O artigo 215 da Constituição Federal de 1998 assegura que o “Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais populares, indígenas e afro-brasileiras, e de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional”.
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de Novembro no Brasil e é
dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A
data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos
Palmares, em 1695. Apesar das várias dúvidas levantadas quanto ao
caráter de Zumbi nos últimos anos (comprovou-se, por exemplo, que ele
mantinha escravos particulares) o Dia da Consciência Negra procura ser
uma data para se lembrar a resistência do negro à escravidão de forma
geral, desde o primeiro transporte forçado de africanos para o solo
brasileiro.
Algumas entidades como o Movimento Negro (o maior do gênero no país)
organizam palestras e eventos educativos, visando principalmente
crianças negras. Procura-se evitar o desenvolvimento do
auto-preconceito, ou seja, da inferiorização perante a sociedade. Outros
temas debatidos pela comunidade negra e que ganham evidência neste dia
são: inserção do negro no mercado de trabalho, cotas universitárias, se
há discriminação por parte da polícia, identificação de etnias, moda e
beleza negra, etc.
O dia é celebrado desde a década de 1960, embora só tenha ampliado seus
eventos nos últimos anos; até então, o movimento negro precisava se
contentar com o dia 13 de Maio, Abolição da Escravatura comemoração que
tem sido rejeitada por enfatizar muitas vezes a “generosidade” da
princesa Isabel, ou seja, ser uma celebração da atitude de uma branca. A
semana dentro da qual está o dia 20 de novembro também recebe o nome de
Semana da Consciência Negra. Segundo o IBGE, no Brasil os negros são
correspondentes a 5% da população. Os chamados “pardos”, no entanto, que
são mestiços de negros com europeus ou índios, chegam a um número
próximo da metade da população.
“Dia da Consciência Negra” retrata disputa pela memória histórica
Preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela
disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 anos se
comemora no dia 20 de novembro, o “Dia Nacional da Consciência Negra”.
Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do
Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande ícone da
resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. Para o
historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade
Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do
que uma simples oposição ao 13 de maio: “os movimentos sociais
escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por
diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela
visibilidade do problema. Isso não é pouca coisa, pois o tema do racismo
sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse”.
ACOMPANHE AGORA o poderoso discurso de Marthin Luther King em Memphis,
no ano de 1963, em prol dos direitos civis e da igualdade racial. “Eu
tenho um sonho de que o homem seja considerado não pela cor da sua pele
mas pelo conteúdo do seu caráter” foi uma das tantas frases marcantes
desse grande líder. E REFLITA SOBRE SUAS AÇÕES COMO CIDADÃO…
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