De aparência muito estranha esta ave de rapina ao longo da história da
humanidade tem simbolizado, conhecimento, sabedoria, pavor, e diversas
crenças oriundas do mundo espiritual. Na mitologia grega encontramos
Athena, a deusa da guerra e sabedoria que tinha como mascote, uma
coruja. Os gregos, principalmente os de pensamento filosófico,
consideravam a noite um momento de revelação. E sendo a coruja um
pássaro noturno, acabou sendo representado por essa busca do saber. Já
no Império romano, a ave era tida como animal agourento, seu canto
anunciaria que a morte estava próxima.
Conta-se que em uma língua nórdica antiga, ela era
chamada de "Ugla", palavra que imita o som do seu canto, e que daria
origem ao termo "Ugly", feio em inglês. Interessante notar que ao
identificar um animal para símbolo disso ou daquilo, a cultura universal
escolhe àqueles de aparência esquisitas. Como o sapo, símbolo da fartura e boa sorte, e a águia símbolo da transformação do ser humano.
Conforme a história, diferentes civilizações adotaram estranhos animais
para simbolizar a sabedoria. Como a tartaruga para os chineses e um
peixe para os Celtas.
A tradição dos índios norte-americanos diz que a coruja mora no Leste,
lugar de iluminação. Posto que a humanidade teme a escuridão, a Coruja
enxerga no breu da noite. Onde os humanos se iludem ela percebe com
clareza, acreditavam os índios.
No folclore brasileiro, consta que, para os seus filhotes não fossem
vítimas de predadores, esta já ia lhes avisando - seria facil
reconhecê-los, eles eram os "mais bonitos" da floresta. Daí o dito
popular: "Toda a coruja gaba-se do seu toco", referindo-se ao ninho de
seus horríveis filhotes. Assim como uma mãe elogia seus rebentos mesmo
sabendo que todo recém-nascido não tem (ainda) nada de beleza.
Para os filósofos gregos o símbolo da sabedoria está intimamente ligado à
influência da mitologia, de onde se origina a filha de Zeus, deus dos
deuses, Athena, como fora dito deusa da guerra e da sabedoria. Athena
traz pousada em sua mão direita a figura da ave noturna, que segundo a
lenda sempre estava ao seu ombro, revelando-lhe as verdades invisíveis. É
a crença difundida até os dias de hoje por filósofos contemporâneos.
No esoterismo que envolve parte da simbologia da Coruja, vamos encontrar
uma sociedade secreta denominada Bohemian Club, fundada em 1872 em São
Francisco,EUA, onde se reunem periodicamente. Uma vez por ano a
sociedade convida para um grande encontro, homens poderosos da elite. O
encontro é realizado em um grande bosque chamado Bohemian Grove. No
centro, há uma grande pedra em forma de coruja.
Desde sua fundação foi adotado como símbolo uma
coruja e uma estátua, que simboliza "estantes" de conhecimento. Seu lema
é: "Weaving dealing spiders come not here". Adaptada em tradução livre:
"Deixe seus negócios sujos na porta."
Curiosidade: a coruja vira a cabeça quase atingindo um ângulo de 360º. O que amplia seu angulo de visão, muito superior ao do ser humano.
Referências:
Mundo Estranho.
Ocultura.
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