Neste de lá pra cá a história da Princesa Isabel, a Redentora.
Ao longo do século dezenove somente nove mulheres estiveram à frente do Governo de seus países. Uma dessas mulheres foi a Princesa Isabel, filha do Imperador Pedro Segundo, herdeira do trono brasileiro.
Ela o substituiu três vezes como chefe de Estado, na condição de Princesa Regente. Seu ato mais importante foi a assinatura da Lei Áurea, que libertou os escravos, em 1888.
Por isso, ela é lembrada em nossa história como a redentora. A Abolição também precipitou a proclamação da República, que não hesitou em banir a família real.
A princesa morreu no exílio, em 1921, sem nunca mais ter retornado ao Brasil. Apesar de ter sido uma figura importante da nossa história, não existem estudos suficientes sobre sua atuação como governante e nem a publicação de uma biografia consagradora.
Participam deste programa: o historiador e diretor do Instituto Cultural Princesa Isabel Bruno de Cerqueira, o historiador e autor dos livros "A Redentora dos Escravos: uma historia da princesa entre olhares negros e brancos" e "Princesa Isabel: a política do amor entre o trono e o altar" Robert Daibert Junior e ainda não gravados a historiadora de importantes livros oitocentistas Mary Del Priore e o historiador José Murilo de Carvalho.
De Lá Pra Cá: todo domingo às 18h, reapresentações às sextas-feiras, às 20h30, na TV Brasil. Apresentação de Ancelmo Gois e Vera Barroso.
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Túmulo da família Real 2 ª reinado
Capela Imperial de Petrópolis onde estão sepultados: D. Pedro II, Imperatriz Teresa Crisdtina, Princesa Isabel e Conce D'Eu. Família Imperial do 2º Reinado Música: Our Home - Mike Rowland
Isabel Cristina Leopoldina de Bragança (Princesa Isabel)
Com a eleição da
presidente Dilma,o Brasil terá a segunda mulher a exercer o poder no nosso
país.
A princesa Isabel foi a primeira mais é claro
não foi eleita para exercer um cargo para presidente e também não foi coroada
monarca.
Porém durante alguns
períodos exerceu a regência governando em nome do pai – o imperador D. Pedro II
Uma das
mulheres mais citadas na história do Brasil, Isabel Cristina Leopoldina de
Bragança, a princesa Isabel, colocou um ponto final no dia 13 de maio de 1888
em uma das maiores manchas do país a escravidão.
Naquele domingo, princesa Isabel assinou a Lei
3.353, mais conhecida como "Lei Áurea", declarando extinta a
escravidão no Brasil, mesmo enfrentando muitas resistências dos fazendeiros e da
elite em geral.
"A princesa imperial regente, em nome de sua majestade, o imperador D. Pedro 2º, faz saber a todos os súditos do império, que a Assembléia Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:
Artigo 1º - É
declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil;
Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário", dizia o texto que libertou milhões de escravos, que por três séculos serviu de mão-de-obra para o crescimento do país.
Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário", dizia o texto que libertou milhões de escravos, que por três séculos serviu de mão-de-obra para o crescimento do país.
Segunda filha de D. Pedro 2º e da imperatriz Teresa Cristina, princesa Isabel foi, por três vezes, regente do império.
Em 1864, casou-se com o francês Luís Gastão de Orleans, o conde D'Eu. Antes da Lei Áurea, princesa Isabel sancionou as leis do primeiro recenseamento do império, naturalização de estrangeiros e relações comerciais com países vizinhos.
Em 28 de setembro de 1871, ela também sancionou a Lei do Ventre Livre, o primeiro passo efetivo para o fim da escravidão no Brasil a lei estabelecia que todos os filhos de escravos estavam livres.
A Lei do Ventre Livre foi assinada na época em
que D. Pedro 2º fez a sua primeira viagem para a Europa, deixando, pela
primeira vez, a princesa Isabel como regente do império. Em outras duas
oportunidades a princesa também assumiu as mesmas funções.
Disposta a acabar com a escravidão no Brasil, princesa Isabel pressionou o ministério, que era contrário à abolição.
A pressão exercida pela princesa deu resultado e o Gabinete foi dissolvido e seus integrantes foram substituídos por pessoas que defendiam o fim da escravatura.
Disposta a acabar com a escravidão no Brasil, princesa Isabel pressionou o ministério, que era contrário à abolição.
A pressão exercida pela princesa deu resultado e o Gabinete foi dissolvido e seus integrantes foram substituídos por pessoas que defendiam o fim da escravatura.
Em abril de 1888, um mês antes da assinatura
da Lei Áurea, ela entregou 103 cartas de alforria para alguns escravos,
deixando claro que esperava da Câmara federal a aprovação da lei, o que, de
fato aconteceu.
Com a morte de seu
irmão mais velho, o príncipe D. Afonso, tornou-se herdeira do trono e sucessora
do seu pai quando tinha apenas 11 meses.
O reconhecimento oficial como sucessora
aconteceu no dia 10 de agosto de 1850.
No dia 29 de julho de 1860, ao completar 14
anos, princesa Isabel prestou juramento comprometendo-se a manter no Brasil a
religião católica e ser obediente às leis e ao imperador.
Somente depois de 11 anos de casamento fato raro para a época é que princesa Isabel teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara.
Somente depois de 11 anos de casamento fato raro para a época é que princesa Isabel teve o seu primeiro filho, Pedro de Alcântara.
Depois, vieram mais dois: Luiz Maria Felipe e
Antônio Gusmão Francisco.
Com a proclamação da República, em 1889, a
família real embarcou para o exílio na Europa.
Ao lado de amigos, filhos e netos, e com grande dificuldade para se locomover precisava do auxílio de uma cadeira de rodas, princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, onde morreu no dia 14 de novembro de 1921.
Ao lado de amigos, filhos e netos, e com grande dificuldade para se locomover precisava do auxílio de uma cadeira de rodas, princesa Isabel viveu os seus últimos dias em Paris, onde morreu no dia 14 de novembro de 1921.
Os seus restos mortais foram transferidos para
o Rio de Janeiro, juntamente com os de seu marido, em 1953.
O nome
completo da Princesa Isabel era: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela
Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon d'Orléans.
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