a oportunidade de pesquisa, criticidade, construção e reconstrução.
Portanto conclui-se que a didática oferece a melhor maneira de trabalhar ao professor e a oportunidade de adquirir a melhor aprendizagem do aluno.
2.1 O processo de ensino-aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem passa por várias concepções a primeira é a tradicional, onde os alunos são receptores de saberes que seus professores os transmitem, nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as tarefas são padronizadas.
Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste num arranjo e planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a aprender. Nessa o professor ensina e observa o comportamento de cada um, recebendo incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são o aluno e o objetivo proposto.
Na humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o professor devera orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Nesta a aprendizagem deve ser significativa, modificando o comportamento e as atitudes.
Na cognitiva os alunos recebem estímulos do meio conseguindo organizar seus conhecimentos, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos verbais, conseguindo processar e interagir informações. Por isso o ensino é baseado no ensaio e erro, na pesquisa na investigação, na solução de problemas por parte do aluno.
Na sócio-cultural supera-se a relação opressor-oprimido através da socialização de saberes de igual valor, transformando a situação objetiva geradora de opressão, trabalhando desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade, sendo os alunos sujeitos criadores.

3.PESQUISAS MAIS RECENTES

De acordo com as pesquisas mais recentes sobre a didática no Brasil, durante o período entre 1996 a 2000 foi possível entender que ela como compreensão do trabalho docente vem direcionando as necessidades de investigação e as abordagens metodológicas na perspectiva denominada da epistemologia da prática.
Durante esse período as escolas começaram a vivenciar um momento ímpar, pois, houve o predomínio de estudos que adotam a didática, possibilitado a interlocução crítica com as teorias elaboradas, revelando um abandono da perspectiva explicativa.
Assim foi possível implantar nas escolas o método de pesquisa constante, ao qual, todo aluno tem o direito de acesso a todos os conteúdos, formulando suas novas descobertas, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos e de interagir com seus colegas e professores, uma vez, que se sabe que um dos objetivos da educação é construir e reconstruir conhecimentos, podendo evoluir para o novo.
Diante dessa premissa afirma-se que a compreensão é um dos elementos constitutivos do processo de construir conhecimento e tem sua validade na inter-relação com as explicações teórica e historicamente sustentadas, permitindo ainda que haja interação de conhecimento.
Nessa perspectiva supera-se uma tendência que individualiza o conhecimento, a qual, o professor era detentor do conhecimento e se utilizava de representações a mesma foi muito trabalhada no período anterior. Com a implantação da didática é possível desenvolver trabalhos que estão ligados a realidade social, o qual envolve a todos, ou seja, o sócio-interacionismo implantado na escola.
Quanto as temáticas e aos propósitos, o estudo de Pimenta (2001) permite verificar que, para além das preocupações com as técnicas de ensinar e da avaliação, o campo da Didática oferece inúmeras outras a docência universitária, tais como o trabalho com a interdisciplinaridade e a pesquisa.
Percebe-se que com este tipo de trabalho foi possível quebrar as barreiras que impediam aos professores de trabalharem interligados, podendo interagir saberes que outrora eram vistos como conhecimentos isolados, favorecendo ao individualismo, o qual dificultava a aprendizagem dos alunos.
É possível afirmar ainda que desenvolvendo esse tipo de trabalho os professores permitem aos seus alunos um maior envolvimento com os saberes despertando a curiosidade de conhecer cada vez mais, observando assim as suas necessidades além de poder interagir com o meio. Segundo Vygotsky, 1980, p.90.  Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações, habilidades, valores, atitudes, etc.. a partir de seu contato com a realidade, com o meio ambiente e com as outras pessoas”.
Segundo essa premissa é possível perceber que Vygotsky afirma justamente um dos objetivos da didática, o de envolver os alunos com o meio podendo interagir com todos a partir do seu contato com a realidade, além de poder construir seu próprio conhecimento, favorecendo a sua aprendizagem.
Assim afirma-se que os educadores precisam reunir-se para a realização de planejamentos voltados para projetos que envolvam justamente o trabalho interdisciplinar, podendo escolher a melhor maneira de trabalhar conteúdos afins e não afins, selecionando os mais viáveis de acordo com as necessidades da clientela atendida, por isso a importância da participação do alunado na hora do planejamento, a fim de saber as idéias e os propósitos dos mesmos.
O estudo da didática orienta que a comunidade escolar deve ser parceira na hora de planejar com intuito de oferecer o melhor ensino possível, favorecendo uma aprendizagem de qualidade, uma vez que ela foca sempre o melhor para o aluno e a facilidade de trabalho para o professor, tornando assim um processo prazeroso
Portanto conclui-se que a didática em seu processo de trabalho favorece a todos, uma vez, que oferece meios eficazes para a aprendizagem que qualifica e prepara para os obstáculos, nessa arte de ensinar.
                                                                                                                
 4. MEIOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

            Ao se falar de meios pedagógicos na educação, lembra-se logo de recursos educacionais, mas não é só isso, é necessário observar as necessidades da clientela atendida, a fim de atender suas expectativa, é viável afirmar, que na EAD os meios avançaram bastante, pois é uma modalidade que surgiu no Brasil desde o final da segunda guerra mundial, devido a necessidade de formar profissionais para atuarem no campo de concentração dos países envolvidos no acontecimento, porém no Brasil ela só iniciou no final do séc. XIX com os cursos profissionalizantes, os quais eram acompanhados por cartas, rádio e mais tarde por TV, hoje pode-se acompanhar pela internet, a qual facilita mais ainda o trabalho do discente, no que diz respeito  a locomoção, a comodidade e a oportunidade de fazer seu próprio horário.
            Diante dessa premissa é possível ressaltar que a tecnologia na educação ajudou bastante na evolução da educação a distância, uma vez que o primeiro meio utilizado foi a carta a qual se esperava dias para se obter uma resposta, em seguida foi a vez do rádio e da TV, mas ainda assim demorava um pouco, hoje o estudante pesquisador pode cotar com um meio que permite pesquisar em tempo real, conversar com o tutor, interagir com os colegas através de fóruns e chats fazendo acontecer uma troca de informação de uma forma bem precisa.
               Dentro dessa tecnologia pode-se observar a teleconferência e a videoconferência, a primeira é um programa televisivo transmitido o vivo, via satélite, com recepção por antena parabólica.  O seu principal objetivo é ampliar o conhecimento já disposto em outro material didático, permitindo o aprofundamento nos assuntos do curso em um todo.
            O uso desses pode servir para diversos propósitos educativos, ou seja, para se trabalhar uma aula, conferências e reuniões. Segundo Spanhol e “Rodrigues, 2005, p.105 “.É possível agregar imagens pré-produzidas em vídeo e computador como se fosse um programa de televisão".
            A videoconferência é um sistema interpessoal que possibilita a comunicação em tempo real entre grupos de pessoas, independente de sua localização geográfica, em áudio e vídeo simultaneamente. Segundo Carneiro, 2005, p.50. "uma vídeo conferência consiste numa discussão em grupo ou pessoa a pessoa, na qual os participantes estão em locais diferentes, mas podem ver e ouvir uns aos outros como se estivessem reunidos em um único local".
            Esse tipo de recuso permite que se trabalhe de forma cooperativa, compartilhando informações e materiais de trabalho sem necessidade de deslocamento.
            Apesar de toda tecnologia de comunicação não se pode deixar de falar no material impresso, pois ele é responsável pela mediação pedagógica, se referindo a relação professor-aluno na busca da aprendizagem como processo de construção de conhecimento a partir da reflexão crítica das experiências e do processo de trabalho.
            Nos sistemas de educação a distância, a mediação pedagógica se dá por meio dos textos e outros materiais colocados a disposição dos alunos. Dessa forma, a mediação pedagógica acontece quando os materiais trabalhados são vistos como fonte de pesquisa importante ao processo de aprendizagem. Como observam Gutierrez e Pietro 1994, p.80 "não interessa uma informação por si mesma, mas uma informação mediada pedagogicamente". Isto quer afirmar que o professor ao fazer a escolha desse material deve conhecê-lo de forma que o mesmo deve desafiar o aluno a: levantar questões a partir da leitura do texto, buscar leituras complementares, interagir com outros sujeitos envolvidos no curso e pesquisar questões que lhes sejam significativas.
            Assim afirma-se que em qualquer que seja a modalidade de ensino os meios educacionais são necessários para a aprendizagem de forma geral, uma vez que os mesmos oferecem as possibilidades de pesquisas e aquisição de conhecimento.

5. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO

A avaliação é um mecanismo utilizado para alcançar objetivos propostos num ato educacional, através dela é possível perceber se os mesmos foram atingidos ou se precisam ser revistos, analisando-os em todos os aspectos, dentro desse mecanismo pode-se observar as atitudes dos diretores, as ações do professor, a organização da coordenação, o aprendizado do aluno,  o acompanhamento da comunidade escolar sem esquecer que a meta maior é alcançar uma aprendizagem de qualidade.
            Assim é viável ressaltar que a avaliação do trabalho da gestão e da organização da escola, deve acontecer constantemente, pois um gestor só pode saber se o seu trabalho está sendo bem executado no momento em que ele se reúne com toda a comunidade escolar e discute sobre metas atingidas se elas foram alcançadas em sua amplitude ou  se foram mal executadas.
            A maneira mais viável de fazer essa avaliação é se utilizando de reuniões sistemáticas ou extraordinárias que envolva toda a comunidade escolar, visando sempre o bom funcionamento da instituição, ou seja, da ação da gestão, do profissionalismo do professor, dos profissionais administrativos e da aprendizagem dos alunos, além de poder avaliarem também o espaço físico da instituição, a fim de saber se está adequado para atender a clientela envolvida.
            No que diz respeito a avaliação de sala de aula, deve-se lembrar que o professor ao avaliar o seu aluno, está automaticamente se auto-avaliando, pois uma vez que não ocorrer aprendizagem de qualidade, é necessário que ele refaça o seu planejamento com o intuito de oferecer uma outra oportunidade ao seu aluno, pois o mesmo depende da atitude de compromisso do professor.
             Dessa forma pode-se dizer que o acompanhamento e o controle comprovam os resultados do trabalho, evidenciam os erros, as dificuldades, os êxitos e os fracassos relativos ao que foi planejado. A avaliação das atividades implica a análise coletiva dos resultados alcançados e a tomada de decisões e sobre as medidas necessárias para solucionar as deficiências.
            Diante de tudo isso é importante enfatizar a importância do planejamento de maneira geral, uma vez que o mesmo proporciona ao educador segurança e agilidade no momento em que irá executar suas tarefas. A escola em meio a essa segurança deve no primeiro momento pesquisar as condições em que se encontra a comunidade em que será trabalhado, em seguida traçar seus objetivos e escolher com precisão os componentes do seu currículo e só depois traçar seu planejamento, mas é interessante que todos os funcionários da instituição participem, pois é necessário que todos estejam em sintonia, a fim de ajudar no desenvolvimento dos alunos. O último estágio desse planejamento é a avaliação, a qual deve está voltada não só para  o aluno, mas também para a ação docente pois sabe-se que o mesmo é uma ferramenta indispensável nesse processo, por isso a necessidade da participação também do aluno, uma vez que a oportunidade de expressão é um direito de todos e não há ninguém melhor que ele mesmo para relatar suas necessidades. Segundo Zaballa, 1998, p.196
As definições mais habituais da avaliação remetem a um todo indiferenciado, que inclui processos individuais e grupais o aluno e os professores. Esse ponto de vista é plenamente justificável, já que os processos que têm lugar na aula são processos globais em que é difícil, e certamente desnecessário, separar claramente os diferentes elementos que os compõem. Nossa tradição avaliadora tem se centrado exclusivamente nos resultados obtidos pelos alunos. Assim é conveniente dá-se conta de que, ao falar de avaliação na aula pode-se aludir particularmente a alguns dos componentes do processo de ensino/aprendizagem, com em todo processo em sua globalidade.


            Zaballa com esta afirmação deixa bem claro que é necessário haver mudança no modo de avaliar, pois durante muito tempo o educador acreditava que era necessário apenas avaliar o aluno se o mesmo conseguisse aprender era considerado um bom aluno, senão era um aluno relapso. Todavia percebe-se que esse processo mudou, o aprendiz agora é favorecido com várias formas de avaliação denominada formativa e quantitativa, a primeira avalia a formação social e moral do aluno e  a segunda, avalia o aspecto intelectual. Assim ele tem a oportunidade de demonstrar que sua aprendizagem aconteceu de forma precisa.
6  PESQUISA E ANÁLISE DA  DEMANDA POR EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A pesquisa é o instrumento metodológico capaz de aprimorar a prática do professor.
O ponto de partida de uma pesquisa é o estudo de um problema que cause o interesse do pesquisador. O interesse gera envolvimento com a pesquisa o que transformará o esforço em resultados na elaboração de conhecimento e soluções propostas ao problema em foco. Um conhecimento que nascerá como complemento e fruto da curiosidade, da inquietação, da inteligência e da atividade investigativa. Ele, o pesquisador, é o fio condutor inteligente e ativo dessa tênue linha do conhecimento acumulado na área e das evidências que estão sendo estipuladas no momento inicial da pesquisa.
            Incentivar a pesquisa é mostrar ao aluno um leque de possibilidades de adquirir conhecimentos e ajuda na compreensão dos fenômenos políticos, econômicos e sociais que nos envolvem.
Educação Profissional
O processo de industrialização trouxe a necessidade de contar-se com trabalhadores qualificados para novas atividades ocupacionais, trazidas pela mecanização dos processos de trabalho, as escolas procuraram adaptar-se a essa nova demanda de trabalhadores que iriam contribuir com a produção através de habilidades, sobretudo manuais, de operador de maquinarias.
Essa necessidade de qualificar trabalhadores, foi para o setor educacional um desafio, a demanda foi em tal ritmo e diversificação, que a estrutura educacional não teve condição de assumi-la. Essa incapacidade da escola, fez com que surgisse um sistema paralelo de formação desses trabalhadores, diretamente ligado ao setor empresarial e industrial.
O que se viu então foi a escolar oscilar entre oferecer uma formação profissional, entendido o resumo como preparação de mão de obra qualificada que o mercado necessita, e a tentativa de , adiantando-se a demanda, propiciar, uma mais qualificada teórica, visando a formação do técnico propriamente dito.
Em outras palavras, oscilar entre a formação profissional, isto é a formação prática e pouco teórica dos trabalhadores qualificados, e ao ensino ou educação técnica, ou seja, uma formação que permita ao seu possuidor, poder exercer um julgamento técnico, apoiando-se na formação teórica e conhecimentos técnicos especializados, portanto sobre uma formação teórica e prática, orientado segundo objetivos determinados ou ainda na definição de Gimeno e Ibanêz’’ o ensino técnico prepara para o exercício de uma profissão permitindo  o prosseguimento de estudos.O ensino profissional, com conteúdo específico e restritivo, está orientando exclusivamente para o exercício de um ofício.
A impressão que fica, é que a escola técnica de ensino médio, salvo raras exceções, ofereceu( e oferece )antes uma formação profissional do que um ensino técnico, pela própria incapacidade inicial de atender o mercado e pela influência que passa, então, a receber do sistema de ensino paralelo de formação profissional, que conseguiu, em pouco tempo estruturar-se e ganhar uma respeitabilidade. Esse fato fez com que fosse alvo de teorias que apontam suas desqualificações para preparar para o trabalho.
Um sistema de educação técnica para ser autêntico, real e efetivo numa sociedade industrial, deve levar em conta três aspectos fundamentais:a política nacional de desenvolvimento econômico e social,as características do setor produtivo e as aspirações sociais  de sua clientela.

3. Conclusão

            Ao pesquisar e elaborar este trabalho foi possível entender que a Didática está ligada com o processo ensino- aprendizagem, no qual, professor e aluno, devem estabelecer uma relação muito boa para que a mesma surta um efeito esperado, podendo assim acontecer uma troca de idéias que favoreça e desenvolvimento intelectual de ambos, uma vez, que na educação há uma interação de conhecimentos entre todos, se utilizando dos meios educacionais de acordo com as necessidades da clientela atendida e de uma avaliação de qualidade.
            Portanto espera-se com este trabalho contribuir de forma sensível com o trabalho de educares que se preocupam com a evolução da aprendizagem, pois se sabe o quanto ela contribui para o avanço da humanidade.
Ao se pesquisar sobre avaliação, foi possível entender melhor o papel dessa ferramenta, e saber da responsabilidade que temos ao utilizá-la, devemos avaliar de maneira ética, visando reconhecer onde está havendo possíveis falhas (tanto do professor quanto do aluno), e buscar mecanismo de adequação das mesmas.
Quanto a pesquisa e análise da demanda por educação profissional, foi de grande valia, pois nos mostrou a importância de uma pesquisa bem feita, e também como o ensino técnico vem contribuindo para a colocação de jovens no mercado de trabalho.
Todo esse estudo, foi de uma grandeza imensa para mim como educador, pude avaliar e sentir de maneira mais ampla, o meu papel de ‘’levar conhecimento’’, dividir com meus alunos, o que sei, e estar sempre apto a aprender mais, e repassar mais, nesse ciclo que não tem fim, é uma profissão difícil, mas mágica com altos e baixos, mas emocionante, cada vez que vemos um aluno, se destacar, se esforçar, levar  a sério o ensino é uma gratificação enorme, é como se fossemos jardineiros plantando conhecimento, e assim como na parábola das sementes jogadas, assim são os nossos alunos, mas o que importa e não desistir e seguir adiante, plantando o saber.





REFERÊNCIA

ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. Petrópolis Rio de Janeiro: Vozes. 2001

CANDAU, Maria Vera (org). A Didática em questão.Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes LTDA. 1999.

CARNEIRO, Mara Lúcia Fernandes. Videoconferência: ambiente para educação a distância. Disponível em http://penta.ufrgs.br/pgie/workshop/mara.htm.

HTTP://www. pt. Shvoong.com/humanistas.com.br
PETEROSSI,HELENA.Formação do professor para o ensino técnico:Ed Loyola, São Paulo,1994.

SOARES, MAGDA. Letramento; um tema generoso. 2.ed Belo Horizonte: autentica, 2005.

SPANHOL, F.; RODRIGUES, Rosângela S. Teleconferência e Videoconferência em situações de ensino. São Paulo, 2005. Artmed.

ZABALA, Anton. A prática Educativa: Como ensinar. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre, 1998. Artmed.

História do Brasil Colônia - O Período Colonial

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           Retrata desde o chamado período pré-colonial do Brasil (1500 a 1530) até o periodo colonial, em que houve a "organização" das capitanias hereditárias, governo geral, o mundo do açucar, entre outros aspectos.
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Brasil Colônia por Boris Fausto - parte 1

                                                    

Brasil Colônia por Boris Fausto - parte 2

                                                      

O Período Pré-Colonial: A fase do pau-brasil (1500 a 1530)
A expressão "descobrimento" do Brasil está carregada de eurocentrismo (valorização da cultura européia em detrimento das outras), pois desconsidera a existência dos índios em nosso país antes da chegada dos portugueses.
 Portanto, optamos pelo termo "chegada" dos portugueses ao Brasil. Esta ocorreu em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial.
Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram na terra.
 Após os primeiros contatos com os indígenas, muito bem relatados na carta de Caminha, os portugueses começaram a explorar o pau-Brasil da mata Atlântica.
O pau-brasil tinha um grande valor no mercado europeu, pois sua seiva, de cor avermelhada, era muito utilizada para tingir tecidos.
 Para executar esta exploração, os portugueses utilizaram o escambo, ou seja, deram espelhos, apitos, chocalhos e outras bugigangas aos nativos em troca do trabalho (corte do pau-brasil e carregamento até as caravelas).
Nestes trinta anos, o Brasil foi atacado pelos holandeses, ingleses e franceses que tinham ficado de fora do Tratado de Tordesilhas (acordo entre Portugal e Espanha que dividiu as terras recém descobertas em 1494).
 Os corsários ou piratas também saqueavam e contrabandeavam o pau-brasil, provocando pavor no rei de Portugal.
O medo da coroa portuguesa era perder o território brasileiro para um outro país. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao Brasil as Expedições Guarda-Costas, porém com poucos resultados.
Os portugueses continuaram a exploração da madeira, construindo as feitorias no litoral que nada mais eram do que armazéns e postos de trocas com os indígenas.
No ano de 1530, o rei de Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização.
 Esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

A fase do Açúcar ( século XVI e XVII)

O açúcar era um produto de muita aceitação na Europa e alcançava um grande valor.
 Após as experiências positivas de cultivo no Nordeste, já que a cana-de-açúcar se adaptou bem ao clima e ao solo nordestino, começou o plantio em larga escala.
 Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil.
 A mão-obra-obra escrava, de origem africana, foi utilizada nesta fase.

Administração Colonial 

Para melhor organizar a colônia, o rei resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias.
O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários.
 Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar.
 No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas.
As capitanias de São Vicente e Pernambuco foram as únicas que apresentaram resultados satisfatórios, graças aos investimentos do rei e de empresários.

Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral.
 Era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza, que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos "homens-bons". Estes eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades.
 O povo não podia participar da vida pública nesta fase.
A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar.
 Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.
As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.
O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.
A sociedade Colonial

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).
Invasão holandesa no Brasil

Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses. Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo em nosso território. Sob o comando de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversos trabalhos em Recife, modernizando a cidade.

Expansão territorial: bandeiras e bandeirantes

Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do território brasileiro além do Tratado de Tordesilhas.
 Os bandeirantes penetram no território brasileiro, procurando índios para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes.
 Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas de ouro nas regiões de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

O Ciclo do Ouro: século XVIII 

Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração. Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele começou a cobrar o quinto.
O quinto nada mais era do que um imposto cobrado pela coroa portuguesa e correspondia a 20% de todo ouro encontrado na colônia. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição.
A descoberta de ouro e o início da exploração da minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás) provocou uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na região, desempregados de várias regiões do país partiram em busca do sonho de ficar rico da noite para o dia.
O trabalho dos tropeiros foi de fundamental importância neste período, pois eram eles os responsáveis pelo abastecimento de animais de carga, alimentos (carne seca, principalmente) e outros mantimentos que não eram produzidos nas regiões mineradoras.

Desenvolvimento urbano nas cidades mineiras

Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil : Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Igrejas foram erguidas em cidades como Vila Rica (atual Ouro Preto), Diamantina e Mariana.
Para acompanhar o desenvolvimento da região sudeste, a capital do país foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro.


Revoltas Coloniais e Conflitos
Em função da exploração exagerada da metrópole ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:

- Guerra dos Emboabas : os bandeirantes queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas que encontraram. Entraram em choque com os paulistas que estavam explorando o ouro das minas.

- Revolta de Filipe dos Santos : ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos foi preso e condenado a morte pela coroa portuguesa.

- Inconfidência Mineira (1789) : liderada por Tiradentes , os inconfidentes mineiros queriam a libertação do Brasil de Portugal. O movimento foi descoberto pelo rei de Portugal e os líderes condenados.


domingo, 20 de maio de 2012

Escravidão no Brasil texto e vídeos

   
O sofrimento do negro
                                                               
                                                                                 
                                                                    Instrumento de tortura

                                                                   Mercado de Escravos
Poema de Castro Alves - O  Navio Negreiro narrado pelo saudoso Paulo Autran com cenas do filme Amistad.

Ao falamos em escravidão, é difícil não pensar nos portugueses, e espanhóis e ingleses que superlotavam os porões de seus navios de negros africanos, colocando-os a venda de forma desumana e cruel por toda a região da América.
Sobre este tema, é difícil não nos lembramos dos capotões  -  do mato que perseguiam os negros que haviam fugido no brasil, dos palmares, da guerra de secessão dos Estados Unidos, da dedicação e idéias defendidas pelos abolicionistas, e de muitos outros fatos ligados a este assunto.
Apesar de todas estas citações, a escravidão é bem antiga do que o tráfico do povo africano.
Ela vem desde os primórdios de nossa história, quando os povos vencidos em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. podemos citar como por exemplo os hebreus, que foram vendidos como escravos desde os começos da história.

Muitas civilizações usaram e dependeram do trabalho escravo para a execução de tarefas mais pesadas e rudimentares. Grécia e Roma foi uma delas, estas detinham um grande números de escravos, contudo, muitos de seus escravos eram tratados e tiveram a chance de comprar sua liberdade.


O modelo de escravidão no Brasil a partir do século XVIII com a escravidão negra

No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias da África para utilizar como mão-de-obra escrava nos e engenho de açúcar do Nordeste.

Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao Mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenhos, adotar a língua portuguesa na comunicação. 

Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No século do ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas. O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos.

Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura


In Memorian - Homenagem aos negros que fizeram a história do Brasil.
Música "Sentinela" de Milton Nascimento, cantada por ele e Nara Caymmi.

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Arbedeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiroz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade. 

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

A vida dos negros após a abolição da escravidão


O negro no Brasil após a abolição


Escravidão e Abolição

Se a lei deu a liberdade jurídica aos escravos, a realidade foi cruel com muitos deles. Sem moradia, condições econômicas e assistência do Estado, muitos negros passaram por dificuldades após a liberdade. Muitos não conseguiam empregos e sofriam preconceito discriminação racial. A grande maioria passou a viver em habitações de péssimas condições e a sobreviver de trabalhos informais e temporários. 


Padres fizeram Escravidão Negra vendiam negros, que Jesus queria negros como escravos. 


Escravidão no Brasil (FOTOS)


Escravidão e trafico de escravos

Você sabia?
25 de março é o Dia Internacional em memória da vítima da escravidão e do tráfico transatlântico de escravos.



Biografia e vídeo ( Princesa Isabel )


Neste de lá pra cá a história da Princesa Isabel, a Redentora.

Ao longo do século dezenove somente nove mulheres estiveram à frente do Governo de seus países. Uma dessas mulheres foi a Princesa Isabel, filha do Imperador Pedro Segundo, herdeira do trono brasileiro.

Ela o substituiu três vezes como chefe de Estado, na condição de Princesa Regente. Seu ato mais importante foi a assinatura da Lei Áurea, que libertou os escravos, em 1888.

Por isso, ela é lembrada em nossa história como a redentora. A Abolição também precipitou a proclamação da República, que não hesitou em banir a família real.

A princesa morreu no exílio, em 1921, sem nunca mais ter retornado ao Brasil. Apesar de ter sido uma figura importante da nossa história, não existem estudos suficientes sobre sua atuação como governante e nem a publicação de uma biografia consagradora.

Participam deste programa: o historiador e diretor do Instituto Cultural Princesa Isabel Bruno de Cerqueira, o historiador e autor dos livros "A Redentora dos Escravos: uma historia da princesa entre olhares negros e brancos" e "Princesa Isabel: a política do amor entre o trono e o altar" Robert Daibert Junior e ainda não gravados a historiadora de importantes livros oitocentistas Mary Del Priore e o historiador José Murilo de Carvalho.

De Lá Pra Cá: todo domingo às 18h, reapresentações às sextas-feiras, às 20h30, na TV Brasil. Apresentação de Ancelmo Gois e Vera Barroso.

                                                                                   vídeo 01
                                                                               
                                                                             vídeo 02
                                                                                   
 
                                                                                 
                                                                             Vídeo 03
Túmulo da família Real 2 ª reinado 

Capela Imperial de Petrópolis onde estão sepultados: D. Pedro II, Imperatriz Teresa Crisdtina, Princesa Isabel e Conce D'Eu. Família Imperial do 2º Reinado Música: Our Home - Mike Rowland

                                                                                       
                                                                                         
                                                                               
                                                                                 
Isabel Cristina Leopoldina de Bragança (Princesa Isabel)


Com a eleição da presidente Dilma,o Brasil terá a segunda mulher a exercer o poder no nosso país.

 A princesa Isabel foi a primeira mais é claro não foi eleita para exercer um cargo para presidente e também não foi coroada monarca.

Porém durante alguns períodos exerceu a regência governando em nome do pai – o imperador D. Pedro II

  Uma das mulheres mais citadas na história do Brasil, Isabel Cristina Leopoldina de Bragança, a princesa Isabel, colocou um ponto final no dia 13 de maio de 1888 em uma das maiores manchas do país a escravidão.

 Naquele domingo, princesa Isabel assinou a Lei 3.353, mais conhecida como "Lei Áurea", declarando extinta a escravidão no Brasil, mesmo enfrentando muitas resistências dos fazendeiros e da elite em geral.

"A princesa imperial regente, em nome de sua majestade, o imperador D. Pedro 2º, faz saber a todos os súditos do império, que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:


Artigo 1º - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil; 

Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário", dizia o texto que libertou milhões de escravos, que por três séculos serviu de mão-de-obra para o crescimento do país.

Segunda filha de D. Pedro 2º e da imperatriz Teresa Cristina, princesa Isabel foi, por três vezes, regente do império.


 Em 1864, casou-se com o francês Luís Gastão de Orleans, o conde D'Eu. Antes da Lei Áurea, princesa Isabel sancionou as leis do primeiro recenseamento do império, naturalização de estrangeiros e relações comerciais com países vizinhos.

    Em 28 de setembro de 1871, ela também sancionou a Lei do Ventre Livre, o primeiro passo efetivo para o fim da escravidão no Brasil a lei estabelecia que todos os filhos de escravos estavam livres.

 A Lei do Ventre Livre foi assinada na época em que D. Pedro 2º fez a sua primeira viagem para a Europa, deixando, pela primeira vez, a princesa Isabel como regente do império. Em outras duas oportunidades a princesa também assumiu as mesmas funções.

Disposta a acabar com a escravidão no Brasil, princesa Isabel pressionou o ministério, que era contrário à abolição.


A pressão exercida pela princesa deu resultado e o Gabinete foi dissolvido e seus integrantes foram substituídos por pessoas que defendiam o fim da escravatura.

 Em abril de 1888, um mês antes da assinatura da Lei Áurea, ela entregou 103 cartas de alforria para alguns escravos, deixando claro que esperava da Câmara federal a aprovação da lei, o que, de fato aconteceu.

Com a morte de seu irmão mais velho, o príncipe D. Afonso, tornou-se herdeira do trono e sucessora do seu pai quando tinha apenas 11 meses.

 O reconhecimento oficial como sucessora aconteceu no dia 10 de agosto de 1850.

 No dia 29 de julho de 1860, ao completar 14 anos, princesa Isabel prestou juramento comprometendo-se a manter no Brasil a religião católica e ser obediente às leis e ao imperador.

Somente depois de 11 anos de casamento fato raro para a época é que princesa Isabel teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara.


 Depois, vieram mais dois: Luiz Maria Felipe e Antônio Gusmão Francisco.

 Com a proclamação da República, em 1889, a família real embarcou para o exílio na Europa.

 Ao lado de amigos, filhos e netos, e com grande dificuldade para se locomover precisava do auxílio de uma cadeira de rodas, princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, onde morreu no dia 14 de novembro de 1921.

 Os seus restos mortais foram transferidos para o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido, em 1953.

 O nome completo da Princesa Isabel era: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d'Orléans.


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Testemunha da História com Boris Casoy - Parte 1/10


Documentário que faz uma retrospectiva dos acontecimentos mais importantes do século XX no Brasil e no mundo.

Gênero: Documentário
Ano: 2000
País de origem: Brasil, Reino Unido, Estados Unidos

Categoria: educação

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Vídeo   02

        

  
                                                                                                   
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Vídeo 04
                                                         
                                                                                    
         
                                                        

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