VIDEO COM BREVE APRESENTAÇÃO SOBRE JOÃO AMÓS COMÊNIO CONHECIDO COMO O "PAI DA DIDÁTICA" MODERNA.
Breve passeio pela Evolução Histórica da Didática, da Grécia Clássica aos nossos dias.
O PAPEL DA
DIDÁTICA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
RESUMO
A didática é entendida como a ferramenta em que se acontece o processo
ensino-aprendizagem, onde o professor consegue organizar de forma sistemática
todo seu trabalho, buscando oferecer meios que induzam ao aluno a perceber suas
necessidades e criar seus mecanismos, a fim de adquirir novos conhecimentos sem
excluir os anteriores. Assim pode-se afirmar que a didática deve ser como uma
peça importantíssima na aprendizagem.
Palavras chaves: Didática. Aprendizagem. Ensino. Meios Pedagógicos.
Avaliação.
INTRODUÇÃO
Este
artigo está voltado para a utilização da Didática em sala de aula, uma vez que
a mesma facilita o processo ensino-aprendizagem, onde o professor tem a
oportunidade de planejar suas estratégias e aplicá-las de acordo com as necessidades
de seus alunos.
Percebe-se que a Didática passou por um processo de adaptação até que
estudiosos convenceram que a mesma é uma ferramenta essencial em sala de aula,
devido a evolução no que diz respeito a percepção de conhecimentos, assim
certifica-se de que ela não pode faltar em hipótese alguma na prática
educacional, bem como na utilização dos meios pedagógicos, em pesquisas e por
fim na avaliação.
Assim afirma-se que o principal
objetivo deste trabalho é a aquisição de conhecimentos voltados para o ramo
educacional, podendo contribuir de forma sensível com os parceiros deste grande
bem da humanidade.
2. O PAPEL DA DIDÁTICA NA FORMÇÃO DO EDUCADOR.
Após vários estudos sobre a didática é possível compreender que a mesma
é uma ferramenta imprescindível na formação do educador, desde que, ela venha
desenvolver nele a capacidade de planejar, criticar, avaliar e adaptar suas
ações a realidade em que se encontra inserido, pois do que adiantaria um
emaranhado de informações e ações a um ambiente inadequado? A didática só
poderá ser bem praticada, a partir do momento em que ela for entendida e
planejada segundo a necessidade encontrada no âmbito de trabalho.
A
didática em sua amplitude deve ajudar de forma precisa na formação do educador,
viabilizando ao mesmo a capacidade de formular seus objetivos a serem atingidos
no decorrer de sua carreira. Segundo (Candau 1999, p.26) “O papel da didática
destina-se a atingir um fim a formação do educador”. Assim percebe-se que o
educador não pode deixar de trabalhar a didática em hipótese alguma, uma vez
que ela faz parte da sua prática profissional.
O
educador ao assumir sua postura deve lembrar-se de que é um dos responsáveis
pelo sucesso do processo ensino-aprendizagem, por isso, não pode esquecer que
outros componentes fazem parte desse processo e são tão importantes quanto ele,
assim é viável afirmar que a aprendizagem se constrói a partir da interação
educador, educando, família e o contexto histórico, dessa forma é possível
dizer que cada ser humano contribui de certa forma para a mudança do contexto
social, formulando suas próprias idéias a partir de suas experiências da
partilha de conhecimentos.
O
educador é aquele devido suas pesquisas e seu preparo tem a capacidade de
fomentar no educando a necessidade de buscar conhecimentos de forma
sistematizada, entendendo que através dele é possível conhecer o que era
obscuro, além de poder fazer valer sua cidadania, contribuindo para a formação
de sua história.
Diante do exposto é viável afirmar que ao formar um educador é necessário
buscar a forma mais favorável, excluindo o autoritarismo, a fim de fazê-lo um
sujeito crítico o qual poderá agir de forma precisa no processo educativo, sem
esquecer que suas experiências acontecem ao longo de sua carreira, Segundo
(Candau, 1999, p.29) “De fato, aprendemos bem, com estria, aquilo que
praticamos e teorizamos”.
Assim
pode-se afirmar que um bom profissional da educação não pode deixar de estudar
e idealizar a didática durante a sua carreira, pois ela permite ao mesmo
desenvolver um bom trabalho.
Durante algum tempo foi vista como uma ação prejudicial a prática
pedagógica, pois não se entendia com precisão o seu ramo de trabalho,
crucificando assim os professores que a utilizavam. Segundo (Antunes, 2001,
p.16)
A acusação inocuidade vem geralmente da parte do professor dos graus
mais elevados de ensino, onde sempre vigora a suposição de que o domínio do
conteúdo seria bastante para fazer um bom professor (e talvez, na medida em que
esses graus ainda se destinem a uma elite). A casação de prejudicial vem de
analises mais criticas das funções de educação, em que se responsabiliza a
didática pela alienação dos professores em relação ao significado de seu
trabalho.
Só após varias pesquisas a didática foi vista em outra concepção, a de
que ela contribui sensivelmente na aprendizagem, ela procura fomentar no
professor o desejo de ensinar com qualidade, entendendo que o trabalho
educacional se torna mais fácil e eficaz quando se “aprende a aprender” e se
“aprende fazendo”, assim se tem a oportunidade de estudar métodos e técnicas
que favorecem esse tipo de trabalho.
É viável afirmar que através dela é possível observar o comportamento
dos alunos, detectando suas necessidades e em seguida elaborar projetos que
valorize suas experiências e se produza novos conhecimentos.
O educador ao realizar o seu planejamento busca meios na didática a fim
de analisar o método a ser aplicado e o recurso a ser utilizado em sala de
aula, com o intuito de oferecer a melhor aprendizagem a seus alunos.
Percebe-se que os professores vem utilizando a didática constantemente
desde o séc. XX, quando a escola elementar torna-se universal atendendo todas
as classes sociais, voltando-se ainda para todas as faixas etárias da
mais tenra infância a adultez.
Assim percebe-se a grande importância da didática na formação do
educador.
Segundo ( et all Candau 2001, p.13)
Todo processo de formação de educadores especialistas e professores
inclui necessariamente componentes curriculares orientados para o trabalho
sistemático do ‘ que fazer’ educativo, da prática pedagógica. Entre estes, a
didática ocupa um lugar de destaque.
Observando a afirmação de Candau é possível perceber que o professor no seu
processo de formação carece trabalhar a didática em todos os momentos da sua
vida profissional, pois, a mesma oferece meios que facilite o trabalho do
professor e torne a sua ação precisa, proporcionando aos seus alunos a
oportunidade de pesquisa, criticidade, construção e reconstrução.
Portanto conclui-se que a didática oferece a melhor maneira de trabalhar
ao professor e a oportunidade de adquirir a melhor aprendizagem do aluno.
2.1 O processo de ensino-aprendizagem.
O processo de ensino-aprendizagem passa por várias concepções a primeira
é a tradicional, onde os alunos são receptores de saberes que seus professores
os transmitem, nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se
trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as
tarefas são padronizadas.
Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste num arranjo e
planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a aprender.
Nessa o professor ensina e observa o comportamento de cada um, recebendo
incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são o aluno e o
objetivo proposto.
Na humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o professor
devera orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Nesta a
aprendizagem deve ser significativa, modificando o comportamento e as atitudes.
Na cognitiva os alunos recebem estímulos do meio conseguindo organizar
seus conhecimentos, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam
símbolos verbais, conseguindo processar e interagir informações. Por isso o
ensino é baseado no ensaio e erro, na pesquisa na investigação, na solução de
problemas por parte do aluno.
Na sócio-cultural supera-se a relação opressor-oprimido através da
socialização de saberes de igual valor, transformando a situação objetiva
geradora de opressão, trabalhando desenvolvimento da consciência crítica e da
liberdade, sendo os alunos sujeitos criadores.
3.PESQUISAS MAIS RECENTES
De acordo com as pesquisas mais recentes sobre a didática no Brasil,
durante o período entre 1996 a 2000 foi possível entender que ela como
compreensão do trabalho docente vem direcionando as necessidades de
investigação e as abordagens metodológicas na perspectiva denominada da
epistemologia da prática.
Durante esse período as escolas começaram a vivenciar um momento ímpar,
pois, houve o predomínio de estudos que adotam a didática, possibilitado a
interlocução crítica com as teorias elaboradas, revelando um abandono da
perspectiva explicativa.
Assim foi possível implantar nas escolas o método de pesquisa constante,
ao qual, todo aluno tem o direito de acesso a todos os conteúdos, formulando
suas novas descobertas, com o objetivo de aperfeiçoar seus conhecimentos e de
interagir com seus colegas e professores, uma vez, que se sabe que um dos
objetivos da educação é construir e reconstruir conhecimentos, podendo evoluir
para o novo.
Diante dessa premissa afirma-se que a compreensão é um dos elementos
constitutivos do processo de construir conhecimento e tem sua validade na
inter-relação com as explicações teórica e historicamente sustentadas,
permitindo ainda que haja interação de conhecimento.
Nessa perspectiva supera-se uma tendência que individualiza o
conhecimento, a qual, o professor era detentor do conhecimento e se utilizava
de representações a mesma foi muito trabalhada no período anterior. Com a
implantação da didática é possível desenvolver trabalhos que estão ligados a
realidade social, o qual envolve a todos, ou seja, o sócio-interacionismo
implantado na escola.
Quanto as temáticas e aos propósitos, o estudo de Pimenta (2001) permite
verificar que, para além das preocupações com as técnicas de ensinar e da
avaliação, o campo da Didática oferece inúmeras outras a docência
universitária, tais como o trabalho com a interdisciplinaridade e a pesquisa.
Percebe-se que com este tipo de trabalho foi possível quebrar as
barreiras que impediam aos professores de trabalharem interligados, podendo
interagir saberes que outrora eram vistos como conhecimentos isolados,
favorecendo ao individualismo, o qual dificultava a aprendizagem dos alunos.
É possível afirmar ainda que desenvolvendo esse tipo de trabalho os
professores permitem aos seus alunos um maior envolvimento com os saberes
despertando a curiosidade de conhecer cada vez mais, observando assim as suas
necessidades além de poder interagir com o meio. Segundo Vygotsky, 1980, p.90.
Aprendizagem é o processo pelo qual o indivíduo adquire informações,
habilidades, valores, atitudes, etc.. a partir de seu contato com a realidade,
com o meio ambiente e com as outras pessoas”.
Segundo essa premissa é possível perceber que Vygotsky afirma justamente
um dos objetivos da didática, o de envolver os alunos com o meio podendo
interagir com todos a partir do seu contato com a realidade, além de poder
construir seu próprio conhecimento, favorecendo a sua aprendizagem.
Assim afirma-se que os educadores precisam reunir-se para a realização
de planejamentos voltados para projetos que envolvam justamente o trabalho
interdisciplinar, podendo escolher a melhor maneira de trabalhar conteúdos
afins e não afins, selecionando os mais viáveis de acordo com as necessidades
da clientela atendida, por isso a importância da participação do alunado na
hora do planejamento, a fim de saber as idéias e os propósitos dos mesmos.
O estudo da didática orienta que a comunidade escolar deve ser parceira
na hora de planejar com intuito de oferecer o melhor ensino possível,
favorecendo uma aprendizagem de qualidade, uma vez que ela foca sempre o melhor
para o aluno e a facilidade de trabalho para o professor, tornando assim um
processo prazeroso
Portanto conclui-se que a didática em seu processo de trabalho favorece
a todos, uma vez, que oferece meios eficazes para a aprendizagem que qualifica
e prepara para os obstáculos, nessa arte de ensinar.
4. MEIOS PEDAGÓGICOS NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Ao se
falar de meios pedagógicos na educação, lembra-se logo de recursos
educacionais, mas não é só isso, é necessário observar as necessidades da
clientela atendida, a fim de atender suas expectativa, é viável afirmar, que na
EAD os meios avançaram bastante, pois é uma modalidade que surgiu no Brasil
desde o final da segunda guerra mundial, devido a necessidade de formar
profissionais para atuarem no campo de concentração dos países envolvidos no
acontecimento, porém no Brasil ela só iniciou no final do séc. XIX com os
cursos profissionalizantes, os quais eram acompanhados por cartas, rádio e mais
tarde por TV, hoje pode-se acompanhar pela internet, a qual facilita mais ainda
o trabalho do discente, no que diz respeito a locomoção, a comodidade e a
oportunidade de fazer seu próprio horário.
Diante dessa premissa é possível ressaltar que a tecnologia na educação ajudou
bastante na evolução da educação a distância, uma vez que o primeiro meio
utilizado foi a carta a qual se esperava dias para se obter uma resposta, em
seguida foi a vez do rádio e da TV, mas ainda assim demorava um pouco, hoje o
estudante pesquisador pode cotar com um meio que permite pesquisar em tempo
real, conversar com o tutor, interagir com os colegas através de fóruns e chats
fazendo acontecer uma troca de informação de uma forma bem precisa.
Dentro dessa tecnologia pode-se observar a teleconferência e a
videoconferência, a primeira é um programa televisivo transmitido o vivo, via
satélite, com recepção por antena parabólica. O seu principal objetivo é
ampliar o conhecimento já disposto em outro material didático, permitindo o
aprofundamento nos assuntos do curso em um todo.
O uso
desses pode servir para diversos propósitos educativos, ou seja, para se
trabalhar uma aula, conferências e reuniões. Segundo Spanhol e “Rodrigues,
2005, p.105 “.É possível agregar imagens pré-produzidas em vídeo e computador
como se fosse um programa de televisão".
A
videoconferência é um sistema interpessoal que possibilita a comunicação em
tempo real entre grupos de pessoas, independente de sua localização geográfica,
em áudio e vídeo simultaneamente. Segundo Carneiro, 2005, p.50. "uma vídeo
conferência consiste numa discussão em grupo ou pessoa a pessoa, na qual os
participantes estão em locais diferentes, mas podem ver e ouvir uns aos outros
como se estivessem reunidos em um único local".
Esse
tipo de recuso permite que se trabalhe de forma cooperativa, compartilhando
informações e materiais de trabalho sem necessidade de deslocamento.
Apesar de toda tecnologia de comunicação não se pode deixar de falar no
material impresso, pois ele é responsável pela mediação pedagógica, se
referindo a relação professor-aluno na busca da aprendizagem como processo de
construção de conhecimento a partir da reflexão crítica das experiências e do
processo de trabalho.
Nos
sistemas de educação a distância, a mediação pedagógica se dá por meio dos
textos e outros materiais colocados a disposição dos alunos. Dessa forma, a
mediação pedagógica acontece quando os materiais trabalhados são vistos como
fonte de pesquisa importante ao processo de aprendizagem. Como observam
Gutierrez e Pietro 1994, p.80 "não interessa uma informação por si mesma,
mas uma informação mediada pedagogicamente". Isto quer afirmar que o
professor ao fazer a escolha desse material deve conhecê-lo de forma que o
mesmo deve desafiar o aluno a: levantar questões a partir da leitura do texto,
buscar leituras complementares, interagir com outros sujeitos envolvidos no
curso e pesquisar questões que lhes sejam significativas.
Assim
afirma-se que em qualquer que seja a modalidade de ensino os meios educacionais
são necessários para a aprendizagem de forma geral, uma vez que os mesmos
oferecem as possibilidades de pesquisas e aquisição de conhecimento.
5. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO
A avaliação é um mecanismo utilizado para alcançar objetivos propostos
num ato educacional, através dela é possível perceber se os mesmos foram
atingidos ou se precisam ser revistos, analisando-os em todos os aspectos,
dentro desse mecanismo pode-se observar as atitudes dos diretores, as ações do
professor, a organização da coordenação, o aprendizado do aluno, o
acompanhamento da comunidade escolar sem esquecer que a meta maior é alcançar
uma aprendizagem de qualidade.
Assim
é viável ressaltar que a avaliação do trabalho da gestão e da organização da escola,
deve acontecer constantemente, pois um gestor só pode saber se o seu trabalho
está sendo bem executado no momento em que ele se reúne com toda a comunidade
escolar e discute sobre metas atingidas se elas foram alcançadas em sua
amplitude ou se foram mal executadas.
A
maneira mais viável de fazer essa avaliação é se utilizando de reuniões
sistemáticas ou extraordinárias que envolva toda a comunidade escolar, visando
sempre o bom funcionamento da instituição, ou seja, da ação da gestão, do
profissionalismo do professor, dos profissionais administrativos e da
aprendizagem dos alunos, além de poder avaliarem também o espaço físico da
instituição, a fim de saber se está adequado para atender a clientela
envolvida.
No
que diz respeito a avaliação de sala de aula, deve-se lembrar que o professor
ao avaliar o seu aluno, está automaticamente se auto-avaliando, pois uma vez
que não ocorrer aprendizagem de qualidade, é necessário que ele refaça o seu
planejamento com o intuito de oferecer uma outra oportunidade ao seu aluno,
pois o mesmo depende da atitude de compromisso do professor.
Dessa forma pode-se dizer que o acompanhamento e o controle comprovam os
resultados do trabalho, evidenciam os erros, as dificuldades, os êxitos e os
fracassos relativos ao que foi planejado. A avaliação das atividades implica a
análise coletiva dos resultados alcançados e a tomada de decisões e sobre as
medidas necessárias para solucionar as deficiências.
Diante de tudo isso é importante enfatizar a importância do planejamento de
maneira geral, uma vez que o mesmo proporciona ao educador segurança e
agilidade no momento em que irá executar suas tarefas. A escola em meio a essa
segurança deve no primeiro momento pesquisar as condições em que se encontra a
comunidade em que será trabalhado, em seguida traçar seus objetivos e escolher
com precisão os componentes do seu currículo e só depois traçar seu
planejamento, mas é interessante que todos os funcionários da instituição
participem, pois é necessário que todos estejam em sintonia, a fim de ajudar no
desenvolvimento dos alunos. O último estágio desse planejamento é a avaliação,
a qual deve está voltada não só para o aluno, mas também para a ação
docente pois sabe-se que o mesmo é uma ferramenta indispensável nesse processo,
por isso a necessidade da participação também do aluno, uma vez que a
oportunidade de expressão é um direito de todos e não há ninguém melhor que ele
mesmo para relatar suas necessidades. Segundo Zaballa, 1998, p.196
As definições mais habituais da avaliação remetem a um todo
indiferenciado, que inclui processos individuais e grupais o aluno e os
professores. Esse ponto de vista é plenamente justificável, já que os processos
que têm lugar na aula são processos globais em que é difícil, e certamente
desnecessário, separar claramente os diferentes elementos que os compõem. Nossa
tradição avaliadora tem se centrado exclusivamente nos resultados obtidos pelos
alunos. Assim é conveniente dá-se conta de que, ao falar de avaliação na aula
pode-se aludir particularmente a alguns dos componentes do processo de
ensino/aprendizagem, com em todo processo em sua globalidade.
Zaballa com esta afirmação deixa bem claro que é necessário haver mudança no
modo de avaliar, pois durante muito tempo o educador acreditava que era
necessário apenas avaliar o aluno se o mesmo conseguisse aprender era
considerado um bom aluno, senão era um aluno relapso. Todavia percebe-se que
esse processo mudou, o aprendiz agora é favorecido com várias formas de
avaliação denominada formativa e quantitativa, a primeira avalia a formação
social e moral do aluno e a segunda, avalia o aspecto intelectual. Assim
ele tem a oportunidade de demonstrar que sua aprendizagem aconteceu de forma
precisa.
6 PESQUISA E ANÁLISE DA DEMANDA POR EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
A pesquisa é o instrumento metodológico capaz de aprimorar a prática do
professor.
O ponto de partida de uma pesquisa é o estudo de um problema que cause o
interesse do pesquisador. O interesse gera envolvimento com a pesquisa o que
transformará o esforço em resultados na elaboração de conhecimento e soluções
propostas ao problema em foco. Um conhecimento que nascerá como complemento e
fruto da curiosidade, da inquietação, da inteligência e da atividade
investigativa. Ele, o pesquisador, é o fio condutor inteligente e ativo dessa
tênue linha do conhecimento acumulado na área e das evidências que estão sendo
estipuladas no momento inicial da pesquisa.
Incentivar a pesquisa é mostrar ao aluno um leque de possibilidades de adquirir
conhecimentos e ajuda na compreensão dos fenômenos políticos, econômicos e
sociais que nos envolvem.
Educação Profissional
O processo de industrialização trouxe a necessidade de contar-se com
trabalhadores qualificados para novas atividades ocupacionais, trazidas pela
mecanização dos processos de trabalho, as escolas procuraram adaptar-se a essa
nova demanda de trabalhadores que iriam contribuir com a produção através de
habilidades, sobretudo manuais, de operador de maquinarias.
Essa necessidade de qualificar trabalhadores, foi para o setor
educacional um desafio, a demanda foi em tal ritmo e diversificação, que a
estrutura educacional não teve condição de assumi-la. Essa incapacidade da
escola, fez com que surgisse um sistema paralelo de formação desses
trabalhadores, diretamente ligado ao setor empresarial e industrial.
O que se viu então foi a escolar oscilar entre oferecer uma formação
profissional, entendido o resumo como preparação de mão de obra qualificada que
o mercado necessita, e a tentativa de , adiantando-se a demanda, propiciar, uma
mais qualificada teórica, visando a formação do técnico propriamente dito.
Em outras palavras, oscilar entre a formação profissional, isto é a
formação prática e pouco teórica dos trabalhadores qualificados, e ao ensino ou
educação técnica, ou seja, uma formação que permita ao seu possuidor, poder
exercer um julgamento técnico, apoiando-se na formação teórica e conhecimentos
técnicos especializados, portanto sobre uma formação teórica e prática,
orientado segundo objetivos determinados ou ainda na definição de Gimeno e
Ibanêz’’ o ensino técnico prepara para o exercício de uma profissão
permitindo o prosseguimento de estudos.O ensino profissional, com
conteúdo específico e restritivo, está orientando exclusivamente para o
exercício de um ofício.
A impressão que fica, é que a escola técnica de ensino médio, salvo
raras exceções, ofereceu( e oferece )antes uma formação profissional do que um
ensino técnico, pela própria incapacidade inicial de atender o mercado e pela
influência que passa, então, a receber do sistema de ensino paralelo de
formação profissional, que conseguiu, em pouco tempo estruturar-se e ganhar uma
respeitabilidade. Esse fato fez com que fosse alvo de teorias que apontam suas
desqualificações para preparar para o trabalho.
Um sistema de educação técnica para ser autêntico, real e efetivo numa
sociedade industrial, deve levar em conta três aspectos fundamentais:a política
nacional de desenvolvimento econômico e social,as características do setor
produtivo e as aspirações sociais de sua clientela.
3. Conclusão
Ao
pesquisar e elaborar este trabalho foi possível entender que a Didática está
ligada com o processo ensino- aprendizagem, no qual, professor e aluno, devem
estabelecer uma relação muito boa para que a mesma surta um efeito esperado,
podendo assim acontecer uma troca de idéias que favoreça e desenvolvimento
intelectual de ambos, uma vez, que na educação há uma interação de
conhecimentos entre todos, se utilizando dos meios educacionais de acordo com
as necessidades da clientela atendida e de uma avaliação de qualidade.
Portanto espera-se com este trabalho contribuir de forma sensível com o
trabalho de educares que se preocupam com a evolução da aprendizagem, pois se
sabe o quanto ela contribui para o avanço da humanidade.
Ao se pesquisar sobre avaliação, foi possível entender melhor o papel
dessa ferramenta, e saber da responsabilidade que temos ao utilizá-la, devemos
avaliar de maneira ética, visando reconhecer onde está havendo possíveis falhas
(tanto do professor quanto do aluno), e buscar mecanismo de adequação das
mesmas.
Quanto a pesquisa e análise da demanda por educação profissional, foi de
grande valia, pois nos mostrou a importância de uma pesquisa bem feita, e
também como o ensino técnico vem contribuindo para a colocação de jovens no
mercado de trabalho.
Todo esse estudo, foi de uma grandeza imensa para mim como educador,
pude avaliar e sentir de maneira mais ampla, o meu papel de ‘’levar
conhecimento’’, dividir com meus alunos, o que sei, e estar sempre apto a
aprender mais, e repassar mais, nesse ciclo que não tem fim, é uma profissão
difícil, mas mágica com altos e baixos, mas emocionante, cada vez que vemos um
aluno, se destacar, se esforçar, levar a sério o ensino é uma gratificação
enorme, é como se fossemos jardineiros plantando conhecimento, e assim como na
parábola das sementes jogadas, assim são os nossos alunos, mas o que importa e
não desistir e seguir adiante, plantando o saber.
REFERÊNCIA
ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula.
Petrópolis Rio de Janeiro: Vozes. 2001
CANDAU, Maria Vera (org). A Didática em questão.Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes
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CARNEIRO, Mara Lúcia Fernandes. Videoconferência: ambiente para educação a
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PETEROSSI,HELENA.Formação do professor para o ensino técnico:Ed Loyola,
São Paulo,1994.
SOARES, MAGDA. Letramento; um tema generoso. 2.ed Belo Horizonte:
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SPANHOL, F.; RODRIGUES, Rosângela S. Teleconferência e Videoconferência em situações de ensino. São
Paulo, 2005. Artmed.
ZABALA, Anton. A prática Educativa: Como
ensinar. Tradução: Ernani F. da F. Rosa. Porto Alegre, 1998. Artmed.
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